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1 TRÊS INICIADOS O CAIBALION estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia Tradução de ROSABIS CAMAYSAR INTRODUÇÃO Temos grande prazer em apresent ar aos est udant es e invest igadores da Dout rina Secret a est a pequena obra baseada nos Preceit os hermét icos do mundo ant igo. Exist em poucos escrit os sobre est e assunt o apesar das inúmeras referências feit as pelos ocult ist as aos Preceit os que expomos, de modo que por isso esperamos que os invest igadores dos Arcanos da Verdade saberão dar bom acolhiment o ao l ivro que agora aparece. O f im dest a obra não é a enunciação de uma f i losof ia ou dout rina especial , mas sim fornecer aos est udant es uma exposição da Verdade que servirá para reconcil iar os f ragment os do conheciment o ocult o que adquiriram, mas que são aparent ement e opost os uns aos out ros e que só servem para desanimar é desgost ar o principiant e nest e est udo. O nosso int ent o não é const ruir um novo Templo de Conheciment o, mas sim colocar nas mãos do est udant e uma Chave-Mest ra com que possa abrir t odas as port as int ernas que conduzem ao Templo do Mist ério cuj os port ais j á ent rou. Nenhum f ragment o dos conheciment os ocult os possuídos pelo mundo foi t ão zelosament e guardado como os f ragment os dos Preceit os hermét icos que chegaram - at é nós at ravés dos séculos passados desde o t empo do seu grande est abelecedor, Hermes Trismegist o, o mensageiro dos deuses, que viveu no ant igo Egit o quando a at ual raça humana est ava em sua infância. Cont emporâneo de Abraão e se for verdadeira a lenda, inst rut or dest e venerável sábio, Hermes foi e é o Grande Sol Cent ral do Ocult ismo, cuj os raios t êm i luminado t odos os ensinament os que foram publ icados desde o seu t empo. Todos os preceit os fundament ais e básicos int roduzidos nos ensinos esot éricos de cada raça foram formulados por Hermes. Mesmo os mais ant igos preceit os da índia t iveram indubít avelment e a sua font e nos Preceit os hermét icos originais. Da t erra do Ganges muit os mest res avançados se dirigiram para o país do Egit o para se prost rarem aos pés do Mest re. Dele obt iveram a Chave-Mest ra que expl icava e reconcil iava os seus diferent es pont os de vist a, e assim a Dout rina Secret a f icou f irmement e est abelecida. De out ros países t ambém vieram muit os sábios, que consideravam Hermes como o Mest re dos Mest res; e a sua inf luência foi t ão grande que, apesar dos numerosos desvios de caminho de cent enas de inst rut ores desses diferent es países, ainda se pode faci lment e encont rar uma cert a semelhança e correspondência nas muit as e divergent es t eorias admit idas e combat idas pelos ocult ist as de diferent es países at uais. Os est udant es de Religiões comparadas compreenderão facilment e a inf luência dos Preceit os hermét icos em qualquer rel igião merecedora dest e nome, quer sej a uma rel igião apenas conhecida at ualment e, quer sej a uma rel igião mort a, ou uma rel igião cheia de vida no nosso próprio t empo. Exist e sempre uma correspondência ent re elas, apesar das aparências cont radit órias, e os Preceit os hermét icos são como que o seu grande Concil iador. A obra de Hermes parece t er sido feit a com o f im de plant ar a grande Verdade-Sement e que se desenvolveu e germinou em t ant as formas est ranhas, mais depressa do que se t eria est abelecido uma escola de f i losof ia que dominasse o pensament o do mundo. Todavia as verdades originais ensinadas por ele foram conservadas int at as na sua pureza original, por um pequeno número de homens, que, recusando grande part e de est udant es e discípulos pouco desenvolvidos, seguiram o cost ume hermét ico e reservaram as suas verdades para os poucos que est avam preparados para compreendê-las e dir igi-Ias. Dos lábios aos Ouvidos a verdade t em sido t ransmit ida ent re esses poucos. Sempre exist iram, em cada geração e em vários países da t erra, alguns Iniciados que conservaram viva a sagrada chama dos Preceit os hermét icos, e sempre empregaram as suas lâmpadas para reacender as lâmpadas menores do mundo profano, quando a luz da verdade começava a escurecer e a apagar-se por causa da sua negl igência, e os seus pavios f icavam embaraçados com subst âncias est ranhas. Exist iu sempre um punhado de homens Para cuidar do alt ar da Verdade, em que mant iveram sempre acesa a Lâmpada Perpét ua da Sabedoria. Est es homens dedicaram a sua vida a esse t rabalho de amor que o poet a muit o bem descreveu nest as l inhas: 2 "Oh! não deixeis apagar a chama! Mant ida De século em século Nest a escura caverna,Nest e t emplo sagrado!Sust ent ada por puros minist ros do amor! Não deixeis apagar est a divina chama!" Est es homens nunca procuraram a aprovação popular, nem grande número de proséli t os. São indiferent es a est as coisas, porque sabem quão poucos de cada geração est ão preparados para a verdade, ou podem reconhecê-la se ela Ihes for apresent ada. Reservam a carne para os homens feit os, enquant o out ros dão o leit e às crianças. Reservam suas pérolas de sabedoria para os poucos que conhecem o seu valor e sabem t razê-las nas suas coroas, em vez de as lançar ao porco vulgar, que ent errá-las-ia na lama e as Mist uraria com o seu desagradável al iment o ment al. Mas esses poucos não esqueceram nem desprezaram os preceit os originais de Hermes, que t rat am da t ransmissão das palavras da verdade aos que est ão preparados para recebê-la, a respeit o dos quais diz o Caibal ion:"Em qualquer lugar que se achem os vest ígios do Mest re, os ouvidos daqueles que est iverem preparados para receber o seu Ensinament o se abrirão, complet ament e. " E ainda: "Quando os ouvidos do discípulo est ão preparados para ouvir, ent ão vêm os lábios para enchê-los com sabedoria. " Mas a sua at it ude habit ual sempre est eve est ri t ament e de acordo com out ro aforismo hermét ico t ambém do Caibal ion: "Os lábios da Sabedoria est ão fechados, excet o aos ouvidos do Ent endiment o. " Os que não podem compreender são os que crit icaram est a at i t ude dos Hermet ist as e clamaram que eles não manifest avam o verdadeiro espír it o dos seus ensinament os nas ast uciosas reservas e ret icências que faziam. Porém um rápido olhar ret rospect ivo nas páginas da hist ória most rará a sabedoria dos Mest res, que conheciam que era uma loucura pret ender ensinar ao mundo o que ele não desej ava saber, nem est ava preparado para isso. Os Hermet ist as nunca quiseram ser márt ires; ant es pelo cont rário, f icaram silenciosament e ret irados com um sorriso de piedade nos seus fechados lábios enquant o os bárbaros se enfureciam cont ra eles nos seus cost umeiros divert iment os de levar à mort e e à t ort ura os honest os mas desencaminhados ent usiast as, que j ulgavam ser possível obrigar uma raça de bárbaros a admit ir a verdade, que só pode ser compreendida pelo eleit o j á bast ant e avançado no Caminho. E o espíri t o de perseguição ainda não desapareceu da t erra. Há cert os preceit os hermét icos que, se fossem divulgados, at rair iam cont ra os divulgadores uma grit aria de desprezo e de ódio por part e da mult idão, que t ornaria a grit ar: "Crucif icai-os! Crucif icai-os! Nest a obra nós nos esforçamos por vos oferecer uma idéia dos preceit os fundament ais do Caibal ion, procurando dar os Princípios acionant es e vos deixando o t rabalho de os est udar, em vez de t rat armos det alhadament e dos seus ensinament os. Se fordes verdadeiros est udant es podereis compreender e apl icar est es Princípios; se o não fordes deveis vos desenvolver, porque de out ra maneira os Preceit os hermét icos serão para vós soment e palavras, palavras, palavras! ! ! . . . Os TRÊS INICIADOS A FILOSOFIA HERMÉTICA "Os lábios da sabedoria est ão fechados, excet o aos ouvidos do Ent endiment o." - O CAIBALION -Do velho Egit o saíram os preceit os fundament ais esot éricos e ocult os que t ão fort ement e t êm inf luenciado as f i losof ias de t odas as raças, nações e povos, por vários milhares de anos. O Egit o, a t erra das Pirâmides e da Esf inge, foi a pát ria da Sabedoria secret a e dos Ensinament os míst icos. Todas as nações receberam dele a Dout rina secret a. A índia, a Pérsia, a,Caldéia, a Média, a China, o Japão, a Assíria, a ant iga Grécia e Roma e out ros países ant igos aproveit aram laut ament e dos fat os do conheciment o, que os hierofant es e Mest res da Terra de Isis t ão f rancament e minist ravam aos que est avam preparados para part icipar da grande abundância de preceit os míst icos e ocult os, que as ment es superiores dest e ant igo país t inham cont inuament e condensado. No ant igo Egit o viveram os grandes Adept os e Mest res que nunca mais foram avant aj ados, e raras vezes foram igualados, nos séculos que se passaram desde o t empo do grande Hermes. No Egit o est ava est abelecida a maior das Loj as dos Míst icos. Pelas port as dos seus Templos ent raram os Neóf it os que mais t arde, como Híerofant es, Adept os e Mest res, se espalharam por t odas as part es da t erra, levando consigo o precioso conheciment o que possuíam, ansiosos e desej osos de ensiná-lo àqueles que est ivessem preparados para 3 recebê-lo. Todos os est udant es do Ocult o conhecem a dívida que t êm para com os veneráveis Mest res dest e ant igo país. Mas ent re est es Grandes Mest res do ant igo Egit o, exist iu um que eles proclamavam como o Mest re dos Mest res. Est e homem, se é que foi verdadeirament e um homem, viveu no Egit o na mais remot a ant iguidade. Ele foi conhecido sob o nome de Hermes Trismegist o. Foi o pai da Ciência Ocult a, o fundador da Ast rologia, o descobridor da Alquimia. Os det alhes da sua vida se perderam devido ao imenso espaço de t empo, que é de milhares de anos, e apesar de muit os países ant igos disput arem ent re si a honra de t er sido a sua pát ria. A dat a da sua exist ência no Egit o, na sua últ ima encarnação nest e planet a, não é conhecida agora mas foi f ixada nos primeiros t empos das mais remot as dinast ias do Egit o, muit o ant es do t empo de Moisés. As melhores aut oridades consideram-no como cont emporâneo de Abraão, e algumas t radições j udaicas dizem clarament e que Abraão adquiriu uma part e do seu conheciment o míst ico do próprio Hermes. Depois de t er passado muit os anos da sua part ida dest e plano de exist ência (a t radição af irma que viveu t rezent os anos) os egípcios deif icaram Hermes e f izeram dele um dos seus deuses sob o nome de Thot h. Anos depois os povos da Ant iga Grécia t ambém o deif icaram com o nome de "Hermes, o Deus da Sabedoria". Os egípcios reverenciaram por muit os séculos a sua memória, denominando-o o mensageiro dos Deuses, e aj unt ando-lhe como dist int ivo o seu ant igo t ít ulo "Trismegist o", que signif ica o t rês vezes grande, o grande ent re os grandes. Em t odos os países ant igos, o nome de Hermes Trismegist o foi reverenciado, sendo esse nome considerado como sinônimo de "Font e de Sabedoria". Ainda em nossos dias empregamos o t ermo hermét ico no sent ido de secret o, fechado de t al maneira que nada escapa, et c. , pela razão que os discípulos de Hermes sempre observaram o princípio do segredo nos seus preceit os. Eles ignoravam aquele não lançar as pérolas aos porcos, mas conservavam o preceit o de dar leit e às crianças, e carne aos homens feit os, máximas que são famil iares a t odos os leit ores das Escrit uras Crist ãs, mas que j á eram usadas pelos egípcios, muit os séculos ant es da era crist ã. Os Preceit os hermét icos est ão espalhados em t ocos os países e em t odas as rel igiões, mas não pert encem a nenhuma seit a rel igiosa part icular. Ist o acont ece por causa das advert ências feit as pelos ant igos inst rut ores com o f im de evit ar que a Dout rina Secret a fosse crist al izada em um credo. A sabedoria dest a precaução é clara para t odos os est udant es de hist ória. O ant igo ocult ismo da índia e da Pérsia degenerou-se e perdeu-se complet ament e, porque os seus inst rut ores t ornaram-se padres, e mist uraram a t eologia com a f i losof ia, vindo a ser, por conseqüência, o ocult ismo da índia e da Pérsia, gradualment e perdido no meio das massas de rel igiões, superst ições, cul t os, credos e deuses. O mesmo acont eceu com a ant iga Grécia e Roma e t ambém com os Preceit os hermét icos dos Gnóst icos e Crist ãos primit ivos, que se perderam no t empo de Const ant ino, e que sufocaram a f i losof ia com o mant o da t eologia, fazendo assim a Igrej a perder aquilo que era a sua verdadeira essência e espírit o, e andar às cegas durant e vários séculos, ant es de t omar o seu verdadeiro caminho; porque t odos os bons observadores dest e vigésimo século dizem que a Igrej a est á lut ando para volt ar aos seus ant igos ensinament os míst icos. Apesar de t udo isso sempre exist iram algumas almas f iéis que mant iveram viva a Chama, al iment ando-a cuidadosament e e não deixando a sua luz se ext inguir. E graças a est es f irmes corações e int répidas ment es, t emos ainda conosco a verdade. Mas a maior part e dest a não se acha nos l ivros. Tem sido t ransmit ida de Mest re a Discípulo, de Iniciado a Hierofant e, dos lábios aos ouvidos. Ainda que est ej a escrit a em t oda part e, foi proposit alment e velada com t ermos de alquimia e ast rologia, de modo que só os que possuem a chave podem-na ler bem. Ist o era necessário para evit ar as perseguições dos t eólogos da Idade Média que combat iam a Dout rina Secret a a ferro, fogo, pelourinho, forca e cruz. Ainda at ualment e só encont ramos alguns val iosos l ivros de Filosof ia hermét ica, apesar das numerosas referências feit as a ela nos vários l ivros escrit os sobre diversas fases do Ocult ismo. Cont udo, a Fi losof ia hermét ica é a única Chave-Mest ra que pode abrir t odas as port as dos Ensinament os Ocult os! Nos primeiros t empos exist iu uma compilação de cert as Dout rinas básicas do Hermet ismo, t ransmit ida de mest re a discípulo, a qual era conhecida sob o nome de "Caibal ion", cuj a signif icação exat a se perdeu durant e vários séculos. Est e ensinament o é, cont udo, conhecido por vários homens a quem foi t ransmit ido dos lábios aos ouvidos, desde muit os séculos. Est es preceit os nunca foram escrit os ou impressos at é chegarem ao nosso conheciment o. Eram simplesment e uma coleção de máximas, preceit os e axiomas, não int el igíveis aos profanos, mas que eram pront ament e ent endidos pelos est udant es; e além disso, eram depois explicados e ampliados pelos Iniciados hermet ist as aos seus Neóf it os. Est es preceit os const i t uíam realment e os princípios básicos da Art e da 4 Alquimia Hermét ica que, cont rariament e ao que geralment e se crê, baseia-se no domínio das Forças Ment ais, em vez de no domínio dos Element os mat eriais; na Transmut ação das Vibrações ment ais em out ras, em vez de na mudança de uma espécie de met al em out ra. As lendas da Pedra Filosofal, que t ransformava qualquer met al em ouro, eram alegorias da Filosof ia hermét ica perfeit ament e ent endidas por t odos os est udant es do verdadeiro Hermet ismo. Nest e l ivro, cuj a primeira l ição é est a, convidamos os est udant es a examinar os Preceit os hermét icos t al como são expost os no Caibalion e expl icados por nós, humildes est udant es desses Preceit os' que, apesar de t ermos o t ít ulo de Iniciados, somos simples est udant es aos pés de Hermes, o Mest re. Nós lhes oferecemos muit os axiomas, máximas e preceit os do Caibalion, acompanhados de expl icações e coment ários, que cremos servir para t ornar os seus preceit os mais compreensíveis ao est udant e moderno, principalment e porque o t exto original é velado de propósit o com t ermos obscuros. As máximas, os axiomas e preceit os originais do Caíbalíon são impressos em t ipo diferent e do t ipo geral da nossa obra. Esperamos que os est udant es a quem oferecemos est a obra, como possam t irar muit o proveit o do est udo das suas páginas como t iraram out ros que passaram ant es pelo Caminho do Adept ado, nos séculos decorridos desde o t empo de Hermes Trismegist o, o Mest re dos Mest res, o Três Vezes Grande. Diz o Caibal ion: "Em qualquer lugar que est ej am os vest ígios do Mest re, os ouvidos daquele que est iver preparado para receber o seu Ensinament o se abrirão complet ament e". "Quando os ouvidos do discípulo est ão preparados para ouvir, ent ão vêm os lábios para os encher com Sabedoria. " De modo que, de acordo com o indicado, só dará at enção a est e l ivro aquele que t iver uma preparação especial para receber os Preceit os que ele t ransmit e. E, reciprocament e, quando o est udant e est iver preparado para receber a verdade, t ambém est e l ivro lhe aparecerá. Est a é a Lei. O Princípio hermét ico de Causa e Efeit o, no seu aspect o de Lei de At ração, levará os ouvidos para j unt o dos lábios e o l ivro para j unt o do discípulo. Assim são os át omos! CAPÍTULO ll OS SETE PRINCÍPIOS HERMÉTICOS "Os Princípios da Verdade são Set e; aquele que os conhece perfeit ament e, possui a Chave Mágica com a qual t odas as Port as do Templo podem ser abert as complet ament e." - O CAIBALION- Os Set e Princípios em que se baseia t oda a Filosof ia hermét ica são os seguint es: I. O Princípio de Ment al ismo. II. O Princípio de Correspondência. III. O Princípio de Vibração. IV. O Princípio de Polaridade. V. O Princípio de Rit mo. VI. O Princípio de Causa e Eleit o. VII . O Princípio de Gênero. Est es Set e Princípios podem ser explicados e explanados, como vamos fazer nest a l ição. Uma pequena explanação de cada um deles pode ser feit a agora, e é o que vamos fazer. 1. O Principio de Mentalismo "O TODO é MENTE; o Universo é Mental. " - O CAIBALION - Est e Princípio cont ém a verdade que Tudo é Ment e. Expl ica que O TODO (que,é a Realidade subst ancial que se ocult a em t odas as manifest ações e aparências que conhecemos sob o nome de Universo Mat erial, Fenômenos da Vida, Mat éria, Energia, numa palavra, sob t udo o que t em aparência aos nossos sent idos mat eriais) é ESPÍRITO, é INCOGNOSCíVEL e INDÈFINFVEL em si mesmo, mas pode ser considerado como uma MENTE VIVENTE INFINITA e UNIVERSAL. Ensina t ambém que t odo o mundo fenomenal ou universo é simplesment e uma Criação Ment al do TODO, suj eit a às Leis das Coisas criadas, e que o universo, como um t odo, em suas part es ou unidades, t em sua exist ência na ment e do TODO, em cuj a Ment e vivemos, movemos e t emos a nossa exist ência. Est e Princípio, est abelecendo a Nat ureza Ment al do Universo, expl ica t odos os 5 fenômenos ment ais e psíquicos que ocupam grande part e da at enção pública, e que, sem t al explicação, seriam inint el igíveis e desaf iariam o exame cient íf ico. A compreensão dest e Princípio hermét ico do Ment al ismo habil it a o indivíduo a abarcar pront ament e as leis do Universo Ment al e a apl icar o mesmo Princípio para a sua fel icidade e adiant ament o. O est udant e hermet ist a ainda não sabe apl icar int el igent ement e a grande Lei Ment al, apesar de empregá-la de maneira casual. Com a Chave-Mest ra em seu poder, o est udant e poderá abrir as diversas port as do t emplo psíquico e ment al do conheciment o e ent rar por elas l ivre e int el igent ement e. Est e Princípio expl ica a verdadeira nat ureza da Força, da Energia e da Mat éria, como e por que t odas elas são subordinadas ao Domínio da Ment e. Um velho Mest re hermét ico escreveu, há muit o t empo: "Aquele que compreende a verdade da Nat ureza Ment al do Universo est á bem avançado no Caminho do Domínio. " E est as palavras são t ão verdadeiras hoj e, como no t empo em que foram escrit as. Sem est a Chave-Mest ra, o Domínio é impossível, e o est udant e bat erá em vão nas diversas port as do Templo. II. O Principio de Correspondência "O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima." - O CAIBALION - Est e Princípio cont ém a verdade que exist e uma correspondência ent re as leis e os fenômenos dos diversos planos da Exist ência e da Vida. O velho axioma hermét ico diz est as palavras: "O que est á em cima é como o que est á embaixo, e o que est á embaixo é como o que est á em cima. ' A compreensão dest e Princípio dá ao homem os meios de expl icar muit os paradoxos obscuros e segredos da Nat ureza. Exist em planos fora dos nossos conheciment os, mas quando lhes apl icamos o Princípio de Correspondência chegamos a compreender muit a coisa que de out ro modo nos seria impossível compreender. Est e Princípio é de apl icação e manifest ação universal nos diversos planos do universo mat erial , ment al e espiri t ual: é uma Lei Universal. Os ant igos Hermet ist as consideravam est e Princípio como um dos mais import ant es inst rument os ment ais, por meio dos quais o homem pode ver além dos obst áculos que encobrem à vist a o Desconhecido. O seu uso const ant e rasgava aos poucos o véu de Isis e um vislumbre da face da deusa podia ser percebido. Just ament e do mesmo modo que o conheciment o dos Princípios da Geomet ria habil i t a o homem, enquant o est iver no seu observat ório, a medir sóis longínquos, assim t ambém o conheciment o do Princípio de Correspondência habil i t a o Homem a raciocinar int el igent ement e,do Conhecido ao Desconhecido. Est udando a mônada, ele chega a compreender o arcanj o. III. O Princípio de Vibração "Nada está parado; tudo se move;tudo vibra. " - O CA IBALION - Est e Princípio encerra a verdade que t udo est á em moviirent o: t udo vibra; nada est á parado; fat o que a Ciência moderna observa, e que cada nova descobert a cient íf ica t ende a conf irmar. E cont udo est e Princípio hermét ico foi enunciado há milhares de anos pelos Mest res do ant igo Egit o. Est e Princípio expl ica que as diferenças ent re as diversas manifest ações de Mat éria, Energia, Ment e e Espíri t o, result am das ordens variáveis de Vibração. Desde O TODO, que é Puro Espíri t o, at é a forma mais grosseira da Mat éria, t udo est á em vibração; quant o mais elevada for a vibração, t ant o mais elevada será a posição na escala. A vibração do Espíri t o é de uma int ensidade e rapidez t ão inf init as que prat icament e ele est á parado, como uma roda que se move muit o rapidament e parece est ar parada. Na ext remidade inferior da escala est ão as grosseiras formas da mat éria, cuj as vibrações são t ão vagarosas que parecem est ar paradas. Ent re est es pólos exist em milhões e milhões de graus diferent es de vibração. Desde o corpúsculo e o elét ron, desde o át omo e a molécula, at é os mundos e universos, t udo est á em moviment o vibrat ório. Ist o é verdade nos planos da energia e da força (que t ambém variam em graus de vibração); nos planos ment ais (cuj os est ados dependem das vibrações), e t ambém nos planos espiri t uais. O conheciment o dest e Princípio, ' com as fórmulas apropriadas, permit e ao est udant e hermet ist a conhecer as suas vibrações ment ais, assim como t ambém a dos out ros. Só os Mest res podem aplicar est e Princípio para a conquist a dos Fenômenos Nat urais, por diversos meios. "Aquele que compreende o Princípio de vibração alcançou o cet ro do poder", diz um escrit or ant igo. IV. O Principio de Polaridade 6 "Tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu op osto;o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênt icos em natureza, mas diferentes e m grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades; todosos paradoxos pode m ser reconciliados. " - O CAIBALION - Est e Princípio encerra a verdade: t udo é Duplo; t udo t em dois pólos; t udo t em o seu opost o, que formava um velho axioma hermét ico. Ele expl ica os velhos paradoxos, que deixaram muit os homens perplexos, e que foram est abelecidos assim: A Tese e a Ant ít ese são idênt icas em nat ureza, mas diferent es em grau; os opost os são a mesma coisa, diferindo soment e em grau; os pares de opost os podem ser reconcil iados; os ext remos se t ocam; t udo exist e e não exist e ao mesmo t empo; t odas as verdades são meias-verdades; t oda verdade é meio-falsa; há dois lados em t udo, et c. , et c. Ele explica que em t udo há dois pólos ou aspect os opost os, e que os opost os são simplesment e os dois ext remos da mesma coisa, consist indo a diferença em variação de graus. Por exemplo: o Calor e o Frio, ainda que sej am; opost os, são a mesma coisa, e a diferença que há ent re eles consist e simplesment e na variação de graus dessa mesma coisa. Olhai para o vosso t ermômet ro e vede se podereis descobrir onde t ermina o calar e começa o f r io! Não há coisa de calor absolut o ou de f r io absolut o; os dois t ermos calor e f r io indicam soment e a variação de grau da mesma coisa, e que essa mesma coisa que se manifest a como calor e f r io nada mais é que uma forma, variedade e ordem de Vibração. Assim o calor e o f r io são unicament e os dois pólos daquilo que chamamos Calor; e os fenômenos que daí decorrem são manifest ações do Princípio de Polaridade. O mesmo Princípio se manifest a no caso da Luz e da Obscuridade, que são a mesma coisa, consist indo a diferença simplesment e nas variações de graus ent re os dois pólos do fenômeno Onde cessa a obscuridade e começa a luz? Qual é a diferença ent re o grande e o pequeno? Ent re o fort e e o f raco? Ent re o branco e o pret o? Ent re o perspicaz e o néscio? Ent re o al t o e o baixo? Ent re o posit ivo e o negat ivo. O Princípio de Polaridade expl ica est es paradoxos e nenhum out ro Princípio pode excedê-lo. O mesmo Princípio opera no Plano ment al. Permít iu-nos t omar um exemplo ext remo: o do Amor e o ódio, dois est ados ment ais em aparência t ot alment e diferent es. E, apesar disso, exist em graus de ódio e graus de Amor, e um pont o médio em que usamos dos t ermos Igual ou Desigual, que se encobrem mut uament e de modo t ão gradual que às vezes t emos dif iculdades em conhecer o que nos é igual, desigual ou nem um nem out ro. E t odos são simplesment e graus da mesma coisa, como compreendereis se medit ardes um moment o. E mais do que ist o (coisa que os Hermet ist as consideram de máxima import ância), é possível mudar as vibrações de ódio em vibrações de Amor, na própria ment e de cada um de nós e nas ment es dos out ros. Muit os de vós, que ledes est as l inhas, t iveram experiências pessoais da t ransformação do Amor em ódio ou do inverso, quer isso se desse com eles mesmos, quer com out ros. Podeis pois t ornar possível a sua real ização, exercit ando o uso da vossa Vont ade por meio das fórmulas hermét icas. Deus e o Diabo, são, pois, os pólos da mesma coisa, e o Hermet ist a ent ende a art e de t ransmut ar o Diabo em Deus, por meio da apl icação do Princípio de Polaridade. Em resumo, a Art e de Polaridade f ica sendo uma fase da Alquimia Ment al, conhecida e prat icada pelos ant igos e modernos Mest res hermet ist as. O conheciment o do Princípio habil i t ará o discípulo a mudar a sua própria Polaridade, assim como a dos out ros, se ele consagrar o t empo e o est udo necessário para obt er o domínio da art e. V. O Principio de Ritmo "Tudo tem f luxo e ref luxo; tudo ,em suas marés; tud o sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação." - O CAIBALION - Est e Princípio cont ém a verdade que em t udo se manifest a um moviment o para diant e e para t rás, um f luxo e ref luxo, um moviment o de at ração e repulsão, um moviment o semelhant e ao do pêndulo, uma maré enchent e e uma maré vazant e, uma maré -al t a e uma maré baixa, ent re os dois pólos, que exist em, conforme o Princípio de Polaridade de que t rat amos há pouco. Exist e sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma ret irada, uma subida e uma descida. Ist o acont ece nas coisas do Universo, nos sóis, nos mundos, nos homens, nos animais, na ment e, na energia e na mat éria. Est a lei é manifest a na criação e dest ruição dos mundos, na elevação e na queda das nações, na vida de t odas as coisas, e f inalment e nos est ados ment ais do I-Iomem (e é com est es úl t imos que os Hermet ist as reconhecem a compreensão do Princípio mais import ant e). Os Hermet ist as compreenderam est e Princípio, reconhecendo a sua aplicação universal, e descobriram t ambém cert os meios de dominar os seus efeit os no próprio ent e com o emprego de fórmulas e mét odos apropriados. Eles apl icam a Lei ment al de Neut ral ização. 7 Eles não podem anular o Princípio ou impedir as suas operações, mas aprenderam como se escapa dos seus efeit os na própria pessoa, at é um cert o grau que depende do Domínio dest e Princípio. Aprenderam como empregá-lo, em vez de serem empregados por ele. Nest e e nout ros mét odos consist e a Art e dos Hermet ist as. O Mest re dos Hermet ist as polarizasse at é o pont o em que desej ar, e ent ão neut ral iza a Oscilação Rít mica pendular que t enderia a arrast á-lo ao out ro pólo. Todos os indivíduos que at ingiram qualquer grau de Domínio próprio execut am ist o at é um cert o grau, mais ou menos inconscient ement e, mas o Mest re o faz conscient ement e e com o uso da sua Vont ade, at ingindo um grau de Equil íbrio e Firmeza ment al quase impossível de ser acredit ado pelas massas populares que vão para diant e e para t rás como um pêndulo. Est e Princípio e o da Polaridade foram est udados secret ament e pelos Hermet ist as, e os mét odos de impedi-los, neut ral izá-los e empregá-los formam uma part e import ant e da Alquimia Ment al do Hermet ismo. VI. O Principio de Causa e Efeito "Toda a Causa tem seu Efeito, todo Efeito tem sua C ausa; tudo acontece de acordo com a Lei; o Acaso é simplesment e um nome dado a uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causal idade, porém nada escapa à Lei. " - O CAIBALION - Est e princípio cont ém a verdade que há uma Causa para t odo o Efeit o e um Efeit o para t oda a Causa. Explica que: Tudo acont ece de acordo com a Lei, nada acont ece sem razão, não há coisa que sej a casual; que, no ent ant o, exist em vários planos de Causa e Efeit o, os planos superiores dominando os planos inferiores, nada podendo escapar complet ament e da Lei. Os Hermet ist as conhecem a art e e os mét odos de elevar-se do plano ordinário de Causa e Efeit o, a um cert o grau, e por meio da elevação ment al a um plano superior t omam-se Causadores em vez de Efeit os. As massas do povo são levadas para a f rent e; os desej os e as vont ades dos out ros são mais fort es que as vont ades delas; a heredit ariedade, a sugest ão e out ras causas ext eriores movem-nas como se fossem peões no t abuleiro de xadrez da Vida. Mas os Mest res, elevando-se ao plano superior, dominam o seu gênio. cara 't er, suas qual idades, poderes, t ão bem como os que o cercam e t ornam-se Mot ores em vez de peões. Eles aj udam a j ogar a criação, quer f ísica, quer ment al ou espirit ual, é possível sem part ida da vida, em vez de serem j ogados e movidos por out ras vont ades e inf luências. Empregam o Princípio em lugar de serem seus inst rument os. Os Mest res obedecem à Causalidade do plano superior, mas aj udam a governar o nosso plano. Nest e preceit o est á condensado um t esouro do Conheciment o hermét ico: aprenda-o quem quiser. VII. O Principiode Gênero "O Genero está em tudo; tudo tem o seu princípio ma sculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos. " - O CAIBALION - Est e princípio encerra a verdade que o gênero é manifest ado em t udo; que o princípio mascul ino e o princípio feminino sempre est ão em ação. Ist o é cert o não só no Plano f ísico, mas t ambém nos Planos ment al e espirit ual. No Plano f ísico est e Princípio se manifest a como sexo, nos planos superiores t oma formas superiores, mas é sempre o mesmo Princípio. Nenhuma criação, quer f ísica, quer ment al ou espirit ual , é possível sern est e Princípio, A compreensão das suas leis poderá esclarecer muit os assunt os que deixaram perplexas as ment es dos homens. O Princípio de Gênero opera sempre na direção da geração, regeneração e criação'.Todas as coisas e t odas as pessoas cont êm em si os dois Element os dest e grande Princípio. Todas as coisas machos t êm t ambém o Element o feminino; t odas as coisas fêmeas t êm o Element o mascul ino. Se compreenderdes a f i losof ia da Criação, Geração e Regeneração ment ais, podereis est udar e compreender est e Princípio hermét ico. Ele cont ém a solução de muit os mist érios da Vida. Nós vos advert imos que est e Princípio não t em relação alguma com as t eorias e prát icas luxuriosas, perniciosas e degradant es, que t êm t ít ulos empolgant es e fant ást icos, e que nada mais são do que a prost it uição do grande princípio nat ural de Gênero. Tais t eorias, baseadas nas ant igas formas infamant es do Fal icismo, t endem a arruinar a ment e, o corpo e a alma; e a Filosof ia hermét ica sempre publ icou not as severas cont ra est es preceit os que t endem à luxúria, depravação e perversão dos princípios do Nat ureza. Se desej ais t ais ensinament os podeis procurá-los nout ra part e: o Hermet ismo nada cont ém nest as l inhas que sirva para vás. Para aquele que é puro, t odas as coisas são puras; para os vis, t odas as coisas são vis e baixas. 8 CAPÍTULO III A TRANSMUTAÇÃO MENTAL "A Mente (tão bem como os metais e os elementos) po de ser transmutada de estado em estado, de grau em grau, de condição em condição, de pólo em p ólo, de vibração em vibração. A verdadeira transmutação hermética é uma Arte Mental. " - O CAIB ALION - Como dissemos, os Hermet ist as eram os ant igos alquimist as, ast rólogos e psicologist as, t endo sido Hermes o fundador dest as escolas de pensament o. Da ast rologia nasceu a moderna ast ronomia; da alquimia nasceu a moderna química; da psicologia míst ica nasceu a moderna psicologia das escolas. Mas não se pode supor que os ant igos ignoravam aquilo que as escolas modernas pret endem ser sua propriedade exclusiva e especial. As memórias gravadas nas pedras do Ant igo Egit o most ram clarament e que os ant igos t inham um grande conheciment o de ast ronomia, a verdadeira const rução das Pirâmides represent ando a relação ent re o seu desenho e o est udo da ciência ast ronômica. Não ignoravam a Química, porque os f ragment os dos ant igos escrit os most ram que eles conheciam as propriedades químicas das coisas; com efeit o, as ant igas t eorias relat ivas à f ísica vão sendo vagarosament e verif icadas pelas últ imas descobert as da ciência moderna, principalment e as que se referem à const it uição da mat éria. Não se deve crer que eles ignoravam as chamadas descobert as modernas em psicologia; pelo cont rário, os egípcios eram especialment e versados na ciência da Psicologia, ,part icularment e nos ramos que as modernas escolas ignoram; que, não obst ant e, t êm sido encobert os sob o nome de ciência psíquica, que a confusão dos psicólogos da at ual idade, fazendo-lhes com repugnância admit ir que af inal pode haver alguma coisa nela. A verdade é que, sob a química mat erial , a ast ronomia e a psicologia (que é a psicologia na sua fase de ação do pensament o), os ant igos possuíam um conheciment o da ast ronomia t ranscendent e, chamada ast rologia; da química t ranscendent e, chamada alquimia; da psicologia t ranscendent e chamada psicolo gía míst ica. Possuíam o Conheciment o Int erno como o Conheciment o Ext erno, sendo o úl t imo o único possuído pelos cient ist as modernos. Ent re os muit os ramos secret os de conheciment o possuídos pelos Hermet ist as est ava o conhecido sob o nome de Transmut ação Ment al, que forma a exposição mat erial dest a l ição. Transmut ação é um t ermo usualment e empregado para designar a ant iga art e da t ransmut ação dos met ais; part icularment e dos met ais impuros em ouro. A palavra t ransmut ar signif ica mudar de uma nat ureza, forma ou subst ância, em out ra; t ransformar (Webst er). E da mesma forma, Transmut ação Ment al signif ica a art e de t ransformar e de mudar os est ados, as formas e as condições ment ais em out ras. Assim podeis ver que a Transmut ação Ment al é a Art e da Química Ment al ou se quiserdes, uma forma da Psicologia Míst ica prát ica. Porém est as signif icações est ão muit o longe de serem o que ext eriorment e parecem. A Transmut ação, Alquimia, ou Química, no Plano Ment al é cert ament e muit o import ant e nos seus efeit os, e se a art e cessou agora, assim mesmo não pode deixar de ser um dos mais import ant es ramos de est udos conhecidos pelos homens. Mas ist o é simplesment e o princípio. Vej amos a razão! O primeiro dos Set e Princípios Hermét icos é o princípio de Ment alísmo, o seu axioma é "O TODO é Ment e; o Universo é Ment al", que signif ica que a Realidade Obj et iva do Universo é Ment e; e o mesmo Universo é Ment al, ist o é, exist ent e na Ment e do TODO. Est udaremos est e princípio nas seguint es l ições, mas deixai-nos examinar o efeit o do princípio se for considerado como verdade. Se o Universo é Ment al na sua nat ureza, a Transmut ação Ment al pode ser considerada como a art e de MUDAR AS CONDIÇÕES DO UNIVERSO, nas divisões de Mat éria, Força e Ment e. Assim compreendereis que a Transmut ação Ment al é realment e a Magia de que os ant igos escrit ores muit o t rat aram nas suas obras míst icas, e de que dão muit o poucas inst ruções prát icas. Se Tudo é Ment al, ent ão a art e que ensina a t ransmut ar as condições ment ais pode t ornar o Mest re diret or das condições mat eriais t ão bem como das condições chamadas ordinariament e ment ais. De fat o, nenhum alquimist a, que não est ej a adiant ado na Alquimia ment al, pode obt er o grau necessário de poder para dominar as grosseiras condições f ísicas e os element os da Nat ureza, a produção ou cessação das t empest ades e dos t erremot os assim como de out ros grandes fenômenos f ísicos. Que t ais homens t enham exist ido e exist am ainda hoj e, é mat éria da maior cert eza para t odos os ocult ist as adiant ados de t odas as escolas. Que exist em Mest res e que eles t êm est es poderes, os melhores inst rut ores asseguram-no aos seus discípulos, t endo experiências que os . j ust if icam nest as opiniões e declarações. Est es Mest res não exibem em públ ico os seus poderes, mas procuram o afast ament o do t umult o dos homens, com o f im de abrir melhor o seu caminho na Senda do Conheciment o. Mencionamos aqui a sua exist ência simplesment e com o f im de chamar a vossa at enção para o fat o de que o seu Poder é int eirament e Ment al, e de que eles operam 9 conforme as l inhas da mais elevada Transmut ação ment al, e em conformidade com o Princípio hermét ico de Ment al ismo. "O Universo é Ment al" O CAIBALION. Porém os discípulos e os Hermet ist as de grau inferior aos Mest res - os Iniciados e Inst rut ores - podem facilment e operar pelo Plano Ment al ao prat icar a Transmut ação Ment al. Com efeit o, t udo o que chamamos fenômenos psíquicos, inf luência ment al, ciência ment al, fenômenos de novo pensament o, et c. , se realiza conforme a mesma l inha geral, porque nist oest á mais um princípio ocult o, do que a mat éria cuj o nome é dado,ao fenômeno. O discípulo que é prat icant e da Transmut ação Ment al opera no Plano Ment al, t ransmut ando as condições ment ais, os est ados, et c. em out ros, de acordo com diversas fórmulas mais ou menos ef icazes. Os diversos t rat ament os, as af irmações e negações, et c. , das escolas da ciência ment al são ant es fórmulas f reqüent ement e muit o imperfeit as e não cient íf icas, da Art e hermét ica. A maioria dos prat icant es modernos são muit o ignorant es em comparação com os ant igos mest res, pois eles carecem do conheciment o fundament al sobre que é baseada a operação. Não soment e os próprios est ados ment ais podem ser mudados ou t ransmut ados pelos mét odos hermét icos; mas t ambém os est ados ment ais dos out ros podem ser, e mesmo são const ant ement e t ransmut ados na mesma direção, quase sempre inconscient ement e, mas às vezes conscient ement e, por uma pessoa que conheça as leis e os princípios, nos casos em que a pessoa inf luenciada não est ej a informada dos princípios da prot eção própria. E, ainda mais, como sabem diversos discípulos e prat icant es da moderna ciência ment al, t oda condição mat erial que depende das ment es dos out ros pode ser mudada ou t ransmut ada de acordo com o desej o, a vont ade e os t rat ament os reais da pessoa que desej a mudar as condições da vida. Na at ualidade o Público est á informado geralment e dest as coisas, que não j ulgamos necessário mencioná-las por ext enso; porque o nosso propósit o a est e respeit o é simplesment e most rar a Art e e o Princípio hermét ico de Polaridade. Nest e l ivro procuramos est abelecer os princípios básicos da Transmut ação Ment al , para que t odos os que lêem possam compreender os Princípios secundários, e possuir ent ão a Chave--Mest ra que abrirá as diversas port as do Princípio hermét ico de Polaridade. Vamos fazer agora uma consideração sobre o primeiro dos Set e Princípios hermét icos: o princípio de Ment al ismo, que af irma a verdade que "O TODO é Ment e; o Universo é Ment al", conforme as palavras do Caibalion. Pedimos uma at enção ínt ima e um est udo cuidadoso dest e grande Princípio, da part e dos nossos discípulos, porque ele é realment e o Princípio Básico de t oda a Filosof ia hermét ica e da Art e hermét ica de Transmut ação Ment al. CAPÍTULO IV O TODO "Sob as aparências do Universo, do Tempo e do Espaç o e da Mobilidade, está sempre encoberta a Realidade Substancial: a Ve rdade fundamental. " - O CAIBALION - A Subst ância é aquilo que se ocult a debaixo de t odas as manifest ações ext eriores, a essência, a real idade essencial, a coisa em si mesma, et c. Subst ancial é aquilo que exist e at ualment e, que é element o essencial, que é real, et c. A Realidade é o est ado real, verdadeiro, permanent e, duradouro, at ual de um ent e. Debaixo e dent ro de t odas as aparências ou manifest ações ext eriores, sempre houve uma Real idade subst ancial . Est a é a Lei. O homem, considerando o Universo, de que é simplesment e uma part ícula, observa que t udo se t ransforma em mat éria, em forças e em est ados ment ais. Ele conhece que nada É real, mas que, pelo cont rário, t udo é MÓVEL e CONDICIONAL. Nada est á parado; t udo nasce, cresce e morre; no moment o em que uma coisa chega a seu auge, logo começa a decl inar; a lei do rit mo est á em const ant e ação; não há real idade, qualidade duradoura, f ixidez ou subst ancial idade em qualquer coisa que ,sej a; nada é permanent e, t udo se t ransforma. O homem que observa as leis do Universo vê que t odas as coisas evoluem de out ras coisas, e resolvem-se em out ras; vê uma const ant e ação e reação, um f luxo e ref luxo, uma criação e dest ruição, o nasciment o, cresciment o e a mort e. Nada é permanent e, t udo se t ransforma. Se esse homem for um pensador at ivo, ele realizará t odas essas coisas mudáveis, que serão, cont udo, aparências ou manifest ações ext eriores da mesma Força Ocult a, da mesma realidade subst ancial. Todos os pensadores de t odos os países e t odas as épocas compreenderam a necessidade de ser admit ida a exist ência dest a Real idade subst ancial. Todas as f i losof ias dignas dest e nome acham-se baseadas nest a 10 opinião. Os homens deram a est a Real idade subst ancial muit as denominações: muit os designaram-na sob o t ermo Divindade (sob diversos t ít ulos); out ros chamaram-na a Et erna e Inf init a Energia; out ros ainda deram- lhe simplesment e o nome de Mat éria: mas t odos reconheceram a sua exist ência. Ist o é evident e por si mesmo, não é necessário argument os. Nest as l ições seguiremos o exemplo de muit os grandes pensadores ant igos e modernos - os Mest res Hermet ist as - e designaremos est a Força Ocult a, est a Realidade subst ancial sob o nome de O TODO, t ermo que consideramos como o mais compreensível dos diversos t ermos empregados pelo Homem para designar AQUELE que excede t oclos os nomes e t oclos os t ermos. Aceit amos e ensinamos as idéias dos grandes pensadores hermét icos de t odos os t empos, assim como as dest as almas i luminadas, que galgaram elevados Planos de exist ência, e que af irmam a nat ureza ínt ima do TODO ser INCOGNOSCÍVEL. Ist o é assim que ninguém pode compreender pelo próprio TODO por a nat ureza e a exist ência ínt ima dele. Os Hermet ist as pensam e ensinam que o TODO, em Si mesmo, é e será sempre INCOGNOSCÍVEL. Eles consideram t odas as t eorias, conj et uras e especulações dos t eólogos e met af ísicos a respeit o da nat ureza ínt ima do TODO, como esforços infant is das ment es f inít as para compreender o segredo do Inf init o. Tais esforços sempre desviaram e desviarão da verdadeira nat ureza do seu f im. Uma pessoa que Prossegue em t ais invest igações vai, de circuit o em circuit o no labirint o do pensament o, prej udicar o seu são raciocínio, a sua ação e a sua condut a, at é f icar t ot alment e inut i l izada para o t rabalho da vida. É como o esquilo, que furiosament e corre dent ro da redondeza da sua gaiola, caminhando sempre sem nunca chegar em part e alguma, e parando só quando se assust a: é enf im um prisioneiro. Porém são ainda mais presunçosos os que at ribuem ao TODO a personal idade, as qualidades e propriedades - caract eríst icos e at ribut os deles mesmos, e querem que o TODO t enha emoções, sensações e out ros caract eríst icos humanos que est ão abaixo das pequenas qual idades do gênero humano, t ais como a invej a, o desej o de l isonj as e louvores, desej o de oferendas e adorações, e t odos os out ros at r ibut os que sobrevivem desde a infância da raça. Tais idéias não são dignas de pessoas maduras e vão sendo rapidament e abandonadas. (Vem a propósit o dizer aqui que fazemos dist inção ent re a Rel igião e a Teologia, ent re a Fi losof ia e a Met af ísica. ) A Religião para nós é a realização inst it ucional da exist ência do TODO, e sua relação para com ele; ao passo que a Teologia -represent a o esforço do homem em at ribuir-lhe personal idade, qual idades e caract eríst icos, as t eorias a respeit o dos seus negócios, planos, desej os e vont ades, e as apropriações de t udo isso para o of ício de mediadores ent re O TODO e O povo. A Filosof ia é, para nós, a invest igação de acordo com o conheciment o das coisas conhecíeis e concebíveis; ao passo que a Met af ísica é o int ent o de levar a invest igação às regiões incognoscíveis e inconcebíveis e além dos seus l imit es, com a mesma t endência que a Teologia. Por conseguint e, a Rel igião e a Filosof ia são para nós coisas que t êm o seu princípio na Realidade, ao passo que a Teologia e a Met af ísica parecem delgados caniços, enraizados na areia movediça da ignorância, e nada mais const it uem que o mais incert o apoio para a ment e ou a alma do Homem.Não insist iremos com os est udant es que aceit am est as def inições; só mencionamo-las para most rar a posição em que nos colocamos nest e assunt o. Sej a como for falaremos muit o pouco sobre a Teologia e a Met af ísica. Mas, conquant o a nat ureza essencial do TODO sej a Incognoscível, exist em cert as verdades conexas com a sua exist ência que a ment e humana foi obrigada a aceit ar. E o exame dest as verdades forma um assunt o próprio para invest igações, morment e quando elas concordam com o t est emunho do Iluminado nos planos superiores. Nós vos convidamos a fazer est as invest igações. "AQUELE que é a Verdade Fundament al, a Realidade Subst ancial, est á fora de uma verdadeira denominação, mas o sábio chama-o O TODO." - O CAIBALION - "Na sua Essência, O TODO é INCOGNOSCIVEL." - O CAIBALION - "Mas os t est emunhos da Razão devem ser hospit aleirament e recebidas e t rat ados com respeit o. " - O CAIBALION - A razão humana, cuj os t est emunhos devemos aceit ar ao raciocinar sobre alguma coisa, nos diz o seguint e a respeit o do TODO, mas sem pret ender levant ar o véu do Incognoscível: I. O TODO é Tudo o que É REAL. Nada pode exist ir fora do TODO, porque do cont rário o TODO não seria mais o TODO. 11 II. O TODO É INFINITO, porque não há quem def ina, rest rinj a e l imit e O TODO. É Inf init o no Tempo, OU ETERNO; exist iu sempre, sem cessar; porque nada há que o pudesse criar, e se ele não t ivesse exist ido, não podia exist ir agora; exist irá perpet uament e, porque não há quem o dest rua, e ele não pode deixar de exist ir, porque aquilo que é alguma coisa não pode f icar sendo nada. É inf init o no -espaço; est á em t oda part e porque não há lugar fora do TODO; é cont ínuo no Espaço Sem cessação, separação ou int errupção, porque nada há que separe, divida ou int errompa a sua cont inuidade, e nada há para encher lacunas. É Inf init o ou Absolut o em Poder; porque não há nada para l imit á-lo, rest ringi-lo ou acondicioná- lo; não est á suj eit o a nenhum out ro Poder, porque não há out ro Poder. III. O TODO É IMUTÁVEL, ou não est á suj eit o a ser mudado na sua nat ureza real, nada há que possa operar mudanças nele, nada há em que possa ser mudado nem nada que t enha sido mudado. Não pode ser aument ado nem diminuído, nem f icar maior ou menor, sej a qual for o mot ivo. Ele sempre foi e sempre será t al como é agora: O TODO; nada houve, nada há e nada haverá em que ele possa ser mudado. TODO sendo Inf init o, Absolut o, Et erno e Imut ável, segue-se que t udo o que é f init o, passageiro, condicional e Mut ável não é o Todo. E como não há nada Real fora do TODO, t odas as coisas f ínit as não são Reais. Não deveis f icar admirados e espant ados das nossas palavras; não queremos levar-vos à Ciência Crist ã fundada sobre a part e inferior da Filosof ia hermét ica. Há uma Reconcil iação para o aparent e est ado cont radit ório at ual do assunt o. Tende paciência, que nós t rat aremos dest e assunt o em seu t empo. Vemos ao redor de nós que aquilo que se chama Mat éria const it ui O Princípio de t odas as formas. É O TODO Simplesment e Mat éria? Absolut ament e não! A Mat éria não pode manifest ar a Vida ou a Ment e, e como a Vida e a Ment e são manifest adas no Universo, Porque nada é superior à sua própria origem, nada se manifest a como efeit o que não est ej a na causa, nada evolui como conseqüent e, que não t enha involuído como ant ecedent e. Quando a ciência moderna nos diz que não há realment e out ra coisa senão Mat éria, devemos saber que aquilo que ela chama Mat éria é simplesment e uma energia eu força int errompida, ist o é, uma energia ou força com poucos graus de vibração. Disse um recent e escrit or, "a Mat éria obscureceu-se no Mist ério". Mesmo a ciência mat erial ist a j á abandonou a t eoria da Mat éria e agora se apóia sobre a base da Energia. Ent ão o TODO é simplesment e Energia ou Força? Não é Energia ou Força como os mat erial ist as empregam est es t ermos, porque a energia e força deles são coisas cegas e mecânicas, privadas de Vida ou de Ment e. A Vida ou a Ment e não pode evoluir da Energia ou Força cega, pela razão dada acima, que: Nada é superior à sua própria origem, nada evolui que não t enha involuído, nada se manifest a como efeit o que não t enha a sua causa. E assim O TODO não pode ser simplesment e Energia ou Força, porque, se assim fosse, não t eriam exist ência a Vida e a Ment e, e nós sabemos muit o bem que elas exist em, porque somos nós os que t emos Vida, e que empregamos a Ment e para considerar est a quest ão, assim como os que pret endem que a Energia ou Força é Tudo. Que é, pois, que sabemos exist ir no Universo, que é superior à Mat éria ou Energia? A VIDA E A MENTE! A Vida e a Ment e em t odos os seus diversos graus de desenvolviment o! "Ent ão, pergunt ais, quereis dizer que O TODO É VIDA E MENTE? Sim e Não! é a nossa respost a. Se ent endeis a Vida e a Ment e como nós pobres mort ais conhecêmo-las, diremos, Não! O TODO não é ist o! "Mas, que nat ureza de Vida e de Ment e quereis signif icar?", direis vós. A respost a é: "A MENTE VIVENTE, muit o acima do que os mort ais conhecem por essas palavras, como a Vida e a Ment e são superiores às forças mecânicas ou à mat éria; A INFINITA MENTE é Muit o superior em comparação à Vida e à Ment e f init a. " Queremos exprimir o que as almas i luminadas signif icam ao pronunciarem reverent ement e a palavra ESPÍRITO! O TODO é a Inf init a Ment e Vivent e; o Iluminado chama-a ESPÍRITO! CAPÍTULO V O UNIVERSO MENTAL "O Universo é Mental: ele está dentro da mente d'O TODO. - o CAIBALION - O TODO é ESPÍRITO! Mas que é Espíri t o? Est a pergunt a não pode ser respondida, porque a sua def inição seria prat icament e a do TODO, que não pode ser explicado nem def inido. Espírit o é um simples nome que os homens dão às suas mais elevadas concepções da Inf init a Ment e Vivent e; est a palavra signif ica a Essência Real; signif ica a Ment e Vivent e, t ão superior à Vida e à Ment e t ais como as Conhecemos, quant o est as últ imas são superiores à Energia mecânica e à Mat éria. O Espíri t o é superior ao nosso ent endiment o, e só empregamos 12 est e t ermo para podermos falar do TODO. No j uízo dos pensadores e int el igent es est amos j ust i f icados falando do Espírit o como Inf init a Ment e Vivent e, e reconhecendo que não Podemos compreende-Ia, quer raciocinando sobre ela, quer est udando a mat éria na sua t ot al idade. Façamos agora uma consideração sobre a nat ureza do Universo, quer no seu t odo, quer nas suas part es. Que é o UniverSO? Dissemos que nada há fora do TODO. Ent ão o Universo é O TODO? Não; não o é; porque o Universo parece ser formado de MUITOS, e est á const ant ement e mudando, ou, por out ras palavras, ele não pode ser comparado com as idéias que est abelecemos a respeit o do TODO. Ent ão, se o Universo não é o TODO, ele é o Nada; t al é a conclusão inevit ável da ment e à primeira idéia. Mas est a não sat isfaz a quest ão, porque sent imos a exist ência do Universo. Ora, se o Universo não é O TODO, nem o Nada, que será ent ão? Examinemos a quest ão. Se verdadeirament e o Universo exist e, ou parece exist ir, ele procederá diret ament e do TODO, poderá ser uma criação do TODO. Mas como poderá alguma coisa sair do nada, de que O TODO a t eria criado? Vários f i lósofos responderam a est a pergunt a, dizendo que TODO criou o Universo de si MESMO, ist o é, da exist ência e subst ância do TODO. Mas ist o não pode ser, porque o TODO não pode ser dividido ou diminuído, como j á vimos, e se ist o fosse verdade, cada part ícula do Universo não poderia deixar de conhecer o seu ent e - O TODO; o TODO não perderia o conheciment o próprio, nem SE TORNARIA at ualment e um át omo, uma força cega ou uma coisa de vida humilde.Com efeit o, alguns homens, j ulgando que o TODO é exat ament e TUDO, e reconhecendo t ambém que eles, os homens, exist em, avent uraram-se a concluir que eles eram idênt icos ao TODO, e at roaram os ares com os seus clamores de "EU SOU DEUS!" para divert iment o da mult idão e sorriso dos sábios. O clamor do corpúsculo que dissesse: "Eu sou Homem!", seria mais modest o em comparação. Mas, que é, pois, o Universo, se não for o TODO separando a si mesmo em f ragment os? Que out ra coisa poderá ser? De que coisa poderá ser feit o? Est a é a grande quest ão. Examinemo-la bem. Reconhecemos que o Princípio de Correspondência (vide a primeira l ição) vem em nosso auxíl io aqui. O velho axioma hermét ico "o que est á em cima é como o que est á embaixo", pode ser empregado com êxit o nest e pont o. Permit i-nos fazer uma rápida hipót ese sobre os planos elevados, 'examínando-os em nós mesmos. O Princípio de Correspondência apl ica-se a est e como a out ros problemas. Vej amos, pois! No seu próprio plano de exist ência, como cria o Homem? Primeirament e, ele pode criar, fazendo alguma coisa de mat eriais ext eriores. Mas assim não pode ser, porque não há mat eriais ext eriores ao TODO, com os quais ele possa criar. Em segundo lugar, o Homem procria ou reproduz a sua espécie pelo processo da geração que é a própria mult ipl icação por meio da t ransformação de uma part e da sua subst ância na da sua prole. Mas, assim t ambém não pode ser, porque o Todo não pode t ransferir ou subt rair uma part e de si mesmo, assim como reproduzir ou mult ipl icar a si mesmo: no primeiro caso haveria uma revogação da lei, e no segundo, uma mult ipl icação ou adição do TODO, idéias t ot alment e absurdas. Não há nenhum out ro meio pelo qual O HOMEM cria? Sim, há; ele CRIA MENTALMENTE! E dest e modo, não emprega mat eriais ext eriores, não reproduz a si mesmo, e, apesar disso, o seu Espíri t o penet ra a Criação Ment al. Conforme o Princípio de Correspondência, t emos razão de considerar que O TODO CRIA MENTALMENTE o Universo, de um modo semelhant e ao processo pelo qual o Homem cria as Imagens ment ais. Est e é o t est emunho da Razão, que concorda perfeit ament e com o t est emunho do Iluminado, como ele o manifest a pelos seus ensinos e escrit os. Assim são os ensinament os do Sábio. Tal era a dout rina de Hermes. O TODO não pode criar de out ro modo senão ment alment e, sem empregar qualquer mat erial (nada há para ser empregado), , e nem reproduzir a si mesmo (o que é t ambém impossível). Não se pode escapar dest a conclusão da Razão, que, como dissemos, concorda com os mais elevados preceit os do Iluminado. j ust ament e como vós podeis criar um Universo de vós mesmos na vossa ment al idade, aSSiM O TODO cria Universo na sua própria Ment e. Mas o vosso Universo é criação ment al de uma Ment e f init a, enquant o que o do TODO é criação de uma Ment e Inf init a. Ambos são análogos em nat ureza, mas inf init ament e diferent es em grau. Vamos examinar cuidadosament e como fazemos nos processos de criação e manifest ação. Mas ant es de t udo é preciso f ixardes as vossas ment es nest a f rase: O UNIVERSO, E TUDO O QUE ELE CONTÉM, É UMA CRIAÇÃO MENTAL DO TODO. COM efeit o, O TODO É MENTE! " O TODO cria na sua Ment e inf init a inumeráveis Universos, que exist em por eons de Tempo; e cont udo, para O TODO, a criação, o desenvolviment o, o declínio e a mort e de um milhão de Universos é como que o t empo do pest anej ar dum olho." - O CAIBALION-. "A Ment e Inf init a d'O TODO é a mat r iz dos Universos. " -O CAIBALION-. O Princípio de Gênero (vide l ição primeira e seguint es) é manifest ado em t odos os planos de vida, quer mat eriais, ment ais ou espirit uais. Mas, como j á dissemos, Gênero não signif ica Sexo; o sexo é simplesment e 13 uma manifest ação mat erial do, gênero. Gênero signif ica relat ivo à geração ou criação. Em qualquer lugar, em qualquer plano, em que uma coisa é criada ou gerada, o Princípio de Gênero se manifest a. E ist o é verdade mesmo na criação dos Universos. Mas, não se deve concluir dist o que ensinamos haver um Deus ou Criador macho e fêmea. Est a idéia é um desvio dos ant igos preceit os sobre est e assunt o. O verdadeiro ensinament o é que o TODO em si mesmo est á fora do Gênero, assim como de qualquer out ra Lei, mesmo as do Tempo e do Espaço. Ele é a Lei de que t odas as Leis procedem e não est á suj eit o a elas. Cont udo, quando O TODO se manifest a no plano de geração ou criação, os seus at os concordam com a Lei e o Princípio, porque se real izam num plano inferior de exist ência. E, por conseguint e, ele manifest a no Plano Ment al o Princípio de Gênero, nos seus aspect os Masculino e Feminino. Est a idéia poderá causar admiração a alguns de vós, que aprendem-na pela primeira vez, mas t odos vós aceit ast e-a passivament e nas vossas concepções diárias. Falais na Pat ernidade de Deus e na Mat ernidade da Nat ureza; de Deus, o Pai divino e da Nat ureza, a Mãe universal; logo, reconheceis inst int ivament e o Princípio de Gênero no Universo. Não é verdade? Mas a dout rina hermét ica não exprime uma dualidade real: O TODO é um; os dois aspect os são simplesment e aspect os de manifest ação. O ensinament o é que o Princípio Mascul ino manifest ado pelo TODO só impede a dest ruição da concepção at ual do Universo. Ele proj et a o seu Desej o no Princípio Feminino (que se chama Nat ureza), ao mesmo t empo que est e úl t imo começa a obra at ual da evolução do Universo, desde os simples cent ros de at ividade at é o homem, e subindo cada vez mais de acordo com as bem-est abelecidas Leis da Nat ureza. Se dais preferência aos velhos modos de expressão, podeis considerar o Princípio Mascul ino COMO DEUS, o Pai, e o Princípio Feminino COMO a NATUREZA, a Mãe Universal , em cuj a mat riz t oclas as coisas foram geradas. Ist o não é simplesment e uma f icção poét ica de l inguagem; é uma idéia do processo at ual de criação do Universo. Mas é preciso não esquecer que O TODO é um, e que o Universo é gerado, criado e exist e na sua Ment e Inf init a. Ist o vos permit irá fazer uma idéia de vós mesmos, se quiserdes apl icar a Lei de Correspondência à vossa própria ment e e a vós mesmos. Sabeis que a part e de Vós que chamais Eu. em cert o sent ido, sust ent a e prova a criação de Imagens ment ais na vossa própria ment e. A part e da vossa ment e em que é realizada a geração ment al pode ser chamada o eu inferior, dist int o do Eu. que sust ent a e examina os pensament os, as idéias e as imagens do eu inferior. Reparai bem que "o que est á em cima é como o que est á embaixo", e que os fenômenos de um plano podem ser empregados na solução dos enigmas de planos superiores ou inferiores. Será para admirar que Vós, os f i lhos, sint ais est a inst int iva reverência pelo TODO, sent iment o que chamamos rel igião; est a reverência e est e respeit o para com a MENTE-PAI? Será para admirar que, ao considerar as obras e as maravilhas da Nat ureza, f iqueis dominado por um grande sent iment o que t em sua origem fora do vosso ínt imo ser? É a MENTE-MÃE que vos est reit a, como a mãe est reit a seu f i lho ao seio. Não deveis comet er o erro de crer que o pequeno mundo que vedes ao redor de vós, a Terra, que é simplesment e um grão de areia em comparação com o Universo, sej a o próprio Universo. Exist em milhões de mundos semelhant es e maiores. Há milhões e milhões de Universos iguais em exist ência dent ro da Ment e Inf init a do TODO. E mesmo no nosso pequeno sist ema solar há regiões e planos de vida mais elevados que os nossos, -e ent es, em comparação aos quais nós, míseros mort ais, somos como as viçosas formas vivent es que habit am no fundo do oceano, comparadas ao Homem. Há ent es com poderes e at ribut os superiores aos que o Homem sonhou ser possuídopelos deuses. Não obst ant e, est es ent es foram como vós e ainda inferiores, e, com o t empo, vós podeis ser como eles ou superiores a eles; porque, como diz o Iluminado, t al é o Dest ino do Homem. A Mort e não é real, ainda mesmo no sent ido relat ivo; ela é simplesment e o Nasciment o a uma nova vida, e cont inuareis sempre de planos elevados de vida a out ros mais elevados por eons e eons de t empo. O Universo é vossa habit ação e est udareis os seus mais dist ant es a@,essos ant es do f im do Tempo, Residis na Ment e Inf init a do TODO, e as vossas pot encial idades e oport unidades são inf init as mas soment e no t empo e no espaço. E no f im do Grande Ciclo de EONS, O TODO recolherá em si t odas as suas criações; porém, vós cont inuareis alegrernent e a vossa j ornada, porque ent ão querereis preparar-vos para conhecer a Verdade Tot al da exist ência em Unidade com O TODO. E, quando est iverdes na met ade do caminho, est areis calmos e serenos; sois seguros e prot egidos pelo Poder Inf init o da MENTE-MÃE. "Dent ro da Ment e Pai-Mãe, o f i lho mort al est á na sua morada." - O CAIBALION - "Não há nenhum órfão de Pai ou de Mãe no Universo."O CAIBALION - 14 CÁPÍTULO VI O PARADOXO DIVINO "Os falsos sábios, reconhecendo a irreal idade comparat iva do Universo, imaginaram que podiam t ransgredir as suas Leis: est es t ais são vãos e presunçosos loucos; eles se quebram na rocha e são feit os em pedaços pelos element os, por causa da sua loucura. O verdadeiro sábio, conhecendo a nat ureza do Universo, emprega a Lei cont ra as leis, o superior cont ra o inferior; e pela Art e da Alquimia t ransmit a aquilo que é desagradável naquilo que é agradável, e dest e modo t riunfa, O Domínio não consist e em sonhos anormais, em visões, em vida e imagInações fant ást icas, mas sim no emprego das forças superiores cont ra . as inferiores, escapando assim das penas dos pia-nos inferiores pela vibração nos superiores. A Transmut ação não é uma denegação presunçosa, é a arma ofensiva do Mest re. " - O CAIBALION - . Est e é o Paradoxo do Universo, que result a do Princípio de Polaridade que se manifest a quando o TODO começa a Criar. É necessário prest ar at enção, porque ist o est abelece a diferença ent re a falsa e a verdadeira sabedoria. Enquant o que para o TODO INFINITO, o Universo, as suas Leis, as suas Forças, a sua Vida e os seus Fenômenos, são como pensament os present es no est ado de Medit ação ou Sonho; para t udo o que é Finit o, o Universo deve ser considerado como Real, e a vida, a ação e o pensament o devem ser baseados nele, de modo a concordar com um preceit o da Verdade superior; cada qual concordando com o seu próprio Plano e suas Leis. Se o TODO imaginasse-que o Universo era verdadeira Realidade, desgraçado do Universo porque ele não poderia subir do inferior ao superior que a deif icação; ent ão o Universo f icaria f ixo e o progresso seria impossível. E se o Homem, devido à falsa sabedoria, considerar as ações, vidas e pensament os do Universo, como um mero sonho (semelhant e aos seus próprios sonhos f init os), ent ão ele o faz t ão convenient e para si, e, como um dormidor que est á passeando, t ropeça sempre num círculo vicioso, sem fazer progresso algum, sendo, por f im, despert ado por uma queda t errível, provenIent e das Leis Nat urais que ele ignora. Conservai sempre a vossa ment e nas Est relas, mas deixai os vossos olhos verem os vossos passos para não cairdes na lama, por causa da vossa cont emplação de cima. Lembrai-vos do Paradoxo Divino, que ao mesmo t empo que o Universo NÃO EXISTE, ELE EXISTE. Lembraí-vos sempre dos dois Pólos da Verdade: o Absolut o e o Relat ivo. Tomai cuidado com as Meias-Verdades. Aquilo que os Hermet ist as conhecem como a Lei do Paradoxo é um aspect o do Princípio de Polaridade. Os escrit os hermét icos est ão cheios de referências ao apareciment o de Paradoxos na consideração dos problemas da Vida e da Exist ência. Os Inst rut ores previnem const ant ement e os seus discípulos cont ra o erro de omit ir o out ro lado de cada quest ão. E as suas admoest ações se referem part icularment e aos problemas do Absolut o e do Relat ivo, que deixam perplexos t odos os est udant es de f i losof ia, e que causam muit as idéias e ações cont rárias ao que é geralment e conhecido como senso comum. Nós prevenimos a t odos os est udant is que f iquem cert os de compreender o Paradoxo Divino do Absolut o e do Relat ivo, para não f icarem at olados na lama da Meía-Verdade. É para est e f im que foi escrit a est a l ição part icular. Aprendei-a bem! O primeiro pensament o que o homem pensador t em, depois que ele compreende bem a verdade que o Universo é uma Criação Ment al do TODO, é que o Universo, e t udo o que ele cont ém, é mera i lusão, irreal idade; idéia cont ra a qual os seus inst int os se revolt am. Cont udo est a, como t odas as out ras grandes verdades, pode ser considerada sob os pont os de vist a Absolut o e Relat ivo. Sob o pont o de vist a Absolut o o Universo comparado com O TODO em si é de nat ureza duma i lusão, dum sonho, duma fant asmagoria. Sempre reconhecemo-lo em nossas vist as ordinárias, porque falamos do mundo como um espet áculo t ransi t ór io que vai e vem, nasce e morre, por causa do element o de impermanência e mudança, l imit ação e insubst ancial idade; idéia est a que est á em relação com a de um Universo criado, ao passo que cont rast a com a idéia do TODO. Filósofos, met af ísicos, cient ist as e t eólogos, t odos são concordes sobre est e pont o, que é fundado em t odas as formas de idéias f i losóf icas e rel igiosas, assim como nas t eorias das respect ivas escolas met af ísicas e t eológicas. Assim, as dout rinas hermét icas não ensinam a insubst ancial idade do Universo com palavras mais alt íssonas do que as que vos são famil iares, mas, apesar disso, o seu modo de encarar o assunt o parecerá uma coisa mais assust adora. Uma coisa que t em um princípio e um f im pode ser considerada, em cert o sent ido, como irreal e não verdadeira; e, conforme t odas as escolas de. - pensament o, o Universo est á sob est a lei. 15 No pont o Absolut o de vist a, nada há real a não ser o TODO, que não pode ser realment e explicado. Ou o Universo é criado da Mat éria, ou é uma criação ment al na Ment e do TODO: ele é insubst ancial, não- duradouro, uma coisa de t empo, espaço e mobil idade. É necessário compreenderdes cabalment e ist o, ant es de, passardes a examinar as concepções hermét icas sobre a nat ureza ment al do Universo. Examinai cada uma das out ras concepções e vereis que elas não são verdadeiras. Mas o pont o de vist a Absolut o most ra um só lado do Panorama; o out ro lado é o Relat ivo. A Verdade Absolut a foi def inida como sendo as Coisas como a ment e de Deus as conhece, ao passo que a verdade Relat iva são as Coisas como a mais elevada razão do Homem as compreende. Assim, ao passo que para o Todo o Universo é irreal e i lusório, um simples sonho ou result ado de medit ação; para as ment es f init as que fazem part e dest e mesmo Universo e o observam at ravés das suas faculdades, ele é verdadeirament e real e assim deve ser considerado. Ao reconhecer o pont o de vist a absolut o, não devemos comet er o erro de negar ou ignorar os fat os e fenômenos do Universo do modo como est es se apresent am às nossas faculdades: lembremos que não somos o TODO. Para dar um exemplo famil iar, t odos reconhecemos que a Mat éria exist e para os nossos sent idos, e est aríamos errados a ment e f init a se o não reconhecêssemos. Mas, sempre a nossa ment e f init a compreende a af irmação cient íf ica que, falando cient if icament e, não há nada mais que a Mat éria; aquilo que chamamos Mat éria é considerado como sendo simplesment e uma agregação de át omos, os quais são um grupode unidades de forças chamadas elét rons ou íons, que est ão em const ant e vibração e moviment o circular. Bat emos numa pedra e sent imos o baque; parece ser uma coisa real, mas é simplesment e o que dissemos acima. Mas lembramo-nos que o nosso pé, que sent e o baque, t ambém é Mat éria, e port ant o é const it uído de elét rons, porque est a mat éria t ambém é nosso cérebro. E, para melhor dizer, se não fosse por causa da nossa Ment e, absolut ament e não poderíamos reconhecer o pé ou a pedra. Assim, o ideal do art ist a ou escult or, que ele t ant o esforça para reproduzir na t ela ou no mármore, parece verdadeirament e real para ele. Assim se produzem os caract eres na ment e do aut or ou dramat urgo, o qual procura expressá-los de modo que os out ros os possam reconhecer. E se ist o é verdade no caso da nossa ment e f ínit a, qual não será o grau de Real idade nas imagens Ment ais criadas na Ment e do Inf init o? õ amigos, para os mort ais est e Universo de Ment al idade é verdadeirament e real; é o único que sempre podemos conhecer, ainda que subamos de planos a Planos cada vez mais elevados. Para conhecê-lo de out ro modo, pela experiência at ual, t eríamos de ser o TODO mesmo. É verdade que quant o mais al t o nos elevamos na escada - alcançamos as proximidades da ment e do Pai - as coisas mais visíveis t omam a nat ureza i lusória das coisas f init as, Mas ant es que o TODO nos ret ire em si a visão at ual não desaparece. Assim, não devemos viver acima das formas da i lusão. Desde que reconhecemos a nat ureza real do Universo, procuremos compreender as suas leis ment ais e nos esforcemos em empregá-las para obt ermos melhor result ado no nosso progresso at ravés da vida, ao caminharmos de um plano a out ro plano de exist ência. As Leis do Universo não são as pequenas Leis Férreas, por causa da sua nat ureza ment al. Tudo, excet o o TODO, é l imit ado por elas. Aquilo que est á NA MENTE . INFINITA DO TODO é REAL em grau relat ivo a est a mesma Realidade que é revest ida na nat ureza do TODO. Não f iquemos, pois, incert os e at emorizados: somos t odos FIRMEMENTE CONTIDOS NA MENTE INFINITA DO TODO e nada nos pode prej udicar e nos int imidar. Não há força fora do TODO para agir sobre nós. Podemos, pois, f icar calmos e t ranqüilos. Há um mundo de confort o e t ranqüil idade nest a real ização depois de at ingida. Ent ão "calmos e t ranqüi los repousaremos, embalados no Berço do Abismo"; f icando sem perigo no seio dc. Oceano da Ment e Inf init a, que é o TODO. NO TODO, move,remos, viveremos e t eremos nossa exist ência. A Mat éria não é para nós a Mat éria inferior, enquant o vivemos no plano da Mat éria, apesar de sabermos que é simplesment e uma agregação de elét rons ou part ículas de Força, que vibram rapidament e e giram umas ao redor das out ras na formação de át omos; os át omos vibram e giram formando moléculas que, por sua vez, formam as grandes massas de Mat éria. A Mat éria não é para nós a Mat éria inferior, quando prosseguimos nas invest igações mais elevadas, e aprendemos dos Preceit os hermét icos que a Força, da qual os elét rons são unidades, é simplesment e uma manifest ação da ment e do TODO, e assim no Universo t udo é simplesment e Met al em sua nat ureza. Enquant o no Plano da Mat éria, podemos reconhecer os seus fenômenos, poderemos examíná-la (como o fazem t odos os Mest res de graus mais ou menos elevados), mas fazemo-lo aplicando as forças superiores. Comet eremos uma loucura pret endendo negar a exist ência da Mat éria no aspect o relat ivo. Podemos negar o seu domínio sobre nós, devemos fazer, mas não devemos ignorar que ela exist e em seus aspect os relat ivos, ao menos enquant o no seu plano. 16 As Leis da Nat ureza não são menos const ant es ou efet ivas, como sabemo-lo, apesar de serem simplesment e criações ment ais. Elas est ão em muit os efeit os dos diversos planos. Dominamos as leis inferiores apl icando-lhes as que lhes são superiores; e soment e por est e modo. Mas não podemos escapar da Lei e f icar int eirament e fora dela. Nada senão O TODO pode escapar da Lei; e ist o é porque o TODO é a própria LEI, de que t odas as Leis procedem. Os mais adiant ados Mest res podem adquirir os poderes usualment e at ribuídos aos deuses do homem; e há inúmeras ordens de ent es, na grande hierarquia da vida, cuj as exist ências e poderes excedem mesmo os dos mais elevados Mest res ent re os homens a um grau imaginário para os mort ais. cont udo, o mais elevado dos Mest res e o Ent e mais elevado devem curvar-se à Lei e ser como Nada diant e do Todo. De o modo que se mesmo est es Ent es, cuj os poderes excedem o at ribuídos pelos homens aos seus deuses, est ão subordinados à Lei, imaginai qual não será a presunção do homem mort al da nossa raça e do nosso grau, quando ousa considerar as Leis da Nat ureza como i r reais, visionárias e i lusórias, porque chegou a compreender a verdade que as Leis são de nat ureza ment al e simples Criações Ment ais do TODO. Est as Leis, que O TODO dest inou para governar as leis, não podem ser desaf iadas nem argüidas. Enquant o durar o Universo, elas durarão, porque o Universo só exist e pela virt ude dest as Leis, que formam o seu vigament o e que ao mesmo t empo o mant ém. O Princípio hermét ico de Ment al ismo, expl icando a verdadeira nat ureza do Universo por meio do princípio que t udo é Ment al , não muda as concepções cient íf icas do Universo, da Vida ou da Evolução. Com efeit o, a ciência simplesment e corrobora os Ensinament os hermét icos. Est es últ imos ensinam que a nat ureza do Universo é Ment al , ao passo que a ciência moderna disse que ele é Mat er ial ; ou (ult imament e) que ele é Energia, em últ ima anál ise. Os Preceit os hermét icos não caem no erro de combat er os princípios básicos de Herbert Spencer que af irmam a exist ência de unia "Energia Inf init a e Et erna da qual t odas as coisas procedem". Com efeit o, os Hermet ist as reconhecem na f i losof ia de Spencer a mais elevada exposição das operações das Leis nat urais que foram promulgadas at é agora, e eles crêem que Spencer foi uma reencarnação de um ant igo f i lósofo que viveu no Egit o, milhares de anos ant es e que por úl t imo se t inha encarnado como Herácl it o, f i losofo grego que viveu em 500 ant es de Crist o. E eles consideram est a idéia da "Energia Inf init a e Et erna" como part indo diret ament e da l inha dos Preceit os hermét icos, sempre com o acréscimo da sua própria dout rina que est a Energia (de Spencer) é a Energia da Ment e do TODO. Com a Chave-Mest ra da Filosof ia hermét ica, o est udant e poderá abrir várias port as das mais elevadas concepções f i losóf icas do grande f i lósofo inglês, cuj a obra manifest a os result ados da preparação das suas encarnações precedent es. A sua dout rina a respeit o da Evolução e do Rit mo est á na mais perfeit a concordância com os Preceit os hermét icos sobre o Princípio do Rit mo. Assim, o est udant e do Hermet ismo não deve desprezar quaisquer dest es pont os de vist a cient íf icos a respeit o o Universo. Todos devem ser int errogados para se concluir e compreender o princípio ocult o que "O TODO é Ment e; o Universo é Ment al e cr iado na Ment e d'O TODO". Eles crêem que os out ros seis dos Set e Princípios se adapt arão a est a dout rina cient íf ica e servirão para esclarecê-la. Não há que admirar, ao encont rarmos a inf luência do pensament o hermet ist a nos primit ivos f i lósofos da Grécia, em cuj as idéias fundament ais se baseiam em grande part e as t eorias da ciência moderna. A aceit ação do Primeiro Princípio hermét ico (o de Ment al ismo) é o único grande pont o de diferença ent re a ciência moderna e os est udant es hermet ist as, mas a Ciência se dir ige gradualment e para o lado dos hermet ist as nas suas apalpadelas no meio da escuridão para encont
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