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estudo de caso desigualdade de gênero

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As relações de gênero no universo do trabalho ainda são frisadas por importantes assimetrias, principalmente quando se refere ao nível salarial e do acesso a posições de maiores responsabilidades dentro das organizações. Segundo o relatório Women, Business and the Law (WBL) do Banco, aproximadamente cerca de 2,4 bilhões de mulheres em idade ativa não têm as mesmas oportunidades econômicas que os homens, e 178 países mantêm restrições legais que impedem sua plena participação na economia. Além disso, há 95 países no mundo que não garantem remuneração para o mesmo trabalho de igual valor. O Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero do Fórum Econômico Mundial revela um dado importante: em um ranking de 150 países, o Brasil é o 130º colocado quando se trata de igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função. E a questão fica ainda mais alarmante, se analisarmos os dados fornecidos pela empresa Triwi, onde revelam que 24% das empresas entrevistadas não tinham nenhuma mulher negra entre seus funcionários. As mulheres brasileiras estão sub-representadas na política, têm remuneração menor, sofrem mais assédio e estão mais vulneráveis ao desemprego. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o quinto país do mundo em número de feminicídios. Diante desse cenário caótico surge a necessidade de alcançar um país mais justo, onde homens e mulheres sejam livres para fazerem suas escolhas, usufruindo das mesmas responsabilidades, direitos e oportunidades. E para isso acontecer, precisamos colocar em prática o que legalmente já existe: homens e mulheres compartilham os mesmos direitos e deveres. Consoante ao diplomata ganense Kofi Annan, igualdade de gênero é mais do que um objetivo em si mesmo. É uma condição prévia para enfrentar o desafio de reduzir a pobreza, promover o desenvolvimento sustentável e construir um bom governo. Logo, lutar pela igualdade, é lutar pela sobrevivência de valores, de pensamentos e de gerações.
De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região Nordeste possui o maior percentual de contribuição de famílias chefiadas por mulheres na renda líquida do trabalho, entre todas as regiões do País. Porém ainda existe muita desigualdade, por exemplo, aqui na minha região, a média da renda líquida do trabalho familiar per capita é R$ 540,58. Dessa média, R$ 335,62 (62,1%) são atribuídos aos homens. As mulheres se apropriam de apenas R$ 204,97 (37,9%) dos rendimentos do trabalho. Ainda assim, há maior equilíbrio na região em comparação às outras. De acordo com o estudo, os números refletem as diferenças nas remunerações e nas taxas de participação no mercado de trabalho entre homens e mulheres. Em minha pesquisa, não encontrei uma ação totalmente voltada para diminuir a desigualdade social. Acredito que isso aconteça em virtude da realidade dessa região, haja vista que ela é enfrenta um nível de pobreza considerável. E por conta disso, essa realidade afeta em todas as áreas, que na tentativa (muitas vezes frustradas) de resolver tal problema, acabam que negligenciando outras questões, como a desigualdade de gênero no trabalho.
Na tentativa de reduzir a desigualdade de gênero no trabalho enfrentadas por muitas pessoas, principalmente por mulheres, poderia investir na educação sobre esse tema, visto que ela é a base de toda a sociedade. Criando desse meio, sites, palestras, plataformas digitais, onde as mulheres poderiam ter mais vozes, explanando as principais dificuldades que encontram no mundo do trabalho, e partir dos dados recebidos, órgãos de maiores escalas, poderiam elaborar novas ações a fim de atender e solucionar tais relatos.

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