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PERGUNTA DESAFIO III PDF

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PERGUNTA DESAFIO III 
 
Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM 
De: Daniel da Silva – Psicologia - 22206935 
Para: Prof. Luiz Fellipe Rocha Projeto de Humanização e Saúde e Prof. Agata Cristinier 
Castanheda da Silva de Integração de Humanização e Saúde I e Integração de Humanização e 
Saúde II 
Assunto: Atividade de competência 3 
Data: 13/11/2022 
 
1. O Sistema Único de Saúde (SUS) apesar de todos os avanços em termos de acesso e universalização 
da assistência, ainda enfrenta problemas quanto ao atendimento do usuário. Ainda percebemos nos 
cenários de saúde certa fragmentação do processo de trabalho e das relações entre os diferentes 
profissionais, fragmentação da rede assistencial, difícil interação nas equipes, burocratização, 
verticalização do sistema e baixo investimento na educação permanente dos trabalhadores saúde, 
resultando em ações consideradas desumanizadas na relação com os usuários do serviço (OLIVEIRA, 
et al, 2006). 
 
Disserte brevemente sobre os princípios doutrinários e organizativos do SUS. 
 
 Sabemos que o SUS é uma conquista do povo brasileiro, sendo considerado como o 
conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas 
federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas 
pelo Poder Público. Em todo o país, ele deve ter a mesma doutrina e a mesma forma de 
organização. De modo breve, podemos entender o SUS da seguinte maneira: um núcleo comum, 
que concentra os princípios doutrinários, e uma forma e operacionalização, os princípios 
organizativos. 
 São princípios doutrinários do SUS a universalização, a equidade e a integralidade. Por 
universalização entende-se que a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe 
ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a 
todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais 
ou pessoais. A equidade assevera a diminuição das desigualdades. Apesar de todas as pessoas 
possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. 
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Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde 
a carência é maior. Por fim, a integralidade aponta para a compreensão de que as pessoas 
devem ser consideradas como um todo. Para isso, é importante um conjunto de ações, incluindo 
a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação para que todos 
tenham suas necessidades atendidas. Ademais, ela pressupõe a articulação da saúde com outras 
políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham 
repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. 
 Conquanto, são princípios organizativos do SUS a regionalização, hierarquização, 
descentralização, comando único e participação popular. Por regionalização e hierarquização 
apreende-se que os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, 
circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios 
epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida. Basicamente, a 
regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o 
comando unificado dos mesmos. Não obstante, a hierarquização deve proceder à divisão de 
níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade 
requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região. Já a 
descentralização e comando único presume-se a repartição do poder e da responsabilidade 
entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços 
com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, de 
maneira especial, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou 
seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e 
financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a 
concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana 
nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade. 
Finalmente, por participação popular afirma-se que a sociedade deve participar no dia-a-dia 
do sistema. Para tanto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam 
formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.