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PCC - Neurociência Cognitiva

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PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 
 
NEUROCIÊNCIA COGNITIVA – ESD0001 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
CURSO DE GRADUAÇÃO: MATEMÁTICA - FORMAÇÃO PEDAGÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
CLARA DA SILVA NAKASHIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Cérebro e as funções cognitivas no controle do comportamento e sua relação 
na aprendizagem atual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mogi das Cruzes - SP 
2021 
O interesse pelo conhecimento e funcionamento do cérebro vem de tempos longínquos 
em busca de esclarecer como os pensamentos, fatores genéticos, neurológicos e ambientais 
resultam em ações humanas. Desse modo, para aprofundar em pesquisas sobre as atitudes do 
ser, Walter Mischel, na Universidade de Stanford, realizou um estudo experimental: “O teste 
do marshmallow”. 
Walter iniciou seus estudos com conotação científica, publicando em 1972 sua primeira 
série alicerçada as maneiras de agir do homem conforme as situações cabíveis ao seu momento, 
produzindo o famoso “Teste de Marshmallow” que media o autocontrole e a capacidade de 
adiar recompensas. 
O psicólogo, ao efetuar essa prática em suas filhas com idades entre 2 e 5 anos, 
contemplou uma mudança notável por volta dos 4 anos de idade, onde adquiriram 
repentinamente a capacidade de retardar a gratificação imediata, passando-as a entender que se 
esperassem chegar em casa, poderiam negociar algo melhor. 
Com base nessa experiência, Mischel analisou um grupo de crianças que recebiam um 
prato com um delicioso “marshmallow” na condição de respeitarem a seguinte orientação: 
“Você pode comer o doce a hora que quiser, mas se conseguir resistir por 15 minutos e não o 
comer, ganhará dois doces”. Dessa forma, concluiu-se que as crianças que conseguiram resistir 
ao marshmallow apresentaram uma estratégia de atenção como fechar os olhos, esconder-se 
debaixo da mesa ou cantar uma canção, desprendendo o foco da tentação. Elas eram capazes 
de distrair-se pensando em outra coisa ou praticando outra atividade como forma de prorrogar 
a recompensa, conduzindo ao teste, as funções executivas ou cognitivas dirigentes no controle 
dos comportamentos, cognições e emoções. 
São inclusas nessas funções executivas três habilidades principais: inibição, memória de 
trabalho e flexibilidade cognitiva, sendo outras habilidades, como planejamento e tomada de 
decisão, habilidades complexas que emergem da interação entre as habilidades principais, na 
qual são de extrema importância no âmbito e no processo de aprendizagem, pois são 
responsáveis por regular, criar e elaborar estratégias de conduta nos mais diversos contextos. 
A flexibilidade cognitiva, responsável pelos pensamentos e ações criativas frente a 
situações adversas, gera adaptação comportamental ao ambiente e a problemas, perspectivas 
diferentes e soluções alternativas, divergindo de padrões estabelecidos anteriormente. É a 
capacidade de reaprender, reavaliar e ser criativo. Podem ser treinadas e desenvolvidas com 
brincadeiras, faz de conta, interação com os colegas, exercícios físicos que implicam 
concentração e disciplina e jogos específicos de computadores. 
No cotidiano dos indivíduos o funcionamento cerebral se dá através da observação visual, 
audição pelas áreas temporais (decodificação de barulho), temperaturas através das áreas 
parietais, assim como sensações gerais são passadas para as áreas frontais superiores as quais 
elaboram estratégias que encarregam de movimentos para a execução. No caso do 
desenvolvimento da área pré-frontal inicia-se aos 4 e 5 anos, sendo maior seu progresso na 
adolescência, estendendo-se aos 25 anos de idade, melhorando a capacidade de solucionar 
problemas, monitorar atividades, autorregular comportamento, aprimorar a memória de curta 
duração e o raciocínio abstrato, gerenciar as respostas emocionais, comunicação interpessoal, 
capacidade de julgamento e autocontrole. 
Atualmente, os estímulos não são mais os mesmos do século passado, as estratégias 
metacognitivas tem que ser selecionadas de acordo com que o estudante vai aprender. Com 
essas mudanças é necessário repensar em novas estratégias de aprendizagem, estímulos, 
informações e a forma como é absorvido o conhecimento do mesmo. Considerando a relevância 
dessas habilidades na aprendizagem os pesquisadores têm se preocupado em delinear e 
investigar procedimentos que promovam e facilitem a evolução das funções cognitivas em 
crianças. 
Portanto, associando os comportamentos observados no “Teste do Marshmallow” e no 
conteúdo da disciplina de Neurociência Cognitiva e demais materiais pesquisados é possível 
constatar que as funções cognitivas estão em prosseguimento durante a infância e se apresentam 
em diferentes estágios. Algumas crianças apresentam melhores estratégias e são capazes de 
controlar seus impulsos imediatos para uma recompensa de longo prazo, devendo ser 
estimuladas e treinadas na obtenção de melhor desempenho acadêmico, capacitando a sua 
concentração por longos períodos em determinado conteúdo ou atividade, sem sofrer 
interferência de ruídos externos, motivando-se mesmo quando algo parecer complexo ou 
depois de seguidos fracassos, avaliando o próprio compromisso de aprendizado com 
determinada disciplina adquirida a partir das funções cognitivas treinadas. 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
Mischel, Walter - O teste do marshmallow: Por que a força de vontade é a chave do sucesso – 
1ª ed. – Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2016. 
https://www.youtube.com/watch?v=OKNu1qjgXaA 
https://paineldeeducacao.com.br/2017/11/08/funcoes-executivas-e-seu-impacto-no-processo-de-
aprendizagem/ 
https://www.researchgate.net/profile/Natalia_Dias/publication/281177320_funcoes_executivas_des
envolvimento_e_intervencao/links/5604497408ae8e08c089ac7f/funcoes-executivas-
desenvolvimento-e-intervencao.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=OKNu1qjgXaA
https://paineldeeducacao.com.br/2017/11/08/funcoes-executivas-e-seu-impacto-no-processo-de-aprendizagem/
https://paineldeeducacao.com.br/2017/11/08/funcoes-executivas-e-seu-impacto-no-processo-de-aprendizagem/
https://www.researchgate.net/profile/Natalia_Dias/publication/281177320_funcoes_executivas_desenvolvimento_e_intervencao/links/5604497408ae8e08c089ac7f/funcoes-executivas-desenvolvimento-e-intervencao.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Natalia_Dias/publication/281177320_funcoes_executivas_desenvolvimento_e_intervencao/links/5604497408ae8e08c089ac7f/funcoes-executivas-desenvolvimento-e-intervencao.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Natalia_Dias/publication/281177320_funcoes_executivas_desenvolvimento_e_intervencao/links/5604497408ae8e08c089ac7f/funcoes-executivas-desenvolvimento-e-intervencao.pdf

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