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Excludente de ilicitude

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Excludente de ilicitude 
        Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato
        I - em estado de necessidade
        II - em legítima   
     III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito
        Excesso punível        
        Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.        
        Estado de necessidade
        Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se
        § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.       
        § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.     
        Legítima defesa
        Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.         
        Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes.       
Excludentes de culpabilidade
É importante apontar que o excludente de culpabilidade age sobre o ato penal mediante a reprovação social do ato praticado, podendo a situação isentar o sujeito de pena ou diminuir a sua pena, de acordo com a estipulação da lei.
Embora algumas já tenham sido apontadas no decorrer deste artigo, apontaremos quais são as principais causas excludentes de culpabilidade presentes no Código Penal brasileiro abaixo:
Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto (art. 26 – CP)
Como apontamos anteriormente neste artigo, o artigo 26 do Código Penal define que pessoas que sofram de alguma doença mental ou tenham o desenvolvimento mental incompleto não possam ser imputadas por atos penalmente ilícitos.
Essa situação, portanto, é uma excludente de culpabilidade. Entretanto, é importante apontar que o Código Penal prevê a redução na pena, e não a isenção da mesma, no parágrafo único do mesmo artigo:
“Art. 26. Parágrafo único – A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”.  
Cabe a análise do caso concreto e do tipo de delito cometido para definir se cabe a isenção de pena ou apenas a diminuição da mesma.
Menoridade penal (art. 27 – CP)
A menoridade penal (artigo 27 do Código Penal) também torna o sujeito que cometeu o crime inimputável.
Isso não quer dizer que o mesmo esteja isento de penalidade, mas que o mesmo não sofrerá com as consequências da pena previstas no Código Penal em si, mas poderá ser submetido a outras penas, contidas em legislação específica.
Coação ou ordem hierárquica superior (art. 22 – CP)
A coação ou cumprimento de ordem hierárquica superior como excludente de culpabilidade está prevista no artigo 22 do Código Penal.
O mesmo artigo aponta que a responsabilidade pelo ato criminoso será aplicada sobre o autor da coação ou da ordem, que será punido de acordo.
Embriaguez involuntária (art. 28 – CP)
A embriaguez, quando causada de forma involuntária, ou seja, quando a pessoa torna-se ébria sem conhecimento do ato que a fez ficar assim, seja por ter consumido droga sem saber ou por ter sido drogada por terceiro, conforme aponta o parágrafo 1º do artigo 28 do Código Penal:
“§ 1º – É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”.
Não conhecimento do ato ilícito
Por último, o não conhecimento de que o ato era ilícito no momento em que foi praticado também pode configurar em excludente de culpabilidade (artigo 21).
É claro que, para se fazer tal afirmação, deve-se considerar a cultura, o conhecimento, a classe social, a ocupação e vários outros fatores do sujeito, além de também se levar em consideração que tipo de crime foi cometido.
Qual a diferença entre excludente da culpabilidade, ilicitude e tipicidade?
Os três tipos de excludentes penais (culpabilidade, ilicitude e tipicidade) estão ligadas com a possibilidade de um indivíduo se encontrar isento da penalidade de um crime, mesmo ao praticá-lo.
É muito importante que o operador do direito, seja ele um advogado ou um juiz, compreenda a diferença entre as excludentes, para que possa compreender a sua aplicação dentro do caso concreto.
A excludente de culpabilidade, como já vimos, é a situação onde pode-se suprimir a culpa do sujeito que cometeu o crime, por razões estabelecidas dentro do Código Penal e na jurisprudência.
A tipicidade é a união entre o fato concreto e a aplicação da norma penal que define o ato ilícito. Se o fato consumado é atípico ou, embora seja ilegal, seja socialmente aceito, cabe a excludente de tipicidade. Esse conceito é bastante utilizado no princípio da insignificância.
 Extinção da punibilidade
Extingue-se a punibilidade:   
        I - pela morte do agente; se dá pela impossibilidade de punir o criminoso em função de sua morte. O juiz, em posse da certidão de óbito decretará a extinção da punibilidade.
        II - pela anistia, graça ou indulto; Anistia ocorre quando uma lei extingue o crime e seus efeitos, beneficiando todas as pessoas que tenham praticado o determinado crime.
O Indulto resulta da concessão pelo Presidente da República ou por seus delegatários do perdão de determinado crime à determinada categoria ou grupo de pessoas.
        III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
Abolitio Criminis é a descriminalização de certa conduta até então considerada criminosa, extinguindo todos seus efeitos, antes ou após condenação, de forma retroativa.
        IV - pela prescrição, decadência ou perempção; . A decadência é a perda do direito da vítima de oferecer a queixa ou representação pelo transcurso do prazo decadencial de seis meses. Perempção corresponde à sanção de perda do direito de prosseguir com a ação imposta ao autor da Ação Penal de iniciativa Privada pelo abandono ou inércia na movimentação do processo por trinta dias, pela morte do querelante (quando não houver habilitação dos herdeiros em sessenta dias), pelo não comparecimento sem justificativa aos atos processuais, pela não ratificação do pedido de condenação nas alegações finais ou pela extinção da pessoa jurídica (quando esta for vítima de crimes) sem sucessor Prescrição é o não exercício da Pretensão Punitiva ou Executória do Estado no período de tempo determinado pela lei, assim o mesmo perde o direito de ver satisfeitos os dois objetos do processo.
   V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; 
 ocorre quando a vítima abre mão de seu direito de oferecer a queixa crime (Nos crimes da Ação Penal de Iniciativa Privada), antes do recebimento da mesma, independente da anuência do agente.
        VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; quando este assumir que o crime por ele praticado se fundou em erro ou ausência de verdade, como na Difamação e na Calúnia (Crimes contra a honra objetiva). Assim, se o agente afirmar que o fato imputado à vítima é errôneo e falso terá ele se Retratado.
       IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
consiste no perdão concedido pelo estado ao réu, deixando o juiz de aplicar a pena, embora este reconheça a prática da infração penal. Esta modalidade de extinção da punibilidade só pode ser aplicada em hipóteses expressamente previstas em lei

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