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AO JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO/ RJ POSTO DE GASOLINA LIA NOVA Ltda, CNPJ nº, endereço eletrônico, sede na rua, nº, Bangu, RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, CEP, vem por seu advogado infra assinado, endereço eletrônico, com escritório na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, propor AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Pelo procedimento especial, em face JOÃO CASTILHO, brasileiro, estado civil, frentista, identidade, CPF, CTPS nº, série, PIS, data de nascimento, endereço eletrônico, domiciliado na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 1.DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO: A Justiça do trabalho é competente para processar e julgar qualquer ação oriunda de relação de trabalho, como determina o art.114, I/CF. No presente caso, a discussão envolve pagamento de verbas a um empregado. Logo, é de competência da justiça laboral, por se tratar de discussão trabalhista. Apesar da ação de consignação em pagamento não estar prevista na CLT, mas nos artigos 539 a 549 do CPC, o artigo 769/CLT autoriza o uso subsidiário da legislação processual civil, quando houver omissão da norma celetista, razão pela qual se faz uso da presente ação na seara trabalhista. Estabelece o art. 335, I/CC que cabe o uso da consignação em pagamento sempre que alguém precisar pagar valores a outra pessoa ou entregar objetos que pertençam a esta pessoa e ela não vier recebê-los. Deste modo, não restou à consignante outra alternativa que se valer da propositura da presente ação de consignação em pagamento, a fim de ver extinta suas obrigações, em conformidade com o art. 546/CPC e 334/CC. 2.FATOS E FUDAMENTOS: O Consignatário foi admitido pela Consignante em 08/05/2019, para exercer a função de frentista no posto de gasolina Lua Nova Ltda..., localizada no bairro de Bangú, recebendo como última remuneração mensal a quantia de R$... Contudo, apesar de ser um funcionário antigo da empresa e sempre ter seguido as regras, sua última aparição ao local de trabalho foi em 26/03/21, onde sem qualquer justificativa, não retornou mais ao trabalho. Após o consignante tentar diversas vezes entrar em contato com o consignatário através de ligação celular e telegrama e não obter sucesso, decidiu no dia 19/04/21, publicar um edital num jornal conhecido da região para que o mesmo pudesse retornar ao local de trabalho. Passando por um período de quase 30 dias. Diante dessa situação, passando por um período de quase 30 dias sem comparecer e dar nenhuma notícia sobre sua ausência, o consignante terá de dispensa-lo por justa causa, pois se caracteriza falta grave, elencado no art. 482, alínea ida CLT, havendo o abandono de trabalho. 3.DAS VERBAS E OBJETOS A SEREM CONSIGNADOS: O consignado que colaborou com a empresa desde 19/04/19, foi dispensado por justa causa, após cometer uma falta grave, sem direito a receber todas as verbas, conforme o art. 482 da CLT. Porém, mesmo sendo dispensado por justa causa, determina o Art. 193, da CLT, que inclui tais atividades que o consignatário fazia perigosas, pois se trata de condições de periculosidade, gerando um risco de vida a vida do trabalhador que está diretamente se expondo a inflamáveis, garantindo ao consignatário um adicional de 30% sobre o salário, no valor de R$.... Ainda, diante da súmula Nº 39, diz que aqueles empregados, que trabalham em bomba de gasolina, tem direito ao adicional de periculosidade, no valor de R$.... Estabelece o Art. 146 da CLT, parágrafo único que, na cessação do contrato de trabalho, tem direito a férias proporcionais por cada mês trabalhado, sendo o contrato não ter terminado por justa causa, não tendo o consignatário direito a receber as férias proporcionais. De acordo com Art. 487 da CLT, diz que, o aviso prévio deve ser feito pelo empregador ao empregado, mas diante de uma situação que envolve remição por justa causa, não tem como o consignado receber tais verbas do aviso prévio. Em se tratando de FGTS, que ao término do contrato empregador deve cumprir com o pagamento sem justa causa ao empregado mais os quarenta por cento. Portanto, de acordo com o caso, o empregado que for demitido por justa, não receberá a multa de 40% do FGTS. Em se tratando de seguro desemprego, o consignado também não terá direito por rescindir o contrato com justa causa. Estabelece o Art. 457, da CLT que, compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber no valor de R$.... 4.DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: Após a Reforma Trabalhista, todos os advogados, mesmo atuando em causa própria, tem direito a honorários sucumbenciais, conforme art. 791-A/CLT. Do mesmo modo, estabelece o art. 546/CPC ser cabível a condenação do consignatário em custas e honorários advocatícios. Sendo assim, requer a condenação do consignatário em custas e honorários de 15% sobre o valor da causa. 5.DOS PEDIDOS: Ante o exposto, requer: Autorização para depósito, em 05 dias, do valor de R$.... relacionado a vinte cinco dias de saldo de salário; Autorização para depósito, em 05 dias, do valor de R$.... pertinente a pagamento de adicional 30% sobre salário base por todo período trabalhado; A notificação do consignatário para levantar o depósito ou comparecer à audiência e apresentar defesa, sob pena de revelia e confissão; A declaração de extinção das obrigações de pagar as verbas rescisórias; A condenação do consignatário em custas e honorários sucumbenciais de 15% sobre o valor da causa. 6.DAS PROVAS Requer a produção de todos os meios de prova admitidos em Direito, especialmente a documental, documental superveniente, testemunhal e depoimento pessoal do consignatário. 7.DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$.... Nestes termos, Pede deferimento. Local e data Advogado/OAB
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