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Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Doença heterogênea; Caracterizada por inflamação crônica da via aérea que se manifesta por sintomas respiratórios (sibilância, dispneia, opressão torácica e tosse) que variam ao longo do tempo e em intensidade, associados a limitação variável do fluxo aéreo expiratório (broncoconstrição), espessamento das paredes da via aérea e aumento de muco; Hiperatividade brônquica; História de sintomas respiratórios (dispneia, sibilância, tosse, opressão torácica) que variam ao longo do tempo e em intensidade + Função pulmonar afetada (limitação variável do fluxo aéreo EXPIRATÓRIO) Paciente hiperinsufla o pulmão e causa dificuldade em expiração (principalmente) e inspiração (dificuldade inspiratória não é por obstrução); Espirometria normal: não exclui o paciente de ser asmático; apenas não tem obstrução ao fluxo suficiente; Fatores que levam a variação em intensidade e ao longo do tempo dos sintomas e limitação do fluxo aéreo: exposição a alérgenos ou irritantes; exercício; mudanças climáticas; infecções respiratórias virais; o Sintomas e LFA variam espontaneamente ou sob efeito de medicações Usualmente associada à: hiperresponsividade a estímulos diretos e indiretos; inflamação crônica da VA; comprovação de obstrução ao fluxo; Forte associação com exposições precoces na vida; Associação com hiperresponsividade brônquica; Associação com sintomas; A presença de inflamação crônica das VA usualmente é um achado comum nos pacientes antes do tratamento; Achados de inflamação persistem mesmo quando os sintomas são episódicos; Não há associação entre gravidade da asma e a intensidade da inflamação; Afeta toda a via aérea; Sintomas agudos: relacionadas à inflamação brônquica; Obstrução ao fluxo aéreo é gerada por: contração do musculo liso brônquico; edema de mucosa por aumento da vasopermeação; hipersecreção de muco intralumial; Inflamação brônquica está ligada a cronicidade da asma e às alterações morfológicas do brônquio (remodelamento): descamação epitelial; espessamento do colágeno reticular da membrana basal; hipertrofia do músculo liso; hiperplasia das glândulas mucosas; Remodelamento: é o que faz com que o paciente continue a apresentar sintomas mesmo após o tratamento; DPOC; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Fibrose subepitelial; Aumento da musculatura lisa da VA: hipertrofia e hiperplasia; pode se relacionar com gravidade da doença; causada por mediadores inflamatórios; Hipersecreção de muco: maior número de cél. Goblet; maior número de glândulas na submucosa; Aumento no número de vasos sanguíneos da parede da VA; Afeta 1 a 18% da população em diferentes países; Todas as faixas etárias (predomínio em crianças e adultos jovens): Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos e irritantes e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas; 300 milhões de pessoas em todo o mundo; 20 milhões no Brasil; 12% das AIHs do SUS: asma DPOC e broncopneumonia; Mata + de 8 pessoas/dia; Principal característica da asma: inflamação dos brônquios; Mucosa brônquica inflamada ➝ gera hiperreatividade a diversos estímulos; Atopia (predisposição genética que leva à produção de anticorpos IgE em resposta ao contato com alérgenos ambientais; apresentação da tríade atópica - asma, rinite e dermatite atópica): fator predisponente identificável mais forte para a asma; A inflamação gerada pela produção de IgE gera diminuição do calibre das vias aéreas (pelo edema e pela hipersecreção de muco) e hipersensibilidade a estímulos, que contrai a musculatura brônquica exageradamente; Processo de sensibilização: alérgenos inalados têm contato com as células dendríticas do epitélio brônquico ➝ reconhecem, processam e apresentam fragmentos dos alérgenos aos linfócitos T auxiliares ➝ produção de citocinas ➝ proliferação de linfócitos T helper 2 (Th2); Linfócitos T após contato com os antígenos produzem citocinas que estimulam a produção de IgE, pelos linfócitos B; Anticorpos produzidos alcançam a circulação e se ligam aos receptores de alta afinidade nos mastócitos; Sempre que o indivíduo entrar em contato com o alérgeno que estimulou esse processo, este alérgeno irá se ligar aos IgE nos mastócitos ➝ mastócitos liberam mediadores e abrem a junção entre as células do epitélio ➝ entrada do alérgeno na mucosa e produção de mais mastócitos e eosinófilos, que também liberarão mediadores ➝ broncoespasmo, aumento da permeabilidade vascular, produção de muco e recrutamento de células do sangue (por via direta e por reflexos neuronais) ➝ reação imediata (obstrução de vias aéreas, principalmente pela contração da musculatura lisa); Fase tardia: após horas do contato com o alérgeno; o Inicia-se com a chegada de leucócitos, com liberação de mediadores produzidos pelos próprios leucócitos, pelo endotélio e pelas células epiteliais; o Caracterizada pela hipersensibilidade brônquica e pela inflamação eosinofílica ➝ eventos precoces na resposta asmática: ativação de células inflamatórias locais (mastócitos e eosinófilos); Mediadores de fase aguda (leucotrienos, prostaglandinas e histamina) ➝ contração de músculos lisos, hipersecreção e vasodilatação, com vazamento endotelial e produção de edema; Obstrução do fluxo de ar gera aumento da resistência das vias aéreas e redução da velocidade de fluxo em toda a capacidade vital; Fase inspiratória ➝ pressão pleural cai muito abaixo da pressão necessária para o fluxo aéreo ➝ dilatação das vias aéreas; Fase expiratória ➝ pressão aumenta muito além da necessária, com o paciente forçando a saída de ar ➝ estreitamento das vias aéreas; As amplas alterações na pressão, associadas às alterações mecânicas, geram uma resistência ao fluxo de ar expiratório muito maior do que ao fluxo aéreo inspiratório; Estreitamento da via aérea e fluxo de ar mais rápido ➝ sobrecarga da bomba ventilatória ➝ ↑ trabalho Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo respiratório e predispõe à necessidade do uso da musculatura acessória; Crise grave: ↓ níveis de CO2 (hiperventilação) ➝ ↓ PCO2 arterial reduzida; Sintomas inespecíficos; Sintomas + hiperresponsividade das vias respiratórias (HRVR); Estímulos que desencadeiam ou pioram os sintomas: exercício físico; exposição a alérgenos e irritantes; mudança de temperatura; infecções; stress; Algumas drogas podem induzir ou desencadear: betabloqueadores e, em alguns pacientes, aspirina ou outros AINEs; Sintomas e limitação ao fluxo variam espontaneamente ou sob efeito de medicações; Asma relacionada ao exercício: crianças e jovens; tratamento somente antes do exercício físico, na intercrise não sente nada; Asma alérgica: escarro com eosinofilia, boa resposta a corticoide inalatório; Asma não alérgica: adultos; respondem mal a corticoides inalatórios; Asma de início tardio: mais comum em mulheres e respondem mal a corticoide inalatório; Asma com limitação fixa do fluxo aéreo: remodelamento; Asma com obesidade; Sintomas pela 1ª vez na idade adulta; Maioria dos estudos baseados em questionários; Afeta mais mulheres; Baixa taxa de remissão; 9-15% casos de asma de início adulto; 2 tipos: o Sensibilizada (mediada ou não pela IgE); o Irritativa (síndrome da via aérea reativa); Sensibilizada: período de latência após exposição seguida por início dos sintomas; mecanismos imunológicos IgE mediados? Irritativa: sem base imunológica; Síndrome da Via aérea reativa; Incêndio da boate Kiss; Obesidade é fator de risco e a incidência de asma aumenta 50%; Aumento de leptinano tecido adiposo pode induzir inflamação direta em via aérea; Maior dificuldade de se obter controle adequado da asma em pacientes obesos; Fenótipo inflamatório (não eosinofílico) + presença de comorbidades (DRGE, SAOS) + fatores mecânicos; Redução de peso melhora função pulmonar; Mede o volume e os fluxos aéreos derivados de manobras inspiratórias e expiratórias máximas forçadas ou lentas; Capacidade Vital (CV): maior volume de ar mobilizado em uma expiração; pode ser obtida através de manobras forçadas (CVF) ou lentas (CVL); Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1): volume de ar exalado no 1º segundo durante a manobra de CVF; considerado uma das variáveis mais úteis clinicamente; Relação VEF1/CV: razão entre volume expiratório forçado no 1º segundo e a capacidade vital - importante para diagnóstico de distúrbio obstrutivo; o Pode considerar tanto o VEF1 /CVF quanto o VEF1 /CVL; Fluxo expiratório forçado intermediário (FEF 25-75%): fluxo expiratório forçado médio obtido durante a manobra de CVF, na faixa intermediária entre 25 e 75% da CVF; Pico de fluxo expiratório (PFE): fluxo máximo de ar durante a manobra de CVF; dependência com o esforço, o que o torna um bom indicador da colaboração na fase inicial da expiração; Curva fluxo-volume: análise gráfica do fluxo gerado durante a manobra de CVF desenhado contra a mudança de volume; comparação visual que facilita na identificação de padrões obstrutivos, Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo restritivos, amputações de fluxos inspiratórios ou expiratórios, e avaliação da resposta ao broncodilatador; Características clínicas sugestivas: sintomas variam em intensidade e ao longo do tempo; ocorrem frequentemente ou pioram à noite; aos esforços; sintomas usualmente desencadeados por exercício, riso, alérgenos, ar frio; sintomas ocorrem ou pioram com infecções virais; Sibilância, dispneia, tosse, opressão torácica; Exame físico: o Taquipneia (25ipm e 40ipm); o Taquicardia e pulso paradoxal (queda exagerada da PAS durante a inspiração) ➝magnitude do pulso se correlaciona com a gravidade da crise; o Oximetria de pulso ➝ saturação próxima dos 90%; o Exame de tórax: uso da musculatura acessória, hiper- insuflação torácica, fase expiratória prolongada, hipertimpanismo à percussão, frêmito tóraco- vocal diminuído e presença de sibilos à ausculta ➝ sibilos costumam ser difusos e polifônicos; o Ausência de sibilos: sinal de gravidade ➝ obstrução grave das vias aéreas !!!!! Em adultos, somente tosse não é comum; Aumentam probabilidade de asma, mas não são específicos: início dos sintomas na infância, alergia cutânea na infância, história familiar; Evidência de LFA variável: o VEF1: resposta > 12% e > 200 ml após BD; o Variação diurna média PFE > 10% (em crianças > 13%); o VEF1: Aumento > 12% e > 200 ml do basal após 4 semanas de tratamento anti-inflamatório, na ausência de infecção respiratória; o Pode ser necessário repetir a espirometria em período sintomático; o Reversibilidade ao broncodilatador (BD) pode estar ausente durante exacerbações graves ou infecções virais; Controle da doença: questionários ➝ Asthma Control Test; Exame físico: geralmente é normal; o Inspeção: sibilância (alteração + comum); se LOCALIZADA: embolia pulmonar; Outras situações que cursam com sibilos: DPOC, disfunção de VAS, infecções respiratórias, traqueomalácia, corpo estranho; o Tórax silencioso (sem sibilos e sem MV); o Estertores e sibilos inspiratórios não são sugestivos de Asma; o Exame nasal pode mostrar sinais de rinite alérgica, polipose; Sempre analisar exame nasal e de orofaringe; Padrão ouro: espirometria; Espirometria: diagnóstico, acompanhamento; Aspectos que diminuem a probabilidade de que os sintomas respiratórios se devem à asma: tosse isolada sem outro sintoma respiratório; tosse produtiva crônica; dispneia associada a vertigem, Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo tontura, parestesia; dor torácica; dispneia induzida por exercício com ruído inspiratório; Confirmação de limitação do fluxo aéreo: o Variabilidade excessiva da função pulmonar e documentada limitação do fluxo aéreo; o Variação significativa após uso de broncodilatadora – 12% e 200 mL; o Variabilidade do PFE – 10%; o Melhora da função pulmonar depois de 4 semanas de tratamento com anti-inflamatório; o Hiperreatividade a metacolina ➝ broncoprovocação; o Variação excessiva da função pulmonar entre as consultas; Controle atual da doença: o Controlar sintomas; o Manter a atividade física normal, incluindo a possibilidade de praticar exercícios físicos; o Manter a função pulmonar normal ou o mais próximo possível da normalidade; o Reduzir a necessidade de medicação de resgate; Redução do risco futuro: evitar instabilidade e piora dos sintomas; prevenir exacerbações; prevenir a mortalidade; Corticoide: o Corticoide sistêmico ➝ só na crise; o Corticoide inalatório: tratamento de asma sistêmica; Atuam no combate da inflamação, reduzindo o número de células inflamatórios e sua ativação; 1ª opção de tratamento para asma persistente, se não fizerem efeito com doses baixas devem ser associados a LABA; o LABA (medicamentos agonistas β- adrenérgicos de longa ação) ➝ quando só corticoide inalatório não resolve; Montelucaste: mais indicado para crianças; em adultos se usa para sintomas de via aérea superior; Anti IgE – omalizumabe; Terapêutica não farmacológica: cessação do tabagismo; exercícios físicos, redução de peso; evitar exposições ocupacionais; evitar medicações que podem piorar Asma; evitar alérgenos domésticos; evitar poluição doméstica e ambiental; alimentação saudável; controle de estresse emocional; vacinações; imunoterapia; termoplastia brônquica; Quando o controle da asma é atingido e mantido por 3 meses e a função pulmonar atingiu o seu platô, o TTO pode ser reduzido sem perda do controla da doença Episódios caracterizados por aumento progressivo nos sintomas de dispneia, tosse, sibilância e sensação de opressão torácica e piora progressiva da função pulmonar; Medida pelo pico de fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF1); Podem ocorrer em pacientes com diagnóstico prévio de asma ou como a primeira manifestação; Representam mudança do estado usual do paciente que é suficiente para produzir modificação do tratamento; História de asma quase fatal que necessitou de intubação e VM; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Hospitalização ou visita à emergência por asma no último ano; Uso corrente ou suspensão recente de corticoide sistêmico; Não usar corticoide inalatório com regularidade; Uso excessivo de SABAs, especialmente o uso de mais de um tubo/mês; Tabagismo; obesidade; rinossinusite crônica; gravidez; eosinofilia sanguínea; Corticoide ➝ trata a inflamação (broncodilatador não funciona para inflamação); Asmático subclínico: não deixa de ser asmático, continua tendo a possibilidade dos processos inflamatórios, só deixa de ser desencadeante; Asma eosinofílicas: geralmente em adultos; marcada por aumento no número de glóbulos brancos (eosinófilos) no sangue, pulmões e trato respiratório; altos níveis de eosinófilos podem causar inflamação e inchaço das vias aéreas e do sistema respiratório; Asma grave x asma de difícil controle ➝ asma grave consegue controlar;
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