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Recursos em Espécie APELAÇÃO 1. Conceito “é o recurso cabível contra a sentença e as decisões interlocutórias não impugnáveis por agravo de instrumento. A apelação pode ser interposta contra toda e qualquer sentença, tenha ou não sido apreciado o mérito, em jurisdição contenciosa ou voluntária, em processo de conhecimento ou de execução.” Didier e Cunha, 2020, pág.209 Sentenças não apeláveis? Proferidas em execução fiscal de valor igual ou inferior a 50 ORTN (obrigações reajustáveis do Tesouro Nacional) Sentença que decreta falência (Lei 11.101) Juizados Especiais Recurso Ordinário Constitucional 2. Objeto da Apelação Decisão Interlocutória Sentença Recorrível por A.I Não Recorrível por A.I, Preclusão, caso não Não há preclusão imediata, considerando que seja interposto o poderão ser impugnadas em preliminar de recurso corresp. Apelação ou em contrarrazões (que terá natureza híbrida: resposta + impugnação) Impugnação pela parte vencida: Sentença + decisões interlocutórias não agraváveis desfavoráveis “Preliminar”: impugnação da interlocutória virá anterior à da sentença Apelação visando somente a impugnação da decisão interlocutória? Neves: cabível Didier: cabível e suspende efeitos da sentença Impugnação pela parte vendedora: Para Didier, contrarrazões teriam dois atos jurídicos processuais Resposta à Apelação Recurso, impugnando interlocutória Recurso subordinado, considerando que o vencedor não poderia apresentar uma Apelação principal, por ser vencedor da demanda (Didier e Cunha, 2020, pág.219) + Condicionada: pois somente seria julgada se a Apelação principal (do vencido) for provida. Procedimento: Tribunal analisa Apelação do vencido Negado provimento Provida Apelação do vencedor não será Tribunal analisará apelação do julgada vencedor. Observações: Para Neves, se apelação da parte vencida não for admitida, isso não prejudicará a análise da impugnação apresentada em contrarrazões (2020,pág.1648). Apelação (recurso principal) da parte vencedora? Para Neves, cabível; Para Didier se a parte vencida não recorrer: recurso inadmitido por Falta de interesse recursal; se parte vencida recorre: instrumentalidade das formas; “o momento adequado para o ingresso de apelação será quando a sentença for proferida, no prazo de 15 dias úteis, mas entender que esse recurso é cabível somente contra a sentença seria apequenar o recurso. Na realidade, salvo as decisões interlocutórias impugnáveis por agravo de instrumento, a apelação passa a ser o recurso cabível da sentença e das decisões interlocutórias proferidas durante o procedimento.” Neves, 2020, pág.1647 3. Prazo e Regularidade Formal Prazo: 15 dias úteis (cuidado! Aplicam-se as regras de contagem de prazo em dobro, previstas no CPC). Petição escrita + direcionada ao juízo de Petição única Petição de primeira instância prolator interposição e da sentença razões recursais Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: I - os nomes e a qualificação das partes; II - a exposição do fato e do direito; III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; IV - o pedido de nova decisão. § 1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias. § 2º Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões. § 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade. Importante: Impugnação específica!! 4. Efeitos a. Devolutivo “o recorrente definirá o capítulo da sentença apelada que ele pretende que seja reexaminada pelo tribunal.” Didier e Cunha, 2020, pág.227 Tantum devolutum quantum appellatum Cabimento de profundidade do efeito devolutivo (art.1.013,CPC) b. Suspensivo Regra: efeito suspensivo automático, concedido por lei, aplicado somente à apelação contra a sentença! Decisão interlocutória? Não teria cabimento suspender os efeitos de tal decisão após interposição da apelação; ou até mesmo esperar julgamento da apelação para que pudessem ter eficácia Cuidado! Apelação poderá não ter efeito suspensivo automático em relação a um dos capítulos da sentença! b.1 Situações que apelação não possui efeito suspensivo automático (sentença poderá produzir efeitos de forma imediata- rol não exaustivo, mais casos previstos em legislação extravagante): I. homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; Para STJ, o caso em tela deve ser aplicado também em caso de sentença que aumenta ou reduz o valor, e ainda de decisão que exonera o devedor de alimentos. Somente em caso de alimentos fundados em vínculo familiar? III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; Permitir continuidade da execução IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; Aplica-se a qualquer espécie de tutela provisória: evidência/ urgência, cautelar/satisfativa; Aplica-se, também, em caso de modificação da tutela provisória, de acordo com a doutrina. VI - decreta a interdição. b.2 Pode requerer concessão do efeito suspensivo? Requerimento feito pela parte, dirigido para Tribunal Relator Da interposição do recurso até Caso em que recurso já foi o momento de sua distribuição, devidamente distribuído ficando prevento o relator designado + Requisitos para concessão: “§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso (respeito a precedentes ou caso de sentenças absurdas) ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação (demonstrar perigo, dificultando a concessão do efeito em tela).” Requisitos da tutela provisória de evidência ou de urgência; Para Neves, o art.1.012 deve ser considerado norma da Teoria Geral dos Recursos; c. Retratação Apelação contra sentença que indefere a petição inicial julga liminarmente improcedente o pedido extingue processo sem resolução do mérito 5. Alegação de fato novo Questões de fato novas + deixou de fazê-lo anteriormente (Alegação NOVA de fatos por força maior (desde que não VELHOS) crie nova causa de pedir) Para a doutrina, em caso de: I. Fatos supervenientes, que ocorreram após a sentença(art.933); II. Ignorância da parte por motivo sério; III. Impossibilidade da parte comunicar a seu advogado; IV. Impossibilidade do advogado comunicar ao juízo; 6. Procedimento Petição escrita interposta perante juízo de primeira instância, que proferiu a decisão recorrida Não há juízo de admissibilidade realizado pelo juízo a quo! Intimação do apelado para apresentação de contrarrazões Impugnação de interlocutória não agravável: intimação do apelante para manifestação em 15 dias; Apelação adesiva: intimação da parte contrária para manifestação; Remessa dos autos para o Tribunal de segundo grau Distribuída a Relator, de acordo com Regimento Interno I. Juízo de admissibilidade (art.932, III) II. Juízo de mérito, de forma monocrática (art.932, IV e V) colegiada (em regra, três desembargadores + técnica de ampliação do colegiado) Cuidado! a. Juízo de retratação: para parcela da doutrina, caberia competência implícita para juízo de admissibilidade do juízo a quo, limitada a um posicionamento positivo. b. Julgamento do mérito pelo Tribunal Provimento da Apelação + Condições de + Não devolução dos autos imediato julgamento para nova sentença Réu citado, provas produzidas Teoria da Causa Madura Princípios primazia da resolução do mérito razoável duração do processo Necessário requerimento da parte apelante? Casos previstos no CPC: I. Sentença de extinção do processo sem resolução do mérito II. Sentença que viola regra de congruência Nulidade da sentença por violar limites do pedido ou causa de pedir Extra petita: provimento da Apelação + invalidade de excesso Ultra petita: provimento da Apelação + invalidade de excesso Citra petita: omissão quanto um dos pedidos (inciso III) Fundamentação (inciso IV) Posicionamento que sim, para definir matéria que será julgada; Se parte pedir devolução ao primeiro grau, não caberá julgamento pelo Tribunal (Didier) Aplicação da teoria seria definida por análise realizada pelo órgão ad quem, independente da vontade das partes; Intimação das partes para que se manifestem sobre a aplicação da teoria em questão; Regra de julgamento;
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