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ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) Caracterizado por déficit neurológico focal, súbito e de rápida evolução em consequência de um dano vascular localizado. FATORES DE RISCO Hipertensão DM Dislipidemia Obesidade Tabagismo Taquiarritmia Uso de ACO História familiar - Dano no endotélio => agregação plaquetária => oclusão vascular. - Na DM, vai afetar a microcirculação e na dislipidemia vai ter ateromatose e a obesidade vai desencadear um estado inflamatório crônico A vasodilatação e vasoconstrição constante leva a formação de trombos A embolização desencadeada pela taquiarritmia 3 Mecanismos: trombótico, vasculite e tromboembólico SINAIS DE ALERTA Fraqueza muscular súbita ou alteração sensitiva súbita unilaterais Dificuldade repentina para falar ou compreender Perda visual súbita, especialmente se unilateral Perda súbita do equilíbrio ou incoordenação motora repentina Rebaixamento súbito do nível de consciência Cefaleia súbita TIPOS Acidente/ataque vascular/isquêmico transitório (AIT) Acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi/AVCi) Acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEh/AVCh) Aumento da PA é um mecanismo fisiológico para o sangue recanalizar o vaso. Paciente chega no PS com hipertensão e déficit neurológico agudo. E se abaixar a PA com fármaco => o vaso não recanaliza e acontece o AVE. ACIDENTE VASCULAR TRANSITÓRIO Fenômeno isquêmico cerebral de menor duração e intensidade Não leva a dano tissular irreversível O déficit neurológico súbito será passageiro geralmente com duração de poucos minutos TC de crânio sem anormalidades RNM sem anormalidades, mesmo nas fases de difusão e perfusão ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO ADULTOS: Trombótico Tromboembólico Vasculites RECÉM NASCIDO Hipercoagulabilidade da mãe CRIANÇAS E ADULTOS JOVENS Vasculopatias Doenças sistêmicas Doenças hematológicas Doenças congênitas cardíacas 2 circulações principais no cérebro: carotídea (que dará os principais ramos: a. cerebral anterior, a. cerebral médio (irriga temporal e parietal e base do frontal), a. comunicante posterior). Por fim, vai ter o sistema vertebro basilar e esta vai dar origem a a. cerebral posterior. AVE de tronco pode levar ao coma porque compromete da irrigação do tronco cerebral e consequentemente, compromete a substância reticular ativadora ascendente Verde: decisões, planejamento, memória Rosa: motor, linguagem. Afasia somente se tiver comprometimento do lado esquerdo, porque tem wernick – temporal esquerdo e broca – frontal esquerdo). E sensibilidade, motricidade e memória Azul: visão. Se o AVE for no tálamo, pode ter qualquer tipo de sintoma. Artéria cerebral posterior => responsável por estrutura occipital (visão) e tálamo (responsável por quase tudo, menos olfato) Lesão na última imagem do lado esquerdo: AVE que pega frontal esquerdo, temporal esquerdo e parietal esquerdo. Acometimento da A. cerebral média => afasia de broca, de wernicke, perda da sensibilidade e motricidade. Causa: trombo => ocasionando a lesão hipodensa que evidencia quadro de isquemia. Fisiopatologia: trombose de artéria cerebral média esquerda. Pode ter síndrome afásica, síndrome deficitária de motoneurônios superior, síndrome sensitiva. Topografia da lesão: fronto temporo parietal (não pega todo o lobo frontal, apenas uma parte) Lesão da última imagem do lobo direito Lesão na região parietal direita Fisiopatologia: AVE em triângulo => é um AVE tromboembólico do ramo da artéria cerebral média É uma lesão menor porque pegou os ramos terminais da a. cerebral média AVE lacunar (pontinho do lado do ventrículo) => lesão cerebral assintomática, por conta de micro AVEs lacunares. Raramente causam sintomas e a longo prazo pode levar a demência. Também pode ser causado por tromboembolismo. AVE isquêmico => frontal (acometimento da artéria carótida e artéria cerebral anterior). Como pega a carótida, tem risco de levar a óbito => acometimento de 2/3 do lobo cerebral => vai levar a edema citotóxico e pode ter hipertensão intracraniana e óbito. Acometimento temporal => artéria cerebral média. Tromboembolismo pode ter do tipo lacunar ou triangular. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO HEMORRÁGICO – AVEH/AVCH Uma parte é decorrente de aneurismas (15%). Mas a grande maior parte, é o paciente que tem fator de risco, desenvolve a doença vascular (aterosclerose) e no pico de pressão, estoura o vaso. Rápido extravasamento de sangue no interior do tecido cerebral, ao que chamamos de hemorragia intraparenquimatosa (HIP) Pode ser aneurismático, transformação hemorrágica de um AVE, uma hemorragia intraparenquimatosa secundária a senilidade (angiopatia amiloide com aneurisma de charcot – acontece com os idosos) ou ainda devido a outras patologias como angioma cavernoso, angioma venoso, coagulopatias, MAVs, vasculites e uso de medicações Cursa com efeito de massa e hipertensão intracraniana A: típico do idoso; Fisiopatologia: angiopatia amiloide) B: núcleos da base C: tálamo D: ponte E: cerebelo AVE com lesão hiperdensa nos núcleos da base. Trata na enfermaria da clínica médica. AVE hemorrágico Volume maior, lesão hiperdensa, desvio de linha média, apagamento de sulcos e giros, evidenciando uma hipertensão intracraniana com edema vasogênico ao redor da lesão, por conta do rompimento do vaso. AVE hemorrágica. Trata com cirurgia. Lesão hiperdensa no tronco. A estrutura abaixo é IV ventrículo que está entre tronco e cerebelo. Lesão lobar que é comum no idoso. AVE hemorrágico nos núcleos da base e AVE isquêmico temporo parietal na artéria cerebral média esquerda. A presença de sangue dentro do ventrículo é preditor de mortalidade e é chamado de hemoventrículo. Preditores de mortalidade: Glasgow da admissão, idade, local do hematoma, volume do hematoma e hemoventrículo. Infratentorial: tronco e cerebelo. O + grave é infratentorial. O que não for tronco e cerebelo é supratentorial. S: vê se tem assimetria de rima A: levantar os braços – tentando mingazzini => força muscular. Se não consegue elevar os membros, pode ter déficit motor M: pede pra cantar. Se não entender e executar o comando, ele está afásico. U: chamar SAMU AVALIAÇÃO INICIAL Monitorização Acesso calibroso Medir glicemia capilar Coleta de exames laboratoriais Jejum Cabeceira (0 ou 30º) NIH TC de crânio sem contraste UTI/Unidade de AVE História => quando foi a última vez que o paciente foi visto normal? Controle de PAM/Tax/Glicemia Primeiramente monitorizar, depois de estável, submete ao exame neurológico e depois a TC. EXAME DE IMAGEM Até 4h30 sem hemorragia na TC de crânio => candidato a trombólise Mais de 4h30: TC de crânio sem contraste, AngioTC cerebral e cervical, RM de encéfalo FATORES DE EXCLUSÃO PARA TROMBÓLISE Pressão arterial > 185/110 sem possibilidade de redução e/ou estabilidade em valores abaixo desses, com tratamento anti- hipertensivo, antes do início do tratamento Glicemia inicial < 50mg/dL TC de crânio com hipoatenuação franca sugerindo lesão irreversível ou hipoatenuação extensa mesmo que leve a moderada AVCI nos últimos 3 meses Traumatismo craniano grave nos últimos 3 meses Cirurgia intracraniana ou intrarraqueana nos últimos 3 meses História de hemorragia intracraniana Sinais e sintomas suspeitos de hemorragia subaracnoide Tumor gastrointestinal ou sangramento nos últimos 21 dias Paquetopenia, 1,7 tempo de protrombina, > 15s tempo de tromboplastina parcial ativado > 40s. Uso de dose terapêutica de heparina de baixo peso molecular nas ultimas 24hrs Uso de inibidores diretos da trombina ou inibidores diretos dofator XA, menos que testes laboratoriais.. COMO TROMBOLISA Alteplase na dose de 0,9mg/kg, em infusão contínua por 60 minutos, sendo 10% da dose administrada em bolus intravenoso durante um minuto TROMBECTOMIA ASPECTS menor do 7 É desfazer o trombo por meio de aspiração, ou uso de balão dilatador do vaso Mais que 6hrs Até 2h30 trombólise Paciente com AVC grande, aspects menor do que 7: trombectomia Se o paciente tiver hipertensão intracraniana: craniectomia INDICAÇÕES CIRÚRGICAS Hidrocefalia - DVE Hemorragias cerebelares com deteriorização neurológica – CIRURGIA Sinais de HIC Hemorragias superficiais HIP > 30 Sinais compressivos de tronco TRATAMENTO CLÍNICO – PARA TODOS Mudança de estilo de vida Controle de morbidades Dupla antiagregação – se tiver risco cardiovascular - AAS 160-300mg após 48h/clopidogrel Estatina - Atorvastatina/Sinvastatina Vasodilatadores - Controverso REABILITAÇÃO Fisioterapia, hidroterapia, terapia ocupacional, fonoterapia, equoterapia, acupuntura, toxina botulínica, órteses/sondas.
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