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Resenha_Cartografia_Escolar_II(2)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB) 
Autorização Decreto nº 9237/86. DOU 18/07/96. Reconhecimento: Portaria 909/95, DOU 01/08-95 
UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (UNEAD) 
Criação e Implantação Resolução CONSU nº 1.051/2014. DOU 20/05/14 
 
 
Disciplina: Cartografia Escolar 
Semestre/Ano: 2022.2 Professor: Dian Soares 
Nome: Valdirene Silva Sampaio, Erica de Almeida Rodrigues 
 
 
 
Metodologias para o Ensino da Cartografia no Ensino Fundamental II. 
A Cartografia escolar surgiu em meio a uma Geografia diretamente 
influenciada pela a ação do Estado que tem a sua gênese na Alemanha e em 
seguida na França. Desprovida do seu potencial estratégico que reinava entre os 
dirigentes do poder, a Geografia ensinada nas instituições escolares baseava se em 
um discurso pedagógico essencialmente enciclopédico, onde os elementos do 
conhecimento eram enumerados sem nenhuma ligação entre os mesmos e que, 
portanto, não expressava nenhuma utilidade prática. O ensino da cartografia é 
fundamental para o entendimento da geografia e estudo das geociências. Uma peça 
chave para o entendimento do espaço é o ensino da cartografia, porém, por possuir 
um certo grau de complexidade, esse segmento da ciência geográfica é transmitido 
nas escolas, na maioria das vezes de forma precária, sem o devido aprofundamento, 
fazendo com que muitos alunos não adquiram a compreensão da visão holística do 
espaço. No âmbito do ensino, a cartografia possibilita ao aluno, entender e distinguir 
os mais diferentes espaços e pode proporcionar uma visão crítica da realidade onde 
ele vive, sendo, assim, uma ferramenta fundamental na educação. 
O conhecimento cartográfico se constituiu ao longo da história como 
uma das principais ferramentas utilizadas pela humanidade para demarcar e 
expandir seus territórios. Graças às representações espaciais fornecidas pela 
cartografia, a ciência geográfica adquiriu o arsenal necessário para a compreensão 
da organização do espaço. A cartografia pode ser definida como a “Representação 
gráfica que facilita a compreensão espacial de objetos, conceitos, condições, 
processos e fatos do mundo humano” (HARLEY, p 4-9, 1991). A escolha por essa 
definição de conceito não ocorreu por acaso, e sim por ser algo simples de se 
entender, e ainda assim, completo, mostrando que a cartografia sempre esteve 
presente em todo local da Terra. O desenvolvimento da cartografia caminha ao 
mesmo passo que a história da humanidade, principalmente, como visto em 
Carvalho e Araújo (2008), quando se trata da demarcação de espaços, da 
localização de pontos, ou no traçado de rotas. O principal produto da cartografia é o 
mapa, sendo um do mais antigoos já conhecidos o mapa de Ga-Sur, um feito 
realizado pelos povos Babilônios, possivelmente representando um rio rodeado por 
montanhas, localizado na Mesopotâmia. 
A cartografia escolar se torna uma importante ferramenta para o estudo do 
espaço geográfico na medida em que se destina a representação dos fatos e 
fenômenos observados na superfície terrestre. 
O tratamento cartográfico no âmbito escolar exige que os 
professores, principalmente tenham conhecimento que esse processo envolve 
etapas criteriosas e determinantes para o desenvolvimento de uma aprendizagem 
satisfatória. De acordo com Almeida & Passini (1991, p. 15) “o mapa é uma 
representação codificada de um determinado espaço real”. Acredita ser um modelo 
de comunicação que se vale de um sistema semiótico complexo, onde a informação 
é transmitida por meio de uma linguagem que se utiliza de três elementos básicos: 
sistemas de signos, redução e projeção. 
Ler as representações cartográficas não é apontar localizações, é 
preciso dar significado ao que está sendo identificado no papel, estabelecer relações 
e entrecruzamentos. A partir do 6º ao 9º ano é possível trabalhar com a análise, 
localização e correlação. De um lado como leitor crítico a partir de mapas já 
elaborados, onde o aluno não só localiza e analisa determinado fenômeno no mapa, 
mas correlacionam as outras variáveis. Por outro lado, pode se ter como ponto de 
partida a elaboração de mapas, tornando os alunos os responsáveis pelos seus 
próprios mapas. Seguindo esse direcionamento teórico, buscou se apresentar 
propostas metodológicas de ensino – aprendizagem para se trabalhar com alunos 
do Ensino Fundamental II, a intenção consistiu em sugerir atividades que sejam 
capazes de abordar os conteúdos geográficos se utilizando da cartografia. 
Com todas estas mudanças, os olhares das novas gerações estão 
voltados às tecnologias, e é evidente seu interesse na mesma. Mas, embora seja um 
mundo de possibilidades, é inegável que o uso das tecnologias tem modificado 
consideravelmente a vida das pessoas e as relações entre elas, uma vez que são 
“[...] novas maneiras de compartilhar, usufruir e fazer parte da sociedade em que 
vivem” (ARAUJO, VILAÇA, 2016, p. 180). Pensando nisso, vemos que a escola, 
como centro de ensino, não fica de fora destas mudanças. Ao fazer uso de 
procedimentos didáticos, com utilização das tecnologias, os discentes poderão vir a 
dar mais atenção às aulas e isso pode estar diretamente relacionado aos seus 
interesses pessoais pela modernização. Para acompanhar estes avanços e fazer 
com que a aula seja atrativa e envolva o aluno, se faz necessário que o professor 
seja conhecedor e implante, em suas práxis, atividades aliadas às tecnologias.

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