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SISTEMA NERVOSO

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Sistema nervoso
DEFINIÇÕES 
Crise epilética (“convulsão”): descarga energética anormal, animal perde a consciência nesse momento, dura menos de 2 minutos, animal pode gritar (diferente de latir), pedalar, tem movimentos oculares e de lábios involuntários. Pode ser um evento isolado ou recorrente. Tratamento com Fenobarbital, Levetiracetam ou KBr (brometo de potássio).
Pode ser generalizada ou focal, onde animal perde controle de parte do c
Epilepsia: lesões encefálicas que causam crises epiléticas. Pode ser idiopática (alteração de neurotransmissor inicialmen-te, sem lesão cerebral) ou estrutural (tem alteração em encéfalo, como neoplasia, inflamação, vascular). 
Cluster (crises em série/grupo): animal tem crise em menos de 2 minutos, mas pode ocorrer duas ou mais em um espaço de 24 horas. 
Estado epilético: animal em crise por muito tempo. Pode ser causado por doenças fora do cérebro. Situação emer-gencial, animal deve ser encaminhado para internação. Normalmente em animais com mais de 30 kg. Tratamento com Diazepam ou Midazolam.
Lembrar clínica:
DINAMIT: degenerativo, infecção ou inflamação, neoplasia, anomalia congêni-ta, metabólico, idiopático, trauma e vascular.
Eventos associados a “crise”: dieta, atividade física, período de sono, cio, utilização de medicamentos (diminuição limiar da crise epilética.
CRISE EPILÉTICA GENERALIZADA
DEFINIÇÃO
Descarga elétrica paroxística, descon-trolada e transitória dos neurônios do cére-bro, geralmente autolimitante, resultante desequilíbrio entre neurotransmissores ex-citatórios e inibitórios.
Acompanhada de manifestações clínicas variadas: motoras, autonômicas e/ou com-portamentais: alteração na consciência, mudanças de comportamento, movimen-tos involuntários ou autonômicos, tais como salivação, micção ou defecação.
Sinonímias: convulsão, “ataque”, “crise”, “acesso” (termos populares ou leigos para crise epiléptica generalizada)
PATOGENIA
Limiar de excitabilidade, desequilíbrio entre os disparos das sinapses excitatórias (glutamato) e inibitórias (gaba) hiperexci-tabilidade e hipersincronização de neurô-nios, estereotipada. 
· Zona epileptogênica - local onde foco é gerado
CLASSIFICAÇÃO
Crise epiléptica focal: motora, autonô-mica, comportamental (agressividade não provocada, corrida histérica).
“Foco em espelho” ou “espelhamento” – crise ocorre em um lado do cérebro e começa a ter do outro lado como espelho, o que aumenta intensidade e frequência das crises.
Crise epiléptica generalizada: envolvimento inicial dos dois hemisférios cerebrais, manifestação motora bilateral. Animal apresenta “perda de consciência”, opistótono, respiração irregular, cianose, salivação, micção e defecação. 
· Convulsiva = tônico clônica, tôni-cas, clônicas, mioclônicas 
· Não convulsiva = atônica ou de ausência
Crise epiléptica focal com generalização secundária: ativação inicialmente regional (local) que se dissemina. É a forma mais comum em cães. 
Animal apresenta contração do músculo facial, mastigação, repuxa patas, alucina-ção visual, dor abdominal, medo, agressi-vidade, sialorreia, disfagia, vomito, diar-reia, vocalização, andar compulsivo, cor-rida.
FASES DA CRISE EPILÉTICA
Pródromo: horas a dias antes da crise, inquietação, ansiedade. 
Aura: sensação, persegue ou se esconde, agitação, vomito, associada com atividade elétrica cerebral anormal, é o início da crise. 
Icto: convulsão propriamente dita. 
Pós icto: geralmente poucos minutos- pode chegar a horas, confusão, cegueira, ataxia, sonolência profunda, agressivida-de. 
Inter icto: momento que animal se recuperou de uma crise até ter a próxima.
INCIDÊNCIA
Manifestação neurológica mais frequente na clínica, diversas etiologias.
EVOLUÇÃO
Diferente evolução nas diferentes raças em relação a refratariedade as medicações. Pior em Pastor Australiano, Border Collie, Bull Terrier, Pastor Alemão, Labrador, Pastor Belga.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A DURAÇÃO 
Autolimitantes 
Estado epiléptico: 5 min de crises contí-nuas ou > 2 crises sem recuperação com-pleta, risco de vida-mortalidade 25-38% (eutanásia), reduz sobrevida em 3 anos. 
Crises epilépticas em grupo ou agrupadas ou em série: pode evoluir pa-ra estado epiilético ou cluster > 2 crises em 24 horas, refratariedade aos fármacos, risco de estado epilético (prognóstico).
Crises epilépticas reflexas ou reflexivas: provocadas por um estímulo sensorial.
CAUSAS
EPILEPSIA
DEFINIÇÃO
Crises epilépticas recorrentes (no mínimo 2) com intervalo mínimo de 24 horas, crises são espontâneas, resultantes de doença cerebral.
Diferenciar de crises reativas ou provocadas devido algum transtorno transitório. Quando este transtorno é tratado as crises desaparecem, pois não existe lesão no encéfalo. Ex.: doença metabólica ou intoxicação.
CLASSIFICAÇÃO 
ABORDAGEM DO PACIENTE
Resenha: idade, raça.
Anamnese: doença sistêmica ou neurológica anterior ou atual, imunização, ambiente, trauma?, acesso drogas?...
Eventos associados a crise: relação da crise com dieta, atividade física, período de sono, cio Medicamentos ↓ limiar convulsão.
Primeira “crise”? animais 6 anos, com déficit neurológico, convulsões focais, convulsões refratárias ao tratamento, gatos!
EXAME FÍSICO
· Avaliação visual: estado mental, postura, marcha. 
· Avaliação fundo de olho, palpação calota craniana, odor, material fixado ao pelame, hematomas 
· Palpação calota craniana, indício de sangramento
· Exame neurológico: déficit nos períodos inter-ictais?
EXAMES COMPLEMENTARES
· Exclusão de causas metabólicas inespecíficas (antes de iniciar tratamento e após 6 meses) 
· Perfil hepático e renal, hemograma completo, urinálise, glicemia, triglicérides, colesterol, eletrólitos, sais biliares 
· Eletrocardiograma? Holter? 
· Liquor (LCR) 
· Diagnóstico por imagem 
· Radiografia torácica, transcraniana
· Ultrassonografia abdominal? 
· Ressonância magnética
· Eletroencefalograma (EEG)
· Tomografia computadorizada de crânio (TC) 
· Testes imunoenzimáticos ou mole-culares contra agentes etiológicos específicos: cinomose
Obs.: receita com retorno em uma semana ou caso apresente nova crise
EPILEPSIA IDIOPÁTICA
· Diagnóstico presuntivo – cães
· Início das crises 6 meses a 6 anos 
· Ausência de déficit no período interictal 
· Exclusão de causas metabólicas 
· Ausência de lesão estrutural (ima-gem de ressonância magnética e liquor)
· Imprevisibilidade da próxima crise
· Pós-ictus severo ou de longa duração
CAUSAS
PRINCIPAIS DIFERENCIAIS
OBJETIVOS
· Sucesso = cooperação do proprie-tário 
· Reduzir frequência, duração e intensidade das crises (aceitável, >50%) com efeitos colaterais míni-mos ou aceitáveis
· Reduzir mortalidade
· Melhorar qualidade de vida do tutor e do animal; < 20% término das crises 
Observações:
· Poucas opções de drogas anticon-vulsivantes para gatos X novas dro-gas no mercado ($) 
· Animais com crises recorrentes apresentam tendência a aumentar frequência e intensidade das crises (epileptogenese e resistência a drogas) - novos “focos”
ESCLARECER AOS TUTORES...
· Mesmo com tratamento não é possível prever frequência ou intensidade das crises 
· Tratamento provavelmente para o resto da vida do animal, não existe “cura”, remissão (ausência crises por um ano) ocorre <20%, 15% são refratários
· Rotina na administração medicamentos, horários rigorosos 
· Requer retornos frequentes (exames complementares), poten-cial para emergências
· Reconhecer efeitos colaterais esperados nas primeiras semanas 
· Provável aparecimento crises mesmo com tratamento 
· Comprometimento financeiro (consultas periódicas, medicamen-tos e exames laboratoriais de rotina, anuais ou semestrais) 
· Comprometimento horários 
· Não alterar ou suspender doses, nem administrar medicamentos sem informar veterinário
· Deve estar ciente dos efeitos colaterais
TRATAMENTO
A longo prazo seria mais eficaz nos casos medicados com drogas ACs logo no início das crises (controverso para cães epiléti-cos). 
Qual droga deve ser a primeira opção?
· Preferência por monoterapia reduz risco de interação entre drogas 
· Fenobarbital (exceto hepatopata) 
·Imepitoína (Pexion) 
· Após dosagem sérica máxima (do-se ótima) ou efeitos colaterais gra-ves associar outro anticonvulsivan-te (politerapia) - tentar suspender fenobarbital após controle das crises 
· Brometo de potássio e Levetira-cetam não apresentam metaboliza-ção hepática
FENOBARBITAL (GARDENAL)
· Monoterapia: escolha há décadas
· Baixo custo, eficácia 60-80% (monitoração sérica) 
· Maioria dos tutores acredita que ocorre melhora da qualidade de vida após sua administração 
· Fácil administração, relativamente rápida ação 
· Dose: 2,5-6 mg/kg/BID (a partir 5 semanas de vida) 
· Pico plasmático 4-8 horas 
· Crises frequentes ou graves iniciar com doses maiores, ajustar dose após controle da crise 
· Apresentação 50mg, 100mg, sol oral 4%, via dupla 
· Se continuar a mesma frequência ↑ 10-25% a cada 5-7 dias até 6 mg/kg/BID
· Inibe o centro da saciedade, animal não fica saciado, fica com mais fome. Indicado monitorar a pessoa para animal não engordar
· Aumento da dose deve ser feito com aumento de 20% gradual, até que animal pare de ter convulsões. Diminuição é feito da mesma forma
· O ideal é realizar a dosagem sérica 3 semanas após cada aumento da dosagem de medicação
· Animais que tomam essa medicação devem ser avaliados a cada 6 meses, pois doses altas no sangue podem ter efeito hepatotóxico
· Deve ser feito desmame do anticonvulsivante mesmo se tiver em doses baixas, pois animal cria dependência química à medicação e pode ter convulsão ao retirar medicação repentinamente
EFEITOS COLATERAIS
· 50% dos casos no primeiro mês: polidipsia, poliúria, polifagia, ganho de peso, letargia, alteração comportamental, ataxia, sedação - dose dependente 
· Metabolização hepática (sistema P 450)- auto indução (acelera sua própria metabolização) 
· Hiperexcitabilidade (subdose?), movimentos involuntários, icterí-cia, anorexia, ascite- raro 
· Hepatotoxicidade, >40ug/mL, evitar associação com outras dro-gas metabolização hepática, uso contínuo 
· Aumento FA e ALT (limite superi-or?) indução ou hepatopatia sub-clínica? 
· Aumento da concentração sem au-mento de dose 
· Maioria das alterações são rever-síveis com a retirada da medicação
Alteração resultante da indução do sistema P450:
· ALT – menor que 2x o limite normal
· ALP – aumenta 5x o limite normal
CUIDADOS
· Ajustar dose se houver mudança peso 
· Falsa redução de T4 livre e T4 total (não associada com hipotireoidis-mo) 
· Reduzir concentração de Diaze-pam 
· Hepatotoxicidade, >35ug/mL, cui-dado ao associar outras drogas metabolização hepática 
· Rápidos aumentos de ALT, queda albumina, aumento sua concentra-ção sérica sem aumento de dose 
· Relatos de neutropenia, tromboci-topenia, osteomalácia, hiperplasia gengival, dermatite necrolítica, supressão medula óssea (homem) 
· Teratogenico (cruza placenta) 
· Tolerância funcional (autoindução)
MONITORAÇÃO SÉRICA
Monitoração sérica melhora eficácia e reduz risco de intoxicação .
Quando realizar dosagem sérica? 
· 2-3 semanas após iniciar trata-mento e/ou a cada ajuste de dose
· Após dose de ataque - ausência de controle apesar de doses elevadas 
· Suspeita de intoxicação 
· Cada 6 meses à 1 ano 
· Realizar jejum alimentar-terapêuti-co: 9-35-45 g/dL 
Obs.: perda dose recente ou administração injetável. Crises muito espaçadas vários meses para avaliar se resposta está sendo adequada, não utilizar tubos separadores de soro, anotar dose administrada, peso, horário da coleta.
CONTROLE
· FH a cada 3-6m no 1 o ano X risco hepatotoxicidade - enzimas retornam ao normal 6-8 semanas após interrupção 
· Hemograma: neutropenia e trombocitopenia 
· Triglicérides, colesterol 
· Interferência em outros testes: ↓T4 livre, ↑/N TSH , sem efeito teste de supressão dexa, baixa dose
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Cuidados: drogas que ↑ [PB] ou ↓ limiar para convulsão.
Drogas indutoras do S. p 450 ( Pb): competição dipirona, glicocorticóide, estrógeno, doxiciclina, griseofulvina metronidazol, teofilina, B bloqueadores, ciclosporina, digoxina.
Drogas que inibem S P 450 ( Pb): omeprazol, cloranfenicol, cimetidina, cetoconazol, trimetropim, fluorquinolonas, tetraciclinas, fluconazol, itraconazol, fluoxetina. 
 Limiar convulsão: quinolonas, metoclo-pramida, fenotiazínicos, ivermectin, estró-geno.
· Associação com drogas de metabolização hepática risco hepatopatia e de drogas depressoras do SNC (narcóticos, anti-histamínicos) 
· Fenobarbital reduz concentração de Diazepam
BROMETO DE POTÁSSIO
Indicações: hepatopatas (não sofre metabolização hepática), crises pouco frequentes e intensas. 
Cuidado: em pacientes renais,↓ dose em 50% 
Mecanismo de ação: hiperpolariza membrana pós sináptica, não se liga a proteínas plasmáticas. Monoterapia ou associado ao fenobarbital (efeito sinérgico). 
Eficácia: 52-72% cães podem ficar livres de convulsão (monoterapia).
Farmácia manipulação: líquido, cápsula, osso.
Brometo de potássio 22%: 
· Oferecer junto com alimento (irritação mucosa), xarope com sabor 
· Dose 20-40-80 mg/kg/dia, SID ou dividido BID (a partir 3m)
· Utilizar luvas ao manusear o líquido, lavar as mãos após manipular as cápsulas, osso (lesões cutâneas no homem) 
· 2-3 semanas para atingir valores terapêuticos 
· Equilíbrio 3, 4 meses em cães e 6 semanas gatos 
· Monitorização sérica: 1 a 3,5 mg/mL (único) e 1-2 mg/mL com fenobarbital
· Deve ser manipulado na dose certa, é amargo (pode causar gastrite), é necessário adição de sabor
· Não necessita receita controlada
· É indicado como politerapia, pois sozinho não é tão eficaz quanto os outros anticonvulsivantes
· É indicado para animais com hepatopatias
· Muito tóxico para gatos
· Cuidados com manipulação do brometo, pois pode causar dermatite nas mãos
· Gardenal e brometo têm efeito sinérgico, um aumenta a eficácia do outro, porém devemos nos atentar a dose do gardenal pois pode causar sonolência e deixar animal prostado (abaixar dose de gardenal)
· Brometo é associado ao gardenal quando o gardenal já está em dose máxima, para melhorar eficácia
· Brometo é o mais próximo da eficácia do gardenal
KBR + FENOBAR-BITAL
Cuidados ao associar com fenobarbital: 
· ↓ fenobarbital 20-25% após 2-4 meses ou antes, fenobarbital pode ser retirado 20-40% dos casos 
· Evitar suspender abruptamente o KBr pois pode precipitar EE- internar 
· ↑ risco de pancreatite 
· Não mudar o teor de sal (excreção renal, competição com o cloreto na reabsorção tubular), se necessária mudança deve ser gradual (5 dias) 
· Dieta rica em sal aumenta sua excreção
EFEITOS COLATERAIS
· Dose de “ataque” 24 horas: não dá tempo para o desenvolvimento de tolerância, efeitos colaterais mais comuns. VO ou via retal: 100-400 mg/kg cada 4-6 horas, total 4 doses ou 2-3 vezes ao dia por 3 dias 
· Dose de manutenção no dia seguinte 
· Pancreatite - mais comum na associação com fenobarbital 
· Efeitos colaterais mais comuns: diarreia, prolapso retal, vômitos, letargia, polidipsia, polifagia, ataxia, megaesôfago, tosse 
· Intoxicação → alteração consciên-cia, cegueira, coma, ataxia tetra-paresia, disfagia, paresia, diurese de NaCl e furosemida, risco estado epilético
DOSE DE “ATAQUE”
· 400-600 mg/kg
· Dividir dose em 8 (50mgkg cada 6 horas por 2 dias)
· Oferecer com alimento em 48 horas 
· Acelera concentração terapêutica e reduz tempo para atingir equilí-brio dinâmico
Efeitos colaterais: polidipsia, poliúria, polifagia, sedação, ataxia, tosse Associação, ataxia/ tetraparesia, alteração estado mental, erupções cutâneas com prurido, marcha rígida, irritabilidade; anorexia, náusea, vomito.
LEVETIRACETAM
· Cães e gatos 7 (politerapia) ou 20 (monoterapia) mg/kg/TID
· Modula a liberação de neurotrans-missores se ligando a proteínas das vesículas sinápticas 2ª (suprime atividade convulsiva) 
· Praticamente não sofre metabo-lização hepática 
· Pode ser utilizada no tratamento de estado epilético: 30-60 mg/kg 
· Pulsoterapia (convulsão em gru-po): 60mg/kg 1 dose, depois 20 mg/kg TID (evitar efeito “lua de mel” em cães após 4-8 meses)
· Novo no mercado, segunda opção para gatos (já que não pode ser administrado KBr)
· Não causa efeito colateralimportante
QUANDO E COMO SUSPENDER TRATA-MENTO?
· Conscientização do proprietário: impossível prever risco de recorrência, principalmente animais que apresentaram poucas crises 
· 6 meses- 1, 2 anos sem crise? ou situações ameaça a vida (hepatopatia) 
· Risco de recorrência é maior durante ↓ e até 1-2 meses após retirada Remissão varia de 15-18-30% 
· Retirada lenta (6m-1a): redução 25% cada mês (fenobarbital), sempre considerar equilíbrio dinâmico da droga em uso) 
· Risco de estado epilético se retirada abrupta anticonvulsivante 
Cuidado: evitar retirada em cães de grande porte maior incidência de estado epilético ou convulsão em grupo e animais que não controlaram fácil as crises.
ESCLARECIMENTO GERAIS AOS TUTO-RES
· Nunca suspender anticonvulsivan-tes (AC) por conta própria ou alterar dose 
· Vomito e diarreia afeta a absorção dos AC 
· Tratamento prolongado, horários rigorosos 
· Retornos frequentes, considerar farmacocinética de cada AC 
· Medicações associadas (tabela), mudanças no ambiente (fator precipitante) 
· Potencial para emergência: raças, estado epilético ou convulsões em grupo ou em série
Lembrando...
· Qualidade de vida do animal 
· Frequência das convulsões aceitá-vel 
· Efeitos colaterais 
· Custo terapia e exames comple-mentares 
· Impacto no estilo de vida dos proprietários...
OUTROS CONVULSIVANTES
Gabapentina: inibe canais de cálcio, ( atividade gaba e ↓ excitabilidade mediada pelo glutamato). 
· 30-50mg/kg a cada 8-12 horas 
· 10 mg/kg/BID 
· 30-40% metabolização hepática, pico 1-3 horas
Formulação líquida contém xilitol (risco intoxicação) EC sedação, paraparesia. 
Pregalina
Topiramato (Topamax): 5-10 mg/kg BID EC irritabilidade e desarranjos GI.
BENZODIAZEPÍNICOS 
· Potencializarão da ação inibitória GABA, terapia temporária (quando padrão das crises puder ser previsto 
· Aumento da frequência de abertura dos canais de cloro hiperpolarizando a membrana 
· Cães desenvolvem tolerância ao efeito AC rapidamente, duração curta de ação 
· Clonazepam (Rivotril): 0,5 mg/kg/BID curto prazo até efeito brometo 
· Metabolização hepática, pode aumentar concentração sérica do fenobarbital
DROGAS NÃO DISPONÍVEIS NO BRASIL
· Imeptoína (Pexican) 10-30 mg/kg BID cp 100 de 400 mg, monote-rapia ou associado ao fenobarbital 
· Zonisamida 4-10 mg/kg/BID EC sedação, ataxia, perda de apetite 
· Felbamato: 15-20 mg/kg/TID 
· Clorazepato de potássio (0,6-2 mg/kg, VO TID, 2-4 mg/kg/BID, 2-4 mg/kg/BID
ANTICONVULSIVANTES RARAMENTE EFICAZES (SEM INDICAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA) 
· Primidona 15-22 mg/kg/BID 
· Fenitoína (difenilidantoína), (Hi-dantal) tóxica para gatos, ½ vida curta 
· Carbamazepina (Tegretol) 
· Ác valpróico: 60 mg/kg (Depake-ne)
ALTERNATIVAS NÃO FARMACOLÓGI-CAS?
· Cirurgia calosotomia 
· Acupuntura/ Homeopatia 
· Estimulação do N vago: compres-são ocular 10-60s, cada 5 minutos? estimulação vagal com marcapasso 
· Dieta cetogênica (pobre em proteí-na e rica em gordura), / Hipoaler-gênica/ dieta natural?
INSUCESSO
Ausência de resposta a associação máxima de duas drogas, mais de uma crise por mês, com efeitos colaterais indesejados. 
· Orientação inadequada? Falha de maximizar utilização de uma droga podendo resultar em colaboração insuficiente do proprietário 
· Associada a doença? Falha no diagnóstico? Progressão da doença? 
· Associada ao paciente refratário? Genética (transportadores de membrana) Peso? Fator precipitan-te? (ambiente)
· Associada a droga? Dose, tempo suficiente? Manipulação? Tolerância? Mecanismo de ação ineficaz?
· Associação com drogas que ↓ limiar para convulsão (fenotiazinas) ou ↓ concentração fenobarbital?
TERAPIA EM CASA
· Manipular supositórios de Diazepam 0,5- 2mg/kg, 3 doses em 24 horas (farmacocinética não demonstrada por essa via em cães) 
· Diazepam injetável 5mg/mL, po-tencial para abuso, 0,5-2 mg/kg após convulsão em série ou estado epiléptico 
· Pulsoterapia aumenta frequência de administração ou outra droga? 
· Evitar internação 
· Deixar com proprietário (conheci-do) 3-5 doses no período de 24 horas 
· Manter medicação em ampola até sua utilização
PARTICULARIDADES DOS FELINOS
· Maior frequência traumas, altera-ções vasculares ou inflamatórias (infecciosas)
· Opções de tratamento são mais limitadas e menos estabelecidas que em cães 
· Autoindução é menos frequente, menos frequente fenobarbital provocar hepatotoxicidade 
· Crises epilépticas 2 árias traumas, alterações vasculares ou inflamatórias (infecciosas)
· Opções de tratamento são mais limitadas e menos estabelecidas que em cães 
Causas de crise reativa em felinos:
· Intoxicação: permetrina, fipronil, pesticidas 
· Encefalopatia hepática ou renal
· Hipertensão, hipertireoidismo, hi-poglicemia e hiperglicemia 
· Idade média 11 anos, exceto into-xicações (3 anos)
Convulsão audiogênica reflexiva em gatos (FARS) ou Síndrome do Tom e Jerry: convulsão ocorre imediatamente após um estímulo específico identificável.
Fenobarbital: 
· Iniciar 1,5 mg/kg/BID ou 2,5mgkg SID sedação inicial, concentração terapêutica: 10-35 ug/mL 
· Equilíbrio dinâmico 16 dias 
· Sedação, ataxia, ganho de peso, discrasias sanguíneas, prurido facial 
· Pico plasmático 1-1,5 horas
Gabapentina: 5-10 mg/kg SID 3-5 dias e depois mesma dose cada 12 horas. 
Alto risco de intoxicação: fenitoína e primidona. Evitar fenitoína (meia vida muito longa), 
Diazepan: 0,5-2 mg/kg/BID/TID. Risco de doença hepática potencialmente fatal, monitorar FH após 5 dias e mensalmente substituindo e não associado ao fenobar-bital. 
Clorazepato: 0,5-1 mg/kg TID.
Brometo de potássio: 15-30 mg/kg/SID ou BID. Menos efetivo, 30-40% crise asmá-tica potencialmente fatal ou pneumonia inflamatória. Informar proprietário sobre alteração respiratória RX uma vez por mês nos primeiros 4 meses.
ESTADO EPILÉTICO
DEFINIÇÃO 
Duração da convulsão > 5 min, sem recobrar consciência. 
CAUSAS 
· Toxicidade ou anormalidade metabólicas 
· Retirada súbita anticonvulsivante
· Doenças cerebrais progressivas 
· Animais medicados com anticon-vulsivante ineficaz ou sub dose ou refratários 
· Raramente pode 1ª convulsão cão com epilepsia idiopática
IMPORTÂNCIA
· Expectativa menor de vida (3 anos) 
· Solicitação eutanásia 
FATORES DE RISCO 
· Crises epilépticas em grupos
· Cães com peso >30 kg ≥ 1 EE.
MORTE
· Falhas cardíacas ou respiratórias, IR, aumento da pressão intra-craniana (PIC), desequilíbrios hi-droeletrolíticos graves, hipoglice-mia/hipóxia 
· Pode desenvolver dano cerebral permanente e tornar-se refratário aos AC (estudos experimentais de-monstram que crises com duração superior a 15-30 minutos cria cir-cuitos reverberantes convulsões se mantem) 
MANTER A CALMA
· É mesmo EE? 
· Identificar possível causa 
· Interromper a convulsão (ambien-te, minimizar estresse)
OBJETIVOS DA TERAPIA EMERGENCIAL
· Via aérea patente, estabelecer via acesso venoso, via retal 
· Prevenir e tratar complicações: temperatura, monitorar FC e ritmo cardíaco, glicemia, pressão 
· Prevenir atividade convulsiva adicional
ESTÁGIOS DA EE
Primeiro estágio: hipertensão, hiperglice-mia, hipertermia. 
Segundo estágio: hipotensão, hipoglice-mia, redução do fluxo cerebral, aumento de pressão intracraniana.
TRATAMENTO
Diazepam: 
· 0,25 a 2 mg/kg IV in bolus ou via retal, 5-10 minutos até total de 3 doses, esperar um minuto para ver efeito 
· Duração de efeito 15-20 minutos 
· Infusão contínua de diazepam 0,5 -2 mg/kg/h em solução salina 0,9% ou glicose 5%, preparar até para 2 horas em bomba de infusão 
· Degradado por luz, adsorvido ao plástico 
· Hepatopas (↓10-25%) 
· Previne a difusão da atividade convulsiva mais que a supressão do foco epileptogenico
Midazolam: 
· 0,07-0,20 mg/kg, dose em infusão 
· Em casa? Via retal, potencial para abuso 3 doses, 2 mg/kg se já esti-ver sendo medicado com fenobar-bital 
· Supositório? (farmacocinética não avaliada) 
· Pulsoterapia?
Propofol: 
· 1-2 ml/kg iv ou infusão constante 0,1-0,6 mg/kg/min ou 6 mg/kg/h em animais com doenças hepáticas 
· Inalatória: Isofluorano 30min-1 hora, 
· Obs.: infusão continua pode ser descontinuada 2-4 horas após último eventoconvulsivo
Fenobarbital:
· Pouco lipossolúvel 
· 15-30 minutos para efeito, após IV ou IM 2- 4 (12) mg/kg/h IV ou IM cada 6 a 12 horas 
· Infusão contínua de fenobarbital em glicose 5% ou salina 0,9%, dose variável 0,5-10 mg/kg/h, dose total acumulada 24 mg/kg
Pentobarbital sódio: 
· Agente anestésico 3-15 mg/kg de IV lentamente, cada 8-12 horas
· Intoxicação 
· Elimina radicais livres, estabiliza membrana doses acima 100mg/kg 
· Risco parada respiratória, retorno difícil diferenciar recuperação bar-bitúrica de convulsão
COMPLICAÇÕES
Edema ou aumento PIC: 
· Manitol 20% 0,25-2g/kg/IV
· Furosemida 0,07mg/kg IV após 15 min 
· Succinato metilprednisona 15-30 mg/kg IV lento por 10-15 minutos 
· Dexametasona 2-4 mg/kg
Glicemia: < 7mg/dL → 1-4 mg/kg gluco-nato de cálcio 10%, monitorar FC.

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