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Avaliação psiquiátrica Anamnese e Exame Psíquico

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Profª. Dra. Ana Carolina Dantas Rocha Cerqueira
Avaliação psiquiátrica 
Anamnese e Exame Psíquico
•Entrevista psiquiátrica
•Formulação de uma HD
•Formulação de um prognóstico
•Planejamento terapêutico 
Entrevista psiquiátrica - Aspectos Gerais
Em que 
contextos 
realizar a 
entrevista?
Regras básicas:
✔ Falar livremente?
✔ Interromper?
✔ Tipo de perguntas?
✔ Aceito jargões?
✔ Que tipos de cuidados 
com a linguagem?
•Avaliação psiquiátrica
•Anamnese
•Exame psíquico
•Exame físico
•Neuro/endo
•Exames complementares
•HD
•Conduta terapêutica 
Avaliação psiquiátrica / Anamnese
•Anamnese
•Identificação
•Queixa principal
•HDA 
•História pessoal – patológica pregressa, fisiológica e social
•História familiar
Anamnese
O QUE REGISTRAR? PORQUE?
Nome, DN, sexo, est. Civil, 
naturalidade, instrução, profissão, 
etnia, religião, residência, 
procedência, filiação.
A
na
m
ne
se
Identificação
Queixa principal
HDA
• Foco da história da 
doença atual
• Palavras do pcte
(aspas / sic)
O QUE REGISTRAR?
Início – época e modo
Desencadeantes
Tratamentos efetuados
Evolução
Impacto sobre vida
Intercorrências / Internações 
Anamnese
Estados mórbidos passados – não 
psiquiátricos 
Eliminações, sono, fala, respiração, 
fobia, convulsão, IST, traumas, 
alergias, cirurgias, hábitos tóxicos
A
na
m
ne
se
História 
patológica 
pregressa
História fisiológica
História pessoal
Gestação, nascimento, aleitamento, 
DNPM, menarca/menopausa, atv sexual e 
obstétrica, sono, alimentação 
Infância e adolescência: 
socialização, personalidade e 
relacionamentos, brincadeiras, 
rendimento escolar, ansiedade 
de separação, delinquência, 
interesses sociais, lazer, humor.
Anamnese
Situação de moradia
A
na
m
ne
se
História social
História familiar
Psiquiátrica e não psiquiátrica
Desejado, separação pais, ordem 
nascimento, personalidade familiares, 
relação entre familiares, apoio diante 
doença, relação cônjuge e filhos.
Conjunto de áreas distintas da 
atividade mental
Interação em si
Garantir a adaptação do 
indivíduo em seu mundo
Consciência
Memória
Pensamento
Linguagem
Afetividade ...
Funções psíquicas e suas alterações
◻ Todo Juízo implica certamente em um julgamento
Individual (EXISTENCIA E VALOR)
Social (produzido historicamente em consonância com 
determinantes socioculturais)
◻ “Ajuizar quer dizer julgar”
◻ JUÍZOS FALSOS PODEM SER PRODUZIDOS DE 
INÚMERAS FORMAS, SENDO OU NÃO 
PATOLÓGICOS
◻ Não patológicos - são compreensíveis e passíveis de serrem 
corrigidos
◻ Patológicos – não passiveis de correção: DELÍRIO
O Juízo de realidade e suas Alterações
Diferenças fundamentas
Erro simples x Delírio
Confusão de coisas 
semelhantes (camelo x cavalo)
Sol gira em torno da terra – 
julgamento social produzido 
historicamente
Preconceito
◻ Tratasse de um Juízo a priori, sem reflexão, um 
ajuizamento apressado com base em premissas falsas 
(Paim, 1993). Exemplos:
 Racismo (superioridade brancos)
Sexismo (inteligência homens)
Etnocentrismo (menospreso a cultura alheia: europeu x 
indígena americano)
Classismo (pobre preguiçoso)
Preconceito religioso (muçulman
HONESTO E 
CONFIAVEL X 
MÁ PESSOA, 
DESONESTO
Crenças culturais e supertições
◻ BIZARRAS/ABSURDAS mas COMPARTILHADAS 
POR DETERMINADO GRUPO CULTURAL (religioso, 
étnico, político, grupo de jovens, místico ou outro 
agrupamento social).
◻ Ex: acreditar em espíritos, ET., ovnis e gnomos
◻ Ex: Sempre que me cair um dente, alguém conhecido irá 
morrer.
O delírio
◻São Juízos patologicamente falsos (Jaspers,1979)
◻Determinado por sofrimento mental
◻É um erro do ajuizar;
Não é acessível ao raciocínio e argumentação lógica nem é modificada 
pelo confronto com a realidade implica em juízo, lucidez.
◻Ex: Querem me envenenar; 
◻Estão tramando contra mim; 
◻Eu sou o novo Messias.
NÃO Passiveis de correção por:
1. Provas;
2. Experiência;
3. Dados que a realidade oferece
1. O indivíduo acredita que está sendo vítima de um complô e 
está sendo perseguido por pessoas conhecidas ou 
desconhecidas (máfia, vizinho, polícia).
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Delírio de Perseguição
1. Apresenta a tendência a experimentar fatos do cotidiano 
como referentes a sua pessoa.
2. Diz ser alvo frequente, constante de referências 
depreciativas, caluniosas.
3. Ex: ao passar diante de um bar e observar as pessoas 
conversando e rindo, entende que estão falando dele. 
Delírio de Referência 
Delírio de Niilista ou de negação
1. O indivíduo tem uma falsa ideia de que o eu, uma parte do eu, 
os outros ou o mundo não existem.
1. Vivencia intensamente o fato de estar sendo controlado, 
comandado ou influenciado por força, pessoa ou entidade.
2. Ex: Há uma máquina que envia raios que controlam seus 
pensamentos (passa a submeter-se a força externa).
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Delírios de Influência
1. Acredita ser extremamente especial, ter um destino 
espetacular, dotado de capacidades e poderes mentais, 
místicos e religiosos. 
2. Delírio dominado por idéias de poder e riqueza.
3. Autoestima extremamente aumentada.
Delírios de grandeza
Delírio Místico ou religioso
1. Afirma ser ou estar em comunicação com um novo Messias 
ou Deus/santo poderoso/demônio.
2. Apresentam aspecto grandioso, enfatizando a própria 
importância do sujeito que delira.
1. Percebe-se traído pelo cônjuge de forma cruel (centenas de 
amantes/trai com parentes)
2. Extremamente ligado emocionalmente ao ser amado.
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Delírios de Ciúme e delírio de Infidelidade
1. Afirma que uma pessoa, geralmente de destaque social 
(artista, cantor) ou de grande importância para o paciente, 
está totalmente apaixonada por ele.
2. Irá abandonar tudo para que possam casar.
Delírio Erótico
Delírio de ruína
1. O indivíduo vive em um mundo repleto de desgraças, está 
condenado a miséria (ele e a família vão passar fome).
2. Futuro lhe reserva só sofrimentos e fracassos.
1. Afirma, sem base real, ser culpado por tudo de ruim que 
acontece no mundo e na vida das pessoas que o cercam.
2. Ter cometidos crimes, ser uma pessoa indigna, pecadora, 
irresponsável. 
3. Presente nas formas graves de depressão.
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Delírio de Culpa e autoacusação
Delírio somático 
1. O indivíduo tem uma falsa ideia sobre o funcionamento de seu 
corpo, queixando-se de sintomas, deformações ou defeitos 
físicos não existentes. Sintomas físicos para os quais não se 
encontra respaldo médico. 
1. Indivíduo experimenta profunda alterações corporais.
2. Relata que seu corpo está destruído ou morto, que não tem 
mais um ou vários órgãos, que seus braços e pernas estão 
“esfarelando”.
Delírio de Negação dos órgãos
• É o cenário no qual os fenômenos psíquicos acontecem.
• Estado em que o indivíduo está ciente em relação a si próprio 
(autopsíquica) e ao meio que o rodeia (alopsíquica – tempo e 
espaço).
Funções psíquicas e suas alterações
CONSCIÊNCIA
Alterações 
quantitativas
Alterações 
qualitativas
Alterações da consciência
Alterações Quantitativas Alterações Qualitativas
Obnubilação ou turvação: é o estado de 
redução da clareza da atividade psíquica, em 
geral associada à sonolência e à lentidão do 
curso do pensamento e dificuldade de 
concentração.
Delirium: quadro de rebaixamento leve a 
moderado da consciência, acompanhado de 
desorientação temporoespacial., dificuldade de 
concentração, agitação ou lentificação 
psicomotora, discurso confuso, ilusão e/ou 
alucinação.
Torpor: turvação da consciência, no qual o 
paciente pode ser despertado por estímulo,
sobretudo de natureza dolorosa.
Dissociação: Desconexão “de pensamento, 
emoção, memória e identidade”. 
Comportamentos automáticos (fazer coisas sem 
esforço consciente). Fragmentação ou divisão da 
consciência (Perda momentânea da unidade 
psíquica). Desencadeado por acontecimentos 
psicologicamente significativos, que geram 
grande ansiedade (Desliga da realidade para 
pararde sofrer). As crises podem durar de 
minutos a horas. 
Alterações da consciência
Alterações Quantitativas Alterações Qualitativas
Coma: É o grau mais profundo de 
rebaixamento do nível de consciência. 
Ausência de qualquer indício de consciência
Despersonalização: alteração da consciência 
do eu, na qual o indivíduo vivencia a si
próprio como irreal, diferente, estranho.
Hipervigilância: estado de intensa clareza da 
consciencia, com aumento da capacidade de 
apreensão.
Desrealização: é a vivência de que o ambiente 
que cerca a pessoa é percebido por ela como 
irreal, desconhecido e diferente, originando a 
sensação de estranheza.
✔ Síndromes confusionais agudas (confusão mental, derivada de 
transtorno orgânico) ≠ Delírio (Alteração de Juízo)
Precipitante definível: condição médica (anemia, hipóxia e hiponatremia leve, ITU, 
hipoglicemia, hipercalcemia, PNM, meningite), intoxicação substância (benzodiazepínicos, 
drogas anticolinérgicas), abstinência alcoolica, neurotransmissores (acetilcolina, GABA, 
dopamina), lesão SNC, multifatorial
✔ Conjunto de sintomas, que afetam toda a capacidade cognitiva (≠ 
Demência) e de atenção
✔ Mai de 65 anos, igual H e M, pós cirúrgicos e UTI
✔ Desenvolvimento ao longo de um período de horas a dias 
Importante observar tempo curso do desenvolvimento 
✔ No delirium período de lucidez completa são possíveis, na demência 
não.
✔ Começo abrupto e curso variável 
DELIRIUM
• Rebaixamento leve a moderado dos níveis de consciência (atenção e prontidão)
• Alterações na cognição (memória, orientação, linguagem e percepção)
• Perturbação sono
• Desorientação temporoespacial
• Dificuldade de concentração, pensamento fragmentado
• Ansiedade 
• Agitação ou lentificação psicomotora
• Discurso ilógico 
• Ilusões e/ou alucinações, quase sempre visuais
◻ Existe piora noturna ou em qualquer situação que diminua o "input" sensorial, já que 
sua atenção está reduzida
 Diferenciar de demência, desorganização psicótica ou maníaca... Não existem teste 
definitivos para o transtorno.
DELIRIUM
Manejo
❑ Paciente seguro de danos;
❑ Causa do delirium pedra fundamental do tratamento;
❑ Antipsicóticos para agitação (haldol);
❑ Se abstinência de álcool ou BZD usar BZD. O uso de BZD piora 
quadro se causa for outra.
❑ Quarto iluminado com pistas de orientação como nome, relógio, 
calendário. 
DELIRIUM
A Sensopercepção e suas Alterações
Fenômeno: tomada de consciência do estímulo sensorial.
Resultado: Interação das impressões sensoriais + 
representações.
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Fenômeno: gerado por estímulos físicos, químicos ou 
biológicos variados, originados fora ou dentro do 
organismo.
Consequência: Produzem alterações nos órgãos 
receptores, estimulando-os. 
Estímulos sensoriais: Alimentam os sistemas de 
informação do organismo (visão, tato, audição...).
• Todas as informações do ambiente, necessárias á sobrevicência 
do indivíduo, chegam até o organismo por meio das sensações.
• Compreende a capacidade sensorial e perceptiva do sujeito, ou 
seja, como os órgãos do sentido estão captando e interpretando 
as impressões que o meio externo e interno emitem.
A Sensopercepção e suas Alterações
1. Percepções encontram-se anormalmente 
aumentadas (intensidade e duração)
2. Sons (amplificados), ruído parece 
estrondo.
3. Imagens e cores (vivas e intensas)
4. Intoxicações (alucinógenos), drogas, 
epilepsia, esquizofrenia.
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S Hiperestesia
Hipoestesia 1. Cores e imagens tornam-se mais pálidas 
e sem brilho; alimentos sem sabor.
2. Perda da sensação tátil em determinada 
área da pele.
3. Perda das sensações dolorosas de 
áreas da pele e partes do corpo.
Anestesia tátil
Analgesia
A Sensopercepção e suas Alterações
Alterações Qualitativas 
•Alterações Qualitativas 
•Ilusão
•Equívocos ou interpretações deformadas de um estímulo externo real
•Alucinação
•Percepção clara e definida de um objeto sem a presença de um estimulo 
externo real
•Alucinose
•O objeto percebido se encontra no espaço objetivo, mas o paciente reconhece o 
fenômeno como algo patológico
Alterações da Sensopercepção
1. Turvação da consciência (a 
percepção torna-se imprecisa)
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Estado
Rebaixamento do 
nível de consciência
1. Ilusões transitórias
2. Sem importância clínica
Fadiga grave ou inatenção
Estado afetivo
1. Origem: emoções intensas (o afeto 
deforma o processo de sensopercepção)
2. Ilusão catatímica.
A Sensopercepção e suas Alterações
As ilusões mais comuns são as 
visuais, nas quais o paciente 
geralmente vê pessoas, monstros, 
animais, a partir de estímulos visuais 
como móveis, roupas, objetos ou 
figuras penduradas nas paredes.
Alterações Qualitativas da Sensopercepção
•Tipos de alucinações
•Auditiva
•Visual
•Tátil
•Gustativa
•Olfatória
Vivências alucinatórias
incapaz de distinguir entre estes e o resto que vêm do ambiente
1. Tipo mais frequente nos transtornos mentais.
2. Simples: presença apenas de ruídos primários (Sons, 
zumbido, estalido)
3. Complexas (vozes e diálogos, que geralmente o 
ameaça ou insulta, perseguição, criticas, dá ordens)
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Auditivas
1. São visões nítidas, sem a presença do estímulo visual. 
2. Simples: vê cores, bolas, pontos brilhantes (doenças oculares, 
esquizofrenia)
3. Complexas: imagens de animais e pessoas 
(vivas ou mortas), partes do corpo (órgãos genitais, caveiras, 
cabeça disforme, olhos assustadores).
Musicais
1. Audição de Tons musicais, ritmos, melodias (sem 
estímulo)
Visuais
Vivências alucinatórias
O paciente sente espetadas, choques ou insetos 
correndo sobre sua pele
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Táteis
Sabor: ácido, sangue, urina
Olfativas “Sentir” odor de coisas 
podres, de cadáver, fezes, 
pus.
Gustativas
Cenestésicas
Órgãos internos (visceras)
Cérebro encolhendo, fígado 
despedaçando
Relacionado a movimento do 
corpo (corpo afundando, pernas 
encolhendo)
Alterações da Sensopercepção
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e)
1. Apesar do objeto percebido se encontrar 
também no espaço objetivo, o paciente 
reconhece o fenômeno como algo patológico, 
SABE QUE NÃO É PERCEBIDO PELOS 
OUTROS.Apesar do objeto p
2. Estabelece um distanciamento entre si e o 
sintoma / TESTA
3. Ex.: alucinose alcoólica
Alucinoses
.
• O termo afetividade é genérico, compreendendo várias 
modalidades de vivências afetivas como o humor, 
emoções e os sentimentos.
Afetividade e suas alterações
Hipertimia/Euforia
 Humor patologicamente alterado no sentido da 
exaltação e da alegria.
 (sentimentos: otimistas/expansivos/prazer)
Hipotimia/Depressão
 Humor marcado pelo diminuição do estado de 
ânimo, associada a sentimentos pessimistas, 
vivências de fracasso, perda, culpa e insucesso. 
Ambivalência afetiva Sentimentos opostos em relação a um mesmo 
estímulo ou objeto, ocorrendo de maneira simultânea.
 Ex: ódio e amor, rancor e carinho por alguém. 
Afetividade e suas alterações
Apatia
 É a diminuição da excitabilidade emotiva e 
afetiva
 - Indivíduo hipo-reativo, não sente alegria, 
nem tristeza, nem raiva. (incapacidade de 
sentir afetos)
Anedonia É a incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas atividades e 
experiências da vida.
Labilidade afetiva
São estados nos quais ocorrem mudanças 
súbitas e imotivadas de humor, sentimentos ou 
emoções. O indivíduo oscila de forma rápida e 
inesperada de um estado afetivo para outro.
Afetividade e suas alterações
Puerilidade Alteração do humor que se caracterizapor aspecto infantilizado, regredido. O indivíduo 
chora ou ri por motivos banais, sua vida 
afetiva é superficial.
Paratimia
 Reação incompatível com a situação vivenciada. 
Presente em esquizofrenia ou transtorno 
bipolar. 
Linguagem e suas alterações
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Ausência de resposta verbal (não responde ao entrevistador, 
embora, aparentemente, pudesse fazê-lo). 
Modo de comunicação caracterizado pelo uso de fonemas combinados, 
produzindo o conjunto de palavras.
MUTISMO
LOGORRÉIA/PRESSÃO DE 
DISCURSO
Produção aumentada e acelerada da linguagem; fluxo incessante de 
palavras e frases. (abundante, enfadonho e detalhista).
COPROLALIA
Produção involuntária e repetitiva de palavras obscenas, vulgares.
ECOLALIA
Repetição (eco) da última ou das últimas palavras dirigidas/frases 
escutadas.
Linguagem e suas alterações
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1. Diminuição da velocidade de expressão.
BRADILALIA
TAQUILALIA
ESTEREOTIPIA 
VERBAL
1. Repetição automática (palavra, sílaba, som, intercaladas entre 
frases) sem nenhuma finalidade. 
Exemplo: “Hoje acordei cedo, lavei o rosto, ‘O Senhor é meu pastor’, 
escovei os dentes, ‘O Senhor é meu pastor’(em voz alta) e fui dormir de 
novo”.
1. Aumento da velocidade de expressão
*Loquacidade???
Linguagem e suas alterações
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A
S
1. Produção repetitiva de uma voz muito baixa, murmurada.
2. Movimenta os lábios de maneira automática (murmúrio ou som 
confuso) .
MUSSITAÇÃO
SALADA DE PALAVRAS
1. Produção de palavras e frases sem sentido, com fluxo verbal 
desorganizado e caótico.
2. Discurso incompreensível. 
3. Exemplo: “Isquirobodum é vinagre pro dente de cama, mesa e 
banho(...)”.
Alexia: perda, de origem neurológica, da capacidade para leitura.
Dislexia: Disfunção da leitura
Agrafias: perda por lesão orgânica da linguagem escrita, independente de 
perturbação motora. 
Disartria: Má coordenação dos músculos da fala. É caracterizada por uma 
fala "pastosa" e flutuações incontroladas do volume. A articulação das 
consoantes labiais se torna defeituosa e de difícil compreensão. Pode exagerar 
o movimento dos músculos dos lábios e maxilar ao falar.
Alterações da Linguagem
Alterações da Linguagem
Afasia: distúrbio orgânico da linguagem (lesões neuronais – AVC, 
tumores), na ausência de incapacidade motora (do órgão fonador) 
para produzi-la.
- Perda da linguagem falada, por dificuldade em expressar 
verbalmente (fluência) e compreender o que está sendo dito, 
nomeação e repetição.
Parafasias: Formas mais leves de déficit de linguagem, na qual o 
indivíduo deforma determinadas palavras
Ex: caneira (cadeira) ibro (livro)
Disfemia: Alteração da linguagem falada sem qualquer disfunção 
orgânica, geralmente determinada por fatores psicológicos. Ex: 
gagueira
Memória
É a capacidade de registrar, fixar e reproduzir 
os vestígios das experiências anteriores.
 
Nível de 
consciência
Atenção
Interesse afetivo
Re
lac
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a-s
e
Tipos de memória 
cognitiva genética imunológica Coletiva/ Cultural
registro
conservação
evo
caç
ão
Tipos de memória
Memória de trabalho 
Atua no momento que a informação esta sendo adquirida;
Manutenção temporária e processamento da informação durante a 
realização de tarefas diversas. 
“De curto prazo”
EX: Memorizar número de telefone.
Memória episódica
É declarativa, inclui a memória de fatos vivenciados pela pessoa
Autobiográfica 
“De longo prazo”
Ex: lembrar da sua formatura, do dia do casamento, da entrevista de 
emprego.
Tipos de memória
Memória semântica 
De informações adquiridas pela transmissão do saber de forma escrita, 
visual e sonora.
Envolve os conhecimentos organizadores do mundo, por exemplo, 
lembramo-nos do dia que o Brasil foi descoberto e quem o descobriu.
Se refere a aprendizado, conservação e utilização de algo que pode ser 
designado como arquivo geral de conceitos e conhecimentos do 
indivíduo.
Memória de procedimento 
Também chamada implícita
Armazena dados relacionados à aquisição de habilidades mediante a 
repetição de uma atividade que segue sempre o mesmo padrão. 
Automática geralmente não consciente.
Ex: andar de bicicleta, digitar, quebra cabeças, regras gramaticais.
 2 ALTERAÇÕES PSICOPATOLÓGICAS:
HIPERMÉSIA/HIPERMNÉSIA: é o aumento da capacidade 
mnéstica. Na hipermnésia não existe, na realidade, aumento 
da memória; verifica-se apenas maior facilidade de evocação, 
limitada habitualmente a períodos específicos, a 
eventualidades específicas ou a experiências realizadas com 
afetos intensos. 
HIPOMNÉSIA: “É a diminuição do número de lembranças 
evocáveis na unidade de tempo”.
 
Memória e suas Alterações
AMNÉSIAS: São perturbações da memória que se estendem 
a um período de tempo delimitado, do qual nada ou quase 
nada pode ser evocado.A amnésia não precisa ser 
completa.Há toda uma gradação entre o nada absoluto e a 
lembrança incompleta. 
PRINCIPAIS TIPOS DE AMNÉSIA
· ANTERÓGRADA: refere-se a fatos transcorridos depois da causa 
determinante do distúrbio. É sinônimo de perturbação da fixação.
· RETRÓGRADA: refere-se a fatos transcorridos antes da causa 
determinante do distúrbio e que se estende para dias ou semanas 
para trás da lesão.
· RETROANTERÓGRADA ou TOTAL: refere-se a fatos anteriores e 
posteriores a causa determinante do distúrbio.
Memória e suas Alterações
• CRIPTOMNÉSIA: corresponde ao súbito esquecimento de 
determinados períodos do passado individual.
• ECMÉSIA: corresponde a súbita recordação de determinados 
períodos do passado individual.
• FENÔMENO DO JÁ VISTO (dejá-vú): consiste na impressão de 
que a vivência atual (cenas, lugares, eventos) já foi experimentada 
no passado.
• FENÔMENO JAMAIS VÚ: consiste na impressão de jamais ter 
experienciado anteriormente a vivência atual (cenas, eventos, 
lugares) já foi experimentada no passado.
Memória e suas Alterações
PRINCIPAIS TIPOS DE AMNÉSIA
“Somos aquilo que recordamos ( ou 
que, de um modo ou de outro 
resolvemos esquecer) ” Izquierdo 
(2002).
“Perder a memória leva a perda de si mesmo, á 
perda da história de uma vida e das interações 
duradouras com outros seres humanos” (Squire 
e Kandel,2003),
PENSAMENTO
Atividades Fundamentais do Pensamento
 *elaborar CONCEITO: Relacionado a abstração e generalização. Expresso por uma 
palavra. Identifica atributos gerais dos objetos.
EX: Aborto é a interrupção da gravidez - remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto 
do útero, resultando na sua morte.
 *articular JUÍZO: Conduz a uma relação entre conceitos. Consiste no ato da consciência de 
afirmar ou negar atributos ou qualidades de objetos ou fenômenos.
EX: Sou contra o aborto pois acredito que todos têm direito a vida.
 *constituir RACIOCÍNIO: Ligação de juízos levando a formando novos juízos (conclusões). 
EX: Sou a favor do aborto em caso de gravidez resultante de estupro
 # Solução esperada para um problema #
Alterações no Processo de Pensar.
Aceleração do Pensamento: Ideias se sucedem rapidamente. Ocorre na mania, alguns 
esquizofrênicos, ansiedade intensa, psicoses tóxicas, depressão ansiosa.
Lentificação do Pensamento: Pensamento progride de forma dificultosa. Há certa latência 
entre perguntas e respostas. A lentificação pode ser tanta que o paciente não consegue 
atingir o objetivo do pensamento. Pobreza na formação de associações.
 
 
Bloqueio ou Interceptação do Pensamento: Há uma parada brusca e repentina do fluxo de 
pensamentos sem motivo aparente e involuntariamente. O paciente relata que “o pensamento 
pára”. Não é causado por distração ou por outros pensamentos. 
Roubo do pensamento: Associado ao bloqueio, com a nítida sensação de que o pensamento foi 
roubado de sua mente por uma força estranha, uma máquina, uma antena, etc.
 
ALTERAÇÕES DO CURSO: Velocidade em que o pensamento flui
Alteraçõesno Processo de Pensar.
Fuga de Ideias: Secundária a uma acentuada aceleração do pensamento. Associação lógica 
entre juízos e conceitos se torna prejudicada, deixando de seguir uma lógica ou finalidade. O 
paciente muda de discurso com facilidade, sem ter concluído o discurso anterior. 
A mudança brusca de conteúdo, causa muitas vezes incompreensão.
Dissociação do Pensamento: Desorganização do pensamento, que passam a não 
seguir uma sequência lógica e organizada, os juízos não se articulam coerentemente. 
Ainda é possível captar o que o indivíduo quer comunicar AVIÃO, MALA, VIAGEM.
Desagregação do Pensamento: Total perda da coerência do pensamento, sem qualquer 
conexão compreensível. Quebra radical e profunda das associações SALADA DE 
PALAVRAS
ALTERAÇÕES NA FORMA: Sua estrutura básica, sua “arquitetura”. Começo, meio e fim.
Alterações no Processo de Pensar.
Neologismos: são palavras novas ou palavras conhecidas recebendo novos significados.
 
Pensamento concreto: pensamento abstrato é muito difícil. Ex: chovendo canivete.
Mutismo (linguagem) (Afasia): ausência de linguagem oral por inibição psíquica. Ex: 
esturpor esquizofrênico, depressivo.
Perseveração: repete a mesma ideia ou palavras a diferentes perguntas.
 
 
OUTRAS ALTERAÇÕES
Conação e suas Alterações
 É a atividade psíquica voltada para a ação.
 Vontade
• Dimensão complexa da vida mental, relacionada à 
esfera instintiva e afetiva, assim como à esfera 
intelectiva (avaliar, julgar, analisar e decidir) e ao 
conjunto de valores, princípios, hábitos e normas 
sócio culturais do indivíduo.
 Vontade
ALTERAÇÕES PSICOPATOLÓGICAS:
• HIPOBULIA: é a falta de impulso volitivo capaz de 
transformar-se em movimentos corpóreos e realizar atos.
· HIPERBULIA: é um sentimento gigantesco de forças que 
qualquer estímulo se constitui numa motivação.
· NEGATIVISMO: é a tendência permanente e instintiva de 
reagir contra toda solicitação do mundo externo, seja qual for 
sua natureza.
· SUGESTIONABILIDADE: é a tendência a adotar qualquer 
solicitação externa, independente de sua natureza. 
Conação e suas Alterações
· ESTUPOR: a atividade está reduzida ao grau mínimo ou 
mesmo abolida. 
• MELANCÓLICO: o paciente fala em voz baixa, vacilante e 
monótona; movimentação lenta e de pequena amplitude. Nos 
casos graves a pessoa fica imóvel e rígido.
• HISTÉRICO: expressa fisionomia perplexa, ausência de 
iniciativa e espontaneidade.
• CATATÔNICO: apresenta imobilidade e hipoatividade 
defensiva. 
Conação e suas Alterações
PSICOMOTRICIDADE
É a exteriorização e o resultado da 
elaboração interna dos estímulos, 
incluindo as atitudes, 
comportamento, postura e 
produção verbal do paciente.
A
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PS
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Hipocinesia
1. Caracteriza-se pela diminuição acentuada e generalizada dos 
movimentos voluntários (Lentificação e inibição psicomotora, 
verbalização, marcha, olhar).
2. Os movimentos tornam-se lentos e são realizados com grande 
dificuldade.
Hipercinesia
1. Caracteriza-se por um aumento patológico da atividade 
motora voluntária.
Estereotipia psicomotora
1. Repetição contínua/desnecessária de um movimento simples 
(coçar, esfregar) ou complexo (pentear o cabelo).
Psicomotricidade e suas alterações
Expressão final das alterações da Volição
 Maneirismo: É um tipo de estereotipia motora, caracterizada por 
movimentos bizarros.

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