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Questão 1
Correto
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Texto da questão
“[...] A cidade é algo mais do que um amontoado de homens
individuais e de conveniências sociais, ruas, edifícios, luz elétrica,
linhas de bonde, telefones etc. Algo mais também do que uma mera
constelação de instituições e dispositivos administrativos [...]. Em
outras palavras, a cidade não é meramente um mecanismo físico e
uma construção artificial. Está envolvida nos processos vitais das
pessoas que a compõem; é um produto da natureza, e
particularmente da natureza humana.”
PARK, R. E. A cidade: sugestões para a investigação do
comportamento humano no meio urbano. In: VELHO, O. G. (org.). O
fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1967. p. 26
Com base na abordagem da Escola de Chicago sobre a noção de
ecologia humana discutida no texto, assinale a opção correta:
I. A noção de ecologia humana é distinta da noção biológica de
ecologia. Todavia, para Robert Park havia uma necessária correlação
entre a noção original e a sociológica, pois a cidade também é
resultado da ação de seres vivos, dotados de valores e tradições.
II. A cidade, mais do que uma forma física artificial, é um produto da
natureza humana contida nas relações entre os sujeitos. Na
sociedade urbana há forças que organizam os sujeitos, tais como a
racionalidade, o dinheiro, a divisão do trabalho, a localização dos
postos de trabalho e os transportes que viabilizam o exercício das
mais diferentes tarefas.
III. A mobilidade espacial e a concentração urbana são algumas das
características da ecologia humana de uma cidade. A organização
moral – fruto das tradições – e a organização física produzem
efetivamente uma cidade.
IV. Não há relação entre a organização espacial de uma cidade, os
fenômenos da divisão do trabalho como, tampouco, a racionalidade
da sociedade capitalista atual. A cidade contemporânea é apenas
mais uma extensão da cidade antiga e medieval, em nada devendo
aos principais fenômenos da modernidade.
Estão corretas:
a.I, II e III.
b.II, III e IV.
c.I e III
d.II e III.
e.I e II.
Questão 2
Incorreto
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Texto da questão
Sobre o tema comunidade e sociedade, veja o esquema, a pintura e
o texto a seguir:
Esquema 1
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
Pintura 1
AMARAL, T. do. Operários. 1933. Pintura, óleo sobre tela, 150 cm x 205 cm.
Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/tarsila-do-amaral/oper-rios-1933.
Acesso em: 30 jul. 2020.
Texto 1
“[...] Entretanto, essas pessoas se cruzam como se nada tivessem
em comum, como se nada tivessem a realizar uma com a outra e
entre elas só existe o tácito acordo pelo qual cada uma só utiliza
uma parte do passeio para que as duas correntes da multidão que
caminham em direções opostas não impeçam seu movimento mútuo
– e ninguém pensa em conceder ao outro sequer um olhar. [...] A
desagregação da humanidade em mônadas, cada qual com um
princípio de vida particular e com um objetivo igualmente particular,
essa atomização do mundo, é aqui levada às suas extremas
consequências.”
ENGELS, F. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra: segundo as
observações do autor e fontes autênticas. São Paulo: Boitempo, 2010. p. 68
(Mundo do Trabalho; Coleção Marx-Engels)
https://www.wikiart.org/pt/tarsila-do-amaral/oper-rios-1933
Embora não estudasse diretamente o tema comunidade e
sociedade, Friedrich Engels demonstrou em sua obra, fundamentada
no materialismo histórico e dialético, a franca transformação de um
processo produtivo autossuficiente em outro, com feições
plenamente capitalistas. Sobre o tema, com base nos suportes:
I. A comunidade consiste em um grupo de indivíduos, com uma área
geográfica minimamente delimitada. Demograficamente, uma
comunidade é menor do que uma sociedade.
II. Os grupos que vivem em uma comunidade em geral vivem em
uma área territorialmente particular, onde os interesses comuns são
compartilhados e há enorme homogeneidade socioeconômica.
III. Uma sociedade é formada por uma trama de relações sociais, em
que as pessoas se relacionam direta ou indiretamente por meio de
instituições sociais racionalizadas. Uma sociedade abrange várias e
distintas áreas geográficas, com diferentes paisagens e culturas.
IV. A sociedade é ampla e abstrata, oferecendo a todos um grau de
homogeneização e de amplas possibilidades de sobrevivência
socioeconômica. Uma sociedade também é baseada em relações
face a face, em detrimento de relacionamentos mediados por
instituições ou pela divisão do trabalho.
Estão corretas:
a.I e II.
b.I, II e III.
c.III e IV.
d.II e III.
e.I, III e IV.
Questão 3
Correto
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Texto da questão
Considerando a definição do conceito de cultura como sistema
simbólico presente na obra Cultura, um conceito antropológico
(1992), identifique as afirmações, marcando a alternativa que define
o que é cultura, de acordo com o autor e importante antropólogo
brasileiro, Roque de Barros Laraia:
I. A cultura é um fenômeno humano complexo e diverso, em que
ocorre o desenvolvimento da faculdade de simbolizar e transmitir tais
símbolos por meio do processo de comunicação e de humanização
de cada indivíduo em seu grupo.
II. A cultura é um fenômeno variado em seus diversos grupos
sociais. Seu grau maior de originalidade e síntese, além de sua
consequente diversidade, dependem da forma como é elaborada e
recriada, de sociedade para sociedade, na ação do homem em
transformar a natureza sua ação antrópica, que é, ao mesmo tempo,
simbólica, histórica e material.
III. A cultura é um fenômeno que varia conforme o maior ou o menor
favorecimento dos caracteres biológicos e geográficos encontrados
nas diferentes sociedades e etnias. Sendo assim, a diversidade
cultural confirma a existência de culturas superiores e inferiores que,
por sua vez, têm o seu sucesso dependente da maior capacidade de
simbolizar, logo, recriar o meio ambiente.
IV. A cultura de cada sociedade é formada por sistemas de símbolos
que variam, mas estes se instalam em um ser dotado de unidade
biológica: o homem. Por isso, ao nascer, todo ser humano está
biologicamente apto a ser socializado em toda e qualquer cultura.
Estão corretas:
a.II, III e IV.
b.I, III e IV.
c.II e IV.
d.III e IV.
e.I, II e IV.
Questão 4
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Sobre Claude Lévi-Strauss em São Paulo e sua etnografia sobre a
cidade e seus habitantes, leia o trecho a seguir:
“O encanto da cidade, o interesse que ela suscitava vinham primeiro
de sua diversidade. Ruas provincianas onde o gado retardava a
marcha dos bondes; bairros deteriorados que sucediam sem
transição às mais ricas residências; perspectivas imprevistas sobre
vastas paisagens urbanas: o relevo acidentado da cidade e as
defasagens no tempo, que tornavam perceptíveis os estilos
arquitetônicos, cumulavam seus efeitos para criar dia após dia
espetáculos novos.”
LÉVI-STRAUSS, C. Saudades de São Paulo. São Paulo: Companhia
das Letras, 2009. p. 69.
I. Em Saudades de São Paulo, Lévi-Strauss revela o etnógrafo
urbano, atraído pelo fenômeno do crescimento da cidade, pelas
diferenças sociais, pelas festas populares – como o carnaval – e por
sua nova e ambígua posição social. Um recém-chegado professor
universitário, egresso do universo escolar e acadêmico francês, que
se torna em São Paulo parte objetiva da constituição das novas
elites intelectuais brasileiras.
II. Lévi-Strauss revela um olhar crítico em relação às diferentes
frações das elites paulistanas e o seu desejo de crescimento urbano
e econômico, junto às representações da modernidade, sem
nenhuma preocupação com os demais atores sociais, em particular
os grupos populares, vistos muitas vezes como obstáculos para o
progresso da cidade.
III. Em um momento inicial, a presença de São Paulo e do Cerrado
brasileiro, quando faz seus primeiros contatos com as diferentes
populações indígenas,demonstram um lado pouco explorado do
antropólogo: o de etnógrafo e pesquisador de campo, empenhado
em compreender o outro diante de seus termos, além das
dificuldades inerentes a um trabalho de campo antropológico.
IV. Lévi-Strauss não se preocupa em narrar, descrever ou tampouco
analisar sua experiência urbana paulistana, pois entende que o que
seria considerado como antropologia urbana é inviável para tecer
quaisquer comentários e conhecimentos acerca da alteridade e do
espírito humano.
Estão corretas:
a.I e III.
b.I e IV.
c.II e III.
d.I, II e III.
e.II, III e IV
Questão 5
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Para Donald Pierson, professor e pesquisador norte-americano da
Escola Livre de Sociologia e Política, as ciências sociais – em
particular a sociologia e a antropologia – são ciências voltadas para
a observação e a pesquisa extenuante dos fatos sociais. Assim,
estudar as relações étnico-raciais implicaria em estudos de campo,
observações, registros, análise de farta documentação e entrevistas
com os sujeitos e grupos observados. Ao escrever sobre a relação
entre raça e classe social em Salvador nos anos de 1940, Pierson
sinalizava que a miscigenação havia criado um grupo social que
havia ascendido economicamente, com um status social diferente da
população negra, que ainda vivia sob condições socioeconômicas de
extrema vulnerabilidade. O autor observou que “um negro rico no
Brasil é um branco, e um branco pobre é um negro”. (PIERSON,
1945)
Com base no texto apresentado, avalie as afirmações a seguir:
I. Donald Pierson, em suas conclusões, entendeu que o racismo
brasileiro é diferente do norte-americano, mais ligado ao preconceito
de classe do que de cor. Neste caso, ao ter dinheiro, ocorreria o
embaralhamento das condições socioeconômicas e a diluição das
classificações de raça, dando aos indivíduos mestiços um status
diferenciado, mudando inclusive a visão que outros teriam de sua
cor e prestígio social.
II. O preconceito de cor, na visão de Pierson, é secundário em
relação ao de classe, dada a situação de status social, distinto da
população mestiça, que havia ascendido social e economicamente.
III. A melhoria no status social de pessoas mestiças, em sua
obtenção de ganhos econômicos na Bahia dos anos 1940, foi vista
por Pierson como uma negação brasileira do racismo típico
observado nos Estados Unidos. Todavia, o autor não entendeu que
os aparentes ganhos sociais e econômicos, com a miscigenação,
não refutavam a ideia do racismo; pelo contrário, demonstrava um
tipo de racismo típico de nosso país – o racismo estrutural –, já que
a manutenção da extrema miséria da maioria da população negra só
poderia ser explicada exatamente pela cor da pele, pois não
possuíam as mesmas condições de ascensão social e prestígio de
mestiços e brancos na disputa socioeconômica.
IV. Para Pierson, assim como outros pensadores brasileiros, o fato
de não haver racismo no Brasil como nos Estados Unidos torna o
país um modelo para outros países no quesito étnico-racial.
V. Pierson realizou o trabalho de campo na Bahia, objetivando
demonstrar que a miscigenação era um caminho para a diluição e a
eliminação completa e absoluta do racismo, sendo o Brasil um
modelo a ser estudado, cujo exemplo deveria ser cultivado em
outras sociedades contemporâneas.
Estão corretas:
a.I, II e III.
b.II, III e V.
c.II, III e IV.
d.I e II.
e.I, IV e V.
Questão 6
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
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Texto da questão
O nome “Escola de Chicago” está relacionado às pesquisas
realizadas pelo Departamento de Sociologia e Antropologia da
Universidade de Chicago. Sua proposta de pesquisa, inovadora para
a época, aplicava aos fenômenos urbanos um tratamento teórico e
empírico, abordando de maneira original inúmeros problemas
advindos do rápido crescimento industrial e urbano da cidade de
Chicago em outras regiões dos Estados Unidos. Um dos principais
conceitos da Escola de Chicago era o de região moral, utilizado por
Robert E. Park:
I. Para Park, a cidade é um estado de espírito, um corpo de
costumes, tradições, atitudes e sentimentos organizados, inerentes a
esses costumes e transmitidos por tradições.
II. A cidade não é apenas um espaço geográfico, mas também um
organismo onde se encontram áreas habitadas por diferentes tipos
de indivíduos, com seus diferentes estilos de vida. A cidade é ainda
um modo de vida, que detém um espírito ou uma cultura próprios,
distintos da experiência rural; um marco da modernidade e da
racionalidade.
III. As constantes mudanças na cidade, com o advento de novos
citadinos, migrantes rurais ou recém-chegados do estrangeiro,
fortalecia os laços de vizinhança, família, escola e culto, reforçando
o lado agregador da cidade.
IV. Diferentes áreas da cidade são apropriadas e ressignificadas
pelos seus moradores ou, mesmo, transeuntes, imprimindo no
cenário urbano seus hábitos e costumes, confirmando assim sua
região moral, distinta de todas as demais.
Estão corretas:
a.II e IV.
b.II, III e IV.
c.I, II e IV.
d.II e III.
e.I e III.
Questão 7
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Sobre a obra de Henri Lefebvre e sua influência nos estudos de
sociologia e antropologia urbanas, pode-se destacar que:
I. Lefebvre foi um filósofo e sociólogo marxista, que trouxe para as
discussões urbanas temas ligados ao materialismo histórico e
dialético, destacando a luta de classes e os interesses hegemônicos
do capital na produção do espaço urbano.
II. Lefebvre desconsidera os efeitos do capitalismo fordista
contemporâneo e transnacional sobre o rápido movimento de
industrialização e o crescimento das cidades de terceiro, dando
ênfase – em sua reflexão e análise dos processos urbanos – apenas
às cidades berço da revolução industrial, científica e tecnológica,
que possibilitou a urgência do capitalismo.
III. Lefebvre considera as grandes transformações tecnológicas do
século XX como elementos oriundos das contradições do
capitalismo, ora reforçando os processos de acumulação capitalista,
por meio da exploração dos trabalhadores, ora tornando mais
agudos os processos de contradição do capitalismo fordista.
IV. O direito à cidade, segundo Lefebvre, só pode ser entendido
dentro de uma lógica normativa e liberal de luta dos atores sociais
pelo progressivo acesso aos direitos da cidadania na lógica do
Estado democrático de direito, entendendo assim que a participação
política só pode ser compreendida na racionalidade representativa e
por meio dos órgãos deliberativos burgueses, garantindo a conquista
aos serviços públicos e o acesso à cidade.
V. A abordagem regressiva-progressiva que Lefebvre utiliza para
estudar os processos do capitalismo contemporâneo e fordista de
sua época tratam da descrição do visível no espaço urbano, da
análise regressiva e da progressão genética, verificando um dado
processo histórico compreendido a partir do presente, resultando em
uma dialética do espaço vivido com o espaço concebido. Essa
dialética demonstra os diversos elementos de resistência dos
sujeitos frente às práticas e aos discursos hegemônicos sobre a
experiência urbana.
Estão corretas:
a.I, III e V.
b.II, III e IV.
c.I, IV e V.
d.I, II e III.
e.III, IV e V.
Questão 8
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Max Gluckman foi um dos mais importantes antropólogos da Escola
de Manchester, corrente teórica de abordagem crítica dos problemas
sociais da descolonização, dos conflitos étnico-raciais e da
urbanização em países africanos em rápido crescimento. Sobre
Gluckman e a Escola de Manchester, pode-se afirmar:
I. A pesquisa etnográfica, embora reconhecidamente ligada à
antropologia social, não é exclusividade da reflexão antropológica.
Ela é utilizada de forma distinta em processos investigativos de
outras ciências, em especial na educação e nas ciências humanas.
II. A pesquisa etnográfica, em Malinowskie Boas, trata de um
processo investigativo na qual a participação do pesquisador na vida
e no cotidiano do grupo observado é crucial para o entendimento de
sua cultura.
III. Na obra de Gluckman e de outros pesquisadores da Escola de
Manchester, a etnografia é situacional, tendo em vista a observação
de fenômenos que devem ser relacionados com processos sociais
mais amplos, tais como os conflitos étnico-raciais, oriundos do
colonialismo e imperialismo europeus sobre o continente africano.
IV. O trabalho de Gluckman e outros por ele inspirado era de claro
cunho anticolonialista e antirracista. Sua etnografia e análise
antropológicas combinavam elementos clássicos, do funcionalismo e
do estrutural-funcionalismo britânico às influências do materialismo
histórico e dialético.
V. A etnografia produzida por Gluckman e outros da Escola de
Manchester foi realizada observando os parâmetros estabelecidos
pelo culturalismo e pela escola da personalidade norte-americana,
pouco se importando com os conflitos políticos que observavam no
continente africano, em particular, a situação social da maioria negra
na atual África do Sul.
Estão corretas:
a.I, II, III e IV.
b.I, /III, IV e V.
c.III, IV e V.
d.II, IV e V.
e.II, III e V.
Questão 9
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
“A atitude blasé resulta em primeiro lugar dos estímulos
contrastantes que, em rápidas mudanças e compressão
concentrada, são impostos aos nervos. Disto também parece
originalmente jorrar a intensificação da intelectualidade
metropolitana. [...] Surge assim a incapacidade de reagir a novas
sensações com a energia apropriada. Isto constitui aquela atitude
blasé que, na verdade, toda criança metropolitana demonstra
quando comparada com crianças de meios mais tranquilos e menos
sujeitos a mudanças.”
SIMMEL, G. A metrópole e a vida mental. In: VELHO, O. G. (org.). O
fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1967. p. 15.
a.Os fenômenos metropolitanos não são influenciados pelos
estímulos nervosos que os sujeitos sofrem na nova realidade
urbana.
b.A atitude blasé não torna as crianças do espaço urbano
distintas de suas contrapartes rurais, pois a cidade não as
estimularia desde sua tenra infância.
c.A figura do estrangeiro em nada altera a reflexão sobre a
presença da massificação e da alteridade, inerentes à vida
urbana.
d.A racionalidade, junto à circulação de dinheiro, em nada
interfere na organização da metrópole moderna e na vida mental
dos diferentes sujeitos que nela habitam e trabalham.
e.Os comportamentos típicos da vida urbana – o individualismo,
a reserva e a aparente indiferença frente aos outros – são
componentes importantes para atenuar os estímulos nervosos
que a metrópole induz aos citadinos. Esses elementos
compõem parte importante da atitude blasé descrita pelo
filósofo e pensador urbano, Georg Simmel.
Questão 10
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Donald Pierson foi um dos pesquisadores pioneiros nos estudos de
comunidade no Brasil. Seu primeiro contato com a realidade
brasileira ocorreu em sua pesquisa de doutorado, sobre relações
étnico-raciais em Salvador. Ao terminar o doutorado, ele foi
convidado a lecionar na Escola Livre de Sociologia e Política de São
Paulo (ELSPSP), onde junto com seus orientandos, produziu uma
série de estudos empíricos que demonstram a influência da Escola
de Chicago na formação das ciências sociais brasileiras. Sobre os
estudos de comunidade, é correto afirmar:
a.Os estudos de comunidade, orientados diretamente pelo
professor Donald Pierson não eram utilizados como ferramentas
de pesquisa empírica, treinamento teórico ou parte da formação
desejada para os cientistas sociais formados entre os anos 1930
a 1950 na então ELSPSP.
b.Os estudos de comunidade não podem ser considerados um
protótipo de sociologia e antropologias urbanas, pois se
dedicavam a estudar pequenas aldeias, comunidades em
transformação, declinando de uma organização tipicamente rural
para um modo de vida mais urbano.
c.Os estudos de comunidade foram realizados sob inspiração
direta dos estudos sociológicos clássicos, em especial as obras
de Marx e Engels sobre a formação do capitalismo e suas
consequências.
d.Os estudos de comunidade, levados a cabo na antiga
ELSPSP, tinham como objetivo proporcionar a experiência do
trabalho de campo tipicamente antropológico no estudo de
pequenas comunidades rurais, vilas interioranas ou litorâneas,
que demonstrassem as características sociais de relações face
a face, valores tradicionais, maior proeminência da coletividade
sobre o indivíduo etc.
e.Os estudos de comunidade realizados no Brasil e coordenados
pelo professor Donald Pierson não tiveram nenhuma influência
dos estudos sociológicos norte-americanos realizados pela
Escola de Chicago, sendo unicamente inspirados pelo processo
de transformação rural urbana em curso em várias regiões do
Brasil.

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