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MARC 9 - HPV

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Raquel Fontenele – 6º Período - Medicina 
Papilomavírus Humano (HPV) 
Conceito/Patógeno 
Infecção pelo papilomavírus humano são vírus da família Papillomaviridae. Infectam células epiteliais e têm a 
capacidade de causar lesões na pele ou mucosas. 
O HPV é desprovido de envelope, mede 55nm de diâmetro e tem um genoma de DNA circular de cadeia dupla. 
Completam seu ciclo vital apenas em células epiteliais terminalmente diferenciadas e, assim, são difíceis de 
crescer em cultura. 
 
Transmissão 
 A principal forma de transmissão do HPV é a atividade sexual de qualquer tipo, podendo ocorrer, inclusive, a 
deposição do vírus nos dedos por contato genital e a autoinoculação. Excepcionalmente, durante o parto, pode 
ocorrer a formação de lesões cutaneomucosas em recém-nascidos ou papilomatose recorrente de laringe. A 
transmissão por fômites é rara. 
 
Fisiopatologia 
Tipos virais oncogênicos: HPV 16 e 18, dos genes E6 e E7. 
1. Vírus atinge as células basais do colo uterino por conta das microlacerações no epitélio de revestimento 
(devido a atrito da relação sexual) 
Poderá ocorrer então: 
 
2. À medida que o colo uterino sofre lesão por 
infecção viral, evolui para NIC 1 (neoplasia epitelial 
cervical grau 1) – baixo grau, células mantém 
diferenciação – vírus tem menor progressão. 
3. Infecção progrediu? Determinar se foi por 
virulência do agente ou por não tratamento da 
lesão. As células ficam mais indiferenciadas no NIC 
-2 – alto grau. 
4. Lesão pode evoluir para o NIC 3: uma neoplasia 
com ausência de diferenciação celular e de 
características invasivas. 
 
 
 
Fatores de risco 
- Comportamento sexual: multipariedade 
- Tabagismo 
- Paciente que já possui outras DST´S (HIV) 
- Consumo de álcool 
- Predisposição genética 
- Ausência de imunização 
- Suscetibilidade (ex: ausência de circuncisão no homem) 
Infecção Latente Infecção sem incorporação do DNA 
viral 
Integração do DNA viral 
-Agente etiológico não é 
detectável de forma contínua 
-Expressão viral é limitada 
-Não ocorre replicação viral 
- Gerando a coilocitose (efeito 
citopático nas células escamosas 
causado pelo HPV de baixo risco) 
- Leva a proliferação celular (promovida 
pelos genes E6 e E7) 
- Células escamosas alteradas (com 
pouco citoplasma) ou pouco 
diferenciadas 
- Displasia (pode evoluir para o câncer) 
Raquel Fontenele – 6º Período - Medicina 
Classificação 
 
 
Manifestações Clínicas 
Benignas: verrugas, papilomas laríngeos, papilomas orais, condilomas genitais, condiloma cervical, 
epidermodisplasia verruciforme. 
Malignas: câncer cervical, carcinoma de pênis, câncer de esôfago. 
Verrugas Comuns (verruga 
cutânea) 
Geralmente aparecem nas mãos, mas 
pode aparecer em qualquer lugar. São 
bem delimitadas. HPV 2 e 4 
 
Verrugas Plantares Aparecem normalmente no calcanhar e 
sola dos pés. Lesões únicas (2mm a 1cm). 
Hiperceratóticas, endofíticas e dolorosas 
 
Verrugas Planas Pequenas pápulas achatadas, lesões 
múltiplas. Comum em face, mãos e 
pernas. 
HPV 3 e 4 
 
Verrugas Anogenitais Crescimento papilomatoso em toda pele 
e mucosa anogenital, principalmente 
locais de atrito 
 
Condiloma Acuminado Forma de couve-flor. HPV 6 ou 11, 
embora verrugas causadas por tipos de 
alto risco ou múltiplos tipos possam 
ocorrer em pacientes 
imunocomprometidos. 
 
 
Diagnóstico 
- Clínico: história e exame físico sem testes laboratoriais. 
- Colpocitologia oncótica de colo uterino: papanicolau - triagem 
- Citologia oncótica anal 
- Colposcopia com ácido acético 5%: causa branqueamento das lesões de HPV na mucosa genital e pode ser útil 
com ampliação em mulheres. 
- Anuscopia 
Raquel Fontenele – 6º Período - Medicina 
- Biópsia com exame histopatológico pode indicar existência de dúvida no diagnóstio da lesão anogenital; 
presença de lesão suspeita de neoplasia (lesõs pigmentadas, endurecidas, fixas ou ulceradas); ausência de 
resposta ao tratamento convencional; aumento das lesões durante o tratamento; paciente com imunodeficiência 
 
- Teste moleculares: Detecção do genoma viral, PCR, Captura híbrida, LBA 
Quando solicitar teste molecular? Quando paciente tem: lesões persistentes, pacientes com recidivas, histórico 
familiar e ASCUS (células atípicas no CO) 
Prevenção 
- Uso de preservativo 
- Mudança de comportamento sexual 
- Diagnóstico precoce 
→ Papanicolau: o rastreio é uma das estratégias com mais taxas de sucesso. O início do rastreamento é de 3 anos 
após o início da atividade sexual ou por volta dos 21 anos e prosseguir com intervalor de 1 a 3 anos. 
- Vacinação: recomendadas para meninas de 11 a 12 anos, bem como jovens de 13 a 26 anos. Meninas de 9 a 10 
anos podem ser vacinadas a critério médico. 
Vacinas Tetravalente - Gardasil (tipo 6,11,16 e 18): 3 doses em 6 meses, altamente efetiva para prevenção de NIC 
I e NIC 2/3, como também verrugas genitais 
Vacinas bivalentes – Cervarix (tipos 16 e 18): dose única, proporciona elevado nível de proteção contra a NIC, 
mas não contra verrugas genitais. 
- Eliminação de fatores de risco 
 
Tratamento 
O objetivo é destruir as lesões por técnicas físicas ou aplicadas topicamente ou agentes citotóxicos injetados. 
O tratamento não erradica a infecção em tecidos circunvizinhos. Lesões recorrentes são comuns. 
Como escolher o tratamento? Depende do tipo, local e tamanho da lesão. Fatores econômicos: custo de 
procedimento, nº de consultas, período de afastamento das pacientes do trabalho. Taxa de recorrência 
1. Primeira linha: 
Ácido salicílico tópico e crioterapia: indicado para verrugas comuns, planas e plantares. 
2. Segunda linha: 
Se lesões recalcitrantes: Imiquimod tópico – 5% creme, aplicado 1x ao dia, ao se deitar 3x por semana 
por até 16 semanas lesões recalcitrantes. Bleomicina intralesional, terapia com laser de corante pulsado 
e excisão cirúrgica. 
3. Verrugas genitais: podofilotoxina: aplicado pelo paciente (solução ou gel 0,5 ou 0,15% aplicada 2x ao dia 
durante 3 dias, com repetição semanal por 4 ciclos) 
 
Referências 
COELHO, T. Nova vacina contra o HPV pode trazer benefícios no tratamento da doença. Agência Universitária de Notícias. Edição Ano: 46 
- Número: 13. Disponível em: < http://www.usp.br/aun/exibir.php?id=5082>. 
 
GIRALDO, P.C. et al. Prevenção da Infecção por HPV e Lesões Associadas com o Uso de Vacinas. Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente 
Transmissíveis 2008; 20(2): 132-140 – ISSN:0103-4065. 
 
Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis Coordenação-Geral do 
Programa Nacional de Imunizações < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/livro_30_anos_pni.pdf> 
 
 
http://www.usp.br/aun/exibir.php?id=5082
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/livro_30_anos_pni.pdf

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