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Papilomavírus Humano (HPV)

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PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)
• Infecção Sexualmente Transmissível (IST) 
causada pelo papilomavírus (DNA vírus) 
ASSOCIADO AO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO, 
SEGUNDO TUMOR MAIS FREQUENTE NO BRASIL E 
QUARTA CAUSA DE MORTE POR CÂNCER NA 
POPULAÇÃO FEMININA BRAS ILEIRA 
• Existem mais de 200 tipos de HPV, sendo que 
cerca de 40 tipos infectam o trato anogenital e 
pelo menos 20 subtipos são considerados de 
alto risco, ou seja, estão associados ao câncer 
do colo uterino. Alguns médicos acreditam que 
o vírus HPV é quase tão comum quanto o vírus 
do resfriado 
• Aqueles que podem causar verrugas genitais, 
denominadas condiloma acuminado são 
causados, frequentemente, pelo HPV-6 ou 
HPV-11 
•Fatores como estado imunológico, tabagismo, 
herança genética, hábitos sexuais e uso 
prolongado do contraceptivo oral contribuem 
para a persistência da infecção e progressão 
das lesões 
TRANSMISSÃO 
• Contato direto durante o sexo vaginal, oral ou 
anal. 
• Não se espalha através de sangue ou fluidos 
corporais 
• Infecções são muito comuns logo após a 
mulher começar ter relações sexuais com um 
ou mais parceiros 
• Transmissão materno-fetal é rara, mas pode 
ocorrer, causando verrugas no trato 
respiratório (traqueia e brônquios) e nos 
pulmões do bebê (papilomatose respiratória) 
 
 
• Infecção pelo HPV, tanto no homem como na 
mulher, manifesta-se nas formas: latente, 
clínica e subclínica 
• MANIFESTAÇÃO LATENTE: pessoas infectadas 
não desenvolvem nenhum tipo de lesão. Pode 
permanecer a vida toda, entretanto algumas 
pessoas podem expressar, anos mais tarde, a 
doença com condilomas ou alterações 
celulares do colo uterino. Nessa condição, não 
existe manifestação clínica, citológica ou 
histológica, a infecção pode ser demonstrada 
por meio de exames de biologia molecular 
(detecção do DNA viral) 
•MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: aparecimento de 
verrugas genitais. As lesões maiores 
assemelham-se a “couve flor” e as menores 
possuem aparência de pápula ou placa, 
podendo ter aspecto filiforme, em geral, são 
resultantes de infecção por tipos não 
oncogênicos. Na mulher, encontram-se na 
vulva, períneo, região perianal, vagina e colo. 
No homem, localizam-se na glande, sulco 
bálano-prepucial e região perianal. Menos 
frequentemente, podem estar presentes em 
áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa 
nasal, oral e laríngea. Pode ocorrer também, o 
aparecimento de prurido, queimação, dor e 
sangramento 
• MANIFESTAÇÃO SUBCLÍNICA: aparecimento de 
lesões no colo do útero, na região perianal, 
pubiana e no ânus, diagnosticadas por meio de 
exames como o papanicolaou e colposcopia, 
com ou sem biópsia 
• As primeiras manifestações da infecção 
surgem entre, aproximadamente, 2 a 8 meses 
e o tempo médio entre a infecção pelo HPV de 
alto risco e o desenvolvimento do câncer 
cervical é de aproximadamente 20 anos, de 
acordo com o tipo, a carga, a capacidade de 
persistência viral e o estado imunológico do 
hospedeiro 
QUADRO CLINICO 
• As manifestações costumam ser mais 
comuns em gestantes e em pessoas com 
imunidade baixa, vale lembrar que a infecção 
por um genótipo de HPV não impede a 
infecção por outros tipos de HPV 
• A prevalência da infecção pelo HPV na 
gravidez varie entre 5,4% e 68,8%, estando as 
mulheres jovens sob risco mais elevado, 
provavelmente devido ao alto nível de 
atividade biológica cervical, aos níveis 
crescentes de estrogênios e à imaturidade 
cervical 
A gestação, por meio dos altos níveis de 
progesterona, imunossupressor biológico, 
pode acelerar e intensificar a infecção pelo 
HPV de alto risco oncogênico, particularmente 
o tipo 16 
• O ciclo de replicação do vírus está ligado à 
diferenciação epitelial (isto é, a maturação do 
queratinócito). O HPV têm predileção pela pele 
queratinizada anogenital. Os locais comuns de 
infecção incluem o pênis, escroto, períneo, 
canal anal, região perianal, intróito vaginal, 
vulva e colo do útero. 
DIAGNÓSTICO 
• Leva em conta os dados da história, exame 
físico e exames complementares com a 
pesquisa direta do vírus ou indiretamente 
através das alterações provocadas pela 
infecção nas células e no tecido 
• A presença do vírus HPV pode ser detectada 
através de vários métodos, sendo cada um 
dependente do estágio biológico em que se 
encontra a infecção 
• COLPOSCOPIA: exame permite a identificação 
de lesões na vulva, na vagina e no colo do útero. 
Aplica-se ácido acético 4% sobre as lesões, que 
se tornam esbranquiçadas e são visualizada a 
olho nu com a ajuda de um colposcópio. 
Particularidades das lesões são analisadas, 
como: tonalidade e intensidade aceto-branca, 
contorno da margem e superfície das áreas 
aceto-brancas e padrão vascular. A 
colposcopia é indicada nos casos de resultados 
anormais do exame de Papanicolau para saber 
a localização precisa das lesões precursoras do 
câncer de colo do útero 
A BIÓPS IA DE LESÕES ANOGEN ITAIS SUGEST IVAS DE HPV ESTÁ 
IND ICADA NOS SEGUINTES CASOS: 
- Presença de lesão suspeita de neoplasia (lesões pigmentadas, 
endurecidas, fixas ou ulceradas) 
- Ausência de resposta ao tratamento convencional 
- Aumento das lesões durante o tratamento 
- Pacientes com imunodeficiência (HIV, uso de drogas, 
imunossupressoras, corticoides, entre outros) 
• CITOLOGIA ONCÓTICA CONVENCIONAL: mostra-
se como o principal meio de prevenção da 
doença, pois permite a detecção da infecção do 
HPV classificando o nível de acometimento 
celular, permitindo o tratamento da lesão 
antes que a mesma alcance a junção escamo 
colunar (JEC) e posteriormente se instale como 
um tumor. Recomenda-se que as mulheres 
realizem anualmente a partir dos 25 anos de 
idade. Com dois resultados negativos, a 
periodicidade do exame passa a ser a cada três 
anos, conforme as diretrizes do Ministério da 
Saúde. É conhecido também como Papanicolau 
Uma análise da eficiência de métodos de diagnósticos 
para a infecção por HPV demonstrou que o uso da 
citologia oncótica juntamente com a colposcopia 
apresenta um melhor resultado para o rastreamento das 
lesões pré-cancerosas e cancerosas quando comparado à 
realização isolada da citologia oncótica. 
 
 
 
 
 
 
 
Facilidade rapidez e baixo custo, tornaram o teste de 
Schiller um elemento importante para detecção precoce 
e prevenção do câncer de colo uterino. O teste baseia-se 
na reação da solução de lugol com o glicogênio 
citoplasmático das células epiteliais do colo uterino e 
vaginal. No epitélio normal há alto teor de glicogênio e no 
epitélio neoplásico, pouco ou nenhum. Assim, considera-
se teste positivo quando apresentar áreas iodo negativas 
e teste negativo quando há completa captação do lugol 
pelo colo uterino e vagina. Não deve ser visto como 
método de substituição ao preventivo Papanicolau 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO HPV 
• Técnica imunohistoquímica: detecta o 
revestimento proteico das partículas virais do 
HPV, apresenta alta especificidade, porém 
detecta somente os vírus na forma epissomal, 
isto é, não integrado ao genoma do hospedeiro, 
predominante nas lesões de baixo grau. 
•Biologia Molecular: detecção, identificação e 
quantificação dos ácidos nucleicos. É 
considerado mais especifico e mais sensível 
para a detecção da infecção pelo HPV e baseia-
se, principalmente, em métodos como a 
captura hibrida, hibridização in situ e reação 
em cadeia da polimerase (PCR) 
•Captura Híbrida: investiga a presença de um 
conjunto de HPV de alto risco, mesmo antes na 
manifestação de qualquer sintoma, por meio 
da detecção do DNA viral, confirmando ou 
descartando a existência da infecção pelo vírus 
•Hibridização in situ: detecção do material 
genético do HPV em tecidos fixados (biopsia ou 
esfregaços celulares). Demanda sondas de 
DNA ou RNA para os tipos conhecidos de vírus, 
as sondas podem ser radioativas ou não 
radioativas 
• PCR: vemsendo empregada para identificar 
e confirmar a presença do HPV. Esta técnica de 
amplificação de DNA exige quantidades 
reduzidas de DNA viral, permitindo assim o 
estudo de pequenas amostras clínicas. A 
vantagem dessa técnica é a possibilidade de 
detecção de infecções por mais de um tipo viral 
ABORDAGEM E TRATAMENTO 
• Objetivo principal é a remoção das lesões 
clinicas, mesmo que os tratamentos não sejam 
efetuados os condilomas podem desaparecer, 
ficar inalterados ou aumentar em número e 
tamanho 
• Algumas opções terapêuticas incluem o uso 
de podofilotoxina ou imiquimode, realização 
de eletrocauterização ou aplicação de solução 
contendo ácido tricloroacético (ATA) 
• O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece os 
cremes podofilotoxina e imiquimode (não 
devem ser usados durante a gestação). O 
tratamento químico com uso da podofilina, que 
na versão oleosa deve ser aplicado pelo 
profissional de saúde, deve ser cercado de 
cuidados porque é tóxica. A pele ao redor deve 
ser preparada com vaselina, para caso haja 
extravasamento, a substância não será 
absorvida pela corrente sanguínea. A 
imiquimode é uma droga que age sobre a 
imunidade local, mas pode provocar grandes 
reações nos tecidos vizinhos se for 
indevidamente utilizado, levando à úlceras 
• O Ministério da Saúde, através do Programa 
Nacional de Imunização (PNI), adotou a vacina 
quadrivalente contra HPV que confere 
proteção contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 
11) e de alto risco (HPV 16 e 18). 
•Desde 2014, o Ministério da Saúde 
disponibiliza a vacina contra o HPV no SUS. No 
SUS a vacina é disponibilizada para meninas 
com idade entre 9 e 14 anos, meninos de 11 a 
14 anos; pessoas que portadoras de AIDS, e 
também aquelas transplantadas na faixa etária 
de 9 a 26 anos. 
A vacina HPV é destinada exclusivamente à utilização 
preventiva e não tem efeito demonstrado nas 
infeções pré-existentes ou na doença clínica 
estabelecida. Por ser uma ferramenta de prevenção 
primária, a vacina não tem uso terapêutico no 
tratamento do câncer do colo do útero, de lesões 
cervicais, vulvares e vaginais de alto grau ou de 
verrugas genitais
 
	PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)
	Associado ao câncer do colo de útero, segundo tumor mais frequente no Brasil e quarta causa de morte por câncer na população feminina brasileira
	Transmissão
	A gestação, por meio dos altos níveis de progesterona, imunossupressor biológico, pode acelerar e intensificar a infecção pelo HPV de alto risco oncogênico, particularmente o tipo 16
	Diagnóstico
	A biópsia de lesões anogenitais sugestivas de HPV está indicada nos seguintes casos:
	- Presença de lesão suspeita de neoplasia (lesões pigmentadas, endurecidas, fixas ou ulceradas)
	- Ausência de resposta ao tratamento convencional
	- Aumento das lesões durante o tratamento
	- Pacientes com imunodeficiência (HIV, uso de drogas, imunossupressoras, corticoides, entre outros)
	DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO HPV
	Abordagem e Tratamento
	A vacina HPV é destinada exclusivamente à utilização preventiva e não tem efeito demonstrado nas infeções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida. Por ser uma ferramenta de prevenção primária, a vacina não tem uso terapêutico no tratamento do...
	QUADRO CLINICO

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