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1. "Pouco fruto se pode obter deles se a força do braço secular não acudir para domá-los. Para esse gênero de gente, não há melhor pregação do que a espada e a vara de ferro." (José de Anchieta. Pedro Casaldáliga in "Na Procura do Reino") O fragmento de texto anterior, escrito nos primórdios da colonização do Brasil, refere-se: à evangelização do negro e o apresamento de escravos pelos bandeirantes; à determinação dos jesuítas em pregar o Evangelho junto aos índios e negros, ampliando os horizontes da fé. à catequização do índio pelos jesuítas e a utilização dos silvícolas como mão-de-obra nas propriedades da Companhia de Jesus; à expansão da cana-de-açúcar para o interior de Mato Grosso e a utilização de mão-de-obra indígena; à inadaptação do índio para o trabalho e a escravização do negro pelos jesuítas em suas reduções de ouro; Explicação: As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos europeus. Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua colônia americana a partir de 1530, desde os primeiros anos de contato diversos religiosos, sobretudo os jesuítas, iniciaram um intenso trabalho com os grupos indígenas que ficou conhecido como catequese. Num primeiro momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de conhecer um pouco mais a cultura, hábitos e língua dos índios, aproveitando a oportunidade para fazer pregações e alguns batismos. Feito o contato inicial, os jesuítas passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em aldeamentos. O objetivo principal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os índios aldeados além de batizados, também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de ler e escrever. Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os índios eram tão instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam para “sua rudeza e bestialidade”. (Padre Manoel da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiro gêneros literários do Brasil. Nos aldeamentos, os índios ainda eram treinados para exercer ofícios como tecelões, carpinteiros e ferreiros. Depois do treino, muitos iam trabalhar para colonos sob a tutela dos jesuítas - que eram responsáveis, inclusive, pela definição do pagamento dos índios aldeados. Em muitos casos, os aldeamentos acabavam se transformando em pequenas unidades econômicas, cuja principal mão-de- obra era a indígena. Após a missa, muitos índios iam trabalhar na lavoura que garantia a subsistência de todos. Os aldeamentos também tinham como objetivo acabar com a poligamia indígena e com a liberdade sexual que existia em diferentes sociedades, incutindo o modelo cristão de família. Como a preocupação maior era a conversão dos índios, os aldeamentos recebiam indivíduos dos mais diferentes grupos e sociedades. Dessa convivência surgiu a língua geral (baseada no tupi) que durante muitos anos foi a mais falada em toda a colônia. Esse convívio mais intenso também possibilitou um conhecimento mais aprofundados dos povos indígenas. Gabarito Comentado 2. Os indígenas brasileiros foram vítimas do processo colonizador europeu, tendo sua cultura desprezada. A partir do século XVI há um decréscimo da população nativa, que se agravou com o passar dos anos. Os principais fatores que contribuíram para esta queda no número total da população indígena foram: Os grupos caracterizados como indolentes não foram aproveitados para o trabalho na lavoura. As permanentes guerras entre as tribos indígenas, e estas com os brancos. A exploração do trabalho indígena na extração da borracha e as missões jesuítas. As doenças trazidas pelo colonizador europeu e a escravização dos índios. A venda dos nativos para o trabalho escravo nas minas espanholas. Explicação: Com a chegada dos europeus, o indígena não tinha resistência contra as doenças europeias e com isso adoecia com extrema facilidade, o fato de ter sido feito escravo também acabava por eliminar grandes quantitativos de indígenas, tanto pela guerra como pela própria escravidão Gabarito Comentado 3. Enquanto os portugueses escutavam a missa com muito "prazer e devoção", a praia encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá surpresos com a complexidade do ritual que observavam ao longe. Quando D. Henrique acabou a pregação, os indígenas se ergueram e começaram a soprar conchas e buzinas, saltando e dançando (...) Náufragos Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno) Este contato "amistoso" entre brancos e índios preservado: em todos os períodos da História Colonial Brasileira, passando a figura do índio para o imaginário social como "o bom selvagem e forte colaborador da colonização". até o início da colonização quando o índio, vitimado por doenças, escravidão e extermínio, passou a ser descrito como sendo selvagem, indolente e canibal. pelos colonos que escravizaram somente o africano na atividade produtiva de exportação. Igreja, que sempre respeitou a cultura indígena no decurso da catequese. sobretudo pelo governo colonial, que tomou várias medidas para impedir o genocídio e a escravidão. Explicação: Slide 20 aula 1 ¿Desde o início da colonização manifestaram-se em relação aos índios dois tipos de atitude: ¿ ¿Considerados "infantis". ¿ ¿"Imorais", justificando com isso os castigos e a escravidão a que foram submetidos. 4. Consistia na abertura de clareiras em determinadas áreas florestais, que em seguida eram queimadas. As cinzas resultantes desse processo eram utilizadas como fertilizantes do solo que, em seguida, era semeado pelas mulheres da aldeia. Estamos falando da: Pajelança Coivara Plantation Corvéia Queimadas Explicação: Essa técnica consistia na abertura de clareiras em determinadas áreas florestais, que em seguida eram queimadas. As cinzas resultantes desse processo eram utilizadas como fertilizantes do solo que, em seguida, era semeado pelas mulheres da aldeia. Dentre os gêneros cultivados estavam o feijão, milho, abóbora, algumas frutas e, principalmente, a mandioca - base da alimentação tupinambá e, mais tarde, de toda a colônia. 5. Em razão de as comunidades ¿primitivas¿ indígenas representarem, no Período Colonial, apenas reservas de força de trabalho a ser aproveitada no corte e transporte do pau-brasil, entre 1500 e 1530, no Brasil. a maioria das atividades produtivas concentrava-se na economia informal. a economia baseou-se essencialmente em atividades agrícolas. a expansão da pecuária impulsionou a utilização da mão-de-obra escrava africana. o extrativismo mineral acabou desenvolvendo um mercado de consumo interno. o comércio realizava-se através da troca direta ou escambo. Explicação: Por possuirem culturas distintas, não terem uma moeda para o comércio, o português e o indígena praticavam o escambo, ou seja, a troca de produtos por produtos, ou a troca de produto por serviços. 6. A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...). (GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Provínciade Santa Cruz, 1578.). A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas expressam a relação dos portugueses com a cultura indígena, exceto: A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular. A busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador. A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena. A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma. Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos. Explicação: Todavia, durante muitos anos, a diversidade indígena e a própria Ilha de Vera Cruz, pareciam não ter despertado o interesse da Coroa portuguesa. Como apontou Manuela Carneiro da Cunha: ¿todo o interesse, todo o imaginário português se concentra, à época, nas índias, enquanto espanhóis, franceses, holandeses, ingleses estão fascinados pelo Novo Mundo¿ (CUNHA, 1990: 92). Foi justamente esse encantamento que fundamentou a construção das primeiras imagens europeias sobre a nova humanidade que se apresentava. A inocência e a ausência de elementos fundamentais que ¿ na perspectiva europeia ¿ balizavam a noção de civilização marcaram os primeiros escritos sobre os índios. A despreocupação com a nudez foi reiterada diversas vezes na Carta de Pero Vaz de Caminha, indicando que esses homens e mulheres andavam nus por lhes faltarem a ideia de vergonha. O mesmo Caminha, assim como Vespucci e, mais tarde, Gândavo e Gabriel Soares de Souza ficaram surpresos com o fato dos tupis não terem em seu alfabeto as letras F, L e R. Segundo esses homens, essa ausência era a comprovação de que os índios viviam sem Justiça e na maior desordem Gabarito Comentado 7. Cada navio que aportava no Brasil deixava uma leva de europeus. Sobreviviam os que se ¿casavam¿ com as índias, aceitos pelos nativos segundo a tradição de que deveriam oferecer ao visitante uma mulher da tribo. Numa época de guerras, era vantajosa a absorção dos estrangeiros, que se tornaram peças-chave em um esquema que abrangia, além do pau-brasil, o abastecimento das naus. Os europeus pagavam com facas e espelhos. Para os índios, os objetos de metal eram um enorme avanço e os espelhos, espantosos. Estes acreditavam levar tesouros; já, para aqueles, as árvores não valiam tanto assim. Essa relação entre indígenas e europeus baseada na troca de produtos por serviços ficou conhecida como: Servidão Sesmarias Aldeamento Escambo Permuta Explicação: O período que se estende de 1500 a 1530 pode ser denominado de Pré-Colonial, pois, durante essas três décadas, o interesse português limitou-se à exploração do pau-brasil, principal produto de interesse na Europa, uma vez que era utilizado como corante vermelho e a madeira, para a construção de móveis e navios (FAUSTO, 2001, p.16-17). A extração do pau-brasil era monopólio da Coroa e a exploração era concedida a alguns arrendatários. Para a exploração, eram construídas feitorias, fortificações temporárias, que serviam para estocar a madeira. O trabalho era realizado pelos nativos em troca de utensílios como facas, espelhos e pequenos objetos sem valor, negociações que ficaram conhecidas como escambo. 8. Qual a função da catequese jesuítica no Brasil? Coube principalmente aos jesuítas a conversão dos índios ao catolicismo e adaptá-los ao modelo de sociedade portuguesa. Convertê-los ao catolicismo para obrigar os colonos a trocar a mão de obra escrava indígena pela africana. Adaptar os indígenas à escravidão. Deseatabilizar a cultura indígena pois dessa forma terminariam as guerras entre as tribos elevando a quantidade de convertidos à religião católica. Preservar a cultura indígena pois sua manutenção era essencial para o projeto de dominação da Metrópole. Explicação: As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos europeus. Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua colônia americana a partir de 1530, desde os primeiros anos de contato diversos religiosos, sobretudo os jesuítas, iniciaram um intenso trabalho com os grupos indígenas que ficou conhecido como catequese. Num primeiro momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de conhecer um pouco mais a cultura, hábitos e língua dos índios, aproveitando a oportunidade para fazer pregações e alguns batismos. Feito o contato inicial, os jesuítas passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em aldeamentos. O objetivo principal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os índios aldeados além de batizados, também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de ler e escrever. Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os índios eram tão instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam para “sua rudeza e bestialidade”. (Padre Manoel da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiro gêneros literários do Brasil. Nos aldeamentos, os índios ainda eram treinados para exercer ofícios como tecelões, carpinteiros e ferreiros. Depois do treino, muitos iam trabalhar para colonos sob a tutela dos jesuítas - que eram responsáveis, inclusive, pela definição do pagamento dos índios aldeados. Em muitos casos, os aldeamentos acabavam se transformando em pequenas unidades econômicas, cuja principal mão-de- obra era a indígena. Após a missa, muitos índios iam trabalhar na lavoura que garantia a subsistência de todos. Os aldeamentos também tinham como objetivo acabar com a poligamia indígena e com a liberdade sexual que existia em diferentes sociedades, incutindo o modelo cristão de família. Como a preocupação maior era a conversão dos índios, os aldeamentos recebiam indivíduos dos mais diferentes grupos e sociedades. Dessa convivência surgiu a língua geral (baseada no tupi) que durante muitos anos foi a mais falada em toda a colônia. Esse convívio mais intenso também possibilitou um conhecimento mais aprofundados dos povos indígenas. 1. "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente." (ANTONIL, Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1982, p. 89.) A assertiva que melhor explica a citação acima é: Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, explica qual era a importância do engenho para a economia colonial. Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, enfatiza a importância do trabalho escravo, mas não significa que valorize seu papel na sociedade. Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, analisa importância do trabalho escravo sendo isento em sua análise. Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, enfatiza a importância do trabalho escravo, valorizando seu papel na sociedade. Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, explica qual era a dinâmica de funcionamento dos engenhos. Explicação: O autor da passagem é o padre jesuíta Antonil. Embora explique a importância do escravo de origem africana no trabalhos dos engenhos, em nenhum momento reconhece a sua relevância social. Só o fato de legitimar a escravidão, mostra que não defende estes indivíduos. É significativo lembrar também que os religiosos defendiam os indígenas da escravidão, mas legitimavam o aprisionamento daqueles oriundos da África. 2. A utilização do trabalho escravo foi uma das principais características da colonização portuguesa na América.Diante dessa afirmação, analise as opções abaixo e assinale a correta. Durante toda a colonização, ou seja, entre os séculos XVI e XIX, a estrutura produtiva esteve baseada exclusivamente no trabalho do negro africano. Nas primeiras décadas da colonização, a escravidão do índio foi fundamental para a consolidação da empresa mercantil na América Portuguesa. A colonização portuguesa teve a sua estrutura produtiva baseada na escravização das mulheres. Durante toda a colonização, ou seja, entre os séculos XVI e XIX, a estrutura produtiva esteve baseada exclusivamente no trabalho indígena. O índio jamais foi escravizado na América Portuguesa. Explicação: O aluno deverá demonstrar saber que o trabalho escravo do índio e do africano ocorreram durante a história do Brasil, demonstrando também saber que apesar de o trabalho africano ter sido preponderante, ele coexistiu com o trabalho escravo indígena. Gabarito Comentado 3. Os indígenas trabalhavam para os europeus no início da colonização por produtos de pouco valor comercial, mas importantes par certo período de colaboração, várias tribos deixaram de auxiliar o que gerou uma reação violenta por parte dos colonizadores. A afirmativa que melhor explica a mudança de atitude da população indígena em relação aos portugueses é: os indigenas resolveram, eles mesmos, transformar aquela matéria prima (madeira) em produto manufaturado (tecido tingido, navios) e vender para a Europa. os indígenas resolveram, eles mesmos, comercializar a madeira com outros europeus conseguindo enormes lucros. os indígenas perceberam os reais interesses dos europeus e deixaram de colaborar. os indígenas já estavam abastecidos daqueles produtos trazidos pelos europeus e não viam, portanto, necessidade de permanecer trabalhando. Sua concepção de trabalho está relacionado ao uso, não ao valor de venda. os indígenas perceberam que poderiam conseguir lucros significativos se cobrassem em moeda por seu trabalho. Explicação: Durante séculos os indígenas foram considerados ingênuos por trabalhar em troca de produtos considerados de pouco valor pelos europeus tais como: anzóis, facas, miçangas. Para os indígenas, contudo, estes produtos eram valiosos visto que não os conheciam. Desta forma, trocaram sua força de trabalho por eles até o ponto que era interessante. Abastecidos, deixaram de colaborar com os portugueses o que gerou reação violenta dos mesmos. A lógica indígena não era sustentada pelo valor mercantil do produto e sim, pelo valor de uso dos materiais. 4. A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil foi progressivamente abandonada e substituída pela africana entre outros motivos, devido: ao constante empenho do papado na defesa dos índios contra os colonos. ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho. aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à Coroa. à completa incapacidade dos índios para o trabalho. à bem-sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios. Explicação: O aluno deverá demonstrar conhecimento do fato que o comércio africano beneficiava os mercadores portugueses, gerando muito lucro para a metropole. 5. " No começo, porém, a empresa colonial portuguesa não se desassociou da missão evangelizadora protagonizada pelos jesuítas com os povos indígenas que habitavam as terras brasílicas. Esse traço distintivo do Brasil Colonial teve início em 1549, ano da chegada dos primeiros padres inacianos, obedientes às resoluções emanadas do Concílio de Trento (1545-1563), que propugnava converter todos os "negros da terra" (BITTAR, Marisa. Infância, catequese e aculturação no Brasil do século XVI). Considerando o texto acima, podemos constatar que: I - Houve uma grande associação entre a empresa colonial e o processo de catequese. II - A ideia dos religiosos era converter a população nativa ao Catolicismo. III - O termo pelo qual os jesuítas identificavam os indígenas era "negros da terra". IV - O termo pelo qual os jesuítas identificavam os escravos africanos era "negros da terra". Todas as opções estão corretas. Apenas II, III e IV estão corretas. Apenas I, II e III estão corretas. Apenas I, III e IV estão corretas. Apenas I e III estão corretas. Explicação: Os indígenas eram identificados pelos religiosos e por todos os colonos como negros da terra. A expressão denota o desprezo que sentiam pela população local porque negros eram considerados inferiores assim como os indígenas. Como eles eram nativos foi inserido o termo "da terra". 6. Nos primórdios do sistema colonial, as concessões de terras efetuadas pela metrópole portuguesa objetivaram tanto a ocupação e o povoamento como a organização da produção do açúcar, com fins comerciais. Identifique a alternativa correta sobre as medidas que a Coroa portuguesa adotou para atingir esses objetivos. Armou fortemente os colonos para que pudessem defender o território e regulamentou um uso equânime e igualitário da terra entre colonos e índios aliados. Distribuiu a terra do litoral entre os mais valentes conquistadores e criou engenhos centrais que garantissem a moenda das safras de açúcar durante o ano inteiro. Dividiu o território em capitanias hereditárias, cedidas aos donatários, que, por sua vez, distribuíram as terras em sesmarias a homens de posses que as demandaram. Vendeu as terras brasileiras a senhores de engenho já experientes, que garantiram uma produção crescente de açúcar. Dividiu o território em governações vitalícias, cujos governadores distribuíram a terra entre os colonos portugueses. Explicação: O aluno deverá demonstrar que conhece o fato de a Coroa portuguesa não ter disponibilidade financeira para efetuar a colonização e por isso, ter deixado ao particular o ônus da colonização foi entregue aos particulares, através das Capitanias Hereditárias. 7. A ocupação do interior da colônia brasileira aconteceu irregularmente, conforme o desenvolvimento das atividades econômicas. Marque a opção certa a respeito das principais atividades empreendidas pelas BANDEIRAS: a agricultura monocultora do café e o comércio com os espanhóis no Sul; a procura de metais preciosos e a escravização dos indígenas; garantir a instalação de núcleos coloniais familiares e o estabelecimento de acordos de paz com os indígenas; a busca de uma rota comercial para o Pacífico e garantir a liberdade dos indígenas, conforme a orientação dos jesuítas; a criação dos aldeamentos, a escravidão e o teatro. Explicação: O sonho do El Dorado que havia povoado a mente dos primeiros europeus que se lançaram ao mar no século XV, e que em parte havia se materializado em algumas regiões conquistadas pelos espanhóis (como Potosí), ainda acalentava o desejo de muitos colonos portugueses. Foi a procura por ouro e prata que fomentou as primeiras expedições para as regiões interioranas da colônia portuguesa. Entre os anos de 1591 e 1601, o governador geral D. Francisco de Souza armou uma série de expedições em busca de metais preciosos. A vertente paulista, chefiada por João Pereira Botafogo conseguiu encontrar algumas minas próximas à cidade de São Paulo, reacendendo o sonho português. No entanto, as expedições subsequentes não corresponderam ás expectativas criadas pelos colonos. Ainda que o ouro e a prata não tenham sido encontrados em abundância, a experiência das expedições apresentou um produto extremamente interessante para os colonos: os escravos indígenas. Após terminar seu governo, D. Francisco voltou a Portugal com o intuito de colocar em prática um projeto que visava fomentar a economia das capitanias sulistasda colônia. Com inspiração no modelo da América espanhola, o objetivo era articular diferentes setores econômicos (mineração, agricultura e indústria), tendo como base o uso da mão-de-obra indígena Gabarito Comentado 8. Escolha a opção que melhor descreve o convívio entre portugueses e índios ao longo de todo o Século XVI. porque precisavam da mão de obra indígena, primeiro para retirar o Pau Brasil e depois para a plantation, os europeus escravizaram os índios desde o início do contato; tomando como referência Américo Vespúcio, primeiro a relatar o canibalismo, os europeus evitaram o contato e/ou mataram todos os índios que deles se aproximaram; porque precisavam da mão de obra indígena, primeiro para retirar o Pau Brasil e depois para a plantation, os europeus praticavam o escambo com os índios das tribos pacíficas e escravizaram os índios das tribos violentas. porque precisavam da mão de obra indígena, primeiro para retirar o Pau Brasil e depois para a plantation, os europeus primeiros estabeleceram alianças com algumas tribos e praticaram o escambo, em um segundo momento escravizaram-nas; tomando como referência a Carta de Caminha foram amistosas; Explicação: Como foi aprendido nas nossas aulas, a primeira transação comercial com o índio foi através do escambo e também como estudamos, quando efetivamente tiveram necessidade de colonizar o solo e obter lucros, o português passou a escravizar o índio. 1. Após a longa travessia, quando finalmente desembarcavam nos portos da América portuguesa, a situação de boa parte dos africanos era péssima. Aqueles que tinham conseguido aguentar a viagem passavam por um breve exame médico e eram rapidamente vendidos. Os africanos mais fragilizados, principalmente aqueles que haviam contraído escorbuto, passavam por um processo de quarentena em galpões localizados na região portuária. Nesses locais eles recebiam uma alimentação especial para recuperar suas forças o mais rápido possível. Assim que estivessem mais fortes, eram levados para os mercados onde seriam comprados. A partir de então, o destino desses africanos estava atrelado a de seu senhor e, em muitos casos, eles tinham que continuar a viagem, só que agora pelo interior do Brasil. Entretanto,muitos negros não sobreviviam, pois: Os negros acreditavam que retornariam para seu habitat na África resisitindo, então, ao que viria posteriormente, a escravidão. Os negros se rebelavam e fugiam formando os quilombos e movimentos de resistencia com luta armada. Os negros buscavam sua aoforria. Muitos deles era preferível morrer a trabalhar como escravo, pois acreditavam que a morte significava o retorno à sua terra natal, junto a seus ancestrais. os negros casavam entre si no período conhecido como quarentena, iniciando suas famílias. Explicação: Nem todos os africanos recém-chegados resistiam ao período da quarentena. Por isso, era comum encontrar cemitérios nas proximidades do porto. Além dos maus tratos e das doenças adquiridas durante a travessia, muitos escravos boçais, isto é africanos recém-chegados, sofriam de banzo ¿, uma doença que parecia atacar a alma de alguns africanos que, tomados por uma tristeza profunda, se deixavam morrer. Para muitos deles era preferível morrer a trabalhar como escravo, pois acreditavam que a morte significava o retorno à sua terra natal, junto a seus ancestrais. 2. Quais eram as rotas mais comuns do tráfico negreiro para o Brasil? Angola e Moçambique Moçambique e Africa do Sul Marrocos e Egito Angola e África do Sul Egito e Angola Explicação: As rotas efetivadas pelo tráfico negreiro representavam os caminhos das longas travessias além mar. Nesse aspecto haviam quatro. Entre as quatro rotas, temos duas : Rota de Angola e Moçambique. Após a longa travessia, quando finalmente desembarcavam nos portos da América portuguesa, a situação de boa parte dos africanos era péssima. Aqueles que tinham conseguido aguentar a viagem passavam por um breve exame médico e eram rapidamente vendidos. Os africanos mais fragilizados, principalmente aqueles que haviam contraído escorbuto, passavam por um processo de quarentena em galpões localizados na região portuária. 3. "O tráfico de escravos entre a África e o porto de Salvador crescia, e a Costa da Mina era a principal região de origem dos que desembarcavam, especialmente os oriundos dos portos de Grande Popó, Ajudá, Jaquim e Apá. Durante todo o século XVIII e os primeiros anos do seguinte a comunidade mercantil baiana reforçou seus laços comerciais e mesmo políticos com a Costa da Mina, proximidade que por vezes gerou reações da parte de Lisboa, descontente com a liberdade de comércio dos traficantes de Salvador e de suas ligações com rivais de Portugal. " (FLORENTINO, Manolo; RIBEIRO, Alexandre. ASPECTOS COMPARATIVOS DO TRÁFICO DE AFRICANOS PARA O BRASIL (SÉCULOS XVIII e XIX) A partir da leitura do texto acima, podemos concluir que: I - Havia uma disputa saudável entre os traficantes de escravos da Bahia e os portugueses. II - Os traficantes de escravos portugueses estavam incomodados com o estreitamento das relações entre os baianos e os africanos; III - A maior parte dos africanos que desembarcavam em Salvador eram oriundos da Costa da Mina. IV - Os laços comerciais entre traficantes de Salvador e Costa da MIna foram aprofundados no século XIX Apenas II e III estão corretas. Apenas I, III e IV estão corretas. Apenas I e II estão corretas. Apenas I e IV estão corretas. Apenas III e IV estão corretas. Explicação: Em relação à rota de escravos oriundos da África, os traficantes de Salvador começaram a ocupar os espaços deixados pelos traficantes portugueses. Isso gerou um crescente desconforto e até um pedido de intervenção por parte da Coroa. Nos séculos XVII e XVIII, os traficantes de Salvador se aproximaram da Costa da Mina de onde vinham a maior parte dos cativos. 4. (UFPB 2008) O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do Brasil: a escravidão. ¿O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma máquina de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores ¿ e, mais do que tudo, os cofres dos traficantes de homens.¿ (Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112). Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto afirmar: A) As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse, aumentaram após 1850. Porém, no Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do tráfico intercontinental e, praticamente, desapareceu o tráfico interno entre as regiões. E) Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados da África para o Brasil, nos porões dos navios negreiros, como forma de diminuição de custos. Com isso, muitos cativos morriam antes de chegarem ao destino. C) A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a escravidão, só foi permitida para quem pudesse manter um número de, pelo menos, 30 cativos. Essa proibição justificava-se, devido aos altos custos para se ter escravos. D) Muitos cativos, no início da escravidão, conseguiam a liberdade, após adquirirem a carta de alforria. Isso explica o grande número de ex-escravos que, na Paraíba, conseguiram tornar-se grandes proprietários de terras. B) A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era permitida em atividades econômicas complementares. Por isso, destinaram-se escravos exclusivamente às plantações de cana-de-açúcar, às minas e à produção do café. Explicação: A opção E destacaas condições precárias de viagem dos escravos trazidos para o Brasil. Os traficantes economizavam nos cuidados mínimos além de amontoar a maior quantidade possível de pessoas com a intenção de maximizar os lucros obtidos com a venda destes seres humanos na colonia. 5. Sobre as características da sociedade escravista colonial da América portuguesa estão corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO de uma. Indique-a. Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da utilização da mão-de-obra escrava africana seja em áreas ligadas à agro-exportação, como o nordeste açucareiro a partir do final do século XVI, seja na região mineradora a partir do século XVIII. A partir do século XVI, com a introdução da mão-de-obra escrava africana, a escravidão indígena acabou por completo em todas as regiões da América portuguesa. Nas cidades coloniais da América portuguesa, escravos e escravas trabalharam vendendo mercadorias como doces, legumes e frutas, sendo conhecidos como ¿escravos de ganho¿. Em algumas regiões da América portuguesa, os senhores permitiram que alguns de seus escravos pudessem realizar uma lavoura de subsistência dentro dos latifúndios agroexportadores, o que os historiadores denominam de ¿brecha camponesa¿. O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela utilização dos índios denominados ´´negros da terra´´ como mão-de-obra. Explicação: A escravidão indígena co-existe com a escravidão africana, tendo cada uma dela uma especificidade Tendo que se adaptar às condições de trabalho impostas pelos colonos, os índios escravizados deveriam realizar o cultivo extensivo da cana e depois processar seu caldo a fim de obter o açúcar. D3essa froma, a primeira mão d eobra escrava foi a índígena que foi substituida aos poucos devido às epidemias e a lucratividade da maõ de obra africana. Assim, a partir do último quartel do século XVI, a escravidão indígena passou a ser, em parte, substituída pelos africanos escravizados, tendo como trabalho as lavouras, o trabalho braçal. Gabarito Comentado 6. Os africanos foram trazidos do chamado continente negro para o Brasil em um fluxo de intensidade variável. Os cálculos sobre o número de pessoas transportadas como escravos variam muito. Estima-se que, entre 1550 e 1855, entraram pelos portos brasileiros 4 milhões de escravos, na sua grande maioria jovens do sexo masculino. (FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo,1995. p. 51.) Sobre a escravidão no Brasil, é correto afirmar que: o dia da consciência negra celebra a assinatura da Lei Áurea no século XIX, que proclamou a liberdade dos escravos. aos escravos só restava a rebeldia como forma de reação, a qual se manifestava através do assassinato de feitores, das fugas e até do suicídio. Não havia qualquer forma de negociação com vistas a melhores condições de vida por parte dos negros. eram chamados quilombos os espaços determinados para alojar os escravos destinados ao comércio e foram fundamentais na estrutura produtiva dos engenhos de açúcar. através das obras do pintor e desenhista alemão Johan Moritz Rugendas e Debret, é possível conhecer aspectos do cotidiano da escravidão. Ele aqui esteve no século XIX e deixou preciosa fonte iconográfica sobre a vida no Brasil. o Quilombo dos Palmares, organizado no interior do Estado da BAHIA, é considerado o mais importante do período colonial e foi liderado por Zumbi. Explicação: 1Falso. Quilombos eram os espaços para os quais os escravos se deslocavam quando fugiam de seus "donos". Lá encontravam outros escravos fugidos e uma certa organização social. 2.Falso. O dia da consciência negra é um dia erigido em homenagem à morte de Zumbi dos Palmares, um dos principais líderes de quilombo. 3.Falso. Algumas negociações poderiam ser feitas, principalmente para evitar fugas e confrontos diretos. 4. FAlso.o Quilombo dos Palmares, organizado no interior do atual Estado de Alagoa 5.Correto. Rugendas tem obras belíssimas (no sentido artístico) representando o cotidiano brasileiro do período. É bom, no entanto, tomar cuidado e não aceitar como verdade tudo o que o pintor expressa em suas obras. 7. A religiosidade indígena era bastante diversificada, baseada na identificação de deuses a elementos da natureza. Em relação a essa religiosidade depois da vinda dos europeus, podemos concluir que: foi incorporada pelos missionários católicos que aproveitaram tais elementos na catequese no africano. foi assimilada pelos missionários católicos que ministravam para os indígenas uma variante do catolicismo. foi aproveitada pelos missionários católicos que resolveram utilizar os mitos indígenas para a catequese. foi identificada pelos missionários católicos que buscavam converter, de forma incondicional, os indígenas. foi ignorada totalmente pelos missionários católicos que fingiam não ver a continuidade dessas práticas. Explicação: Dessa forma, a companhia de Jesus observam a "nova cultura" para melhor adaptá-la aos dogmas católicos e para o processo de evangelização utilizando diferentes instrumento lúdicos para a aproximação. Ma sem nenhum momento favoreceria que os elemntos ritualísticos indígenas fossem reforçados . Ao contrário eles compreenderam, observaram para melhor processo de evangelização aos dogmas católicas e cultura portuguesa. Gabarito Comentado 8. Trabalho escravo ou escravidão por dívida é uma forma de escravidão que consiste na privação da liberdade de uma pessoa (ou grupo), que fica obrigada a trabalhar para pagar uma dívida que o empregador alega ter sido contraída no momento da contratação. Essa forma de escravidão já existia no Brasil, quando era preponderante a escravidão de negros africanos que os transformava legalmente em propriedade dos seus senhores. As leis abolicionistas não se referiram à escravidão por dívida. Na atualidade, pelo artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o conceito de redução de pessoas à condição de escravos foi ampliado de modo a incluir também os casos de situação degradante e de jornadas de trabalho excessivas. (Adaptado de Neide Estergi. A luta contra o trabalho escravo, 2007.) Com base no texto, considere as afirmações abaixo: I. O escravo africano era propriedade de seus senhores no período anterior à Abolição. II. O trabalho escravo foi extinto, em todas as suas formas, com a Lei Áurea. III. A escravidão de negros africanos não é a única modalidade de trabalho escravo na história do Brasil. IV. A privação da liberdade de uma pessoa, sob a alegação de dívida contraída no momento do contrato de trabalho, não é uma modalidade de escravidão. V. As jornadas excessivas e a situação degradante de trabalho são consideradas formas de escravidão pela legislação brasileira atual. São corretas apenas as afirmações: Apenas I, II e III Apenas I, III e V Apenas IV e V Apenas I e II Apenas III e V Explicação: A relação coma escravidão do Brasil é um processo que não teve sua extinção assim que houve a abolição, e sempre teve como características o trabalho excessivo e uma relação de sujeito e objeto. Dessa forma sabe-se que além dos escravos serem os braços e pés dos senhores, temos uma relação direta com a lucrativiadde com o trabalho escravo. Portanto, utiliza-se de quetsões como a dívida adquirida para privar o escravo de sua liberdade. E como sabem,os havia dois tipos d emão de obra escrava: indígenas e africanos. Graças à preferência senhorial, 60% dos escravos eram homens adultos e jovens. Tendo que se adaptar às condições de trabalho impostas pelos colonos, os índios escravizados deveriam realizar o cultivo extensivo da cana e depois processar seu caldo a fim de obter o açúcar. A partir do último quartel do séculoXVI, a escravidão indígena passou a ser, em parte, substituída pelos africanos escravizados. 1. "Os povos indígenas integrados à administração portuguesa na colônia, como aliados, tornaram-se índios aldeados e, como súditos cristãos do Rei, passaram a desempenhar diferentes papéis na nova sociedade em formação. Pouco valorizados em nossa historiografia, cuja perspectiva assimilacionista apresenta sua trajetória como um processo de perdas culturais contínuas, é surpreendente encontrá- los no século XIX, afirmando sua identadidade (...)" (ALMEIDA, Maria Regina Celestino.Os índios aldeados. Revista Tempo, p.51.) Segundo seus estudos, qual seria a melhor interpretação para a passagem acima: os índios assimilados pela administração portuguesa foram continuamente atacados pelos seus iguais. os índios assimilados foram de pouca utilidade no empreendimento colonial português porque atacavam seus iguais o que gerava revolta por parte da população. os índios integrados à administração portuguesa foram interpretados pela historiografia tradicional como assimilados e sempre foram subestimados. os índios integrados à administração portuguesa nunca foram interpretados pela historiografia como aculturados. os índios assimilados foram determinantes para o sucesso da dominação colonial no Brasil porque atacavam seus iguais. Explicação: A historiografia tradicional brasileira sempre negligenciou e subestimou os indígenas integrados à administração portuguesa visto que eram considerados como assimilados e, por conta disso, "índios" que não preservaram e guardaram suas raízes. 2. As fugas que pretendiam negar a escravidão tinha como fim: Uma tentativa de alcançar uma vida diferente com um novo senhor. Uma alternativa para viver fora do cativeiro. Uma tentativa de subir para os morros e favelas, reduto onde eram protegidos. Uma alternativa de virar escravo de ganho na cidade. Uma alternativa tentando se alistar no exército brasileiro. Explicação: A fuga foi uma das formas mais utilizadas para resistir à escravidão, sendo uma estratégia de resistência tão frequente que os senhores utilizaram diferentes formas de lutar contra ela. Nas regiões rurais era comum que os senhores contratassem os capitães do mato ¿ homens especializados em recapturar escravos fugidos. Já nos grandes centros urbanos, a captura de escravos cava sob a incumbência da polícia. Os jornais das vilas e cidades eram repletos de anúncios feitos pelos senhores que não só denunciavam as escapadas dos escravos, como ofereciam a descrição física do fugitivo e muitas vezes algum tipo de recompensa para quem o encontrasse. Quando a captura do escravo fugido ocorria, os senhores costumavam aplicar castigos físicos violentos e obrigar o escravo a usar uma gargalheira que servia como símbolo de escravo fugido. No entanto, a despeito das punições, a fuga foi uma estratégia amplamente praticada por aqueles que viviam no cativeiro. 3. Os movimentos de resistência africana à escravidão foram constantes ao longo da história brasileira. Acerca deles podemos afirmar que: I - Oscilavam entre movimentos ativos como fuga, assassinatos e passivos, negligência com o trabalho. II - Foram mais intensos a partir do século XX, com a ascensão do Abolicionismo. III - Não auxiliaram em nada os escravos no tange a melhorias de suas condições de trabalho. Apenas III está correta. Apenas I está correta. Apenas I e II estão corretas. Todas estão corretas. Apenas II está correta. Explicação: Em relação aos movimentos de resistência dos escravos de origem africana no Brasil podemos observar que variavam entre atos concretos, ou seja, fugas, assassinatos de feitores, formação de quilombos ou de resistência passiva, negligência no trabalho, boicote das atividades. Estes movimentos foram fundamentais para mudar a realidade da escravidão ao longo dos séculos. O Abolicismo foi importante para intensificar estas práticas e data do século XIX. Desta forma, apenas a opção I está correta. 4. As festas tinham uma função específica na sociedade brasileira. Para os escravos foi algo ainda mais intenso. As festas dos padroeiros era um dos poucos momentos em que havia liberdade para se reunir e festejar. Sobre estas festas temos que destacar o papel da(o): Candomblé Igreja protestante Governador Geral que fazia o édito de comemoração Igreja Católica Coroa que fazia comemorações nacionais Explicação: A festa era uma das formas que os negros encontraram de integrarem à sociedade. Desta maneira podiam expressar sua devoção, sua religião e ao mesmo tempo contribuíam para sua aceitação na sociedade. Essas festividades reuniam negros e mestiços, escravos libertos, na comemoração do Santo Padroeiro. Era um dos poucos momentos em que eles tinham a liberdade de se reunir e festejar, pois, essas festividades tinham o apoio da Igreja. A resposta se justifica porque a Igreja Católica detinha todo o poder, impunha os seus valores religiosos e se dependesse dela, todos deveriam se integrar ao catolicismo como forma de controle. Gabarito Comentado 5. "Convém lembrar que, no imaginário e na expressão artística afro-brasileira, os orixás costumam ser caracterizados com atributos de santos católicos, quase todos brancos, como por exemplo o guerreiro romano, pelo qual Ogum é representado em muitos candomblés. Vários outros orixás são também caracterizados assim. Além disso o calendário da maior parte dos cultos afro- -brasileiros, como não podia ter sido diferente, é construído basicamente em cima do calendário ocidental cristão." O texto menciona a questão do sincretismo utilizado de forma sistemática pelos nativos e afrodescentes ao longo do período colonial. Relacionando o texto e seu conhecimento prévio podemos aferir que: I - O sincretismo foi uma forma de resistência cultural utilizada pelas populações oprimidas. II - Os africanos e afrodescendentes associavam os orixás a santos católicos como forma de "disfraçar" suas práticas. III - O calendário afrodescendente foi associado ao calendário cristão. Apenas I está correta. Apenas I, II e III estão corretas. Apenas I e III estão corretas. Apenas II está correta. Apenas II e III estão corretas. Explicação: O sincretismo foi uma forma das populações indígenas e africanas ou afrodescendentes resistirem à assimilação cultural exercida pelos portugueses. Eles associavam os orixás aos santos católicos como forma de camuflar suas práticas e evitar a perseguição. Além disso, preservavam parte de sua cultura. 6. Uma alternativa que muitos escravos encontraram não só para construir suas famílias extensas, mas também para lutar pela liberdade, se deu através da filiação às: Associações islâmicas criadas no Brasil Irmandades negras católicas Fileiras do exército brasileiro Associações de Moradores dos Subúrbios Macumba criada nos Quilombos Explicação: Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Diversos escravos africanos e crioulos conseguiram obter sua liberdade graças à poupança feita por seus ¿irmãos¿ de credo. Assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava uma nova poupança para ajudar outra pessoa. Anualmente, cada irmandade fazia a festa para seu santo padroeiro. Esse era o momento mais importante de cada irmandade. Tal comemoração era composta por uma longa procissão, missa solene e grande festa com muita música, dança e batuque. Também era nessa festa que a irmandade coroava seu rei e sua rainha. Para os escolhidos, esse era um momento de grande prestígio frente a seus companheiros. A devoção deescravos e libertos fez com que algumas irmandades negras ganhassem muito prestígio e se transformassem em organizações com muito dinheiro. Um exemplo disto está no fato de que, no Rio de Janeiro, tanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário como a Igreja de São Elesbão e Santa Egênia terem sido construídas na região central da cidade. 7. ¿Reconhecem-se todos obedientes a um que se chama o Ganga Zumba, que quer dizer senhor grande; a este têm por seu Rei e Senhor [...] todos os que chegam a sua presença põem logo o joelho no chão e batem as palmas das mãos em sinal de seu reconhecimento e protestação de sua excelência; [ a cidade de Macaco] está fortificada por um cerco de pau-a-pique [...] e pela parte de fora toda se semeia de armadilhas de ferro e de covas tão ardilosas que perigará nelas a maior vigilância; ocupa esta cidade dilatado espaço, formado de mais de 1.500 casas.¿ O fragmento acima explica parte do funcionamento do Quilombo de Palmares sobre a autoridade de Ganga Zumba. Desta citação podemos aferir que: I - Ganga Zumba era a autoridade local e respeitado por todos. II - Este fragmento expressa a organização do quilombo baseada, provavelmente, na descrição de um estrangeiro. III - O texto apresenta o Quilombo como um espaço organizado e formado por um grupo bem grande. Todas estão corretas. Apenas I está correta. Apenas I e II estão corretas. Apenas II está correta. Apenas III está correta. Explicação: Não dispomos de descrições sobre os quilombos deixadas pelos próprios habitantes. Sua história foi contada pelos vencedores, não pelos vencidos. Pela descrição percebemos que a comunidade era bem organizada e havia uma liderança, Ganga Zumba, identificada com um monarca, um rei. 8. Tal homem recebia o título de pajé ou de xamã e, graças à sua relação com forças sobrenaturais, ele gozava de posição de prestígio entre os seus, o que fazia deles um dos principais inimigos do movimento de catequese. Ainda que os missionários tentassem acabar com os poderes (simbólicos e políticos) que os pajés tinham, eles não conseguiam pois: Existiam um panteão e uma gama de rituais religiosos arraigados na identidade e organização dos grupos. A tradição do Pajé dizia que a mensagem dos missionários não era falsa, mas a ressignificação para o grupo, gerando sua irritação. Os missionários tinham como prática assassinar o pajé quando chegasse, criando um afastamento dos demais índios. Eles eram os guerreiros, então o fato dos brancos utilizarem seus serviços criava uma dúvida na divindade cristã. O pajé conseguia materializar os espíritos da floresta, criando uma epifania sem igual no mundo cristão. Explicação: Tal homem recebia o título de pajé ou de xamã e, graças à sua relação com forças sobrenaturais, ele gozava de posição de prestígio entre os seus, o que fazia deles um dos principais inimigos do movimento de catequese. Ainda que os missionários tentassem acabar com os poderes (simbólicos e políticos) que os pajés tinham, eles não conseguiram desconstruir o panteão e os rituais religiosos de muitas sociedades indígenas com as quais entraram em contato. 1. A situação adversa dos escravos provocou uma série de manifestações de resistência. Os escravos, ao contrário do que possamos pensar, não aceitavam pacificamente sua condição. Dentre as formas de resistência utilizadas por estes grupos é correto indicar: I - as fugas, a formação dos quilombos e o sincretismo. II - O assassinato de feitores e o suicídio. III - A demora ao praticar as atividades solicitadas pelos senhores. Todas estão corretas Apenas II está correta. Apenas III está correta. Apenas I está correta. Apenas I e II estão corretas. Explicação: Os escravos utilizaram várias formas para resistir à escravidão, desde práticas menos visíveis como a procrastinação no trabalho e o sincretismo até aquelas mais observáveis tais como: suicídios, assassinatos e a formação de quilombos. 2. Entre as opções abaixo, assinale aquela que apresenta um exemplo de revolta negra contra a escravidão que aconteceu no Brasil. Revolução Pernambucana. Revolta Haitiana. Revolta de Tupac Amaru. Revolta dos Malês. Inconfidência Mineira. Explicação: Revolta Haitiana - Ocorreu no Haiti e não no Brasil. Revolta de Tupac Amaru - Ocorreu no Peru e não no Brasil Inconfidência Mineira - Não era contra a escravidão Revolução Pernambucana - Foi uma Revolta emancipacionista, estavam insatisfeitos com a vinda da Família Real 1808 e a perda de prestígio da região. Revolta dos Malês Esse movimento, que teve a participação de escravos e libertos africanos de diferentes origens, guarda a particularidade de ter comportado um grande número de africanos nagôs na sua organização. Os nagôs eram africanos muçulmanos e por isso muitos deles sabiam ler e escrever em uma época em que a maioria dos homens brancos e livres não sabia assinar o próprio nome. Após diversos encontros e reuniões marcados em becos ou em casas sublocadas da cidade, a revolta foi marcada para o dia 25 de janeiro de 1835, dia de Nossa Senhora da Guia. A data foi especialmente escolhida porque as festas religiosas permitiam que os escravos pudessem andar com mais facilidade pelas ruas de Salvador, o que despistaria as autoridades. No entanto, na noite anterior, a revolta foi delatada para a polícia que imediatamente iniciou a busca pelos revoltosos: diversas patrulhas foram colocadas nas ruas e depois de algumas buscas os policiais encontraram sessenta africanos reunidos no porão de um sobrado. Pegos de surpresa, os africanos tiveram que antecipar o momento da batalha e saíram às ruas chamando os demais escravos para a luta. Embora o número de escravos que aderiu à luta tivesse sido alto, as autoridades (que estavam preparadas) conseguiram controlar o levante. Depois do reconhecimento dos principais líderes ― três escravos e dois libertos, todos africanos ―, os revoltosos receberam diferentes punições. Os líderes do movimento foram fuzilados, diversos africanos livres foram deportados para a África e a maioria dos escravos foi açoitada em praça pública e depois entregue aos seus senhores. Mesmo com um desfecho trágico para seus participantes, o levante dos Malês fez com que as autoridades redobrassem sua atenção e o controle sobre a população escrava, sobretudo na província da Bahia. 3. "No início do século XVII, escravos fugidos estabeleceram-se na zona na mata montanhosa e suas aldeias espalharam-se pelo interior, a sessenta quilômetros da costa e suas usinas, sendo logo conhecidos como Palmares. A primeira expedição contra Palmares, em 1612, já constatou que o quilombo era grande. O estado, ou república, como se dizia no século XVII, continuou a crescer e os holandeses chegaram a considerar Palmares um sério perigo, montando diversas expedições punitivas. Em meados da década de 1640, Palmares já compreendia nove aldeias (...) (FUNARI, Pedro Paulo. HETEROGENEIDADE E CONFLITO NA INTERPRETAÇÃO DO QUILOMBO DOS PALMARES)" Sobre o Quilombo de Palmares é correto afirmar que: I - Reunia indivíduos que escapavam da escravidão e formaram uma comunidade completamente isolada de outros grupos. II - A comunidade de Palmares foi fundada por portugueses e depois invadida por escravos fugitivos III - A comunidade de Palmares se relacionava com as comunidades vizinhas comercializando produtos. IV - O Quilombo de Palmares foi um dos mais conhecidos da nossa história. Apenas I e IV estão corretas. Apenas III e IV estão corretas. Apenas II, III e IV estão corretas. Apenas II e III estão corretas. Apenas I e II estão corretas. Explicação: A comunidade de Palmares, surgida na serra da Barriga em Alagoas,foi criada por escravos fugitivos e alguns homens livres. Esta comunidade se relacionava com os grupos vizinhos comercializando seus produtos e comprando o que necessitavam para sua sobrevivência. Palmares foi um dos quilombos mais longevos existentes no Brasil, além de ser dos mais populosos. 4. Assinale entre as opções abaixo a única que não apresenta corretamente uma estratégia mobilizada pelos escravos para resistirem à escravidão. Incapacidade de organização social Fugas. Culinária. Sincretismo religioso. Quilombos. Explicação: Todas as alterantivas vistas como forma de resistência em nossas aulas não fala sobre a falta de organização social dos africanos, pois eles eram organizados. Possuíam organizações de Reinos e Impérios ou mesmo a organização de tribos. Poderiam ser distintas do português, entretanto era uma forma de organização social. Gabarito Comentado 5. Ao longo do século XVII, em especial na região das minas, o quilombo se tornou uma das principais formas de resistência à escravidão, sendo, por isso, alvo da atenção das autoridades policiais. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor apresenta a definição de "quilombo". Os quilombos foram organizados exclusivamente pelos escravos indígenas, já que os negros africanos não eram capazes de organizar a resistência comunitária. Os quilombos se concentraram apenas na no nordeste açucareiro, que era a única região da América Portuguesa que possuía escravos. Os quilombos se concentraram apenas na no sul, que era a única região da América Portuguesa que possuía escravos. Os quilombos eram os centros de repressão organizados pelas autoridades policiais, sendo formados exclusivamente por Capitães do Mato. Os quilombos eram comunidades formadas por escravos africanos que não apenas resistiam à escravidão, mas chegavam a desenvolver relações de comércio com pequenas fazendas. Explicação: Em muitos casos, as fugas coletivas acabam transformando-se em uma outra forma de resistência à escravidão: os quilombos também conhecidos como mocambos – comunidades formadas por escravos fugidos. Nessas comunidades, os escravos refaziam suas vidas a margem cativeiro. Lá, construíam famílias, estabeleciam laços de amizade, plantavam, criavam animais e chegavam a comercializar com povos indígenas que habitavam as redondezas ou, então, com os vilarejos próximos. Gabarito Comentado 6. Dentre as opções abaixo, assinalar a única correta: no século XIX José de Alencar e Gonçalves Dias notabilizaram o surgimento de uma cultura brasileira onde era enaltecido o escravo negro. a escravidão africana se tornou predominante no espaço colonial brasileiro. no século XX, Oswald de Andrade enfatizou a importância da escravidão negra com a publicação do Manifesto Antropofágico. o investimento na aquisição do negro africano não era rentável, além de ser proibido o tráfico pela Igreja Católica no período colonial. para os colonizadores, principalmente os senhores de engenho, o escravo africano não mostrava um melhor desempenho no trabalho na lavoura. Explicação: As razões que fizeram com que no Brasil colonial e mesmo durante o império a escravidão africana predominasse em lugar da escravidão dos povos indígenas podem ser atribuídas a setores da Igreja e da Coroa que se opunham à escravização indígena e, principalmente, ao alto lucro gerado pelo tráfico de escravos. 7. (CESGRANRIO/RJ) No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, é correto afirmar que a(o): E) maior número de quilombos se concentrou na região nordeste do Brasil, em função da decadência da lavoura cafeeira, já que os fazendeiros, impossibilitados de sustentar os escravos, incentivavam-lhes a fuga. A) existência de poucos quilombos na região norte pode ser explicada pela administração diferenciada, já que, no Estado do Grão-Pará e Maranhão, a Coroa Portuguesa havia proibido a escravidão negra; D) maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi extinto a partir de um acordo entre Zumbi e o governador de Pernambuco, que se comprometeu a não punir os escravos que desejassem retornar às fazendas; C) população dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos europeus, brancos pobres e outros aventureiros e desertores, embora predominassem africanos e seus descendentes; B) quase inexistência de quilombos no sul do Brasil se relaciona à pequena porcentagem de negros na região, e que também permitiu que lá não ocorressem questões ligadas à segregação racial; Explicação: O quilombo dos Palmares conheceu grande importância em seu contexto histórico. Depois de uma grande luta de resistência dos quilombolas conseguiram fazer um acordo com o governador antes que fosse destruídos pelas forças opressoras do exército. 8. A resistência contra a escravização vem desde o início da colonização, através de formas variadas: As formas ativas podem ser exemplificadas pela negociação. As formas passivas eram fugas isoladas, assassinato de senhores e feitores, formação de quilombos, revoltas rurais e urbanas Os quilombos eram aldeamentos compostos principalmente por negros que fugiam dos latifúndios, passando a viver comunitariamente. A religiosidade nunca foi usada como forma de resistência por índios e afrodescendentes. O suicídio não pode ser considerado uma forma de resistência. Explicação: Em muitos casos, as fugas coletivas acabam transformando-se em uma outra forma de resistência à escravidão: os quilombos também conhecidos como mocambos – comunidades formadas por escravos fugidos. Nessas comunidades, os escravos refaziam suas vidas a margem cativeiro. Lá, construíam famílias, estabeleciam laços de amizade, plantavam, criavam animais e chegavam a comercializar com povos indígenas que habitavam as redondezas ou, então, com os vilarejos próximos. 1. Gilberto Freyre em sua obra Casa Grande & Senzala procurou: difundir a eugenia em sua obra, ou seja, um branqueamento racial. estimular as imigrações estrangeiras , principalmente de orientais, para o desenvolvimento das atividades urbanas. despertar nos governos republicanos a idéia de criação de reservas indígenas e quilombos. apresentar uma imagem positiva de um Brasil mestiço , como resultado da fusão das três raças. defender a inexistência da chamada "democracia racial e combater a fusão dasx três raças. Explicação: Casa-Grande & Senzala é uma obra surpreendente e esclarecedora sobre a formação do povo brasileiro- com todas as qualidades e seus vícios-, e foi importantíssima para consagrar a importância do indígena- e principalmente do negro- no desenvolvimento racial e cultural do Brasil, que é um dos mais complexos do mundo. 2. Na obra "Os sertões" o autor usou uma linguagem rica em termos científicos, apresentou nessa obra, no qual o tema principal é a Guerra de Canudos, um verdadeiro retrato do Brasil no fim do século XIX, discutiu problemas que transcendem o conflito que ocorreu no interior da Bahia. O autor da obra foi: Machado de Assis Euclides da Cunha Jorge Amado Silvio Romero Gilberto Freyre Explicação: Considerada uma das obras-primas da literatura brasileira, 'Os Sertões" descreve as batalhas entre os homens liderados por Antonio Conselheiro e o exército brasileiro, de acordo com a visão de Euclides da Cunha. Com seu apurado estilo jornalístico-épico, traça um retrato dos elementos que compõem a guerra de Canudos: a Terra, o Homem e a Guerra. Euclides da Cunha foi o único jornalista que atentou para a valentia dos jagunços. 3. "No períodoromântico, a Literatura de cada nação europeia buscava frequentemente colocar em evidência seus respectivos heróis nacionais, representados por reis e cavaleiros andantes medievais. (...) Assim como os europeus buscavam um herói que representasse suas origens nacionais, alguns autores brasileiros faziam o mesmo [utilizando o índio]." (José Luis Jobim e Roberto Acízelo de Souza) Esta reflexão refere-se ao: Indianismo. Parnasianismo. Ultra-romantismo. Medievalismo. Barroco. Gabarito Comentado 4. Que ciência afirmava que o progresso só seria possível em sociedades puras, sem miscigenação, e que apenas uma raça, a ariana (branca), era perfeita? A monogenia; A eugenia; A poligenia; A monogamia; O darwinismo espiritual. Gabarito Comentado 5. O Romantismo no Brasil adquiriu características próprias ao consagrar o indígena aldeado, civilizado, como herói tipicamente brasileiro e deu origem ao movimento: Romântico selvagem; Romântico nacional; Idealista. Indianista; Escravagista; Gabarito Comentado 6. Assinale a alternativa que APRESENTA os principais grupos (ou matrizes) raciais que compõem o "brasileiro", de acordo com Gilberto Freyre. Português, inglês e negro. Português, indígena e negro. Negro, indígena e europeu. Português, mouro e indígena. Mouro, indígena e africano. 7. Em um contexto relativo à construção dos Estados Nacionais no Brasil e no mundo houve o desenvolvimento de numerosas teorias raciais científicas que buscavam explicar o Brasil, seu povo e o seu nível de desenvolvimento. Baseados em seus estudos sobre as teorias raciais científicas que fizeram parte do pensamento social brasileiro, assinale abaixo a alternativa correta: d) Os homens de ciência do Brasil dialogaram com os teóricos e cientistas europeus e estadunidenses e, por esses motivos, apropriaram-se das contribuições dos últimos de forma quase integral. e) No contexto do final do século XIX, os abolicionistas destoavam entre os intelectuais brasileiros porque defendessem a liberdade dos negros escravizados e a transformação dos últimos em cidadãos plenos. c) No imaginário brasileiro do final do século XIX, os indígenas passaram a ser vistos como símbolo de pureza nacional a partir de uma leitura oriunda dos intelectuais românticos. Tal visão idealizada excluía os indígenas que viviam no mesmo período e continuavam sendo alvos de violências. b) No contexto europeu, as teorias raciais científicas se desenvolveram a partir da apropriação de uma doutrina da igreja católica baseada na crença de que os africanos não tinham alma. a) Estudiosos e cientistas europeus e estadunidenses como Broca, Gobineau e Le Bon defendiam que a raça branca era a mais evoluída e propuseram a miscigenação para branquear as demais sociedades do mundo. Explicação: Erro da alternativa A: Broca, Gobineau e Le Bon eram contrários à miscigenação. Erro na alternativa B: as teorias racistas foram edificadas como contraponto às doutrinas religiosas. Erro na alternativa D: os tiveram que achar uma matriz teórica original, ou seja, adaptaram as teorias estrangeiras ao que combinava e descartando o que era problemático para a construção de um argumento racial no país. Erro na alternativa E: nem todos os abolicionistas estavam certos quanto à igualdade de direitos para os antigos escravos. 8. Como efeito da ideia de democracia racial, podemos apontar; A elaboração de leis segregacionistas A inclusão racial plena no pós abolição. O nascimento do movimento negro O não reconhecimento do racismo como um problema estrutural na sociedade brasileira O desenvolvimento de politicas afirmativas 1. O conceito de alteridade é bastante empregado quando falamos das relações entre nativos e europeus. Podemos compreender esse conceito com a seguinte aplicação: afastamento em relação ao outro acompanhado de um sentimento de aversão. aproximação em relação ao outro e tentativa de identificação. . aproximação em relação ao outro com respeito às suas peculiaridades. afastamento e aproximação simultâneis em relação ao outro e preocupação em integrá-lo. afastamento em relação ao outro e busca por assimilá-lo. Explicação: O termo alteridade remete ao respeito às diferenças. Atualmente este termo tem sido trabalho como um dos princípios fundamentais para o respeito à diferença, se referindo a ética diante da diversidade cultural 2. No que se refere à construção da ideia de democracia racial e racismo no Brasil podemos afirmar que: I - o mito da democracia racial continua inquestionável no Brasil de hoje. II - A ideia de Gilberto Freyre de que havia uma democracia racial no Brasil nunca foi aceita. III - O racismo mascarado desempenhou importante papel na perpetuação das desigualdades no Brasil Apenas II e III estão corretas. Apenas III está correta. Apenas II está correta. Apenas I está correta. Apenas I e II estão corretas. Explicação: O racismo continua no Brasil e ainda, como denunciou Florestan Fernandes, de forma mascarada. Esta forma de disfarce ajudou a perpetuar diferenças e desigualdades e a teoria da democracia racial legitimou esta prática. Durante muiro tempo, esta teoria foi aceita e disseminada. Nos dias de hoje, contudo, os movimentos negros lutam para expurgá-la. 3. "Do ponto de vista sociológico, o Brasil se constituiu sobre o mito da democracia racial principalmente depois da publicação de Casa grande e senzala de Gilberto Freyre (2003). De acordo com Florestan Fernandes (1965) o ideal de miscigenação fora difundido como mecanismo de absorção do mestiço não para a ascensão social do negro, mas para a hegemonia da classe dominante. " Analisando a passagem acima podemos afirmar que: o mito da democracia racial melhorou a situação dos negros no período pós escravidão apesar de reforçar a ideia da convivência pacífica entre senhores e escravos. o mito da democracia racial em nada melhorou a situação dos negros no período pós escravidão, ao contrário, reforçou a ideia de uma suposta convivência pacífica. o mito da democracia racial não melhorou a situação dos negros no período pós escravidão porque enfatizou os maus tratos sofridos por eles no período colonial. o mito da democracia racial não melhorou a situação dos negros no período pós escravidão porque enfatizou a luta dos cativos pela liberdade negada pelo dominador. o mito da democracia racial melhorou a situação dos negros no período pós escravidão porque reforçou a ideia da convivência pacífica entre senhores e escravos. Explicação: O mito da democracia racial, segundo leituras mais modernas não ajudou a diminuir as diferenças históricas alimentadas pela escravidão. Ajudou, na verdade, a perpetuar as diferenças ao forjar uma suposta convivência harmônica e pacífica onde o senhor era um bom senhor e o escravo, submisso. 4. Do ponto de vista sociológico, o Brasil se constituiu sobre o mito da democracia racial [...] o ideal de miscigenação fora difundido como mecanismo de absorção do mestiço não para a ascensão social do negro, mas para a hegemonia da classe dominante. O mito da democracia racial assentou-se sobre dois fundamentos: 1) o mito do bom senhor; 2) o mito do escravo submisso. Um dos primeiros a difundir esta ideia no Brasil foi: José de Alencar. Nina Rodrigues. Gilberto Freyre. Darci Ribeiro Cesar Lombroso. Explicação: O mito da democracia racial foi difundido no Brasil principalmente depois da publicação de Casa grande e senzalade Gilberto Freyre 5. São formas de resistência a escravidão: A luta aberta A formação dos Quilombos O isolamento, se afastando dos contatos com os brancos A fundação da Umbanda As irmandades eclesiásticas Explicação: A Umbanda apesar de toda repressão ainda mantém sua base cultural africana 6. Em fins do século XIX e início do século XX, teóricos como Sílvio Romero, Nina Rodrigues e Euclides da Cunha, estudaram a sociedade brasileira e construíram um discurso que possibilitou o surgimento de teorias raciais científicas que desvalorizavam/inferiorizavam negros e mestiços. A respeito desses teorias podemos afirmar que: Herdeiras do evolucionismo, essas teorias, no Brasil, vigoraram apenas entre o grupo citado pois não foi possível disseminá-la em amplos setores da sociedade. Herdeiras do evolucionismo, essas teorias raciais definiram, no Brasil, uma identidade nacional pautada na superioridade branca, legitimaram o passado escravista recente, e explicaram a não inserção política e social de determinados grupos, mesmo após a proclamação da República. Herdeiras do evolucionismo, essas teorias foram logo descartadas pela dificuldade em comprová-las. Herdeiras do evolucionismo, essas teorias explicaram a diversidade étnica e cultural do Brasil. Herdeiras do evolucoinismo, essas teorias serviram como base para explicar a colonização brasileira. Explicação: O darwinismo social acredita na premissa da existência de sociedades superiores às outras e que, nessa condição, as que se sobressaem física e intelectualmente devem e acabam por se tornar as governantes, enquanto as outras - menos aptas - deixariam de existir porque não eram capazes de acompanhar a linha evolutiva da sociedade; entrariam em extinção acompanhando o princípio de seleção natural da Teoria da Evolução. Gabarito Comentado 7. Manoel Bonfim foi um pensador atípico no cenário intelectual brasileiro da transição do século XIX para o século XX. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor apresenta as especificidades do pensamento de Manoel Bonfim. Manoel Bonfim negou o princípio da inferioridade racial do brasileiro utilizando argumentos sociológicos para interpretar a realidade nacional. Manoel Bonfim era o único pensador brasileiro da época que não era sócio do Instituto Histórico e Geográfico brasileiro. Manoel Bonfim afirmou o princípio da inferioridade racial do brasileiro através de argumentos pretensamente científicos. Manoel Bonfim era o único pensador brasileiro da época que criticava a influência da Igreja Católica na formação da nação brasileira. Manoel Bonfim foi o primeiro a utilizar as categorias do marxismo na interpretação da realidade brasileira. Explicação: Manoel Bonfim partindo de pressupostos teóricos desmistifica a democracial racial e o determinismo que hierarquiza as diferenças raciais. Médico e educador, em 1905, Bomfim publicou um estudo no qual desvinculava o atraso do Brasil (e do restante da América Latina) à ideia de inferioridade racial. Embora fizesse uso de termos médicos e científicos, o autor propôs uma leitura sociológica da pretensa inferioridade do Brasil em relação aos países desenvolvidos da Europa. Era a primeira vez que a "incivilidade" brasileira não passava por questões relacionadas à diversidade racial que compunha o país. De tal forma, Bomfim não só defendia a miscigenação brasileira, como desacreditava na inferioridade das raças e assegurava que o Brasil só conseguiria mudar os rumos de sua história caso fizesse uma revolução baseada na universalização da educação Gabarito Comentado 8. Sobre Arthur Ramos podemos afirmar que: Foi o responsável pela criação do mito da democracia racial no Brasil; Defendeu explicações biologizantes para explicar os comportamentos sociais dos afrodescendentes; Chamou a atenção para desigualdade socioeconômica vivida pelos negros na sociedade brasileira; Demonstrou a pequena participação do negro na sociedade brasileira; Negou a existência de mestiçagem e de sincretismo religioso no Brasil. Explicação: O autor demonstra que a desigualdade seria um fato que provocaria ausências, desposses e desigualdades que fomentam um abismo social econômico. Dessa forma, o autor, no que diz respeito à questão do negro no Brasil, Arthur Ramos não só trouxe importantes contribuições, como também chamou atenção para a desigualdade socioeconômica vivida por este setor da população brasileira. Segundo Luitgarde Barros, ao repudiar qualquer tipo de explicação biologizante dos comportamentos sociais, Arthur Ramos fez uma análise critica da obra de Nina Rodrigues, ao mesmo tempo em que foi seu principal divulgador. Em 1934, um ano após Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, Ramos publicou O Negro no Brasil (1940). Nele, o autor demonstrou a grande importância do negro na formação da sociedade brasileira, dando especial relevo à mestiçagem e ao sincretismo religioso. 1. Assinale a opção que indica corretamente quais foram os principais motivos que levaram à extinção do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) em 1967, dando lugar à Fundação Nacional do Índio (FUNAI): I - Má gestão e falta de recursos II - corrupção funcional e vulnerabilidade do órgão. III - A necessidade de uma renovação nos quadros burocráticos do Estado. IV - necessidade de um órgão mais enérgico para implantar as políticas indigienistas. Apenas II, III e IV estão corretas. Apenas III e IV estão corretas. Apenas II e III estão corretas. Apenas I e II estão corretas. Todas estão corretas. Explicação: O SPI foi extinto no ano de 1967 e substituído pela FUNAI. Os motivos que teriam levado a esta extinção são; falta de recursos, mau gerenciamento dos recursos existentes, fragilidade do órgão e ainda, mudança na política em relação aos indígenas, eliminando a prática de assimilação cultural. 2. No que diz respeito à demarcação das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios podemos afirmar que: I - Terra Indígena (TI) é uma porção do território nacional, de propriedade da União, habitada por um ou mais povos indígenas, por ele(s) utilizada para suas atividades produtivas II - Terra Indígena é uma porção imprescindível à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e necessária à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. III - Por se tratar de um bem da União, a terra indígena é inalienável e indisponível, e os direitos sobre ela são imprescritíveis. Todas estão corretas. Apenas I está correta. Apenas III está correta. Apenas II está correta. Apenas I e II estão corretas. Explicação: Sobre as terras indígenas podemos definí-las como: porção do território nacional, de propriedade da União, habitada por um ou mais povos indígenas, por ele(s) utilizada para suas atividades produtivas. Éuma porção imprescindível à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e necessária à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. Por se tratar de um bem da União, a terra indígena é inalienável e indisponível, e os direitos sobre ela são imprescritíveis. 3. O SPI (Serviço de Proteção ao Índio) fez o trabalho inicial em relação ao modelo de proteção aos indígenas. Um dos nomes que aparece como destaque neste período é: Rui Sabino. Noel Nutels. Darci Ribeiro. Roberto da Matta. General Rondon. Explicação: Um dos principais nomes do SPI (Serviço de Proteção ao Índio) em seus primeiros tempos era o General Rondon. 4. Durante todo o período colonial, os portugueses e colonos
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