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2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE MEDICINA PROVÃO E CHECK-LIST(OSCE) Cronograma do que foi dado (SOMENTE OS TÓPICOS EM AMARELO CORRESPONDEM AO QUE FOI FEITO) EMERG/ TRAUMA CLIN.MED/ ANEST SACO (SEG) FARMACO (TERÇA) RÁDIO (QUARTA) MED.LAB (QUINTA) 09/10 (SEGUNDA) - PS: Triagem e Reconhecimento dos aparelhos (Mariana) (Eny) (13/11) SEG Nao tivemos ½ médico Leitura e atividad e (09/10) Opióides (10/10) Nao tivemos (11/10) FERIADO (12/10) 10/10 (TERÇA) -Vias aéreas (Teórico): Walter Dibiasi (14/11) TER Nao tivemos Nao tivemos CONPE X (16/10) Nao tivemos CONPEX (17/10) Métodos de imagem (18/10) Eq. Ac Base (19/10) 11/10 (QUARTA) -Avaliação do Pcte grave: Cacilda -Humberto: Dor Torácica (15/11) QUA FERIADO FERIAD O (23/10) FERIADO (24/10) Toráx (25/10) Dist. Hidroeletrolíticos (26/10) 12/10 (QUINTA) FERIADO (16/11)QUIN -Avaliação pré anestesica (Fernando) -Atendimento estruturado (Jozelia) Prova (30/10) Anestésic (31/10) Discussão com casos clínicos (01/11) FERIADO (02/11) 13/10 (SEXTA) FERIADO (17/11) SEXT -SOAP -ECG Artigo e atividad e (06/11) Nao tivemos (07/11) Seios da Face (08/11) SEPSE (09/11) 16/10 (SEGUNDA) -Insuficiência Respiratória Aguda: Cacilda -Aula prática no laboratório de Emergência do PS: Gasometria (Eny) -Oxigenoterapia: Cacilda e Mariana (20/11) SEG -Ficha de anestesio (cc) (13/11) Arritimias vasoativas, vasodilatado res coronarianos (14/11) FERIADO (15/11) PROVA (N1) (16/11) 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG 17/10 (TERÇA) -Via aérea e ventilação (Teórico): Félix -Traqueo e Crico (Teórico): Félix (21/11) TER -Cuidados paliativos -Sonda orotraqueal -Infecção intrahospitalar (20/11) NAO TIVEMOS (21/11) Afecções abdominais (22/11) Abdome agudo traumático (23/11) 18/10 (QUARTA) -Coma e rebaixamento do nível de consciência: Humberto (Winston) (22/11) QUA -Intubação (27/11) NAO TIVEMOS (28/11) Discussão de casos clínicos (29/11) Abdome agudo não traumático e pancreatite aguda (30/11) 19/10 (QUINTA) -Distúrbio Ácido-Base: Mariana (23/11) QUINT -Preenchiment o de receita (04/12) (05/12) Avaliação (06/12) Lab. Emerg: Nefro; Uro; Hepática; Hemato (07/12) 20/10 (SEXTA) -Trauma Abdominal: Edmond (24/11) SEXT -Enfermaria preenchimento de receita (11/12) AVALIAÇÃO (12/12) (13/12) AVALIAÇÃO (14/12) 23/10 (SEGUNDA) FERIADO (27/11) SEG -Adm. Hospitalar 24/10 (TERÇA) FERIADO (28/11) TER -Morte -IRAS 25/10 (QUARTA) -Arritmias e ECG: Humberto (Fenanda) (29/11) QUA -Anestesia geral -Anestesia local 26/10 (QUINTA) -Trauma torácico -RCP: Humberto (Eny e Fernanda) (30/11) QUI -Anestesia epidural -DX 27/10 (SEXTA) -Não tivemos aula do Edmond (01/12) SEXT -Discussão caso clinico 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG -Abdome agudo: Félix 30/10 (SEGUNDA) -Distúrbios do NA+: Mariana -Aula prática no PS, interpretação da Gaso : Mariana (04/12) SEG -Sala de recuperação pós anestésica -Opióides 31/10 (TERÇA) -Anestésicos e feridas/ prática : Félix 01/11 (QUARTA) -Cetoacidose e hiperosmolaridade: Cinara 02/11 (QUINTA) FERIADO 03/11 (SEXTA) FERIADO 06/11 (SEGUNDA) -Sepse: Cacilda (Winston) -Distúrbio de K+: Mariana 07/11 (TERÇA) -Intubação, traqueo e crico (Prática): Walter 08/11 (QUARTA) -Intoxicações Triagem ● Triagem - vale a pena ressaltar que triagem não é consulta!!! ● É um processo que identifica os pacientes mais graves e organiza um fluxo Não há vantagens/desvantagens entre a triagem ser feita por médico ou não 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG É inclusive recomendada que seja feita por enfermeiros qualificados ● O local deve ser amplo para melhor acolhimento dos pacientes Sala Vermelha: Sala de reanimação Materiais: assistência ventilatória, cardiocirculatória, drogas materiais complementares O Sistema de Triagem Vigente no Brasil é o de Manchester ● O sistema de triagem visa organizar o atendimento quando temos uma demanda maior do que a oferta de profissionais de Saúde. ● O sistema de triagem de catastrofes é diferente pois inclui a cor preta que indica pacientes “sem chance” de sobrevivencia. Já o sistema de triagem do pronto socorro é inclusivo, onde todos devem ser atendidos de acordo com a prioridade de cada caso. Eixo Azul: ● Parte do PS onde são atendido os pacientes considerados não grave Eixo Vermelho: ● Area Vermelha - Reanimação e Estabilização (Tem respirador, carrinho de parada) ● Area Amarela - Pacientes Graves Estaveis ● Area Verde - Pacientes não graves, mas que podem estar em sofrimento ● Area de Triagem - A pessoa que está triando deve ter no campo de visão todas as pessoas que estão esperando. Não é necessario preservar a intimidade nesse caso. O importante é a visibilidade Tempo de Triagem ● Maximo - 4min ● Média - 3 min ● Ideal - 90s OBS: O melhor profissional para realizar a triagem é o enfermeiro.(Quando o médico está triando, começa a haver confusões pois o médico tende a fazer diagnóstico e tratamento, que não faz parte da triagem adequada) ● Vermelho - - Imediato - Atendimento em 0 minutops ● Laranja - Muito Urgente - Atendimento em 10 minutos ● Amarelo - Urgente Atendimento em até 60 minutos ● Verde - Pouco Urgente - Atendimento em até 2 horas ● Azul - Não Urgente Atendimento em até 4 horas ● Branco - Pacientes que querem atestado, laudos…. A maioria dos nossos pacientes (HC) são verde ou azul. Muitos pacientes verdes são colocados em amarelo erroneamente, para os pacientes serem atendidos mais rápidos. Somente medimos pressão em Gestantes (precisamos para diagnosticar Dengue). Porque existem muitos fatores que alteram a pressão pontualmente sem relevancia clinica além de transformar o PS em um ponto para medir pressão. Para diagnosticar choque, usamos outros sinais (sudorese, palidez, pulso fino, pulso irregular, diminuição da 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG consciencia, hemorragia, temperatura) Temperatura: Adultos: ● Muito Quente - 41 graus ● Quente - >38,5 Crianças ● Muito Quente > 38,9 ● Quente - > 38,5 Pacientes que já foram muitas vezes em PS (tomar cuidado pq podem estar com agravamento do quadro) O PS só atende pacientes do proprio HC e pacientes provindos via sistema de regulação. O Serupe atende até os 14 anos e pacientes de14-18 ja acompanhados por eles. Se não, é o PS adulto que o atende. Na triagem, diversos discriminadores são avaliados conforme fluxogramas especificos para classificar a gravidade do quadro. Discriminadores Gerais: Risco de vida Vermelho: Respiração Ausente ou Inadequada Dor (quem avalia tende a minimizar a dor do outro, e quem sente tende a aumentá-la. Por isso das regras de avaliação da dor) (Dores que impossibilitam o exercico das funções sugerem intensidade). Amarelo: Dor Moderada Laranja: Dor Intensa Verde: Dor Leve Nível de Consciência Adulto: Se estiver convulsionando - vermelho Se tiver alguma alteração de Consciência - Laranja Histórico de Inconsciência - Amarelo Criança: Convulsionando/ Nao Reativa - Vermelho Sem Resposta à voz ou à dor - Laranja História de Insconsciência - Amarelo Considera-se situação especial para classificação do risco pacientes Idosos, deficientes mentais, acamados, com dificuldade de locomoção, gestantes, vítimas de abuso sexual Paciente grave é aquele paciente com quadro que sugere risco de vida: ● Vias Aereas Perveas? ● Respiração Adequada? ● Alteração Hemodinâmica? 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG ○ Alteração de Frequencia? ○ Alteração de Ritmo? ○ Alteração de Pressão? ● Sepse Parada Cardiorespiratória Coração para de exercer a sua função de bomba. O foco são as compressões torácicas: ejeta e enche (ciclo); mantem o sangue circulando e mantem as células vivas. Pq que o foco é o sangue circulando e não a respiração? Pq o sangue já está saturado com O2 (98% residual), então nao adianta ficar dando O2, precisa manter esse sangue que já está saturado circulando nas células cardíacas para que elas mantenham vivas. Clínica: -Pulsos não palpáveis -Pcte inconsciente e em apneiaCausas: As mais comuns estão relacionadas as causas cardíacas: -Doença Coronariana -Miocardiopatias -Arritimias -Miocardiopatia Hipertensiva -Insuficiencia Cardiaca Causas não cardíacas: -Trauma -Sangramentos não traumáticos: gastrointestinal; ruptura aóritca; hemorragia intracraniana -Overdose -Embolia pulmonar Conduta Passos: 1º) Reconhecer PCR: São todos pctes inconscientes e com disfunção respiratória; Checar responsividade (tátil e verbal) - OSCE: “Seu Joao, seu Joao, está me ouvindo?”(em voz alta e dar uns tapinhas no peito do seu joao); 2º) Chamar ajuda: Ligar para o 192 e pedir pra que tragam um desfibrilador; 3º) Verificar pulso carotídeo e femoral: Deve pressionar esses pulsos por 5-10 seg 4º) Posicionar a palma da mão no ⅓ inferior do esterno 5º) Posicionar o seu braço à 90º do paciente 6º) Iniciar as compressoes torácicas (100 a 120 incursoes por minuto) 7º) As compressões devem ser em torno de 5cm a 7cm de profundidade 8º) A cada 30 compressoes deve-se fazer 2 respiratórias 9º) A ajuda chegou: posicionar o desfibrilador automático: siga os passos que ele dará 10º) Quando o desfibrilador der o choque só posso checar o pulso imediatamente 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG 11º) Após o choque continuo as compressões por 2 minutos, só depois checo o pulso Coma e Rebaixamento do Nível de Consciência ● Coma ○ Coma é a ausência de consciência, sem resposta a estímulos externos e com a impossibilidade de se acordar ● Consciência – Perfeito reconhecimento de si próprio e do ambiente (tempo e espaço) ○ A consciência é analisada de duas formas ■ Nível ● Quando se fala em nível de consciência se analisa o grau de alerta do indivíduo ● O nível é responsabilizado pela formação reticular ativadora ascendente, pensar em algo relacionado à essas estruturas ● Alterações especificamente nesse local são chamadas de “infratentoriais”, ou seja, abaixo da membrana do tentório. ■ Conteúdo ● Conteúdo é relacionado às funções superiores do SN ● Ao ver alterações nessas, pensar em problemas corticais ○ Alterações da fala, marcha, coordenação motora, etc. ■ Suas alterações são divididas em falsas e verdadeiras ● Verdadeiras ○ Coma ○ Estado vegetativo persistente. ○ Estados confusionais agudos. ○ Morte encefálica. ● Falsas ○ Retirada psíquica. ○ Locked-in syndrome ■ Caso do filme “O Escafandro e a Borboleta” ■ Catatonia. ● Avaliação do paciente com alteração do nível de consciência ○ A variedade de etiologias que pode causar uma alteração do nível de consciência é gigantesca. Abaixo algumas etiologias 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG ○ Por etiologia, segundo a aula do Humberto: ■ Anatômicas ● 1/5 – Lesões infratentoriais, causadas principalmente por compressões de estruturas próximas, como de um Edema Cerebelar ● 1/5 – Supratentoriais, causadas por herniações ■ Disfunção Neuronal Difusa ● 3/5 das causas ● Causa clínica! Investigar glicemia, intoxicações, etc ○ O que fazer então? ■ ABCDE ● Muita atenção com vias aéreas!!! ■ MOV, que Inclui: ● Glicemia Capilar (muitíssimo importante) ○ Se não for possível descartar hipoglicemia de início, fazer Glicose + Tiamina IV ● PA não invasiva (manguito) ● Oxímetro de pulso ● Cardioscópio ● O2 ● Acesso venoso ■ Coletar exames laboratoriais ● Tentar fazer direcionado (ao menos ele fez direcionado no dia do lab. De habilidades) ● Colher Gasometria! – Ajuda a suspeitar de diversos problemas ■ Se em crise epiléptica, tratar esta ● Fenitoína IV ■ Se não houver como reverter o quadro imediatamente, proceder para intubação orotraqueal ■ Fazer avaliação neurológica! ● Gasglow, principalmente 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG Gaso arterial Algumas observações: 1) Artéria radial: Principal para puncionar 2) Nao punciono a artéria ulnar: pq é a principal que irriga o arco palmar 3) Outras artérias que podem ser usadas: braquial; axilar; femoral; pediosa 4) NAO se colhe as artérias de acesso central: subclavia e carotídea Passo a passo: 1º) Informar o paciente do que será feito 2º) Lavar as mãos 3º) Paramentar: Gorro, máscara e luva 4º) Realizar a manobra de Allen: Que irá revelar que a arteria ulnar está irrigando o arco palmar 5º) Escolher a menor seringa 6º) Escolher a agulha de maior calibre (rosa) 7º) Aspirar 10ml de heparina 8º) Escolher a agulha de menor calibre 9º) Trocar de luva 10º) Posicionar numa angulação de 30º a 45º 11º) Entro aspirando 3ml-4ml de sangue 12º) Quando retirar, já comprimo a gase para nao jorrar sangue 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG Ressucitação Cardio Pulmonar (RCP) Quando em parada cardiorrespiratória (PCR). A cadeia de sobrevida tem 05 passos: 1: RECONHECER IMEDIATAMENTE A PCR E PEDIR AJUDA; 2: JÁ INICIAR AS MANOBRAS DE RCP COM ÊNFASE EM COMPRESSÕES TORÁCICAS; 3: DESFIBRILAÇÃO PRECOCE; 4: FAZER SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EFICAZ; 5: CUIDADOS ORGANIZADOS PÓS-PCR. Itens 1 e 2 fazem parte do suporte básico de vida (BLS), que visa ao reconhecimento e ao atendimento de situações de emergência (que inclui a PCR) e tenta impedir a deterioração das condições do paciente (mas a medida principal que determina melhor prognóstico é o acesso rápido ao desfibrilador), tentando restaurar a circulação (manutenção da perfusão e oxigenação cerebral e coronariana). Itens 3, 4 e 5 são suporte avançado de vida. Obs: BLS = paciente em decúbito dorsal horizontal sobre superfície rígida; socorrista ajoelhado na linha dos ombros do paciente. ITEM 1: como reconhecer a PCR? Paciente não responde, não respira ou apresenta gasps agônicos. Já pedir ajuda com desfibrilador. Verificar pulso central (pulso carotídeo, que é o mais usado, ou femoral) por NO MÁXIMO 10 segundos. Se PULSO PRESENTE: fornecer 1 respiração a cada 5-6 segundos e checar o pulso de 2 em 2 minutos. (posição de recuperação: decúbito lateral para evitar aspiração) Se PULSO AUSENTE ou DUVIDOSO: iniciar imediatamente o item 2. ITEM 2: fazer compressões torácicas alternadas com ventilação assistida na sequência: 30 compressões torácicas + 2 ventilações assistidas. Inicia-se pelas 30 compressões. Compressões de alta qualidade: de forma rápida e intensa; sobre a metade inferior do esterno, na linha intermamilar no centro do tórax; região hipotenar da mão do braço mais forte; a outra mão paralelamente sobre a primeira; cotovelos estendidos, formando 90º com o plano horizontal; depressão torácica de 5-7cm; após compressão, tórax retorna à posição normal; não parar o ciclo até chegar desfibrilador; o número de compressões deve ser igual ou maior que 100/min. Ventilação (assistência ventilatória inicial): depende do que tiver disponível. Ex: máscara facial, máscara laríngea. Cada ventilação de resgate deve durar 01 segundo; aplicar volume suficiente para elevar o tórax; evitar ventilações rápidas ou forçadas; volume corrente de 6-7ml/kg. Obs: em qualquer momento, quando uma via aérea avançada estiver colocada, aplicar 8-10 ventilações/min não sincronizadas com as compressões torácicas. Manuseio das vias aéreas (para facilitar a entrada passiva de ar durante as compressões): elevação da mandíbula e hiperextensão da coluna cervical; ou tração da mandíbula. Se houver suspeita de lesão cervical, não fazer elevação da mandíbula e hiperextensão da coluna cervical: fazer a tração da mandíbula. Quando suspeitar de lesão da coluna cervical? Quando a perda de consciência do paciente não foi presenciada ou quando o paciente sofreu trauma de crânio ou cervical durante perda de consciência. Chegou o desfibrilador. E agora? Devemos saber se o choque é indicado ou não. Quando não fazer o choque: quando paciente em assistolia ou com atividade elétrica sem pulso. Continuar fazendo massagens e checando pulso? Quando fazer o choque: quando em fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso. 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG Como saber qual o ritmo cardíaco? Coloca-se as pás do cardioversor no tórax do paciente e vê monitor. ITEM 3: Se indicado a cardioversão elétrica sincronizada, seguir a sequência ESASC. E = explicar o procedimento para o paciente (ex: “seu fulano, eu sou a doutoraFernanda. O senhor está aqui na sala de emergência, seu coração está acelerado e a gente vai precisar fazer um procedimento para reverter a taquicardia do senhor”). S = sedar o paciente com o sedativo adequado para cada condição (testar, antes do choque, se ele já está inconsciente). A = ambusar e proteger via aérea. S = Sincronizar: escolher a carga (360J em aparelho monofásico e 200J no aparelho bifásico), Sincronizar, solicitar o gel nas pás, posicionar as pás no tórax do paciente, dar a carga no aparelho (botãozinho amarelo onde vai o dedão) e aguardar chegar na carga escolhida. C = Cardioversão: checar se todos (os socorristas e você mesmo) estão afastados do paciente. Pressionar o tórax e dar o choque (botão principal, apertando só uma vez). O sucesso na desfibrilação depende de: correto posicionamento das pás, aplicação de força sobre elas e uso do gel condutor. O que faz o desfibrilador? Choque com corrente contínua que determinará uma assistolia elétrica em todo o miocárdio, permitindo que o sistema de condução elétrica intracardíaco possa reassumir de forma organizada a despolarização miocárdica e o ritmo cardíaco organizado. Após o choque, deve-se realizar 5 ciclos de RCP (30 massagens e 2 ventilações/ciclo) antes de checar novamente o ritmo. Se choque continuar indicado, pode-se repetir o choque. O uso de choques sucessivos e com energias progressivamente maiores NÃO é recomendado. Usar a mesma carga e lembrar de sincronizar. Se persiste FV ou TV sem pulso, será preciso usar drogas que melhorem a condição hemodinâmica da PCR e auxiliem na reversão da arritmia. Para isso, faz se o MOV. ITEM 4: M = monitorização cardíaca através de eletrodos no monitor; O = colocação de via aérea definitiva para melhor oxigenação; V = instalar um acesso venoso periférico. ITEM 5: transferir o paciente para uma UTI; otimizar a hemodinâmica e a ventilação; evitar hiperóxia; realizar controle glicêmico rigoroso; buscar e tratar as síndromes coronarianas agudas e crises epiléticas. ARRITMIAS NA EMERGÊNCIA O professor Humberto enfatizou bastante que era pra gente tratar o paciente e não o ECG. Lembrar dos critérios de instabilidade hemodinâmica: Dor torácica (sugestiva de isquemia); 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG Dispneia; Diminuição aguda do nível de consciência; Hipotensão. Com 1 ou + desses critérios, o paciente é considerado instável. Sem nenhum, estável. Obs: se o paciente tem critério(s) de instabilidade, infere-se que a arritmia é a causadora dessa instabilidade. BRADIARRITMIAS: Primeira coisa a se fazer é checar se o paciente é estável ou instável. Estável = monitora o paciente, chama o cardiologista. Instável = solicita marcapasso transcutâneo. Enquanto aguarda, pode-se fazer atropina 0,5mg. Se não tiver o marcapasso, faz-se dopamina ou adrenalina intravascular em infusão contínua. TAQUIARRITMIAS: (em geral, FC > 150bpm) Se paciente instável: faz-se a cardioversão elétrica sincronizada (exceto em paciente com assistolia ou com AESP, atividade elétrica sem pulso). Se paciente estável: identificar se QRS é estreito (<0,12s ou 3 quadradinhos) ou largo (maior ou igual a 0,12s ou 3 quadradinhos). QRS estreito = arritmia supraventricular (inclui a taquicardia sinusal, que deve ser revertida tratando a causa base, também podendo ser feita a manobra vagal ou antiarrítmicos). QRS largo = arritmia ventricular. Se QRS estreito (arritmia supraventricular): faz-se manobra vagal (ex: manobra de Valsalva). Se não for possível ou se for inconveniente (ex: idoso), ou ainda se não resolver, faz-se adenosina (um antiarrítmico) 6mg EV. Se adenosina não funcionar: betabloqueador (ex: sotalol, esmolol), principalmente, ou bloqueador de canais de cálcio (ex: diltiazem, verapamil). Ambos fazem bloqueio do nó AV. Se QRS largo (arritmia supraventricular): checar se QRS monomórfico ou polimórfico. Se monomórfico: usar antiarrítmicos (amiodarona). Se polimórfico (“torsades des points”): administrar sulfato de magnésio (antiarrítmico) EV, desfibrilação (que é a cardioversão elétrica não sincronizada). TIPOS DE TAQUICARDIAS: Taquicardias ventriculares (QRS estreito): Taquicardia sinusal: aumento da frequência cardíaca com ritmo sinusal. Não há mecanismo de reentrada nodal. Pode-se fazer manobra vagal ou até mesmo o uso de drogas antiarrítmicas, mas o seu tratamento deve ser tratar a causa base. Exemplos de causas: hipoxemia, hipovolemia, infecções, sepse, embolia pulmonar, isquemia, drogas, etc. Taquicardias supraventriculares por reentrada nodal: Fibrilação atrial: ritmo irregular (distâncias variáveis entre os QRS) e não é possível ver onda P bem definida (pelo contrário, há ondas “f”, irregulares, tremuladas). São vários locais no átrio fazendo reentrada: condição irregular e caótica. Flutter atrial: ritmo regular. Não se observa onda P. Aspecto de ondas em serrilhado (lembrar serrote), mais nítidas em D2, D3, aVF e V1. O impulso do nó sinusal chega no nó AV e tem reentrada, mandando impulsos para cima, também. Taquicardia atrial: parece onda P, mas é negativa em D2. Portanto, não é sinusal. Apenas atrial. Outro local no átrio está mandando impulso elétrico além do nó sinusal. Taquicardias ventriculares (QRS largo): Monomórfica: intervalos R-R regulares e QRS iguais. Tratar com antiarrítmicos (amiodarona). 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG Polimórfica: intervalos R-R irregulares e QRS diferentes. Torsades des points. Administrar sulfato de magnésio, fazer cardioversão elétrica não sincronizada. 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG Sepse Uma das coisas mais importantes ao se estudar sepse é definir alguns termos para não confundir. ● Sepse - Conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais conhecida como infecção generalizada. (Fonte: ILAS) ● Choque - Síndrome caracterizada por insuficiência circulatória aguda com má distribuição generalizada do fluxo sanguíneo, que implica falência de oferta e/ou utilização do oxigênio nos tecidos. Nem todos os danos teciduais advêm da hipóxia, mas podem decorrer da baixa oferta de nutrientes, reduzida depuração de substâncias tóxicas, maior afluxo de substâncias nocivas aos tecidos, ativação de mecanismos agressores e redução de defesas do hospedeiro. ● Sepse grave - Sepse acompanhada por sinais de falência de um ou mais órgãos. Insuficiência cardiovascular é tipicamente manifestada por hipotensão; insuficiência respiratória, por hipoxemia; insuficiência renal, por oligúria; e insuficiência hematológica, por coagulopatia. Atualmente não se usa mais essa definição. ● Choque séptico - Sepse grave com hipoperfusão de órgãos e hipotensão que respondem precariamente à reanimação inicial com líquidos. É a principal manifestação sistêmica da sepse. Segundo a Cacilda: Hipotensão (PAM<65 mmHg) refratária à reposição volêmica (necessita de vasopressor) acompanhada de lactato sérico alto (>2 mmol/L ou 18 mg/L) Antigamente definia-se Sepse pela “SIRS”, Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica. Atualmente, define-se pelo “SOFA” – Sequential Organ Failure Assessment score. Pense de tal forma, a sepse é uma manifestação multi-sistêmica. O SOFA usa exames de cada sistema do corpo para averiguar o nível da sepse. A parte importante do SOFA é essa, você tem que saber qual exame é utilizado para o que e o valor de referência dele. Se for cair Sepse na OSCE, vai ser isso. Segue a tabela abaixo: Sistema/Órgão Averiguado Exame Valor Normal Sistema respiratório PaO2/FiO2* >400 mmHg ou >53.3 kPa Coagulação Contagem de Plaquetas >150.000 unidades Fígado Bilirrubina <1,2 mg/dL ou >20 μmol/L Cardiovascular Pressão Arterial Média (PAS+2*PAD)/3 >70 mmHg Cardiovascular² Uso de drogas vasopressoras Não usando drogas vasopressoras** SNC Escala de Gasglow 15 pontos Rim Dosagem de Creatinina na Urina <1,2 mg/dL ou <110 μmol/L Rim² Débito Urinário >500 ml/d*** *FiO2 – Fração de Oxigênio Inspirado **Se utilizando drogas vasopressoras, se adiciona2 pontos no score SOFA. ***Se débito menor que 500, se acrescenta 3 pontos no score SOFA. 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG Conforme a alteração do exame se acrescenta pontos ao score do SOFA. Por exemplo, se a PaO2/FiO2 estiver <400, se acrescenta 1 ponto. Se estiver menor que 300, 2 pontos. Se estiver <200 com suporte respiratório, se acrescenta 3 pontos, e por aí vai. Não é necessário saber cada pontuação, mas vou colocar a tabela no final para consulta. Se houver suspeita ou confirmação de infecção e 2 pontos ou mais no score SOFA se diagnostica sepse! Essa é a definição clínica de sepse. Mas no atendimento inicial, na beira do leito ou pré-hospitalar não há como fazer todos esses exames, obviamente. Por isso, criou-se o qSOFA (quick-SOFA ou SOFA rápido), no qual você usa 3 critérios somente: ● Pressão Arterial Sistólica < 100 mmHg ● Frequência Respiratória > 22 IPM ● Escala de Gasglow < 15 pontos Somente esses 3. Se o paciente tiver 2 pontos de 3 no qSOFA e suspeita de infecção você vai tratar como sepse até segunda ordem e colher os exames do SOFA completo. A Cacilda traz duas formas de tratamento na aula: ● Pacote de 3 horas o Coletar lactato e exames do SOFA o Realizar culturas o Administrar Antibióticos o Repor volume ● Pacote de 6 horas o Utilizar vasopressores o Reavaliar estado volêmico e perfusão ● Medir PVC e SvCO2 o Colher 2º lactato 2017/2; Alunos: ; 3º Ano FM-UFG Site recomendado pelo Humberto: http://isaem.net/sepsis-3-novas-definicoes-de-sepse/
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