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TRABALHO - ED. BANCO DE SANGUE

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Faculdade Facimp Wyden 
Lisandra da Silva Nascimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO - ED. BANCO DE SANGUE 
Hemoterapia, Banco de sangue, Produção de hemoderivados 
Ato transfusional, Doador de sangue 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPERATRIZ (MA) 
2022 
 
 
LISANDRA DA SILVA NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO - ED. BANCO DE SANGUE 
Hemoterapia, Banco de sangue, Produção de hemoderivados 
Ato transfusional, Doador de sangue 
 
 
 
 
 
 
Trabalho para obtenção de nota na matéria 
de banco de sangue, que tem como 
Professora, Rayssa Castro Bueno 
 
 
 
 
 
 
 
IMPERTARIZ 
2022 
 
 
 
 
SUMARIO 
1. Hemoterapia......................................................................................................... 
2. Banco de sangue.................................................................................................. 
3. Produção de hemoderivados................................................................................. 
4. Ato transfusional.................................................................................................... 
5. Doador de sangue................................................................................................. 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.......................................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Hemoterapia 
A hemoterapia é a área da medicina que envolve a obtenção e a administração do 
sangue como tratamento para várias condições de saúde. As atividades deste 
segmento envolvem os bancos de sangue, agências transfusionais, hemocentros e 
serviços que trabalham com células tronco e suas implicações (como transplante de 
medula óssea). 1 
Fazer um histórico da Hemoterapia em nosso País é uma tarefa difícil, mas 
absolutamente necessária, tendo em vista o grau de excelência na área que a 
especialidade vem, paulatinamente, atingindo. Por outro lado, sabemos também que 
muitos fatos e nomes importantes podem ter sido, involuntariamente, omitidos. Por 
este motivo, consideramos este um capítulo vivo e solicitamos aos profissionais da 
área que nos enviem documentos e histórias que possam ser acrescentadas em 
futuras edições e iniciativas sobre o tema. 2 
A prática transfusional no Brasil continua evoluindo, como ocorre em outros países 
do mundo, seguindo, entretanto, as características de nosso país, nem sempre 
atualizado, e da nossa medicina. Deste modo, o Rio de Janeiro, como capital do 
Brasil até 1960, e São Paulo, por ser a maior cidade da América Latina, lideraram a 
evolução da Hemoterapia brasileira. Outros estados desempenharam importantes 
papéis nesta evolução, como Bahia, Pernambuco e Porto Alegre. 2 
A transfusão de sangue, no mundo, teve dois períodos: um empírico, que vai até 
1900, e outro científico, de 1900 em diante. 2 
Na "era científica" da transfusão de sangue, após a descoberta dos grupos 
sanguíneos, por Karl Landsteiner, em 1900, transfusões eram feitas por cirurgiões 
como Carrel, Crille, De Bakey e outros reconhecidos como inovadores mundiais. 
Entre nós, Brandão Filho e Armando Aguinaga foram os pioneiros nesta prática, no 
Rio de Janeiro. Mas o melhor relato desta época ocorreu em Salvador (Bahia) 
quando o professor de Clínica Médica, Garcez Fróes, fez a primeira transfusão de 
sangue, usando o aparelho de Agote, improvisado por ele, transfundindo 129 ml de 
sangue do doador João Cassiano Saraiva, servente do hospital, em uma paciente 
operada de pólipo uterino com metrorragia importante. 2 
Até a década de 40, já existiam no Brasil vários serviços de transfusão, mas um 
merece destaque: o Serviço de Transfusão de Sangue (STS), fundado no Rio de 
Janeiro, em 1933, por Nestor Rosa Martins, Heraldo Maciel e Affonso Cruvinel 
Ratto. Estes colegas aliaram à assistência médica um enfoque científico voltado ao 
exercício da especialidade e às transfusões de sangue de forma geral. O sucesso 
deste modelo e a eficiência do atendimento resultaram na criação, em 1937, de 
várias filiais, entre elas a de Juiz de Fora, sob a direção de Côrtes Villela e a de 
Salvador, de Menandro Novais e Estácio Gonzaga. Outras foram de curta duração, 
como a de Arnaldo Marques, em Recife. 2 
Foi na década de 40 que os primórdios da Hemoterapia no Brasil apresentaram 
destaques científicos importantes, como dois eventos que merecem ser citados: 
• O Curso de Hematologia promovido por Walter Oswaldo Cruz, em 
Manguinhos, uma espécie de pós-graduação da época, no IOC. Neste curso, 
Pedro Clovis Junqueira e Halley Pacheco de Oliveira foram classificados com 
aproveitamento excepcional e convidados a trabalhar na Seção de 
Hematologia, com Walter O. Cruz. 
• Em 8 de agosto de 1949, o I Congresso Paulista de Hemoterapia, promovido 
por Carlos da Silva Lacaz e Oswaldo Mellone, juntou hemoterapeutas e 
hematologistas, como Carlos Lacaz, Oswaldo Mellone, Ruy Faria, P. C. 
Junqueira, Michel Jamra e Gastão Rosenfeld. Ali foram lançadas as bases 
para a fundação da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, em 
1950. 
Também nesta década destacaram-se vários estudos sobre Doença Hemolítica 
Perinatal e Imuno-hematologia, como os trabalhos de Humberto Costa Ferreira, 
Oswaldo Mellone e Oscar Yahn, P. C. Junqueira, Carlos Lacaz, F. Ottensooser e 
Ruy Faria. 2 
O ato transfusional da hemoterapia possui riscos que vêm sendo reduzidos cada 
vez mais pela melhora nas técnicas de triagem do material. Mesmo assim, reações 
febris e alérgicas leves podem ocorrer em alguma parcela dos pacientes que 
recebem um hemocomponente. 
De acordo com o especialista Rubens Zaltron, efeitos colaterais mais graves, como 
a sobrecarga de volume e, em especial, o TRALI (lesão pulmonar associada à 
transfusão de sangue) são bem menos comuns. 1 
 
2. Banco de Sangue 
Um banco de sangue é um local projetado especialmente para o armazenamento de 
sangue e hemoderivados. Grandes resfriadores mantêm esses produtos em uma 
temperatura constante e estão disponíveis a qualquer momento. Essa instalação 
armazena sangue total, concentrado de hemácias, plasma e outros produtos 
sanguíneos. 
São responsáveis por testar e proteger a segurança do suprimento de sangue. Além 
da triagem manualmente doadores, bancos de sangue testar todo o sangue doado 
para ABO e Rh grupo (conhecido como "tipos de sangue"), bem como para várias 
doenças transmissíveis e contaminação. Os bancos de sangue trabalhar para 
garantir que o fornecimento de sangue está livre de infecção, os anticorpos 
presentes inesperados (de gravidez ou transfusões de doadores passados) e 
prontos para uso. Doenças testados para em bancos de sangue baseados EUA 
incluem a hepatite B, hepatite C, HIV - 1 e HIV - 2, vírus T - linfotrópico humano, e 
sífilis. Os testes que não são necessários, mas comumente realizadas, também tela 
para o vírus do Nilo Ocidental e da doença de Chagas. 
No Brasil, são diversas as leis, normas técnicas e resoluções que tratam do tema. 
Essas visam com que as boas práticas sejam adotadas e seguindo padrões 
internacionais de qualidade. Entre elas, estão: RDC 34/2014 
A RDC 34/2014, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), dispõe sobre 
as Boas Práticas no Ciclo do Sangue. A resolução, conforme determina em seu 
Artigo 2°, visa estabelecer os requisitos de boas práticas a serem cumpridas pelos 
serviços de hemoterapia. Que desenvolvam atividades relacionadas ao ciclo 
produtivo do sangue e seus hemocomponentes, e serviços de saúde que realizem 
procedimentos transfusionais. 
Ela tem como objetivo garantir a qualidade dos processos e produtos, a redução dos 
riscos sanitários e a segurança transfusional. 
A resolução ainda determina que todo serviço de hemoterapia deve solicitar licença 
sanitária inicial para o desenvolvimento de quaisquer atividades do ciclo do sangue. 
Bem como sua renovação anual, de acordo com os requisitos definidospelo órgão 
de vigilância sanitária local competente. 
Além disso, os serviços de hemoterapia devem estar sob responsabilidade técnica 
de profissional médico, especialista em hemoterapia ou hematologia. Ou qualificado 
por órgão competente devidamente reconhecido para este fim pelo Sistema 
Estadual de Sangue. Que responderá pelas atividades executadas pelo serviço. 
Quem presta serviços de hemoterapia deve possuir ainda, nos respectivos setores 
do ciclo do sangue, designação de supervisão técnica de acordo com a habilitação e 
registro profissional no respectivo conselho de classe. A RDC 34/2014 estabelece 
ainda mecanismos que garantam a supervisão das atividades durante todo o 
período de funcionamento do setor. 
A resolução ainda determina que o serviço de hemoterapia deve garantir o correto 
armazenamento dos materiais, insumos e reagentes, de forma a assegurar a 
manutenção da integridade. Tudo deve seguir as instruções das Boas Práticas de 
Armazenamento e com a legislação pertinente. 
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2867975/%281%29RDC_34_2014_COMP.pdf/ddd1d629-50a5-4c5b-a3e0-db9ab782f44a
A RDC 34/2014 aborda, de modo geral, todas as responsabilidades dos 
hemocentros no tratamento do sangue e hemocomponentes, e ainda determina 
quais os critérios que devem ser considerados na seleção dos doadores de sangue. 
Portaria 158/2016 
Já a Portaria 158/2016 redefine o regulamento técnico de procedimentos 
hemoterápicos. Ela tem como objetivo regulamentar a atividade hemoterápica no 
país, de acordo com os princípios e diretrizes da Política Nacional de Sangue, 
Componentes e Derivados. 
Sua abrangência se refere à captação, proteção ao doador e ao receptor, coleta, 
processamento, estocagem, distribuição e transfusão do sangue, de seus 
componentes e derivados, originados do sangue humano venoso e arterial, para 
diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças. 
A portaria também estabelece as regras para conservação de sangue e 
hemocomponentes. Ela determina, por exemplo, que as câmaras de conservação 
em que se armazenam o sangue, os componentes sanguíneos e os hemoderivados 
serão apropriadas para esta finalidade e de uso exclusivo. 
Para maior controle da temperatura, as câmaras de conservação deverão ter um 
sistema de ventilação para circulação de ar e temperatura uniformemente distribuída 
em todos os compartimentos. 
A portaria ainda recomenda que as câmaras de conservação para concentrado de 
hemácias, plaquetas e plasma possuam registrador gráfico contínuo de 
temperatura. 
RDC 370/2014 
A RDC 370/2014, também da Anvisa, dispõe sobre regulamento técnico-sanitário 
para o transporte de sangue e componentes. Essa tem por objetivo definir e 
estabelecer requisitos em suas diferentes modalidades e formas, para garantir a 
segurança, minimizar os riscos sanitários e preservar a integridade do material. 3 
De acordo com a resolução, o transporte de sangue e componentes deverá ser 
realizado por serviços de hemoterapia ou serviços de saúde licenciados pela 
autoridade de vigilância sanitária competente. Podendo ser realizado de forma 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0158_04_02_2016.html
http://portal.anvisa.gov.br/documents/4048533/4048644/Port+370_14+Transporte+de+sangue.pdf/df2e55f2-2a95-43b5-89c5-ea9af240e595
terceirizada, obedecendo às especificações de cada material biológico a ser 
transportado com os respectivos critérios definidos e documentadas no contrato, 
convênio ou termo de responsabilidade. 3 
A RDC 370/2014 também trata, a partir do artigo 27, sobre as condições da 
temperatura durante o transporte, portanto devem ser obedecidas para garantir a 
qualidade total do sangue e hemocomponentes. 3 
De acordo ainda com a resolução, a temperatura de conservação será registrada 
durante o processo de transporte, sendo monitorada por mecanismos que 
possibilitem a verificação de seus valores fora do limite estabelecido. 3 
Por fim, o banco de sangue trata-se de um órgão primordial para a saúde pública e 
tem por responsabilidade fornecer serviços provenientes à ajuda e manutenção do 
sistema de saúde. 
 
3. Produção de hemoderivados 
Após uma doação de sangue, a bolsa percorre um longo caminho antes de ser 
levada à transfusão. Aqui, já esclarecemos anteriormente, quais são estes 
processos e como ocorrem. Assim, a partir do sangue doado, é possível fracioná-lo 
em quatro hemocomponentes: concentrado de hemácias, plasma, plaquetas e 
crioprecipitado, que vão ser transfundindos de acordo à necessidade do paciente. 
Contudo, além desses componentes, ainda é possível obter outros produtos a partir 
do sangue: os hemoderivados. 
Como já indicado pelo nome, estas unidades são derivadas do sangue, mais 
especificamente do plasma, e participam de importantes processos fisiológicos no 
corpo humano. 4 
No Brasil, a empresa ligada ao Ministério da Saúde responsável por esta área é a 
Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), com fábrica 
localizada no Pernambuco. Atualmente, a unidade ainda não está em pleno 
funcionamento, utilizando-se da Transferência de Tecnologias em etapas do 
processo de produção destes medicamentos. 
Mesmo que a principal obtenção destes produtos ainda seja o fracionamento do 
plasma, a biotecnologia tem ganhado um importante lugar nesta cadeia de 
produção. A partir da engenharia genética, é possível fabricar, em células isoladas, 
proteínas conhecidas como recombinantes, não sendo mais necessários depender 
somente da produção a partir do corpo humano. Neste sentido, a Hemobrás já 
https://patologiaesaude.com.br/2020/10/23/o-caminho-que-seu-sangue-percorre-ate-salvar-outra-vida/
https://patologiaesaude.com.br/2020/10/23/o-caminho-que-seu-sangue-percorre-ate-salvar-outra-vida/
https://patologiaesaude.com.br/2020/09/15/proteinas-recombinantes-o-emprego-da-biotecnologia-no-nosso-dia-a-dia/
distribuiu aos centros de tratamento e hospitais do Sistema Único de Saúde, bilhões 
de fatores de coagulação do tipo VIII, denominado pela empresa como Hemo8r, 
muito importantes no tratamento de pacientes com hemofilia. 4 
São medicamentos produzidos pelo fracionamento industrial do plasma humano. 
Esse, por sua vez, é obtido a partir das doações de sangue. Depois coletado, o 
sangue total é processado nos Serviços de Hemoterapias, originando até quatro tipos 
de hemocomponentes: concentrado de hemácias, concentrados de plaquetas, 
Plasma Fresco Congelado (PFC) ou crioprecipitado. 
Os principais hemoderivados produzidos: 
• As Imunoglobulinas são produzidas pelos plasmócitos, derivados dos 
linfócitos B, e são as responsáveis pela imunidade humoral. Elas se unem aos 
antígenos, neutralizando-os. Há dois tipos de imunoglobulinas, as 
poliespecíficas, que podem ser utilizadas para controle imediato de doenças 
autoimunes em atividade, infecções bacterianas e virais. E as imunoglobulinas 
específicas, por exemplo, a anti-D, que são utilizadas para uma situação 
específica, com tempo de infusão pré-estipulado. 
• Albumina foi criada em 1940 como uma terapia de reposição de volume para 
perda de sangue, fluído em cirurgias ou situações de trauma. Atualmente, é 
utilizada em pacientes cirróticos, com doenças hepáticas e, principalmente, 
como solução de troca na plasmaférese terapêutica. 
• Fatores de coagulação são concentrados de fator de coagulação único (como 
concentrados de fator VIII para o tratamento da hemofilia A, concentrado de 
fator IX para o tratamento da hemofilia B e os concentrados de fator de Von 
Willebrand associados ao fator VIII para tratamento de portadores da doença 
de Von Willebrand, entre outros) ou um concentrado de um conjunto de 3 a 4 
fatores de coagulação, os chamados concentrados de complexo de 
protrombina, que são utilizados em hemorragia dos hepatopatias e usuários de 
cumarínicos com sangramento. 
• Outros hemoderivados, como alfa-1-antitripsina, antitrombina III e inibidor da 
esteraseC1, são produtos menos comuns por causa da própria raridade de 
doenças que esses produtos tratam. 
Apesar de pouco conhecidos, os hemoderivados desempenham um importante papel 
no bom funcionamento do corpo humano. Sua obtenção a partir de métodos físico-
químicos, como o fracionamento do plasma, ou por processos biotecnológicos, tem 
impacto significativo na saúde de milhares de pessoas que não conseguem produzi-
los naturalmente em seus organismos. 
 
4. Ato transfusional 
A transfusão de sangue é um procedimento seguro em que o sangue completo ou 
apenas alguns dos seus constituintes, são inseridos no corpo do paciente com o 
objetivo de tratar alguma condição, principalmente anemia profunda ou hemorragias 
graves, além de também ser indicada em caso de hemofilia, queimaduras ou durante 
grandes cirurgias, por exemplo. 
Embora, seja possível fazer uma transfusão de sangue total como quando ocorre uma 
hemorragia grave, normalmente é mais comum, serem feitas transfusões apenas dos 
componentes do sangue, como eritrócitos, plasma ou plaquetas para o tratamento da 
anemia ou queimaduras, por exemplo. No entanto, em alguns casos, pode ser 
necessário fazer várias transfusões de sangue até suprir as necessidades do 
organismo. 6 
A transfusão de sangue só pode ser feita quando o tipo de sangue entre o doador e 
o paciente é compatível, sendo indicada em situações em que há grande perda e 
sangue ou líquidos ou quando há alteração no processo de produção das células 
sanguíneas ou componentes do sangue, como fatores de coagulação, por exemplo. 
Assim, a transfusão sanguínea pode ser indicada em caso de: 
• Anemia profunda; 
• Hemorragia grave; 
• Queimaduras de 3º grau; 
• Hemofilia; 
• Após transplante de medula ou de outros órgãos; 
• Durante procedimentos cirúrgicos, quando existe hemorragia grave. 
No entanto, antes de ser realizada a transfusão, é preciso garantir que o sangue da 
pessoa que vai receber o sangue e o sangue a ser transfundido são compatíveis, 
pois dessa forma é possível prevenir o desenvolvimento de reações. 
Após todas as etapas e diante de uma requisição de transfusão e sua prescrição no 
prontuário médico, são coletadas amostras de sangue do receptor. 
O profissional faz a coleta e identifica o paciente através de um bracelete. Os tubos 
com amostra também devem ser rotulados de maneira imediata. As amostras são 
encaminhadas ao laboratório para realização dos exames pré-transfusionais que 
dirão qual tipo de bolsa para transfusão o paciente precisa. 7 
Este processo transfusional não pode (e nem deve) ser feito sem alguns cuidados 
prévios essenciais, visando reduzir o risco de ocorrência de reações adversas 
indesejadas, como as reações hemolíticas transfusionais. 
As reações hemolíticas transfusionais ocorrem após o contato do paciente com 
antígenos eritrocitários compatíveis com os anticorpos que seu corpo produz, 
causando reações adversas que incluem aglutinação e destruição de hemácias, 
causando uma reação no sistema hematológico que pode ser fatal. Elas também 
ocorrem quando o paciente foi previamente sensibilizado por algum antígeno, não 
possuindo anticorpos detectáveis no seu plasma no momento da realização das 
provas pré-transfusionais, como pode ocorrer em pacientes politransfundidos. 
As reações podem ser de dois tipos: Imediatas, quando os efeitos surgem algumas 
horas após a transfusão sanguínea, ou tardias, quando os efeitos surgem após dias 
ou semanas. Elas podem ocorrer em ambiente intra ou extravascular, dependendo 
da ativação de mediadores e da ação dos anticorpos. 
Buscando reduzir os riscos dessas reações, são realizados diversos testes antes do 
procedimento de transfusão, que permitem identificar, classificar e direcionar o perfil 
sanguíneo do receptor para a bolsa de sangue que receberá. 
Os principais exames que compõem os testes pré-transfusionais são: 
• Tipagem ABO: É realizada tanto no receptor quanto no doador, através de 
provas diretas e indiretas, buscando identificar a classificação ABO exata de 
ambas as partes e identificar compatibilidade. 
• Tipagem Rh: Realizada também em ambas as partes, com a pesquisa do “D” 
fraco, para a correta identificação de antígen Rh. 
• Pesquisa de anticorpos irregulares: Através dos testes de Coombs direto e 
indireto, além da realização de Painel de Hemácias para a identificação 
fenotípica de antígenos eritrocitários. 
• Prova cruzada maior e menor: Realizada para testar a reação dos glóbulos do 
receptor em contato com o doador e vice-versa. 8 
O profissional que realiza a instalação da transfusão deve manter observação do 
paciente nos 15 minutos iniciais da infusão. 
Eventos catastróficos como reação hemolítica aguda, ou contaminação bacteriana, 
podem se iniciar a partir da infusão de pequeno volume do hemocomponente na 
circulação sanguínea. 
Deve ser realizada uma avaliação periódica do paciente que recebe a transfusão. 
Uma vez finalizada a transfusão, os sinais vitais devem ser verificados e registrados 
no prontuário do paciente, assim como o horário do término. 
Após o término, a bolsa de hemocomponente vazia pode ser descartada em 
recipiente para descarte de material biológico na própria área onde ocorreu a 
transfusão, a menos que algum evento adverso seja identificado. 
O pós-transfusional funciona da seguinte forma: 
• Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e compará-los com as medições 
de referência. 
• Descartar adequadamente o material utilizado e assegurar que todos os 
procedimentos técnicos, administrativos, de limpeza, desinfecção e 
gerenciamento de resíduos sejam executados em conformidade com os 
preceitos legais e os critérios técnicos cientificamente comprovados, os quais 
devem estar descritos em procedimentos operacionais padrão (POP) e 
documentados nos registros dos respectivos setores de atividades. 
• Registrar e documentar todas as atividades desenvolvidas pelo serviço de 
hemoterapia de forma a garantir a rastreabilidade dos processos e dos 
produtos, desde a obtenção até o destino final, incluindo-se a identificação do 
profissional que realizou o procedimento. 
Deve-se constar obrigatoriamente: 
1. data; 
2. horário de início e término; 
3. sinais vitais no início e no término; 
4. origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes transfundidos; 
5. identificação do profissional que a realizou 
6. registro de reações adversas, quando for o caso. 
7. origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes transfundidos; 
8. identificação do profissional que a realizou; e 
9. registro de reações adversas, quando for o caso. 
• Monitorar o paciente quanto à resposta e à eficácia do procedimento. 11 
A transfusão é uma terapêutica de suporte importante para a prática da medicina 
atual, com procedimentos cirúrgicos cada vez mais ousados, transplantes e drogas 
antineoplásicas agressivas. A forma de obtenção do sangue e seus componentes 
para transfusão tem incorporado, ao longo do tempo, tecnologias que tornam o 
produto cada vez mais seguro, minimizando os riscos da transfusão. No entanto, 
apesar de extremamente segura a terapêutica transfusional apresenta riscos 
inerentes ao uso de material biológico, imediatos ou tardios, que podem 
comprometer a situação clínica e a sobrevida do paciente. 11 
Toda a tecnologia incorporada ao processo de produção dos hemocomponentes nos 
últimos 30 anos foi capaz de reduzir de forma eficaz o risco de doenças transmissíveis 
pelo sangue, mas insuficiente para abolir completamente a possibilidade de sua 
ocorrência. Da mesma forma o desenvolvimento de técnicas seguras e eficazes de 
remoção de leucócitos (seja por filtração ou irradiação), o conhecimento cada vez 
mais completo dos grupos sanguíneos e o desenvolvimento de métodos de coleta e 
produção de hemocomponentes que melhoram sua padronização e qualidade, 
melhorou o arsenal terapêutico e aumentou de forma significativa a segurança dosprodutos ofertados aos médicos e seus pacientes. 11 
No entanto, os riscos associados ao manuseio da transfusão, desde sua indicação, 
escolha do componente adequado à situação clínica do paciente, administração e 
monitoramento do procedimento transfusional, independem da tecnologia agregada 
e estão vinculadas principalmente à qualificação dos profissionais envolvidos nessas 
etapas da transfusão, em sua maioria, realizadas fora do serviço de hemoterapia. 11 
5. Doador de Sangue 
A doação de sangue é um gesto solidário de doar uma pequena quantidade do 
próprio sangue para salvar a vida de pessoas que se submetem a tratamentos e 
intervenções médicas de grande porte e complexidade, como transfusões, 
transplantes, procedimentos oncológicos e cirurgias. Além de pessoas que 
submetem a procedimentos e intervenções médicas, o sangue também é 
indispensável para que pacientes com doenças crônicas graves - como Doença 
Falciforme e Talassemia - possam viver por mais tempo e com mais qualidade, além 
de ser de vital importância para tratar feridos em situações de emergência ou 
calamidades. 12 
A doação de sangue pode ser de quatro tipos: espontânea, reposição, convocação 
ou autóloga. 
O processo de doação é seguro e simples. O potencial doador deve se dirigir a uma 
unidade de coleta, onde será realizado um cadastro. Em seguida, ele passa por 
uma triagem para avaliar se não há impedimentos para a doação e, caso não haja, 
a coleta é realizada. O sangue coletado passa por um rigoroso controle para que se 
avalie se ele pode ser utilizado futuramente. 12 
A triagem laboratorial consiste principalmente nos testes sorológicos dos doadores 
de sangue, e testes imuno-hematológicos em receptores de sangue. Os testes 
realizados nas amostras de sangue têm o objetivo principal de classificar e verificar 
a compatibilidade sanguínea entre doador e receptor. 13 
Esses testes são realizados através das técnicas imuno-hematológicas, e os 
principais testes exigidos são: Tipagem sanguínea ABO/Rh, Pesquisa de Anticorpos 
Irregulares (PAI) e testes de compatibilidade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 
Os testes pré-transfusionais imuno-hematológicos são realizados previamente à 
prática transfusional, objetivando detectar possíveis reações e garantir a 
compatibilidade do doador-receptor. Existe uma série de fatores que contribuem 
para a qualidade dos resultados: profissionais capacitados para atuação laboratorial, 
seleção dos reagentes imuno-hematológicos, escolha dos equipamentos 
compatíveis aos reagentes e a fiscalização dos procedimentos pré-transfusionais 
(NOVARETTI ET AL 2009). 
É necessário que haja total atenção e cuidados na realização desses testes pré-
transfusionais para que não haja a ocorrência destas reações transfusionais. 13 
Há critérios que permitem ou que impedem uma doação de sangue, que são 
determinados por Normas Técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao 
doador e a segurança de quem vai receber o sangue. Entre esses critérios estão: 
- Febre (acima de 37°C); 
- Gripe ou resfriado; 
- Gravidez atual (90 dias após o parto normal, e de 180 dias após a cesariana); 
- Amamentação (até 1 ano após o parto); 
- Uso de alguns medicamentos; 
- Anemia; 
- Cirurgias; 
- Extração dentária realizada nos últimos sete dias; 
- Tatuagem: um ano sem doar. Só é preciso esperar um ano entre a data da 
tatuagem até a doação. Esse tempo serve como uma medida de segurança para as 
pessoas que vão receber o sangue, já que durante uma tatuagem, o possível 
doador pode ficar exposto a alguns tipos de doenças; 
- Piercing: um ano sem doar. Localizado na cavidade oral e/ou região genital: um 
ano sem doar após a retirada; 
- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina; 
- Transfusão de sangue: impedimento por um ano. 
Importante: Mais esclarecimentos são fornecidos durante a entrevista clínica que 
precede a doação. 14 
O ciclo do sangue em processos de hemoterapia e demais procedimentos 
transfusionais precisam de cuidados especiais, os quais são regulamentados 
principalmente pela RDC 34. 15 
AA RDC 34 é um Regulamento Sanitário que estabelece os requisitos de boas 
práticas para serviços de hemoterapia que desenvolvam atividades relacionadas ao 
ciclo produtivo do sangue e para serviços de saúde que realizem procedimentos 
transfusionais, incluindo captação de doadores, coleta, processamento, testagem, 
controle de qualidade e proteção ao doador e ao receptor, armazenamento, 
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/34818-quem-fez-tatuagem-tem-que-esperar-um-ano-para-doar-sangue-quem-usa-piercing-nao-pode-fazer-doacao
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/34818-quem-fez-tatuagem-tem-que-esperar-um-ano-para-doar-sangue-quem-usa-piercing-nao-pode-fazer-doacao
https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/carga20170553/04145350-rdc-anvisa-34-2014.pdf
https://elbermedical.com.br/sangue/armazenamento-de-sangue/
distribuição, transporte e transfusão em todo o território nacional. Com foco 
principalmente em processos de hemoterapia que desenvolvam atividades 
relacionadas ao ciclo produtivo do sangue e componentes e serviços de saúde que 
realizem procedimentos transfusionais, está normativa tem como objetivos primários 
garantir: 
• A qualidade dos processos e produtos; 
• A redução dos riscos sanitários; 
• Segurança transfusional. 15 
A cadeia do frio no sangue é o sistema para armazenar e transportar hemoderivados 
e hemocomponentes. Para que sejam mantidos sempre à temperatura correta. Desde 
a coleta do doador até a administração ao paciente. Qualquer quebra nessa cadeia 
do frio aumenta os perigos para os receptores do sangue. 16 
Geladeiras para bancos de sangue, congeladores de plasma, agitadores de 
plaquetas, incubadoras, caixas de transporte são os equipamentos utilizados para 
armazenamento do sangue e seus hemocomponentes. 16 
A forma de armazenamento e transporte de cada um deve ser feito da seguinte 
maneira: 
Sangue e glóbulos vermelhos 
Os glóbulos vermelhos e o sangue total sempre devem ser armazenados a uma 
temperatura entre +2° C e +6° C, em uma geladeira de banco de sangue. Os 
refrigeradores do banco de sangue possuem dispositivos de alarme e 
monitoramento de temperatura integrados. E um ventilador de refrigeração para 
garantir a distribuição uniforme do ar frio através do equipamento. 16 
A manutenção da temperatura durante o armazenamento é essencial para manter a 
capacidade de transporte de oxigênio do sangue e seus hemocomponentes. Evitar 
temperaturas acima de 6° C é vital para minimizar o crescimento de qualquer 
contaminação bacteriana na unidade de sangue. 16 
Abaixo de 2° C, os glóbulos vermelhos são hemolisados. Portanto, eles nunca 
devem congelar. As células hemolisadas, se transfundidas, podem causar 
insuficiência renal e problemas de sangramento no paciente que podem levá-lo à 
morte. 16 
https://elbermedical.com.br/sangue/doacao-de-sangue-2020-fique-atento-aos-cuidados-quanto-ao-covid-19-e-o-armazenamento-do-sangue-coletado/
Dependendo do tipo de bolsa de sangue utilizada, o prazo de validade varia de 35 a 
42 dias junto aos hemocentros. O sangue total e os glóbulos vermelhos devem ser 
transportados em caixas de transporte. Que deverão manter a temperatura abaixo 
de 10° C se a temperatura ambiente for maior que 25° C. Ou se houver a 
possibilidade de o sangue não ser transfundido em 30 minutos. 16 
Plasma congelado fresco 
O plasma congelado fresco (plasma separado de uma unidade de sangue dentro de 
6-8 horas após a doação e congelado rapidamente) é armazenado no hemocentro a 
– 40°C ou menos. Ele possui prazo de validade de um ano. Se não forem 
armazenados a esta temperatura, os fatores de coagulação como fator VIII e fator V 
deterioram-se. E a quantidade é bastante reduzida, prejudicando assim a finalidade 
para a qual ele deve ser administrado. 16 
O plasma precisa ser descongelado antes da transfusão em um banho dedescongelamento de plasma a 30° C, que leva cerca de 30 a 45 minutos, e ser 
transportado em uma caixa de transporte na qual a temperatura é mantida entre 2° 
C a 6° C. Depois de descongelado, o plasma deve ser administrado em 30 minutos. 
Se não for necessário para uso imediato, ele pode ser mantido entre 2° C e 6° C e 
transfundido em 24 horas. Depois de descongelado, o plasma não pode ser 
recongelado e deve ser descartado. Portanto, esse hemocomponente deve ser 
exigido apenas quando essencial e nas quantidades necessárias. 16 
Crioprecipitado 
O crioprecipitado é a porção insolúvel em frio do plasma remanescente após o 
descongelamento do plasma congelado fresco e contém o fator VIII, fator de Von 
Willebrand, fator XIII e fibrinogênio. Para a preparação do plasma de crioprecipitado 
é separado de uma unidade de sangue dentro de 6-8 horas após a doação e 
congelado rapidamente em 30 minutos. 16 
O plasma é descongelado lentamente abaixo de 4° C para obter o rendimento 
máximo de crioprecipitado. Finalmente, ele é armazenado no hemocentro a – 40° C 
ou mais frio, e tem um prazo de validade de um ano. O crioprecipitado precisa ser 
descongelado de 30° C a 37° C em banho-maria por cerca de 15 a 30 minutos. 
Depois de descongelado, o crioprecipitado deve ser transfundido em 30 minutos. 16 
Após o descongelamento, o crioprecipitado deve ser mantido entre 2° C e 4° C e 
pode ser transfundido dentro de 4 horas. Ele também não pode ser recongelado — 
se não for transfundido, deve ser descartado. 16 
Plaquetas 
As plaquetas são preparadas por métodos manuais e automatizados e, em seguida, 
armazenadas a 22° C na incubadora com agitador de plaquetas para manter a 
função plaquetária. Isso previne sangramentos espontâneos ou o interrompe nos 
pacientes com trombocitopenia ou anemia hipoplásica estabelecida ou medula 
óssea fracasso. 16 
O sangue total para separação das plaquetas deve ser mantido entre 20° e 24° C 
antes do processamento, pois as temperaturas mais baixas afetam a função 
plaquetária e sua separação. As plaquetas devem ser preparadas dentro de 8 horas 
da flebotomia com agitação contínua. Isso impede a agregação que pode resultar 
em perda de viabilidade. As plaquetas têm uma vida útil de 3 a 5 dias, dependendo 
do tipo de bolsa de sangue usada. 16 
Controle inteligente da temperatura 
Como é possível observar, todo o processo de coleta, armazenamento e transporte 
do sangue e seus hemocomponentes requer cuidados especiais. Mantendo sempre 
rígido controle da temperatura para preservar suas propriedades. Para isso, devem 
ser submetidos à cadeia do frio. Que consiste numa condição específica em 
ambiente refrigerado, para manter uma duração prolongada por meio da 
conservação por resfriamento. 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
1. Escrito por Clovis Filho, Editorial de Saúde, Bem-estar e Fitness Publicado em 3 
de julho de 2020. Disponível em 
https://www.minhavida.com.br/saude/tratamento/4037-hemoterapia 
2.História da Hemoterapia no Brasil. History of Brazilian Hemotherapy, Disponivel 
em https://www.scielo.br 
3.Sangue e hemocomponentes: o que dizem os regulamentos e as legislações, 
publicado em 25 junho 2020 | Atualizado em 24 junho 2020, Disponível em 
https://nexxto.com/sangue-e-hemocomponentes-o-que-dizem-os-regulamentos-e-
as-legislacoes/ 
4. HEMODERIVADOS: O QUE SÃO E COMO SÃO PRODUZIDOS, Por Bruna 
Carolina, Disponível em https://patologiaesaude.com.br/2020/11/06/hemoderivados-
o-que-sao-e-como-sao-produzidos/ 
5. Produção de hemoderivados Equipe Erytro 8 de dez. de 2020, Disponível em 
https://www.erytro.com.br/post/produçaçao-de-hemoderivados 
6. Transfusão de sangue: o que é, quando é necessária e como é feita, Revisão 
clínica: Manuel Reis Enfermeiro Agosto 2021, Disponível em 
https://www.tuasaude.com/em-que-situacoes-e-indicada-a-transfusao-de-sangue/ 
7.O caminho do sangue: entre a doação e a transfusão, Sexta-feira, 14 de junho de 
2019 10:43 - Ascom SE/UNA-SUS, Disponível em 
https://www.unasus.gov.br/noticia/o-caminho-do-sangue-entre-a-doacao-e-a-
transfusao 
8. Exames Pré-Transfusionais, Por Denilson de Araújo e Silva, Graduando em 
Biomedicina pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI, Pós-Graduando em 
Microbiologia Clínica pelo Instituto GPI, Disponível em 
https://www.institutogpi.com/post/exames-pre-transfusionais 
9. Instalação da Transfusão, SERVIÇO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DE 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS MANUAL PRÁTICO DE HEMOTERAPIA, Disponível em 
https://1library.org/article/instala%C3%A7%C3%A3o-da-transfus%C3%A3o-etapas-
do-processo-transfusional. 
10. Transfusão sanguinea: cuidados e complicações, Portalenf Comunidade de 
Saúde 27 agosto/2018, Disponível em, 
https://www.portalenf.com/2018/08/transfusao-sanguinea-cuidados-e-complicacoes/ 
11. Doação de sangue, Disponivel em https://www.gov.br/saude/pt-
br/composicao/saes/sangue 
12. Doação de sangue, Por: Helivania Sardinha dos Santos, Disponivel em 
https://www.preparaenem.com/biologia/doacao-de-sangue.htm 
13. Importância dos testes Hematológicos em receptores de Sangue e a Ocorrência 
das Reações Transfusionais, Por Mara Freire, 04/11/2019 Disponivel em 
https://asgardcursos.com.br/ 
14. Conheça os requisitos necessários para doação de sangue, 18/06/2019 Por: 
Mayra Malavé (IFF/Fiocruz), Disponivel em https://portal.fiocruz.br/noticia/conheca-
os-requisitos-necessarios-para-doacao-de-sangue 
15. Principais pontos sobre a RDC 34 e as boas práticas do ciclo de sangue 10 de 
junho de 2021, Disponivel em https://elbermedical.com.br/sangue/principais-pontos-
sobre-a-rdc-34-e-as-boas-praticas-do-ciclo-de-sangue/ 
16. REGULAÇÃO E ANVISA, Sangue e hemocomponentes: o que dizem os 
regulamentos e as legislações, Por: LUCAS ALMEIDA, Publicado em 25 junho 
2020, Disponivel em https://nexxto.com/sangue-e-hemocomponentes-o-que-dizem-
os-regulamentos-e-as-legislacoes/ 
	RDC 370/2014
	Sangue e glóbulos vermelhos
	Plasma congelado fresco
	Crioprecipitado
	Plaquetas
	Controle inteligente da temperatura

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