Aula 01 - coletas

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Biotecnologias da Reprodução 
 Métodos de coleta de sêmen 
 
o Biotecnologia é a tecnologia baseada nas 
ciências biológicas, em qualquer nível: molecular, 
celular, morfofisiológico, ecológico, 
biodiversidade, reprodução e genética. 
o Genética + reprodução = base para o sucesso 
do acasalamento e na produção 
o As biotecnologias podem ser aplicadas a fim de: 
aumentar a eficiência reprodutiva e produtiva, 
preservar os recursos genéticos animais e 
melhorar a qualidade dos produtos. 
o Biotecnologia moderna conta com - Uso de 
hormônios liberadores de gonadotrofinas e seus 
análogos, reprodução assistida em 
tecnologia/andrologia, genética, biologia 
molecular, imunologia e toxicologia, farmacologia 
o Inseminação Artificial (IA) 
o Transferência de Embriões (TE); 
o Fertilização in Vitro (FIV); 
o Criopreservação; 
o Manipulação Genética com Transgênicos e 
Clonagem. 
Coleta em cão 
o Massagem digital - A massagem digital consiste 
em massagear o prepúcio do cão na altura do 
bulbo cavernoso peniano, até que o animal 
atinja a ereção parcial. 
 O prepúcio é então retraído para trás do 
bulbo e o pênis é comprimido com moderada 
pressão, posteriormente ao bulbo, 
 O ejaculado é coletado fracionadamente com 
o auxílio de um funil de vidro ou plástico que 
desemboca em tubos graduados devendo-se 
evitar o contato direto entre o pênis e o 
material de coleta. 
 Sêmen de maior qualidade seminal do que 
com vagina artificial 
o Uso de vagina artificial; 
o Vibrador elétrico; 
o Eletroejaculação; 
Coleta em cavalos 
o Forma utilizada para coleta de sêmen é 
com vagina artificial, com manequin ou 
égua peiada de preferência no cio, 
o Garanhão deve estar treinado em caso de 
coleta artificial com manequim, 
o Depende muito da libido do animal (fatores 
ambientais ou comportamentais) - 
Importância da rufiação., 
o A função testicular do garanhão é reduzida 
nos dias curtos, o que interfere 
diretamente na qualidade espermática.. 
 
Coleta em felinos 
o A eletroejaculação é a técnica comumente 
escolhida para coleta de sêmen em felídeos, no 
entanto para sua realização é necessário o uso 
de equipamentos específicos e profissionais 
habilitados. – Amostra diluída e contaminada 
com urina! 
o Necessário contenção química (Anestesia 
Geral) 
→ Necessário profissional especializado 
→ Risco anestésico 
→ Aumenta custo 
Eletroejaculação: 
o Verificar se há fezes na ampola retal, caso 
tenha, com o dedo enluvado e lubrificado deve-
se evacuar o reto 
o A sonda retal deve ser lubrificada, em seguida a 
sonda deve ser inserida levemente no reto do 
animal, por aproximadamente 5 a 7 cm. Os 
eletrodos devem ser posicionados 
ventralmente. 
o Com o auxílio de uma gaze, o pênis deve ser 
exposto manualmente e limpo com solução 
fisiológica, depois deve ser secado. 
o Posicione um frasco estéril (Eppendorf) sobre o 
pênis e o direcione ventralmente. Isso permite 
que o ejaculado entre no tubo, evitando 
contaminação. 
o Antes de ligar o eletroejaculador, certifique-se 
de que o disco do reostato esteja desligado e 
ajustado em zero. 
 
Coleta em bovinos 
Para realizar a coleta de sêmen são mais utilizados o 
método da eletroejaculação e a vagina artificial. 
Eletroejaculação: 
o A técnica da eletroejaculação pode ser usada 
em touros que apresentem lesões articulares, 
idade avançada ou que recusam a vagina 
artificial. 
o Dispensa uso da fêmea e de um manequim. 
o Conserva o sêmen em estado de pureza, 
sendo o método eletivo para a realização de 
exames andrológicos. 
o Para a realização da coleta o touro deve ser 
colocado em um brete de contenção 
adequado. 
o A coleta é feita com o auxílio de um aparelho 
que consiste em um eletrodo com mais ou 
menos 6 cm de diâmetro e 35 a 40 cm de 
comprimento, possuindo uma extremidade 
polida. 
o Lubrifica-se o eletrodo geralmente com 
vaselina, para introduzir no reto do touro, na 
outra extremidade possui um fio que está 
ligado ao eletroestimulador e um botão 
regulador de intensidade de corrente. 
o Logo após a contensão do touro coloca-se o 
eletrodo no ânus do animal, e em seguida, liga-
se a corrente, que produz estímulos a cada 3 
segundos que atuam nas glândulas seminais. 
o Este método baseia-se na estimulação elétrica 
(bifásica, entre 16 e 25 volts) dos centros 
eretores e ejaculador. Que promove contração 
dos músculos uretrais e provocando a liberação 
do sêmen e do plasma seminal. 
Vagina Artificial: 
o Consiste essencialmente em se fazer com que 
o animal realize a cópula em um aparelho 
adaptado para este fim, simulando as condições 
da vagina natural, e assemelhando-se à monta 
natural permitindo que o animal ejacule 
naturalmente. 
o Pode ser realizada com a utilização de 
manequins, fêmea ou até mesmo em machos. 
o A vagina artificial consiste em um tubo de 
borracha, com o diâmetro de mais ou menos 10 
cm e comprimento de 40 cm, possuindo um 
pequeno orifício lateral que possui uma válvula 
de metal para vedá-la. 
o Esta operação é precedida pela colocação de 
água quente à temperatura de 40° C a 43°C. 
o Após colocar a água pode-se, também, insuflar 
ar pela válvula existente na parte externa 
fazendo com que a parede interna da vagina 
artificial comprima ainda mais a base do pênis. 
 
o Em touros é aconselhável executar duas ou 
três montas falsas. 
o Esta conduta excita o animal e faz com que a 
amostra seminal fique mais concentrada, pois o 
touro eliminará considerável volume de líquido 
seminal. O intervalo entre uma coleta e outra 
pode variar de 20 a 30 minutos 
 
Coleta em ovinos e caprinos 
o A coleta de semem em caprinos e ovinos 
pode ser feita por vagina artificial ou 
eletroejaculação, porém a vagina artificial é o 
método mais utilizado. 
Eletroejaculação: 
o O estímulo de baixa voltagem é aplicado por 2 
a 4 segundos com intervalos de 10 a 20 
segundos até que ocorra a ejaculação. 
o Existe uma variação muito grande na 
concentração e no volume espermático. 
o A coleta por eletroejaculação é um método 
estressante para os carneiros e deve ser usado 
somente em casos de extrema necessidade. 
Vagina artificial: 
o A vagina artificial consiste em um tubo de 20 a 
25 centímetros de comprimento e de 5 a 7 
centímetros de diâmetro e uma mucosa de 
borracha. 
o Essa mucosa deve ser lubrificada e estar numa 
temperatura entre 42°C e 46°C. 
o O carneiro deve saltar sobre a ovelha ou 
manequim, o pênis deve ser delicadamente 
desviado para dentro da vagina artificial. 
o A pressão interna da vagina varia conforme os 
reprodutores.