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Material de apoio - Curso de extensão Princpios Constitucionais do Direito Penal 2

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Módulo:
Princípios das Ciências 
Criminais
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Aula 02 – Devido Processo Legal
Conceito 
Com previsão expressa no art. 5º, LIV, da Constituição Federal, ao lado da Digni-
dade da Pessoa Humana, o Devido Processo Legal é um princípio regente, de valor pré-
-constituinte e hierarquia supraconstitucional, igualmente sustentáculo da efetividade das 
propostas do Estado Democrático de Direito, garantindo que a prestação jurisdicional so-
mente se concretize mediante o respeito de regras instrumentais previamente estabeleci-
das, distante das quais ninguém poderá sofrer sanção penal. Em outras palavras, o devido 
processo legal exige respeito aos mecanismos procedimentais fixados, somente em razão 
dos quais o Estado pode conferir a cada um o que merece. 
Depreende-se, pois, que o Devido Processo Legal possui dois aspectos: 
Substantivo = voltado ao direito penal material, assegurando respeito a legalida-
de, a anterioridade, a irretroatividade, a proporcionalidade, a individualização, a vedação 
contra dupla punição e todos os demais; 
Procedimental = de ordem processual penal,  referente aos instrumentos neces-
sários à formação da culpa, tendo como corolários a ampla defesa, a contraditório, o juiz 
natural, e todos os outros princípios processuais penais. 
 Com efeito, denota-se que o devido processo legal é sustentáculo para todos os 
demais princípios norteadores penais e processuais penais, reclamando sua observância 
e fiel cumprimento, como instrumentos de garantia da prestação jurisdicional. 
Por fim, acerca da terminologia empregada, é certo que o devido processo legal 
deve ser observado por todos os ramos do direito processual e, em se tratando da seara 
penal, inexiste motivos para se conferir designação distinta1, porquanto obviamente volta-
da ao processo penal. 
Aspectos criminais  
Sob o viés substancial, o devido processo penal impõe o respeito ao princípio da le-
galidade, assegurando que ninguém responda por algo desprovido de previsão legal, ainda 
garantindo que a tipificação das condutas seja compreensível por todo o cidadão, como 
forma de orientar seus comportamentos futuros dentro da licitude, sem margem para ar-
bitrariedades e autoritarismos pelo Estado, imperativos consubstanciados através da ta-
xatividade, anterioridade e irretroatividade da lei penal. 
Do mesmo modo, ilide a responsabilidade penal objetiva, a padronização das penas 
e a dupla punição pelo mesmo fato, exigindo a efetiva demonstração da presença de dolo 
1 Nesse sentido Rogério Lauria Tucci opta por denominar como Devido Processo Penal (Direitos e Garantias 
Individuais no processo penal brasileiro, 3 ed, São Paulo:RT, 2009, p.57-64) 
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5 Princípios das Ciências Criminais
ou culpa pelo acusado, somente mediante a qual restará justificada a aplicação da sanção 
penal, respectiva ao mal perpetrado, inclusive de forma direcionada à pessoa do infrator, 
respeitando, portanto, a culpabilidade, a proporcionalidade e a individualização da pena.     
 
Aspectos Processuais 
 
Sob o prisma procedimental, o devido processo penal se revela através das diver-
sas garantias conferidas ao acusado, durante a persecução penal, para que desempenha 
sua defesa, diante de um juízo imparcial, contemplando, portanto, o contraditório, a ampla 
defesa, a publicidade, o juiz natural e imparcial. 
O mesmo se observa durante a execução penal, onde o Judiciário segue gerindo o 
cumprimento da reprimenda pelo sentenciado, ao qual são garantidos todos os mecanis-
mos de defesa.  
Por certo, a execução penal integra a atividade jurisdicional, cabendo ao magis-
trado fiscalizar e conduzir a concretização da pretensão punitiva, permitindo ao executa-
do formular pedidos ou defender-se em procedimento disciplinar. 
Princípio, etimologicamente, significa causa primária, momento em que algo 
tem origem, elemento predominante na constituição de um corpo orgânico, 
preceito, regra, fonte de uma ação. Em Direito, princípio jurídico quer dizer 
uma ordenação que se irradia e imanta os sistemas de normas, conforme 
ensina José Afonso da Silva (Curso de direito constitucional positivo, p. 85), 
servindo de base para a interpretação, integração, conhecimento e aplica-
ção do direito positivo. Cada ramo do Direito possui princípios próprios, que 
informam todo o sistema, podendo estar expressamente previstos em lei ou 
ser implícitos, isto é, resultar da conjugação de vários dispositivos legais, 
de acordo com a cultura jurídica formada com o passar dos anos de estudo 
de determinada matéria.
Constituição da República Federativa do Brasil
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantin-
do-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, 
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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http://genjuridico.com.br/2020/02/19/principios-do-processo-penal/
Tema 01 - Aula 02 6
(...)
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF. 
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. 
Acesso em: 24/08/2021.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 16. ed. Rio de Janeiro: Fo-
rense, 2016.
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Penal. Rio de Janeiro: Forense, 2017. 
NUCCI, Guilherme. Dignidade Penal. Guilherme Nucci, 2019. Disponível em: < 
https://guilhermenucci.com.br/dignidade-penal/>. Acesso em: 24/08/2021.
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Direitos Humanos Versus Segurança Pública. Rio de 
Janeiro: Forense, 2016.
NUCCI, Guilherme de Souza. Os princípios do processo penal. GenJurídico, 2020. 
Disponível em: <http://genjuridico.com.br/2020/02/19/principios-do-processo-penal/>. 
Acesso em: 24/08/2021.
NUCCI, Guilherme de Souza.  Princípios Constitucionais Penais e Processuais 
Penais. 4. ed. Rio de janeiro: Forense, 2015.
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