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Apostila Endodontia - Odontologia - UNESP

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1 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JÚNIOR, J.F. Endodontia: biologia e técnica. 3. 
ed., Rio de. Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 
 
Professores: Márcia Carneiro Valera Garankis, Rayana Khoury, Giovanna 
Minhoto, Felipe Anacleto, Gleyce Oliveira, Gustavo Guerrero, Bruna 
Corazza, Ana Paula Martins Gomes, Carolina Trefigio, Thais Santos. 
 
 
APOSTILA DE 
ENDODONTIA 
 
SUMÁRIO 
1 – Introdução a Endodontia 
2 – Abertura coronária em dentes anteriores e pré-molares 
3 – Instrumental Endodôntico 
4 – Odontometria 
4 – Preparo biomecânico: meios químicos 
6 – Preparo biomecânico: meios mecânicos 
8 – Radiografia em Endodontia 
10 – Medicação intracanal 
12 – Obturação 
14 – Anatomia e abertura coronária de molares 
15 – Alterações Pulpares 
19 – Tratamento Conservador 
21 – Alterações periapicais 
23 – Desafios clínicos na Endodontia 
25 – Sequência Operatória de Biopulpectomia e Necropulpectomia 
27 – Isolamento do campo operatório em Endodontia 
28 – Urgências em Endodontia 
29 – Cirurgia Paraendodôntica 
30 – Traumatismo Dentário 
33 – Relação Endoperiodontal 
35 – Rizogênese incompleta 
37 – Retratamento Endodôntico 
 
Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
Introdução a Endodontia
Endodontia significa ação dentro do dente. É dividida 
em três campos: 
1. Conservadora: conserva a polpa viva 
2. Radical: remoção da polpa viva ou necrosada 
3. Complementar: cirúrgica (reparo em situações 
de trepanação) e estética (clareamento 
interno) 
A polpa é dividida em câmara pulpar e canal radicular. 
A câmara pulpar possui paredes: 
1. Teto: estão presentes os cornos pulpares 
2. Soalho: É real nos dentes multirradiculares e 
virtual nos dentes unirradiculares. Possui 
convexidade, liso e polido. Nos dentes 
multirradiculares, os canais são ligados através 
da linha Rostrum Canali. 
3. Laterais: com as seguintes paredes: mesial, 
vestibular, língual e distal. 
Os canais radiculares podem ser classificados em: 
1. Canal principal 
2. Canal colateral (paralelo ao canal principal e 
pode se unir ou terminar em outro forame) 
3. Canal recorrente 
4. Canal lateral (vai para o periodonto lateral) 
5. Canal secundário (vai para o periodonto apical) 
6. Canal acessório (sai do canal lateral ou 
secundário e vai para o periodonto) 
7. Canal intercanal (comunica canais entre si) 
8. Canal cavo-interradicular (canal que comunica 
o soalho ao periodonto interradicular) 
9. Delta apical (mais de um forame apical pois há 
uma ramificação) 
 
Fonte: FORP-USP 
 Podemos observar mais de um canal na mesma 
raiz e pode haver as seguintes configurações: 1 
canal no ápice, 2 canais no ápice e 3 canais no 
ápice. 
 Existe o canal dentinário e o canal cementário. 
Entre ambos há o limite canal cemento-dentina 
(limite CDC). 
 Existe o forame apical e este geralmente 
encontra-se lateral ao vértice apical (50% dos casos 
para distal). 
 O avançar da idade provoca aumento da 
deposição do cemento que causa: 
1. Desvio progressivo do forame em relação ao 
vértice. 
2. Aumento do comprimento do canal 
cementário. 
3. Diminuição do diâmetro do canal no limite 
CDC. 
1. Deposição de dentina secundária (dente jovem 
tem câmara pulpar mais volumosa em relação 
ao dente do idoso) e dentina terciária 
(localizada em resposta a cárie ou restauração) 
2. Calcificações pulpares (nódulos pulpares) 
3. Reabsorção interna e externa 
1. Reto 
2. Curvilíneo 
3. Bicurvilíneo 
4. Angulada 
5. Raiz com eixo deslocado 
1. Todos os dentes superiores e inferiores 
anteriores inclinam para lingual. 
2. Pré-molares e molares inferiores inclinam 
para vestibular 
3. Todos os dentes inclinam para distal, exceto 
3.1. 1º molar superior e Incisivo inferior: 
paralelo a linha mediana 
3.2. 2º molar superior: inclina para mesial. 
 
 
Anatomia Interna Da Polpa Dentária 
Fatores que alteram a anatomia 
após a formação dentária 
Trajeto das raízes e canais 
radiculares 
Posição dos dentes na arcada 
1
 
Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
Abertura coronária em dentes anteriores e pré-molares 
Após realização do exame clínico e radiográfico 
inicia-se a abertura coronária que é o primeiro passo 
do tratamento endodôntico. 
1. Remover toda a cárie 
2. Conservar estrutura dental sadia 
3. Expor câmara pulpar (remover todo teto da 
câmara pulpar incluindo saliências. Deve ser 
liso. Não pode danificar o soalho e entrada dos 
canais radiculares. 
4. Manter expulsividade da parede mesial nos 
dentes posteriores. 
5. Obter acesso reto, livre e direto. 
1. Abordagem: 
1.1. Desgastar esmalte até chegar a dentina 
1.2. Ponto de eleição: 
• dentes anteriores: face lingual 
• dentes posteriores: oclusal 
2. Direção de trepanação: 
2.1. Atingir a câmara pulpar 
2.2. Túnel de penetração: na dentina posiciona 
a broca em direção a área de maior volume 
da câmara pulpar 
• Unirradiculares: longo eixo do dente 
• Multirradiculares: região do canal de 
maior volume desviando do soalho e 
região de furca 
3. Forma de contorno 
3.1. Remoção do teto e saliências da câmara 
pulpar com broca de ponta inativa 
4. Forma de conveniência 
4.1. Desgaste compensatório para melhorar a 
visão no interior da câmara pulpar e 
permitir fácil acesso aos canais 
4.2. Remover irregularidades e projeções 
dentinárias na entrada dos canais com 
Endo-Z 
1. Brocas 
2. Kit clínico 
3. Régua 
4. Gaze 
5. Cureta 
6. Filme radiográfico 
 
 
Abordagem: face lingual no quadrilátero central 
utilizando broca esférica perpendicular a face lingual 
até atingir dentina. 
Direção de trepanação: broca paralela ao longo eixo do 
dente. 
Forma de contorno: Utilizar sonda exploradora com 
movimentos de tração para analisar a presença de teto 
que deverá ser removido com ponto de guia inativa. 
Não tocar na borda incisal. 
Forma de conveniência: remover ombro lingual com 
broca de guia inativa ou broca gates. O contorno final 
deverá ser triangular nos incisivos e losango nos 
caninos. 
ERROS COMUNS 
1. Degrau nas paredes da câmara pulpar 
2. Perfuração na parede vestibular e proximal 
por desconsiderar inclinações 
3. Remoção excessiva da estrutura dental 
4. Abertura pequena dificultando 
instrumentação 
5. Presença de cornos pulpares 
6. Abertura por proximal 
Abordagem: face oclusal no quadrilátero central. 
Direção de trepanação: inclina a broca para o canal de 
maior volume (normalmente o lingual). 
Forma de contorno: utilizar sonda exploradora para 
verificar presença de tetos e reentrâncias que deverão 
ser removidos com broca de ponta inativa. 
Forma de conveniência: parede mesial ligeiramente 
divergente para oclusal. Se o dente tiver curvatura 
apical deverá ser desgastado a parede oposta. O 
contorno final será ovalado. 
Abordagem: face oclusal no quadrilátero central. 
Direção de trepanação: perpendicular a face oclusal no 
esmalte. Ao atingir dentina a broca deverá estar 
paralela ao longo eixo do dente. 
Objetivos da abertura coronária 
 
Etapas da abertura coronária 
Material necessário 
Dentes anteriores 
Pré-molares superiores 
Pré-molares inferiores 
2
 
Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
Forma de contorno: utilizar sonda exploradora para 
verificar presença de tetos e reentrâncias que deverão 
ser removidos com broca de ponta inativa. 
Forma de conveniência: remover ombro lingual com 
ponta diamantada de guia inativa e finalizar com 
brocas de gates. O contorno final será ovalado. 
 
ERROS COMUNS NOS PRÉ- MOLARES 
1. Abertura coronária insuficiente, expondo somente 
os cornos pulpares 
2. Formação de degraus nas paredes circundantes 
3. Deformação do soalho 
4. Perfuração nas paredes circundantes ou câmara 
pulpar 
Instrumental endodôntico 
São utilizados na prática endodôntica: pinça 
clínica, espelho de 1º plano, explorador reto e curvo, 
espátula nº 1, cureta dedentina e carpule. Também 
são utilizados brocas, limas e materiais 
complementares: 
1. Broca Long Neck (LN) 
1.1. Facilita a abertura dos canais radiculares 
1.2. Utilizada em baixa rotação 
1.3. Esférica de 28 mm 
2. Broca Endo-Z 
2.1. realiza um desgaste compensatório 
2.2. sem corte e possui 9 mm de parte ativa 
2.3. tem 6 fios cortantes helicoidais 
3. Broca Batt 
3.1. Tronco-cônica ou cilíndrica 
3.2. Realiza um desgaste compensatório 
3.3. 22,5 ou 28 mm 
1. Broca Gates-Gliden (terço cervical e médio) 
1.1. Forma de chama que vai do 1 até o 6 
(número de ranhuras) 
1.2. 3mm de parte ativa 
1.3. Existem as normais para os dentes 
anteriores e pré-molares e especiais para 
os molares. 
2. Brocas Largo 
2.1. Forma cônica – nº 1 a 6 
2.2. Existem as normais (32 mm) e especiais (28 
mm) 
IMPORTANTE 
1. A broca LN tem corte. 
2. Para desgaste compensatório pode ser utilizado 
a Endo-Z e Broca Batt. 
3. Para os canais radiculares é recomendado a 
broca Gates-Gliden 
1. Existem duas formas de secção: triangular e 
quadrada. 
2. Quanto mais torcido, mais flexível o instrumental. 
3. O ângulo mais agressivo tem maior poder de corte, 
portanto os instrumentos com forma de secção 
triangular. 
4. O símbolo no plástico pode indicar: alargador, lima 
tipo Kerr, lima K flexofile, lima nitiflex e lima tipo 
hedstroem. 
5. A conicidade aumenta 0,02 mm a cada mm. 
6. D3 (diâmetro do final da parte ativa)= D1 (diâmetro 
da ponta) + 0,32 mm 
7. A lima pode ter 21, 25 ou 31 mm 
8. Existem 4 séries de instrumentos manuais 
Série especial 
Nº D1 D3 COR 
8 0,08 0,40 CINZA 
10 0,10 0,42 ROSA 
Primeira série 
Nº D1 D3 COR 
15 0,15 0,47 branco 
20 0,20 0,52 amarelo 
25 0,25 0,57 vermelho 
30 0,30 0,62 azul 
35 0,35 0,67 verde 
40 0,40 0,72 preto 
Segunda série 
Nº D1 D3 COR 
45 0,45 0,77 branco 
50 0,50 0,82 amarelo 
55 0,55 0,87 vermelho 
60 0,60 0,92 azul 
70 0,70 1,02 verde 
80 0,80 1,12 preto 
Existe terceira série também. 
9. Os alargadores apresentam a parte ativa sob a 
forma de um espiral de passos longos. 
10. As limas são utilizadas para alisamento, 
alargamento e remoção de irregularidades dos 
canais radiculares. 
11. As limas tipo Kerr possuem parte ativa sob a forma 
de espirais de passos curtos. 
Brocas 
Para os canais radiculares 
Limas e alargadores 
3
 
Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
COMO USAR? Introduzir no canal, ao encontra 
resistência, pressão em direção ao ápice, rotação 
simultânea de ¼ a ½ volta no sentido horário, 
movimento de tração com pressão lateral de 
encontro as paredes do canal radicular. 
12. As limas K-flexofile são indicadas para 
instrumentação de canais atresiados e curvos. Não 
são indicados para abrir espaço em profundidade. 
13. As limas tipo Hedstroem são indicadas para 
remoção e corte de dentina das paredes do canal. 
COMO USAR? Movimento de rotação e tração. Sem 
rotação. 
14. Também existem as limas pro-design manuais. 
1. Espaçadores digitais: não possuem corte e são 
usados na obturação. 
2. Condensadores verticais: obturação 
3. Placas de petri: desinfecção dos cones de guta-
percha 
4. Tamborel: armazenamento das limas 
5. Régua milimetrada. 
6. Easy clean: agitação da solução irrigadora. 
7. McSpadden: técnica híbrida de obturação. 
 
Odontometria 
• Odontometria é estabelecer o limite apical da 
instrumentação e obturação dos canais 
radiculares. 
• Existe o comprimento do dente (CD) e o 
comprimento de trabalho (CT). O comprimento de 
trabalho é a subtração de 1mm do CT (CT-1mm 
=CD). 
• Para determinar o CT podemos utilizar técnicas 
radiográficas e técnicas eletrônicas. Devido a 
limitação das radiografias foi desenvolvido o 
Método de Ingle. 
 
 
Método de Ingle 
1. Obtenção da radiografia para diagnóstico. Medir o 
comprimento aparente do dente (CAD). 
2. CAD-2mm=CRI (comprimento real do instrumento) 
3. CRI=CTP (comprimento de trabalho provisório) 
4. Colocar uma lima dentro do canal radicular 
tangenciando um ponto de referência bem 
definido (borda incisal ou ponta de cúspide) 
5. radiografia (caso a diferença entre o final do 
instrumento e ápice radicular for maior que 3 mm 
realizar nova radiografia) 
6. medir na radiografia a diferença entre o final do 
instrumento e o ápice radicular (acrescentar ou 
diminuir esse valor ao CRI para obter o CD) 
7. determinar o CD e CT
 
Preparo biomecânico: meios químicos 
O objetivo do preparo biomecânico (PBM) é a 
remoção do biofilme radicular. É composto pelas 
seguintes etapas: 
1. ampliação e modelagem: ação mecânica dos 
instrumentos endodônticos 
2. limpeza e sanificação: ação mecânica e de 
substâncias químicas 
3. Na biopulpectomia a irrigação ajuda a controlar o 
sangramento e contaminação. 
4. Na necropulpectomia a irrigação ajuda a 
neutralizar o conteúdo séptico-tóxico e remoção 
da smear layer. 
 
São objetivos da irrigação: 
1. Auxiliar na remoção do tecido pulpar, restos 
necróticos e raspas de dentina 
2. Diminuir a tensão superficial das paredes 
dentinárias 
3. Prevenir o escurecimento da coroa 
4. Facilitar a instrumentação 
5. Combater possível infecção superficial na 
biopulpectomia 
6. Neutralizar o conteúdo séptico-tóxico na 
necropulpectomia 
7. Remover física e mecanicamente os micro-
organismos na necropulpectomia. 
Canal 
radicular 
Ponto de 
referência 
CAD CAD-2mm + ou - CD 
- 1mm 
CT 
 
Materiais complementares 
4
 
Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
No PBM são utilizados meios físicos, químicos e 
mecânicos. 
MEIOS FÍSICOS: colocar a solução irrigadora 
preenchendo o canal e aspirar a solução irrigadora. 
MEIOS QUÍMICOS: qualidade da solução irrigadora 
que está relacionado com as propriedades da solução 
irrigadora: 
1. Ação rápida 
2. Dissolver matéria orgânica 
3. Neutralizar produtos tóxicos 
4. Ação antimicrobiana 
5. Biocompatibilidade 
6. Baixa tensão superficial 
7. Umectante 
8. Alvejante 
Três soluções irrigadoras são muito utilizadas na 
endodontia: Hipoclorito de sódio, clorexidina gel e 
EDTA. 
Vantagens: 
1. Baixa tensão superficial 
2. Bactericida 
3. Dissolução de matéria orgânica 
4. Lubrificante 
5. Baixo custo 
6. Ação rápida 
Desvantagens: 
1. Tóxico em grandes concentrações 
2. Instável 
3. Irritante para pele e mucosa 
4. Odor 
Concentrações: 0,5 %, 1% e 2,5 % 
quanto maior a concentração, maior o efeito e maior a toxicidade 
Armazenamento 
1. Local fresco 
2. Vidro âmbar 
3. Não utilizar recipientes metálicos 
4. Manter sempre fechado 
Manipulação: 
1. Quanto maior a concentração, menor a 
estabilidade. 
2. Não usar água sanitária. 
3. Descarte com sugador. 
Cuidados: Proteger roupa, olhos e boca do paciente. 
Em caso de acidente utilizar capilary tip para sugar e 
irrigar com soro, amoxicilina, dexametasona e EDTA. 
Há risco de parestesia. 
Vantagens: 
1. Amplo espectro de ação 
2. Substantividade 
3. Menos irritante que o hipoclorito de sódio 
4. Medicação intracanal 
Desvantagens 
1. Não dissolve smear lauer 
2. Não dissolve matéria orgânica 
Nunca associar hipoclorito de sódio com clorexidina 
gel, pois forma paracloroanilina que causa um 
manchamento. 
Deve ser usado após o preparo biomecânico 
pois aumenta a desobliteração dos túbulos 
dentinários. 
1. Utilizando uma seringa de 5 mL e agulha de 
irrigação calibrada realize a irrigação com 
Hipoclorito de sódio (Biopulpectomia 0,5 a 1% e na 
Necropulpectomia 1 a 2,5%) no canal radicular com 
movimentação. A irrigação final é realizada com 
EDTA. 
2. Realize a aspiração com sugador esterilizável. 
3. Para potencializar a irrigação é necessário agitar 
com easy clean (utilizada em baixa rotação e 
promove limpeza com agitação e atrito no interior 
do canal). 
4. Para remover a camada residual: 
4.1. MANUAL: irrigar o canal com EDTA. Agitação com 
lima Kerr #30 de3 a 5 minutos. Remoção do EDTA 
com 5 mL de hipoclorito de sódio 1%. Irrigação com 
10 mL de soro fisiológico. Aspiração. Secagem com 
cone de papel. Medicação intracanal ou obturação. 
4.2. EASY CLEAN: irrigar e inundar com hipoclorito de 
sódio 1%. Agitar com easy clean por 20 segundos e 
renova a solução (Repetir 3X). Inundar com EDTA, 
agitar com easy clean por 20 segundos e renova a 
solução (Repetir 3x). Remoção do EDTA com 5mL 
de hipoclorito de sódio 1%, irrigação com 10mL de 
soro fisiológico e secagem com cone de papel. 
Hipoclorito de sódio 
Clorexidina Gel 
EDTA 
Protocolo de irrigação 
5
 
Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
Preparo biomecânico: meios mecânicos
A instrumentação é o conjunto de 
procedimentos do preparo biomecânico para alcançar 
os princípios de limpeza (eliminação de todo conteúdo 
dos sistemas de canais radiculares) e modelagem (dar 
ao canal uma forma cônica e formar um batente apical) 
dos canais radiculares. 
Os canais radiculares podem ser classificados 
em: 
1. Amplos e retos: ápice volumoso com maior 
dilatação 
2. Atresiados (afilados): menor dilatação e há risco 
de trepanação 
3. Curvos: O ápice pode ser volumoso ou afilado. 
Utilizar limas flexíveis e com pré-curvatura. 
Se o canal for curvo e atrésico não ultrapassar a lima 
K#25. 
1. Anestesia 
2. Acesso a câmara pulpar 
3. Isolamento absoluto + antissepsia do campo com 
hipoclorito de sódio 2,5% 
4. Irrigar câmara pulpar com hipoclorito de sódio 
2,5% 
5. Localização e mentalização da entrada dos canais 
radiculares 
6. Exploração do canal radicular até o CRI 
7. Irrigação dos canais radiculares com hipoclorito de 
sódio 1% 
8. Odontometria 
9. Remoção da polpa radicular: 
9.1. Canais amplos: remoção em bloco utilizando 
Lima Hedstroem de menor calibre em relação 
a lima Kerr no CT. Penetrar até o CT e tracionar 
com pressão lateral. 
9.2. Canais atrésicos e curvos: remoção por 
esmagamento utilizando Lima Kerr até 20. 
10. Irrigação com hipoclorito de sódio 2,5% para evitar 
escurecimento 
11. Alargamento e limagem radicular com movimentos 
de cateterismo (movimento de penetração com 
leve pressão apical e ¼ de volta a direita e ¼ de 
volta a esquerda) utilizando: 
11.1. Canais amplos: LK compatível 
11.2. Canais atrésicos: LK até 20 
11.3. Canais curvos: LK flexofile 
12. O objetivo do movimento de cateterismo é 
conhecer a direção e calibre dos canais, verificar se 
há curvaturas, obstrução e acessar o terço apical. 
13. Para confeccionar o batente apical (anteparo ao 
cone de guta-percha principal no momento da 
obturação) no CT selecione o IAI (instrumento 
apical inicial) e 4 limas calibradas no CT através da 
técnica deriada 
14. Se IAI ≤ 20 
IAI (LK#15) – LK # 20 – IAI – LK # 25 – IAI – LK # 30 – IAI 
– LK #35 (IM = instrumento de memória) – IAI – GATES 
GLIDEN 
15. Se IAI > 20 
GATES GLIDEN – IAI (LK#25) – LK #30 – IAI – LK #35 – IAI 
– LK #40 – IAI – LK # 45 (IM) – IAI 
16. Técnica escalonada é utilizada para dar 
conformação cônica ao canal, sendo: 
16.1. Calibrar o IM no CT 
16.2. Selecionar 1 lima > IM calibrada no CT-
1 
16.3. Selecionar 1 lima 2 vezes maior que o 
IM calibrada no CT-2 
16.4. Selecionar 1 lima 3 vezes maior que o 
IM calibrada no CT-3 
17. Se IM = LK # 35 
LK #40 (CT-1) – IM (CT) – LK #45 (CT-2) – IM (CT) – 
LK#50 (CT – 3) – IM (CT) 
1. Anestesia 
2. Acesso a câmara pulpar 
3. Isolamento absoluto + antissepsia do campo com 
hipoclorito de sódio 2,5% 
4. Localização e mentalização da entrada dos canais 
radiculares 
5. Inundar câmara pulpar com hipoclorito de sódio 
2,5% 
6. Neutralização do conteúdo séptico tóxico até CRI 
com hipoclorito de sódio 1 a 2,5 % e remover com 
lima Kerr que fica folgada no canal. Descer o 
comprimento da coroa de 2 em 2 mm até atingir 
CRI (sempre irriga, aspira e inunda). 
7. Odontometria 
8. Neutralização do conteúdo necrótico até o CD 
9. O objetivo da neutralização é evitar que os micro-
organismos presentes no canal radicular cheguem 
ao periápice e evitar um flare-up. 
Biopulpectomia 
Necropulpectomia (sempre 2 sessões) 
6
 
Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
10. Confeccionar batente apical no CT (CD-1mm). 
11. Para isso selecione IAI (instrumento apical inicial 
até o CT), IAF (instrumento apical foraminal até o 
CD) e 4 limas calibradas no CT 
12. Se IAI ≤ 20 
IAF (LK#15) - IAI (LK#15) – LK # 20 – IAF – LK # 25 – IAF 
– LK # 30 – IAF – LK #35 (IM = instrumento de memória) 
– IAF – GATES GLIDEN 
13. Se IAI > 20 
GATES GLIDEN – IAI (LK#25) – IAF - LK #30 – IAF– LK #35 
– IAF – LK #40 – IAF – LK # 45 (IM) – IAF 
14. Para a técnica escalonada será usado o IAF. 
15. Se IM = LK # 35 
LK #40 (CT-1) – IM (CT) – LK #45 (CT-2) – IM (CT) – 
LK#50 (CT – 3) – IM (CT) – IAF (CD) 
1. Qual o objetivo do alargamento e limagem do 
canal? 
- Ampliar, retificar as curvaturas, alisar paredes e 
remover resíduos dos canais 
- Limpeza e conicidade dos canais sem comprometer 
sua forma original. 
2. Como instrumentar? 
- Apreensão pelo cabo da lima com o dedo indicador e 
polegar. Utilizar o dedo anelar como apoio. 
3. Cuidados ao instrumentar 
- Manter CT 
- Não perder a referência (ponta de cúspide, borda 
incisal) 
- Realizar amplitude de no máximo 3 mm 
- Apoiar a lima por inteiro na parede do canal 
- Instrumentar todas as paredes por igual para não criar 
sulcos 
- Nunca girar a lima. 
4. Nos canais retos: 
- Movimentos de penetração com leve pressão apical e 
rotação de ¼ de volta direita e ¼ de volta esquerda até 
atingir CT 
- Rotação de ¼ de volta a ½ de volta no sentido horário 
- Tração com pressão lateral 
- Percorrer todas as paredes no sentido horário. 
5. Canais curvos 
- Não é possível a rotação, apenas tentativa de rotação 
para evitar trepanação. 
- Apenas lima flexofile. 
- Se o ápice for afilado e com curvatura realizar o 
preparo do batente apical até LK Flexofile # 25. 
6. IAI é o instrumento apical foraminal. Na 
necropulpectomia evita formar plug de dentina, 
desobstrui canal cementário e elimina infecção 
perirradicular. 
7. Erros comuns da técnica escalonada: 
7.1. degrau: deformação ou reentrância na parede do 
canal 
7.2. trepanação: perfuração da raiz através do canal 
7.3. condensação apical de restos teciduais 
Técnica Pro Design 
A técnica Pro Design apresenta as seguintes vantagens: 
1. Menor uso de limas de primeira e segunda 
série 
2. Não usa gates gliden 
3. Obturação com cone único 
4. Preparos conservadores 
5. Menor chance de erros 
6. Diferentes conicidades 
A cinemática de instrumentação ocorre a partir: 
1. Apreensão do cabo da lima com indicador e 
polegar 
2. Movimento de rotação no sentido horário 
3. Empurre a lima até a resistência e mantendo a 
pressão apical realize rotação de ¾ a 1 volta até 
encontrar resistência 
4. Diminua a pressão apical e continue girando a 
lima e puxando suavemente para fora do canal 
Biopulpectomia 
1. Realize a odontometria sempre com Lima Kerr 
2. Explore até o CT e remova a polpa radicular 
com lima Hedstroem 
3. Determinar IAI com lima Kerr #15 
IAI – 25.01 – IAI – 15.05 – IAI – 25.06 
4. Se o IAI for: 
LK #15 ou #20 – termina na 25.06 
Pontos importantes 
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Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
LK # 25 ou 30 – termina na 35.05 
LK # 35 ou 30 – termina na 40.05 
1. Neutralização com Lima Kerr até o CD 
2. Determinar IAF 
LK # 15 ou 20 – termina na 25.06 
LK #25 ou 30 – termina na 35.06 
LK # 35 ou 40 – termina na 40.05 
3. Exemplo – IAF: LK # 15 
IAF – 25.01 – IAF – 15.05 – IAF – 25.06 – IAF
 
1. Descarte as limas danificadas 
2. Limpe as limas endodônticas 
3. Irrigação e aspiração final: 
3 ciclos de 20 seg – NaOCl 1% 
3 CICLOS DE 20 seg – EDTA 17% 
3 ciclos de 20 seg – NaOCl 1% 
4. Para esses ciclos utilizar easy clean 2 mm aquém do 
CT 
5. Lavagem do canal com sorofisiológico, secagem 
com cânula de aspiração calibrosa, secagem com 
cânula de aspiração fina, secagem com cone de 
papel. 
Radiografia em Endodontia 
A radiografia interproximal é útil para localização 
da câmara pulpar quando há calcificação, após 
pulpotomia e ao procurar uma ponte dentinária. Em 
geral, utiliza-se a técnica da bissetriz. 
Fatores que indicam a presença de 1 ou 
mais canais 
 1. Centralização do canal radicular: quando há 1 
canal é centralizado. Quando há 2 ou mais canais não é 
centralizado. 
2. Proporção em relação ao diâmetro mesio-
distal da raiz: quando há 1 canal a parede dentinária é 
proporcional na mesial e distal. Quando há dois ou 
mais canais não há essa proporção. 
3. Quando há 1 canal ocorre o estreitamento 
uniforme e progressivo em direção ao ápice. Isso não 
ocorre quando há 2 canais. 
4. Quando há 1 canal, este é visível em toda 
extensão da raiz. Quando há 2 ou mais canais isso não 
ocorre. 
5. Quando há 2 ou mais canais observa-se a 
imagem de 1 ou 2 ápices e linhas radiolúcidas laterais. 
Isto não é visível quando há apenas 1 canal. 
Técnica de Clark 
Para saber a localização dos canais deve-se 
dissociar a imagem através da Técnica de Clark, no qual 
realiza três radiografias: ortorradial, mesializada e 
distalizada. 
1. A lingual sempre está no lado de incidência 
 
2. Para saber quem é o mesial e distal pode utilizar 
asa do grampo, ponta de cúspide, ponto de 
contato é mais nítido no lado de incidência. 
3. A língual projeta mais apical 
 
4. Na distalização, o disto sobrepõe o lingual 
Necropulpectomia 
Após o Preparo Biomecânico 
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Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
 
5. A técnica de Heckel Almeida (dicotomografia) 
permite a tomada mesializada e distalizada no 
mesmo filme radiográfico. 
Variação do ângulo vertical – Técnica de 
Le Master 
Proporciona a visualização do ápice, fraturas 
radiculares transversais e radiografia de molar inferior 
com grampos. 
Rastreamento radiográfico triangular 
Permite a visualização de curvaturas radiculares, 
reabsorção interna e perfuração radicular. 
1. Na radiografia ortorradial observa a presença 
de uma curvatura na distal que pode ser: distal, 
distovestibular ou distolingual. 
 
2. Caso a curvatura seja distolingual, esta 
desaparecerá na radiografia mesializada. Se 
não desaparecer ou é distal ou distovestibular. 
 
3. Se for distovestibular irá desaparecer na 
radiografia distalizada. Caso não desapareça é 
distal. 
 
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Medicação intracanal (curativo de demora)
A colocação de uma medicação intracanal 
(MIC) permite concluir o tratamento endodôntico em 
uma sessão seguinte. A MIC é obrigatória na 
necropulpectomia após o preparo biomecânico e 
alguns casos da biopulpectomia. 
Biopulpectomia 
A MIC tem a função de controlar a reação inflamatória 
que ocorre próxima ao coto pulpar. Pode ser utilizada: 
1. Falta de habilidade 
2. Pacientes ou casos difíceis 
3. Uso de soluções irrigadoras irritantes 
4. Contaminação do campo operatório 
5. Sobre-instrumentação 
6. Reabsorções internas 
7. Urgência 
Pode ser utilizado: corticosteroide-antibiótico 
(otosporin ou maxitrol por 48h a 7 dias) ou hidróxido 
de cálcio por 48h a 60 dias (pode ser utilizado apenas 
quando removeu toda a polpa). 
O hidróxido de cálcio tem as seguintes atividades: 
Atividades biológicas 
Anti-inflamatório (Bio) 
Induz mineralização (Bio 
e necro) 
Atividade 
antimicrobiana (Necro) 
Atividades químicas 
Solvente de matéria 
orgânica (bio e necro) 
Ação alcalina (bio e 
necro) 
Propriedade anti-
hemorrágica (bio) 
Atividade física 
Barreira físico-química 
(bio e necro) 
 
1. Atividade anti-inflamatória: ação higroscópica 
(absorve fluídos e diminui pressão hidrostática 
tecidual), formação de pontes de cálcio, ação 
na Fosfolipase A2. 
2. Induz mineralização: ativa enzimas cálcio-
dependentes e com o pH alcalino há uma 
necrose de coagulação que favorece o reparo 
e cicatrização. 
3. Solvente de matéria orgânica: devido ao pH 
alcalino há quebra de ligações iônicas de 
proteínas, desnaturação das + susceptíveis e 
solubilização por NaOCl. 
4. Ação alcalina: Faz a difusão de íons hidroxila 
nos túbulos dentinários, aumenta o pH, 
neutraliza ácidos, inibe enzimas relacionadas a 
reabsorção e ativa a fosfatase alcalina. 
5. Anti-hemorrágica: proporciona uma 
cauterização química do tecido devido necrose 
de coagulação 
6. Barrreira físico-química contra infiltração 
salivar e perda ou fratura do material selador. 
O líquido do hidróxido de cálcio é chamado de veículo 
e determina a velocidade de dissociação iônica entre o 
hidróxido de cálcio, capacidade de solubilização e 
reabsorção da pasta nos tecidos apicais e proporciona 
difusão nos tecidos que pode ser rápido ou lento. 
O veículo pode ser aquoso, viscoso e oleoso. 
1. AQUOSO: dissociação iônica rápida, maior 
difusão, alta solubilidade, menor tempo de 
ação (trocas frequentes). Ex: água destilada, 
anestésico e soro fisiológico. Usado em 
situações de urgência e traumatismo. 
2. VISCOSO: dissociação iônica lenta, atividade + 
duradoura, necessidade de menor número de 
trocas. Ex: glicerina, polietilenoglicol, 
propilenoglicol. Usado em grandes lesões, 
tratamento de dentes traumatizados e dentes 
com rizogênese incompleta. 
3. OLEOSO: Não é adequado. 
Em algumas situações podem ser utilizado substâncias 
que ajudam a dar radiopacidade, como o óxido de 
zinco. 
Necropulpectomia 
Na necropulpectomia o objetivo é combater a infecção 
que é causa dos micro-organismos e seu biofilme. A 
MIC deve ter amplo espectro de ação. Pode ser usado 
o hidróxido de cálcio, clorexidina e hidróxido de cálcio 
+clorexidina. 
A clorexidina age contra Gram-Positivos, alguns gram-
negativos, aeróbios e anaeróbios facultativos. Tem 
capacidade de adsorção aos tecidos dentais e mucosa. 
Apresenta substantividade. 
O hidróxido de cálcio +clorexidina deve ser utilizada 
por no mínimo 14 dias e é a primeira escolha. Não pode 
ter contato entre hipoclorito de sódio e clorexidina pois 
forma um precipitado que impede a ação da 
medicação. 
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Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
São opções de curativo de demora na 
necropulpectomia e deve ser usado por 14 dias: 
1. Hidróxidode cálcio + clorexidina gel: preparo 
pronto, sem intercorrências. 
2. Hidróxido de cálcio + propileno/soro+ultracal: 
Não realizada completa neutralização do 
conteúdo do canal, apenas abertura coronária. 
3. Hidróxido de cálcio + soro: urgências e infecção 
persistente. 
4. Clorexidina gel 2%: não houve sucesso com 
hidróxido de cálcio 
Técnica 
1. Selecionar cone de papel absorvente estéril 
até CT 
2. Levar cone até CT 
3. Levar medicamento com Kit irrigação da 
Ultradent e inundar com o cone em posição 
4. Colocar bolinha de algodão estéril na câmara 
pulpar 
5. Rolha com pasta de hidróxido de cálcio + soro 
6. Cotosol 
7. CIV 
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Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
Obturação 
1. Quais são os três objetivos da obturação? 
- Preenchimento dos espaços vazios propícios para a 
proliferação de micro-organismos (se tiver micro-
organismos remanescentes há fracasso do tratamento) 
- Manter o estado de desinfecção obtido com PBM e 
uso da MIC 
- Oferecer condições para reparação periapical sem 
causar danos aos tecidos 
2. Qual a importância do selamento? 
- Impedir a entrada de fluídos nos canais 
- Impedir o tráfego de micro-organismos e seus 
produtos para o periápice 
3. O material utilizado na obturação deve ser inerte e 
antisséptico, não deve interferir e deve estimular se 
possível o reparo apical e periapical. 
4. Obturação é o preenchimento do canal com 
materiais que promovam um selamento tridimensional 
e estimulem ou não interfiram o reparo. 
5. O limite apical de obturação é o limite CDC no CT. Na 
biopulpectomia pode ser a 1 ou 2mm do ápice. Já na 
necropulpectomia deve estar há 1 mm do ápice. 
6. Para obturar deve: sem odor, sem dor e seco. 
7. Não pode obturar quando há dor ou edema, fístula 
ativa, dor a percussão ou palpação e 
sangramento/secreção. 
8. Na biopulpectomia pode obturar na primeira sessão, 
mas depende da urgência, tempo, complexidade 
anatômica, sangramento persistente, habilidade 
profissional e sobre-instrumentação. 
9. Obturação na necropulpectomia leva 2 ou mais 
sessões. 
10. Propriedades biológicas do material obturador: 
- boa tolerância tecidual (biocompatível) 
-ser reabsorvido no periápice em caso de 
extravasamento 
- não desencadear resposta imune nos tecidos 
periapicais 
- estimular ou permitir deposição de tecido fibroso e 
tecido mineralizado 
- não ser mutagênico ou carcinogênico 
- ter ação antimicrobiana 
11. Propriedades físico-químicas do material 
obturador: 
- no momento de inserção deve estar plástico e depois 
ficar sólido 
- facilidade de inserção 
- possuir bom escoamento 
- boa viscosidade e aderência 
- bom tempo de trabalho 
- não sofrer contrações 
- permitir selamento mais hermético possível 
- não se solubilizar no interior do canal 
- pH próximo ao neutro 
- ser radiopaco 
- não manchar estruturas dentárias 
- ser de fácil remoção. 
12. O material obturador mais utilizado é a guta-
percha. 
13. A guta-percha deve ser armazenada em local fresco 
e protegida da luz. 
14. Os cimentos podem ser a base de óxido de zinco e 
eugenol e de resinas plásticas. 
15. O cimento a base de óxido de zinco e eugenol 
possui selamento satisfatório, baixa solubilidade, 
citotóxico, boa radiopacidade e atividade 
antimicrobiana. 
16. O cimento a base de resinas plásticas possui 
excelente escoamento, capacidade de selamento 
apical, excelente comportamento histológico, 
antibacteriano e capacidade adesiva. 
17. Os cones de guta-percha tem 28 mm. Existem os 
padronizados/principais e os secundários/acessórios. 
18. Para obturar o canal deve estar limpo e sem smear 
layer. 
19. Para desinfetar os cones de guta percha utiliza 
hipoclorito de sódio a 2,5% por 10 minutos seguido de 
lavagem com solução salina estéril. 
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Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
20. Deve separar para desinfecção: 
1 cone = diâmetro do batente (IM) 
1 cone < diâmetro do batente 
1 cone > diâmetro do batente 
Cones acessórios 
21. O cone principal deve passar em três critérios: 
visual, tátil e radiográfico (1 mm do ápice). 
Imagens da Professora Dra Rayana Khouri. 
 
 
 
22. Caso o cone de guta-percha não entra deve 
instrumentar e irrigar, remover smear layer e melhorar 
batente apical. 
23. Existem três técnicas de obturação: condensação 
lateral, cone único e termoplastificação. 
24. A condensação lateral pode ser ativa (espaçadores 
ou LK #30) ou passiva (insere cones secundários de 
modo passivo) 
25. A condensação lateral é indicada, mas ao utilizar 
cones secundários pode não preencher tudo, 
espaçadorpode causar fraturas ou trincas, o espaçador 
pode remover o cimento e pode ter o deslocamento do 
cone principal. 
26. O cimento deverá estar em ponto fio, deve pegar 
com espátula, passar no cone, levar o cone com a pinça 
clínica no canal e realiza radiografia para verificar 
condensação lateral. 
27. Para condensação utiliza maçarico e calçadores de 
Paiva: 
Aquecido: cortar a 2 mm abaixo da JAC 
Frio: condensar 
Limpar câmara pulpar com bolinha de algodão com 
álcool 90 e realiza radiografia final. 
28. Cone único quando utilizado Easy Pro Design: 
menor risco de deslocamento do cone, maior 
conicidade do PBM, risco de travamento antes do 
batente, maior linha de cimento. 
29. Termoplastificada: injetar guta percha e não usa 
cimento. Pode gerar extravasamento para o ápice. 
30. Guta condensor/McSpadden (corrigir a 
obturação): complementa a condensação lateral e nos 
casos de reabsorção interna é útil. Penetra em 
movimento no sentido horário até 2/3 do canal 
radicular e pode gerar extravasamento para o ápice. 
31. Realize o selamento provisório com cotosol + CIV. 
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Serve! 
Cortar o cone 
com lâmina de 
bisturi 15 
Testar outro ou 
cortar 
 
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Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 - UNESP 
Anatomia e abertura coronária de molar 
 Primeiro molar 
superior 
Segundo molar 
superior 
Primeiro molar 
inferior 
Segundo molar 
inferior 
Raízes 
3 ou 4 raízes. Na 
maioria: 
- MV – curva D 
- DV – reta 
- P – curva ou reta 
3 raízes separadas 
2 raízes MV DV + P 
1 raiz 
Na maioria: 
MV – curva D 
DV – reta 
P - reta 
2 raízes 
3 raízes (distolingual) 
Na maioria: 
M – curva para D 
D - reta 
2 raizes separadas 
2 raizes separadas no 
terço médio 
1 raiz fusionada 
3 raizes (distolingual) 
Na maioria: 
M – curva D 
D – reta 
Fusionadas - reta 
Canais 
4 canais: DV, MV, P, 
MV2 
3 canais: DV, MV e P 
Maioria converge 
para único forame 
3 canais ou 4 canais 3 canais: MV, ML e D 
4 canais: MV, ML, DV 
e DL 
Maioria tem 
trajetórias paralelas 
independentes. 
Trajetória 
convergente para 
um único forame. 
Igual 1MI 
Complicações 
anatômicas 
Raiz palatina tem 
acentuada 
convergência para 
vestibular 
Raiz mesial curva 
para distal 
Achatamento MD - 
oclusal 
Raíz palatina curva 
para vestibular 
 
Achatamento MD 
oclusal 
Raiz mesial curva 
para distal no terço 
apical. 
 
Convexidade da 
parede mesial 
Canal em forma de C 
Câmara pulpar 
Irregularmente 
cúbica 
Achatada MD 
Semelhante 1 MS 
 
Maior achatamento 
MD 
Ampla 
Trapedoizal 
Triangular próxima 
ao assoalho 
Parede mesial com 
acentuada 
convexidade 
Semelhante ao 1MI. 
Teto com menos 
reentrâncias 
 
Parede mesial tem 
acentuada 
convexidade 
 Molares superiores Molares inferiores 
Abordagem 
Ponto de eleição: fosseta central. 
Não atingir ponte de esmalte. 
Utilizar ponta diamantada esférica 
perpendicular a superfície oclusal 
Quadrilátero central e ponta diamantada 
perpendicular a superfície oclusal 
Direção de 
trepanação 
Canal lingual Canal distal 
Forma de 
contorno 
Trapedoizal com base voltada para vestibular. 
Remover teto com Endo Z. Desgaste em direção 
a cúspide MV e DV. 
Triangular com base voltada para mesial ou 
trapedoizal com base maior voltada para 
mesial. 
Remover teto, encontrar entrada dos canais e 
realizar desgaste em direção a cúspide MV e 
ML. 
Forma de 
conveniência 
Desgaste compensatório: expulsividade no 
ângulo DV e remoção de ombro dentinário 
mesial 
Parede mesial expulsiva. Remover ombro 
dentinário. Parede distal ligeiramente 
inclinada para distal. 
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Alterações pulpares 
Quais são as funções da polpa? 
1. Formativa: forma dentina durante toda a vida 
2. Nutritiva: nutre elementos do complexo 
dentina-polpa 
3. Sensorial (transmite dor e controla vasos 
sanguíneos) 
- Fibras A delta: dor provocada, rápida e curta 
duração na extremidade da polpa 
- Fibras C: dor severa, contínua, espontânea, 
as vezes difusa no interior da polpa 
4. Defensiva (forma dentina reacional e 
reparadora) 
As alterações pulpares são induzidas por fatores 
fisiológicos, envelhecimento e agentes bacterianos 
(toxinas e enzimas da cárie), físicos (trauma, 
iatrogenia) e químicos (materiais restauradores, 
sistemas adesivos, fotopolimerização) 
1. Alterações dimensionais: diâmetro dos 
túbulos, esclerose dentinária, tratos mortos, 
dentina reacional 
2. Alterações estruturais: células, fibras, 
vascularização/inervação, calcificações 
Anamnese 
1. Quando a dor iniciou? 
2. Dor espontânea ou provocada? 
3. Em alguma situação piora? 
4. Dor com quente, frio ou doce? 
5. Alguma medicação melhora? 
6. Demora para passar? 
7. Intermitente ou contínua? 
8. Alguma situação melhora (quente, frio)? 
9. Dor localizada ou difusa? 
10. 0 a 10, qual a sua dor? 
Exame extra-oral 
1. Simetria facial 
2. Palpação ganglionar 
Exame intra-oral 
1. Inspeção visual (anatomia, iatrogênia, fratura, 
cor) 
Teste térmico: frio 
1. A dor é causada devido a contração com 
deslocamento de fluídos e aumento da 
pressão intrapulpar 
2. Passos: 
- testar primeiro dente saudável e depois o dente 
investigado 
- secar superfície 
- isolamento relativo 
- aplicar ice na bolinha de algodão 
- colocar no terço médio 
- cronometrar tempo de resposta: vitalidade 
pulpar (+), alteração pulpar (+++) e sem vitalidade 
(-) 
Teste térmico: calor 
1. A vasodilatação causa aumento da pressão 
interna. Na polpa normal causa uma dor 
tardia. Na polpa inflamada causa uma dor 
imediata que demora para passar. 
2. Passos: 
- testar primeiro dente saudável e depois o 
dente investigado 
- secar a superfície 
- isolar com vaselina 
- isolamento relativo 
- aquecer bastão de guta-percha 
- posicionar no terço médio 
- cronometrar resposta: vitalidade pulpar (+), 
necrose pulpar (-) e alteração pulpar (dor) 
Percussão horizontal 
1. Com o cabo do espelho bater levemente a 90º 
no sentido do longo eixo do dente (1º 
saudável e 2º investigado). Se houver dor 
indica alteração no ligamento periodontal. A 
ausência de dor significa normalidade. 
Percussão vertical 
1. Com o cabo do espelho bater levemente no 
sentido do longo eixo do dente (1º dente 
saudável e 2º investigado). Se houver dor 
indica alteração periapical. A ausência de dor 
significa normalidade. 
Palpação 
1. Utilizando o dedo pressione a região 
periapical (1º periodonto saudável e 2º 
periodonto investigado). Observe se há dor ou 
não. 
Mobilidade dentária 
 
 
15
Rastreamento de fístula 
1. Desinfecção do cone de guta-percha, cortar a 
ponta do cone e introduzir até encontrar 
resistência mecânica. Radiografar e descobrir 
se é uma lesão de origem endodôntica ou 
periodontal. 
Sondagem periodontal 
Transiluminação 
1. Com a luz do fotopolimerizador observar se 
há fraturas. 
Teste de mordida 
1. Peça ao paciente para morder um palito de 
sorvete. Esse teste é útil para identificar 
periodontite apical e fraturas. 
Corantes 
1. São úteis para verificar a presença de fraturas. 
Teste de anestesia 
1. Diagnosticar se édor difusa ou reflexa. 
Anestesie e caso a dor continue, você está 
diante de uma dor reflexa. Será necessário 
prescrever analgésico para que a dor se torne 
localizada e você consiga intervir. 
Teste de cavidade 
1. Realize a abertura coronária sem anestesia e 
observe se o paciente sente dor. Caso sinta 
dor, o dente está vital. A ausência de dor 
indica perda da vitalidade do dente. 
Exploração cirúrgica 
1. Pode ser útil para visualizar fratura vertical. 
Exame complementar: radiografia periapical ou 
tomografia computadorizada 
Esses testes são úteis para chegar no 
diagnóstico! 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Alterações microscópicas 
CÁRIE 
Alta int. 
Baixa intensidade 
PULPITE AGUDA SEROSA FOCAL SUBCLÍNICA 
- Toxinas bacterianas penetram na polpa 
- Inicia processo inflamatório 
- Vasos liberam exsudato seroso discreto 
(infiltrado polimorfonuclear que não interage) 
- Sem manifestação clínica 
- Pode ter o reparo 
PULPITE CRÔNICA FOCAL SUBCLÍNICA 
- Falta de integração dos neutrófilos 
- Mudanças do perfil inflamatório 
(macrófagos, linfócitos e plasmócitos) 
- Sem manifestação clínica 
- Exsudação plasmática exuberante e 
difundida 
- Desorganização da camada odontoblástica 
- Vaso congesto -> penetração de micro-
organismos 
 
PULPITE AGUDA PURULENTA PARCIAL 
- Exuberante infiltrado polimorfonuclear 
- interação entre bactérias geram enzimas 
lisossomais proteolíticas 
- Focos de liquefação tecidual 
(microabscessos) 
- Reparo 
 
PULPITE AGUDA SEROSA - REPARO 
 
PULPITE AGUDA PURULENTA GENERALIZADA 
- Microabscessos começam a comprometer 
áreas mais extensas 
- Reparo 
 
PULPITE CRÔNICA ULCERADA 
- reparo 
3 OPÇÕES: 
- MANUTENÇÃO: assintomático, dor apenas 
se estimulado, fluxo salivar mantem o 
equilíbrio de virulência 
- REAGUDECIMENTO (cavidade fechada por 
alimento): aumento de micro-organismos que 
leva a uma pulpite aguda purulenta ou 
necrose parcial ou total 
- NECROSE LENTA E GRADUAL 
 
PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA 
- pólipo pulpar: tecido epitelial estratificado 
pavimentoso com tecido de granulação 
 
NECROSE PULPAR POR LIQUEFAÇÃO 
- cavidade pulpar ainda fechada - drenagem de pús 
- exuberante derramamento de enzimas proteolíticas - formação de úlcera pulpar recoberta por res 
- liquefação por toda polpa até coto pulpar restos necróticos, rede de fibrina e PMN 
- camada odontoblástica ausente (pseudomembrana com tec. De granulação) 
- dentina sucumbe devido fragilidade 
17
 POLPA NORMAL 
PULPITE 
REVERSÍVEL 
PULPITE DE 
TRANSIÇÃO 
PULPITE 
IRREVERSÍVEL 
PULPITE 
IRREVERSÍVEL 
CRÔNICA 
ULCERADA 
PULPITE 
IRREVERSÍVEL 
CRÔNICA 
HIPERPLÁSICA 
REABSORÇÃO 
INTERNA NECROSE PULPAR 
COMO É A DOR? Assintomática 
Dor 
provocada de 
declínio lento 
Dor 
espontânea/provocada 
de/intermitente de 
declínio lento 
Dor aguda, 
espontânea, 
pulsátil, difusa, 
reflexa, 
localizada e de 
longa duração 
assintomática 
TESTE TÉRMICO 
(FRIO) 
Reposta fraca 
ou moderada positivo Exarcebada 
Exarcebada 
longo com 
alívio no final 
+alterado positivo negativo 
PERCUSSÃO 
Negativo (sem dor) 
PALPAÇÃO 
ASPECTOS 
CLÍNICOS E 
RADIOGRÁFICOS 
 
- restauração 
extensa 
- lesão cariosa 
profunda sem 
exposição 
pulpar 
- lesão cariosa 
profunda ou 
restauração extensa 
- lâmina dura intacta 
Restauração 
extensa 
Cárie profunda 
Exposição 
pulpar 
Exposição 
pulpar com 
área de 
necrose ou 
úlcera 
Exposição pulpar 
com 
desenvolvimento 
de pólipo 
Achado 
radiográfico 
Restauração 
extensa 
Cárie profunda 
coroa marrom ou 
cinza 
CONDUTA 
CLÍNICA 
- remoção do 
estímulo 
- proteção 
pulpar 
indireta 
- remoção da cárie ou 
restauração 
- tratamento 
conservador ou radical 
biopulpectomia Tratamento radical necropulpectomia 
QUANDO 
ACESSADA 
Sangramento 
abundante, 
vermelho 
vivo, 
resistente ao 
corte e 
consistência 
preservada 
 
Sangramento 
discreto ou 
ausente 
(vermelho 
escuro ou 
claro) 
- pastoso ou 
liquefeito 
- sem 
resistência ao 
corte 
- sangramento abundante 
- sangramento vermelho rutilante 
ou escuro 
- consistência firme 
- resistência ao corte 
 
- sem 
sangramento 
- escuro ou 
esbranquiçado 
- sem resistência 
ao corte 
OBSERVAÇÕES - pulpite de transição tem alívio com analgésico - todas as crônicas são assintomáticas 
18
Tratamento conservador 
São procedimentos que visam resguardar a 
integridade, reestabelecer a higidez ou impedir o total 
comprometimento da polpa mantendo-a completa ou 
parcialmente vital 
INDICAÇÕES (dente precisa ter vitalidade): 
- cárie profunda com possível envolvimento pulpar 
- exposição pulpar por cárie ou trauma 
- exposição pulpar durante realização do preparo 
AVALIAR 
- história e característica da dor 
- aspecto do tecido pulpar 
- idade 
- condição periapical 
- higiene oral 
PARA DAR DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO AVALIAR: 
- tamanho da exposição 
- tempo até tratamento 
- cor e volume do sangramento 
TRATAMENTO 
CONSERVADOR 
TRATAMENTO 
ENDODÔNTICO RADICAL 
consistência Sem consistência 
Hemorragia normal Pouca hemorragia 
Resistência ao corte Sem resistência ao corte 
Cor vermelho vivo Vermelho escuro ou claro 
 
MATERIAIS PARA PROTEÇÃO PULPAR: hidróxido de 
cálcio e MTA 
Sem exposição pulpar: proteger dentina, evitar 
progressão da inflamação e induz formação de 
dentina reparadora 
Com exposição pulpar: promover reparo e induz 
formação de ponte de dentina 
REQUISITOS DOSMATERIAIS PARA PROTEÇÃO 
PULPAR 
- adesividade ao dente 
- boa capacidade de selamento 
- induz formação de tecido mineralizado 
- estabilidade dimensionl 
- radiopaco 
- bioatividade 
- insolúvel 
- não pode ser reabsorvível, tóxico e carcinogênico 
Hidróxido de cálcio MTA 
pH alcalino Biocompatível 
Bloqueia estímulos 
térmicos e elétricos 
Torna alcalino 
Alta solubilidade antimicrobiano 
Baixa resistência 
mecânica 
Baixa solubilidade 
Não promove bom 
selamento 
radiopaco 
 Aumenta selamento 
 Diminui infiltração 
 Alto custo 
 
Fatores a serem considerados: idade, higiene oral, 
tamanho e natureza da exposição, estágio de 
formação radicular, tempo decorrido da exposição, 
doença periodontal, prótese 
Tratamento conservador 
1. CAPEAMENTO PULPAR DIRETO 
- aplicação de um material em contato direto com o 
tecido pulpar visando o reestabelecimento ou 
manutenção de integridade 
- objetivo: ponte de dentina 
- indicações: exposição pulpar devido fratura 
coronária (24h a 48h): preparo cavitário profundo e 
procedimentos protéticos restauradores 
2. CURETAGEM PULPAR 
- excisão superficial/parcial de uma porção de polpa 
exposta 
- cuidado para não manter um tecido inflamado e/ou 
lacerado 
- objetivo: remover camada superficial onde há 
suspeita de contaminação 
- indicações: fratura coronária (+48h) e polpa exposta 
de tecido cariado 
PASSOS 
1. Anestesia, isolamento absoluto 
2. CAPEAMENTO PULPAR DIRETO: 
19
- cárie: remoção com broca esférica em baixa rotação 
e lavagem com soro fisiológico estéril 
- trauma: lavagem com soro fisiológico 
3. CURETAGEM PULPAR: 
- trauma e remoção da cárie seguido de lavagem com 
soro estéril, remoção do tecido pulpar com cureta ou 
broca esférica 
4. Hemostasia e secagem com bolinha de algodão 
estéril 
5. Aplicação de bolina de algodão umedecida com 
otosporim por 10 min 
6. Secagem com bolinha de algodão estéril 
7. Pó ou pasta de hidróxido de cálcio ou MTA 
8. Restauração provisória ou definitiva 
3. PULPOTOMIA 
- completa excisão da polpa coronária após exposição 
pulpar por traumatismo ou remoção do tecido cariado 
preservando a vitalidade do tecido pulpar radícula 
- indicações: toda ou boa parte da polpa está 
contaminada, ampla exposição após trauma (+48h) e 
lesões cariosas profundas 
TÉCNICA MEDIATA TÉCNICA IMEDIATA 
Curativo inflamatório-
antibiótico por 48h a 7 
dias 
Curativo inflamatório-
antibiótico por 10 min 
Controle da inflamação Evita contaminação 
entre sessões 
Aumenta tempo para 
diagnóstico 
 
Risco de contaminação 
entre sessões 
 
 
PASSOS 
1. Anestesia + isolamento absoluto + 
desinfecção 
2. remoção da cárie 
3. remoção do teto e observar sangramento 
vermelho-vivo 
4. irrigação com soro fisiológico estéril para 
controle do sangramento 
5. remoção de toda polpa com cureta afiada ou 
broca esférica lisa sob irrigação com soro 
6. lavagem abundante com soro fisiológico 
estéril 
7. bolinha de algodão estéril para hemostasia 
8. bolinha de algodão com otosporin (técnica 
mediata ou imediata) 
9. secagem com bolinha de algodão estéril 
10. pó ou pasta de hidróxido de cálcio ou MTA 
11. restauração provisória ou definitiva 
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Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 
Alterações periapicais 
Suas características são próprias e exclusivas 
Acomete qualquer dente, qualquer idade, qualquer 
gênero e todas as raças 
ORIGEM MULTIFATORIAL 
- causa biológica (micro-organismos e seus produtos) 
- causa física (sobre-instrumentação, oclusão 
traumática, ortodontia e trauma) 
- causa química (solução irrigadora, medicamentos, 
pasta e cimento obturador) 
MICROSCOPICAMENTE 
Há um dente necrosado cujo agressor chega no 
periápice onde ocorre fenômenos vasculoexsudativos 
(células PMN e exsudato inflamatório) e paciente irá 
relatar dente crescido (extrusão dental de pequenas 
proporções. 
Após 24 a 48h iniciará a pericementite aguda. Na 
pericementite aguda não teve tempo para interação 
entre neutrófilos e agente agressor. Pode ser de 
origem: bacteriana, traumática (trauma oclusal, 
acidente ou forças ortodônticas) ou ocorrer após a 
biopulpectomia. 
Caso não haja tratamento após 24 a 48h pode ocorrer 
o abscesso dentoalveolar agudo, pericementite 
crônica ou reparo caso haja realização do tratamento 
endodôntico. 
1. Abscesso dentoalveolar agudo 
Enzimas proteolíticas destroem micro-organismos, 
tecidos e leucócitos e há formação de exsudato o que 
gera microabscessos. Isso caracteriza o abscesso 
dentoalveolar agudo que possui 6 fases: 
1. Fase apical 
2. Fase óssea: neutrófilos + exsudato no osso 
3. Fase subperiosteal: perfuração da cortical óssea, 
exsudato entre osso e periósteo, enzimas e 
endotoxinas causam uma agressão no tecido 
mole. Há tumefação e assimetria facial. 
4. Fase flegmatosa: perfuração e destruição do 
periósteo. Há pus e inflamação no tecido mole 
caracterizando um flegmão. 
MANIFESTAÇÕES 
CLÍNICAS SISTÊMICAS 
vermelho dor 
liso febre 
brilhante Mal-estar 
Hipertérmico cefaleia 
firme Alterações nos 
linfonodos 
Dor a palpação trismo 
 
5. Fase subcutânea: tecido de granulação e 
exsudato se distribuindo nos tecidos moles. 
6. Fase Fistulização: há formação de fístula 
Após a fase de fistulização e ausência de tratamento 
haverá a formação de um abscesso crônico que 
poderá se manter, reagudecer, reparar ou ter 
complicações, como o Abscesso Fênix. 
No Abscesso Fênix há uma dor severa, presença ou 
ausência de inchaço intra-oral, ausência de edema 
extra-oral e localização apical. 
2. Pericementite crônica 
A pericementite crônica se origina de macrófagos, 
linfócitos e plasmócitos.Há uma mínima destruição, 
reabsorção óssea devido infiltrado celular. Pode ter 
reparo, abscesso dentoalveolar agudo secundário ou 
granuloma apical. 
3. Granuloma Apical 
O granuloma apical é a primeira tentativa do 
organismo em direção a cicatrização e cura. Pode ter 
1 no interior do outro. Pode ser um granuloma apical 
imunológico ou de corpo estranho. Pode ter o reparo, 
manutenção, abscesso dentoalveolar agudo 
secundário ou cisto periodontal apical. 
4. Cisto periodontal apical 
Em sua evolução pode-se observar um abscesso 
dentoalveolar agudo secundário, reparo ou neoplasia. 
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Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 
 ALTERAÇÕES PERIAPICAIS AGUDAS ALTERAÇÕES PERIAPICAIS CRÔNICAS 
 PERICEMENTITE 
AGUDA 
ABSCESSO 
INICIAL 
ABSCESSO EM 
EVOLUÇÃO 
ABSCESSO 
EVOLUÍDO 
ABSCESSO 
DENTOALVEOLAR 
CRÔNICO 
PERICEMENTITE 
CRÔNICA 
GRANULOMA CISTO 
PERIODONTAL 
APICAL 
VITALIDADE 
PULPAR 
Presente ou 
ausente 
NECROSE PULPAR 
RADIOGRAFIA LIGAMENTO 
PERIODONTAL 
(LP) NORMAL 
LP NORMAL EXCETO QUANDO O FEIXE DE RAIOS-X FOR 
INCIDIDO NO LONGO EIXO DO DENTE 
REABSORÇÃO 
ÓSEA DIFUSA 
ACHADOS RADIOGRÁFICOS 
Alargamento do 
espaço 
periodontal 
Interrupção da 
lâmina dura 
Radiolúcida 
Circunscrita 
Reabsorção 
radicular 
 
DOR LOCALIZADA DIFUSA ASSINTOMÁTICO 
Pouco intensa intensa Moderada/intensa moderada 
Exarcebada ao toque vertical 
 Pulsátil, contínua e espontânea 
PERCUSSÃO 
VERTICAL 
DOR EXARCEBADA DISCRETA 
SENSIBILIDADE 
 
PERCUSSÃO 
HORIZONTAL 
 DOR EXARCEBADA 
MASTIGAÇÃO EXARCEBADA 
 TRISMO 
EXTRUSÃO E 
MOBILIDADE 
PRESENTE 
DISCRETA 
PRESENTE 
PALPAÇÃO LEVE EXARCEBADO 
OBSERVA Dente crescido Sem edema Pode ter febre, prostação e edema COROA ESCURA - Expansão da 
cortical óssea 
- Tumefação 
dura ou indolor 
- Tumefação 
mole 
Difuso, firme e 
aquecido 
Ponto de 
flutuação 
COMPLICAÇÕES OSTEOMIELITE, SINUSITE, ANGINA DE LUDWIG, PERIOSTITE OSSIFICANTE 
EVOLUÇÃO MANUTENÇÃO, REPARO, REAGUDECIMENTO OU EVOLUÇÃO PARA FASE POSTERIOR 
TRATAMENTO NECROPULPECTOMIA Necro+drenagem 
cirúrgica 
 ASPIRAÇÃO 
 
22
Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 
Desafios clínicos na Endodontia 
Na endodontia buscamos o sucesso do tratamento 
endodôntico caracterizado pela: 
- Ausência de doença perirradicular após um período 
de proservação adequado 
- Ausência de sinais e sintomas. 
As lesões perirradiculares podem ser persistentes, 
emergentes ou recorrentes. 
Na Endodontia existem os desafios relacionados a: 
1. Qualificação Profissional 
Os erros comuns da ABERTURA CORONÁRIA são: 
acesso inadequado, perfuração, fratura de 
instrumento e presença de material restaurador. 
A FRATURA DE INSTRUMENTO ENDODÔNTICO pode 
ocorrer devido torção, dobramento ou fadiga. Para 
remoção pode utilizar inserto ultrassônico, by-pass ou 
Kit Masseran. 
O cirurgião-dentista pode não encontrar o canal 
adicional o que acarreta o insucesso do tratamento 
endodôntico. 
DEGRAU 
A presença de degraus ocorre devido perda do 
comprimento de trabalho especialmente em canais 
curvos. 
CAUSAS 
- Desconhecimento da anatomia dentária e, 
particularmente, do sentido da curvatura radicular. 
- Erro no acesso à cavidade pulpar. 
- Uso de instrumentos endodônticos com diâmetros 
não compatíveis com o diâmetro e a anatomia do 
canal. 
- Ângulo de rotação excessivo aplicado ao 
instrumento durante o seu avanço em sentido apical 
do canal. 
- Uso de instrumentos rígidos em segmentos curvos 
de canais radiculares. 
- Obstrução do canal por raspas de dentina ou outros 
resíduos durante a instrumentação 
 
 
COMO PREVENIR? 
- Um acesso coronário adequado, removendo 
interferências anatômicas dentinárias da embocadura 
do canal (desgaste compensatório). 
- Criação do leito do canal, quando realizada 
adequadamente e com princípios mecânicos corretos, 
favorece o avanço do instrumento endodôntico no 
sentido apical do canal radicular. 
- Cuidados nos movimentos rotacionais em dentes 
curvos, devendo-se realizar tentativa de rotação. 
- A identificação precoce da formação de degraus 
favorece a manobra de retomada da trajetória original 
do canal radicular. 
COMO TRATAR OS DEGRAUS? 
- Pequeno encurvamento da extremidade de um 
instrumento endodôntico de aço inoxidável tipo K 15 
ou menor, se o diâmetro do canal radicular exigir. 
- Deve-se girar à direita e à esquerda, com pequeno 
avanço e retrocesso em sentido apical, para desviar 
do degrau e encontrar o trajeto original do canal. 
–A ampliação do segmento cervical permite o avanço 
em sentido apical da ponta do instrumento e 
inclinação do cabo do instrumento no sentido do 
degrau. 
- O instrumento endodôntico deve trabalhar com 
movimento de alargamento parcial à direita 
combinado ao de limagem até alcançar liberdade 
junto às paredes do canal radicular, em movimentos 
curtos sem ultrapassar o degrau. 
- Se o degrau não for ultrapassado, instrumenta-se e 
obtura-se o canal até ele. 
- O degrau favorece a formação de um falso canal cujo 
prognóstico é desfavorável. 
Também existe o transporte foraminal ou desvio que 
é a mudança do trajeto de um canal radicular curvo 
em seu segmento apical. 
TRANSPORTE FORAMINAL 
Desgaste progressivo da parede externa de um canal 
radicular curvo (convexa da raiz) na região apical. 
Ocorre em virtude do emprego do movimento de 
limagem e de instrumentos endodônticos rígidos 
- Transporte apical interno: desvio apical permanece 
na massa dentinária, junto ao comprimento de 
trabalho. 
23
Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 
- Transporte apical externo ou Zip: desvio apical 
alcança o comprimento de patência e modifica a 
forma original do forame. 
Para prevenir utilizar instrumentos mais flexíveis e 
realizar movimentos de alargamento durante o 
preparo do batente apical. 
SOBREINSTRUMENTAÇÃO 
Observa hemorragia persistente e dificuldade em 
travar o cone de guta-percha. 
CAUSAS: 
- Radiografia de má qualidade 
- determinação incorreta do comprimento do dente e 
de trabalho 
- ponto de referência coronário deficiente 
- cursor mal posicionado 
- falta de atenção no controle da medida obtida do 
comprimento de trabalho. 
COMPLICAÇÕES 
- criação de ápice aberto o que aumenta possibilidade 
sobreobturação 
- dificuldade de selamento apical 
- favorece infiltração de líquidos 
- provoca dor e desconforto 
SUBINSTRUMENTAÇÃO 
Preparo do canal radicular aquém do limite apical de 
instrumentação estimado. 
CAUSAS 
- Erros na determinação do comprimento de trabalho 
- instrumentação aquém do CT, formação de “plug 
apical” 
- deficiente volume de solução química auxiliar 
durante a instrumentação 
- deficiência quanto à frequência da irrigação-
aspiração 
- negligência quanto a recapitulação no CD ou CT 
- uso prolongado de instrumentos endodônticos. 
 
 
TRATAMENTO: 
- desobstrução de segmento apical do canal radicular 
com lima Kerr com irrigação e aspiração abundante. 
- Em canais curvos forma-se um falso canal ou 
perfuração radícular apical. 
- Pode levar ao insucesso do tratamento. 
2. Morfologia Interna 
Dificultam o tratamento endodôntico: 
- dentes com grandes restaurações, cariados e 
fraturados 
- canal calcificado 
- dens in dente 
- canaisacessórios 
- Bifurcações e anastomoses 
- canais curvos 
- fratura radicular 
- reabsorção radicular 
- canais em C 
3. Micro-organismos 
A microbiota relacionada ao insucesso=o do 
tratamento endodôntico em 90 % dos casos está 
relacionado com Enterococcus faecallis. Essa bactéria 
é resistente ao hidróxido de cálcio e sobrevivem a 
longos períodos em locais com reduzida 
disponibilidade de nutrientes. 
4. Resposta imunológica 
Alguns micro-organismos conseguem superar as 
defesas do hospedeiro. Pode haver a persistência 
bacteriana na lesão após a remissão de um abscesso 
agudo. O selamento apical insatisfatório e 
consequente sobreobturação favorece a manutenção 
de micro-organismos. A ausência de um selamento 
coronário está relacionada com o insucesso do 
tratamento endodôntico. 
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24
Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 
Sequência Operatória de Biopulpectomia 
e Necropulpectomia 
Para o diagnóstico é necessário: anamnese, exame 
clínico e radiográfico. 
Revisar sobre anamnese e exame clínico aprendido na 
aula de Alterações Pulpares. 
Na avaliação do exame radiográfico deve observar: 
1. Proximidade de lesões cariosas ou 
restaurações com câmara pulpar 
2. Volume da câmara pulpar 
3. Se há reabsorção e nódulos 
4. Grau de formação radicular 
5. Rarefações ósseas 
6. Proximidade dos ápices com seio maxilar 
7. Tratamentos endodônticos 
8. Alterações anatômicas 
Para definir o tratamento: 
POLPA NORMAL Trat. conservador 
POLPA INFLAMADA Pulpite Reversível – 
tratamento conservador 
Pulpite de transição – 
tratamento conservador 
ou biopulpectomia 
Pulpite irreversível - 
biopulpectomia 
NECROSE PULPAR E 
RETRATAMENTO 
Necropulpectomia 
 
INDICAÇÕES DA BIOPULPECTOMIA: 
1. Pulpite irreversível 
2. Pulpite crônica 
3. Exposição acidental da polpa mediante 
avaliação 
4. Reabsorção Interna 
5. Prótese-cirurgia 
PRIMEIRA SESSÃO DE BIOPULPECTOMIA (pode ser 
realizada em sessão única) 
1. Anestesia 
2. Inicia abertura coronária 
3. Quando expor a câmara pulpar realizar 
isolamento absoluto 
4. Antissepsia com álcool iodado 0,3% ou 
clorexidina gel 2% 
5. Complementação da abertura coronária 
6. Pulpotomia – remoção da polpa coronária 
7. Irrigação da câmara pulpar com NaOCl 2,5% 
para prevenir escurecimento da coroa e 
combater possível infecção superficial 
8. Exploração dos canais com movimento de 
cateterismo até 2 mm aquém do CAD 
9. Odontometria 
10. Pulpectomia – remoção da polpa radicular 
Canais amplos: em bloco 
Canais atresiados e curvos: fragmentação 
Irrigar com NaOCl 1% até completa remoção 
11. Irriggar câmara pulpar com NaOCl 1 a 2,5% 
para remoção de sangue 
12. Preparo biomecânico com NaOCl 0,5 a 1% 
13. Medicação intracanal: corticosteroide-
antibiótico ou hidróxido de cálcio 
14. Cotosol + CIV 
SEGUNDA SESSÃO DE BIOPULPECTOMIA 
1. Anestesia 
2. Isolamento absoluto + antissepsia 
3. Remoção do selamento coronária e 
medicação intracanal 
4. EDTA – 3 a 5 minutos com agitação com Easy 
Clean 
5. Irrigação com NaOCl 0,5% 
6. Irrigação com soro fisiológico 
7. Secagem do canal 
8. Seleção do cone de guta percha e desinfecção 
com NaOCl 2,5% por 10 minutos 
9. Passar nos testes: tátil, visual e radiográfico 
10. Obturação com cimento AH PLUS: técnica 
clássica ou técnica biológica controlada (levar 
o cimento junto com o cone removendo o 
excesso de cimento da ponta) 
11. Técnica da condensação lateral: ativa ou 
passiva 
12. Cortar o cone há 2 mm da junção 
amelocementária 
13. Limpeza da câmara pulpar com bolinha de 
algodão embebida de álcool 
14. Material obturador + cotosol + CIV 
PRIMEIRA SESSÃO DE NECROPULPECTOMIA 
1. Anestesia 
2. Remoção da cárie ou restauração 
3. Inicia abertura coronária 
4. Quando expor a câmara pulpar realizar 
isolamento absoluto 
5. Antissepsia com álcool iodado 0,3% ou 
clorexidina gel 2% 
6. Complementação da abertura coronária 
7. Irrigação da câmara pulpar com NaOCl 2,5% 
25
Nathália Maria Ferreira Gonçalves – T65 
8. Neutralização (técnica imediada (tem tempo e 
utiliza hipoclorito de sódio 1 a 2,5%) e técnica 
mediata (sem tempo e utiliza hidróxido de 
cálcio +clorexidina) 
9. Preparo biomecânico 
10. Remoção da camada residual com Easy Clean 
11. CURATIVO DE DEMORA 
Hidróxido de cálcio + clorexidina gel 2% 
Hidróxido de cálcio + soro 
Hidróxido de cálcio + propilenoglicol 
CASO NÃO TERMINE O PBM OU NEUTRALIZAÇÃO 
Hidróxido de cálcio + soro 
URGÊNCIA 
 Pasta de hidróxido de cálcio + soro 
SEGUNDA SESSÃO NECROPULPECTOMIA 
1. Anestesia 
2. Isolamento absoluto + antissepsia 
3. Remoção do selamento coronária e 
medicação intracanal 
4. EDTA – 3 a 5 minutos com agitação com Easy 
Clean 
5. Irrigação com NaOCl 0,5% 
6. Irrigação com soro fisiológico 
7. Secagem do canal 
8. Seleção do cone de guta percha e desinfecção 
com NaOCl 2,5% por 10 minutos 
9. Passar nos testes: tátil, visual e radiográfico 
10. Obturação com cimento AH PLUS: técnica 
clássica ou técnica biológica controlada (levar 
o cimento junto com o cone removendo o 
excesso de cimento da ponta) 
11. Técnica da condensação lateral: ativa ou 
passiva 
12. Cortar o cone há 2 mm da junção 
amelocementária 
13. Limpeza da câmara pulpar com bolinha de 
algodão embebida de álcool 
14. Material obturador + cotosol + CIV 
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