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TRABALHO DE IMUNOLOGIA Diabetes mellitus tipo 1 (DM1) Célia Mara Pereira 1-20-21253 Cleo Caroline Souza 1-20-28512 Bárbara Stéfany Domingos Bicalho 1-20-21247 Luciana Santos da Silva Gomes 1-20-20849 Professora: Ana Carolina Carvalho Silva Curso: Biomedicina e Farmácia Disciplina: IMUNOLOGIA INTRODUÇÃO Dentre as doenças crônicas relacionadas ao metabolismo, o diabetes mellitus tipo I tem um diagnóstico facilmente identificável afetando 5 a 10% dos pacientes com diabetes (¹). A doença é sobre a destruição de células beta pâncreas produtor de insulina. Este hormônio é necessário para trazer o açúcar no sangue nas células, onde a glicose pode ser armazenada ou usada como fonte de energia. No diabetes tipo I, as células beta produzem pouco ou nenhuma insulina, resultando em um acúmulo de glicose no sangue. A classificação da diabetes é dividida de acordo com a disfunção do metabolismo da glicose. A forma autoimune consiste na resposta imune que destrói as células beta normais do corpo e os anticorpos que destroem essas células são identificáveis. Na forma idiopática, o mesmo processo, mas esses anticorpos não são detectáveis. No que diz respeito à descrição do metabolismo da glicose deste tipo de diabetes no pâncreas, fígado, tecido muscular e cérebro pode ser considerada que a falta desse hormônio afeta as reações que ativam ou inativam vias processos metabólicos, alguns considerados como feedback, exigindo a observação dessas vias. No cérebro, após cada refeição, o sistema nervoso identifica que há comida no estômago e, através dos nervos, envia sinais elétricos para o pâncreas liberar seus hormônios: glucagon e insulina fluxo sanguíneo. Como mencionado anteriormente, a insulina é responsável por ajudar o corpo a usá-lo nas células ou armazená-lo no fígado e nos tecidos músculo, a glicose obtida dos alimentos que ingerimos. Caso contrário, ou seja, quando o pâncreas identifica que os níveis de glicose no sangue estão muito baixo, secreta glucagon, responsável por informar o fígado ou tecido músculo que ambos precisam liberar parte da glicose que guardam armazenados. Portanto, essa falha no metabolismo da glicose causa a ausência de produção de insulina pelo pâncreas e aumento da liberação de glucagon ambos pelo pâncreas, bem como tecido muscular e fígado, um processo chamado de hiperglicemia. Se não houver um bom controle desse metabolismo, complicações como problemas de visão (retinopatia), problemas renais (nefropatia) e problemas neurológicos (neuropatia). Complicações ao nível ocorrem porque o cérebro depende da glicose devido à demanda excessiva de energia que as funções cerebrais precisam. QUADRO CLÍNICO O diabetes tipo 1 é uma doença crônica caracterizada por anormalidades no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios. Após alguns anos de evolução, podem vir acompanhada de complicações neuropáticas, micro e macrovasculares. Embora afete todo o metabolismo intermediário, seu diagnóstico depende da identificação de alterações específicas decorrentes da glicose plasmática. Tipicamente, os pacientes com DM1 apresentam insuficiência absoluta na secreção de insulina e dependem da administração de insulina exógena para prevenir descompensação metabólica, cetoacidose e morte. Invariavelmente, a primeira descompensação diabética se instala abruptamente (dentro de dias ou semanas) em crianças ou jovens saudáveis e não obesos. Em indivíduos mais velhos, a instalação do quadro é mais insidiosa. Ao diagnóstico, o paciente está frequentemente em mau estado geral, emaciado com sintomas de poliúria acentuada, polidipsia e polifagia associada à cetoacidose. Embora se acredite que o DM1 tenha um estágio pré-clínico assintomático bastante longo, o envolvimento de alguns pacientes por algum processo infeccioso agudo pode acelerar o período de transição entre as fases pré-clínica e clínica do DM1. A administração de insulina é essencial para a recuperação das alterações metabólicas, no entanto, pode existir um período de “lua de mel” por semanas ou meses durante os quais há menos necessidade de insulina. A perda gradual da capacidade de secreção de insulina é inexoravelmente perdida ao longo de alguns anos. Pacientes com DM1 podem apresentar episódios de hipoglicemia durante ou após o exercício, muitas vezes decorrentes da supressão da produção hepática de glicose causada tanto pelo aumento do uso de glicose pelo músculo quanto pela insulina, administrada antes do início da atividade física, utilizada para corrigir qualquer elevações de glicose no sangue. As complicações tardias ocorrem após vários anos, principalmente em pacientes com controle glicêmico inadequado. Acredita-se que o aumento do teor de glicose em todos os tecidos não dependentes de insulina para captação de glicose resulte em aumento da glicação não enzimática de proteínas estruturais e na atividade de outras vias metabólicas. A grande maioria das complicações microvasculares pode ser retardada, prevenida ou revertida pelo controle rigoroso da glicemia com valores normais de hemoglobina glicada (HbA1c). Após um longo período de evolução, os pacientes com DM1 podem desenvolver doença cardiovascular (aterosclerose) com doença arterial coronariana sintomática, claudicação, pele distrófica e infecções. Amputação de membros, claudicação intermitente e gangrena por insuficiência arterial periférica ocorrem com muita frequência. A retinopatia incipiente não ocasiona alteração visual expressiva, mas pode progredir para o edema macular ou retinopatia proliferativa com descolamento da retina e hemorragia vítrea que é considerada a segunda causa de cegueira no mundo. A nefropatia diabética se desenvolve em cerca de 1/3 dos pacientes com DM1. A taxa de filtração glomerular pode aumentar inicialmente com a hiperglicemia. Após cerca de 5 anos de diabetes, albuminúria clinicamente detectável (≥300 mg/L ou 20 mg/g de creatinina) pode ocorrer independentemente de infecções do trato urinário. A albuminúria pode ser considerada um marcador de diminuição progressiva da taxa de filtração glomerular com alta probabilidade de desenvolver insuficiência renal crônica em 3-20 anos (mediana=10 anos). A albuminúria é cerca de 2,5x maior em pacientes com DM1 com pressão diastólica maior que 90 mm Hg, mostrando que tanto a hiperglicemia quanto a hipertensão aceleram a progressão para insuficiência renal crônica. A nefropatia diabética, quando não é responsável pela síndrome nefrótica, geralmente é assintomática até o início da insuficiência renal terminal. A neuropatia diabética é caracterizada por polineuropatia, predominantemente sensitiva, simétrica e distal, que geralmente se distribui em forma de luva ou meia. A polineuropatia diabética pode causar dormência, pontadas e parestesias nas extremidades e, menos frequentemente, dor profunda, intensa e debilitante com ou sem hiperestesia. A mononeurite dolorosa aguda, afetando o 3º, 4º e 6º pares de nervos cranianos ou o nervo femoral em pacientes idosos, melhora espontaneamente em algumas semanas ou meses e é atribuída a microinfartos vasa-vasorum. A neuropatia autonômica ocorre mais frequentemente em diabéticos com polineuropatias e pode causar hipotensão postural, hiperidrose pós-alimentar, impotência, ejaculação retrógrada em homens, bexiga neurogênica, esvaziamento gástrico prolongado (às vezes com dumping), disfunção esofágica, constipação e diarreia. Frequência cardíaca diminuída em resposta à manobra de Valsalva ou postura alterada e batimentos cardíacos não responsivos à inspiração profunda são evidências clínicas que confirmam o diagnóstico de neuropatia autonômica. As úlceras nos pés e os problemas ortopédicos são causas importantes de morbidade no diabetes. A principal causa predisponente é a polineuropatia diabética por denervação sensorial que compromete a percepção de pequenos traumas. Alterações na propriocepção levam aum padrão anormal de equilíbrio e eventual desenvolvimento da doença de Charcot. RESPOSTA IMUNOLOGICA IMUNIDADE HUMORAL No período de manifestação da doença, com a presença de hiperglicemia e cetose, as células secretoras de insulina já estão muito poucos em número ou ausentes. As presenças de infiltrado inflamatório, configurando insulite, e a ausência de células beta, caracterizam o quadro histológico do DM1 Células que secretam outros hormônios, como glucagon, somatostatina e polipeptídeo pancreático, também presentes nas ilhotas pancreáticas, eles são poupados. No entanto, o predominância numérica de células que secretam insulina termina causar atrofia das ilhotas A fase pré-clínica é caracterizada pela presença de autoanticorpos contra constituintes da célula beta pancreática, que participam de sua PRINCIPAIS AUTOANTICORPOS: • ANTI-GAD • ANTI-ILHOTA(ICA) • ANTI-INSULINA(IAA) IMUNIDADE CELULAR • Doenças autoimunes como o DM1 envolvem a interação de diferentes subpopulações de linfócitos e células apresentadoras de antígenos. • Essas populações de células incluem linfócitos. CD4+ e CD8+, células B, células natural killer (NK – natural assassino), macrófagos e células dendríticas, que desempenham um papel importante na geração da resposta autoimune. • A apresentação de autoantígenos específicos de células beta células pancreáticas por macrófagos e/ou células dendríticas para o linfócitos T CD4+, constitui o primeiro evento na processo de autoimunidade observado no DM1. Agressão celular/ Agressão Humoral : Morte da Célula Beta INSULITE Infiltração das ilhotas por células mononucleares que antecede a doença clínica e persiste por semanas ou meses antes que uma destruição significativa das células beta ocorra. No curso da insulite os macrófagos e células T ativadas secretam mediadores solúveis (citocinas, óxido nítrico, radicais livres do oxigênio), que provavelmente contribuem para a disfunção e morte da célula beta. Referencias: SOUSA, Aucirlei Almeida. Aspectos imunológicos do diabetes melito tipo 1. 2 abr. 1999. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/hHmsBFqrwJFcZ9jzs66MjPD/?lang=pt. Acesso em: 17 nov. 2022. VARELLA, Drauzio. Diabetes tipo 1 | Artigo | Drauzio Varella. 16 maio 2011. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/diabetes-tipo-1-artigo/. Acesso em: 17 nov. 2022. NUNES, Augustinho. Diabetes melitus tipo 1. 6 dez. 2014. Disponível em: https://pt.slideshare.net/juliermesonmorais/diabetes-melitus-tipo-1. Acesso em: 17 nov. 2022.
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