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Fisiologia de poligastricos-ruminantes

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Por Heloísa Pereira Barbosa - Insta: heloomilk
Os ruminantes são mamíferos herbívoros. Possuem vários compartimentos gástricos: rúmen, retículo, omaso e abomaso. Exemplos de ruminantes são bovinos, caprinos, camelídeos, bubalinos etc.
O comportamento ingestivo dos ruminantes e o seu hábito alimentar se deu através da evolução, onde os mesmos precisavam ingerir uma grande quantidade de alimentos, e se evadirem do local para não ser predado, e quando estivessem em um local seguro a sua digestão começava.
Os grandes ruminantes tem o hábito de ingerir uma grande quantidade de forragem, sem nenhuma seleção digestiva, e baixa palatibilidade, e isso pode ocasionar na ingestão de alguns alimentos ou objetos estranhos, que pode vir acabar obstruindo a cardia e o esôfago do animal.
Os consumidores intermediários, possuem uma cavidade bucal menor e por isso consomem menos alimento, e possuem preferência por plantas mais aéreas/ arbóreas, exemplo dos caprinos.
Temos ainda os seletores de concentrado que consomem mais plantas aéreas, por exemplo, as cabras e bodes. Algumas cabras e bodes acabam subindo até mesmo árvores para se alimentar de plantas arbóreas.
- Esôfago - canal de passagem do alimento da cavidade oral para o rúmen, o alimento é empurrado pelo peristaltismo esofágico. 
Depois passa para:
- Cardia;
- Rúmen;
- Retículo;
- Sofre ruminação 
- Retorna para o rúmen
- Omaso;
- Abomaso;
No interior do rúmen existem as papilas ruminais necessárias para a absorção dos ácidos graxos voláteis ou de cadeia curta.
O retículo apresenta uma textura de favo de mel/colmeia.
- Omaso apresenta o seu tecido em forma de folhas - onde ocorre a absorção de água;
- Abomaso > liberação de mediadores químicos e enzimáticos para a preparação da absorção de nutrientes no intestino delgado.
Os pré-estomagos são adaptados para a fermentação dos alimentos por microorganismos, dentro desses compartimentos existem bactérias, fungos e protozoários do fluído ruminal, chamado também de sangue verde dos ruminantes é importante para a degradação da celulose e produção de energia.
Ruminar - ato de deglutir o alimento, na qual o mesmo passa pelo esôfago, cardia, chega no rúmen, um tempo depois quando o animal está em repouso vai para o retículo, volta pela cardia, volta pelo esôfago em direção a cavidade bucal e é mastigado e deglutido novamente. A ruminação é importante para fazer com que o animal consiga triturar ainda mais o alimento para diminuir a partícula do mesmo, para que se torne mais fácil para as bactérias, fungos e protozoários de degradar a celulose. (Em suma, ato de remastigar o bolo alimentar).
Percurso do alimento no sistema digestivo dos ruminantes;
Captura do alimento (1a mastigação) > 1a Deglutição > faringe > esôfago > cardia > rúmen > retículo > cardia > esôfago > faringe > cavidade bucal > 2a mastigação > 2a deglutição > faringe > esôfago > cardia > rúmen > reticulo > omaso > abomaso > intestino delgado (absorção de nutrientes) > intestino grosso (absorção de água e formação do bolo fecal) > evacuação.
Órgãos acessórios (glândulas salivares, parótida, sublingual, submandibular; fígado (libera princípios digestivos na porção do duodeno) e pâncreas (liberação de sulco pancreático para auxiliar também na digestão);
Mastigação: 
- mastigação inicial;
- regurgitação;
Após a mastigação inicial, o animal quando estiver em repouso irá ruminar. 
O animal passa cerca de 8 horas se alimentando; 8 horas ruminando e 8 horas dormindo;
 (
Será que eu sou um ruminante igual minha mamãe?
)Mas será que bezerro é ruminante?
 Na verdade um bezerro é um pré-ruminante. E o contato com a mãe, irá fazer com que o mesmo aprenda posteriormente a ingerir volumoso, ou concentrado. Mas de princípio eles devem primeiramente ingerir o colostro, depois o leite, e conforme ele vai se desenvolvendo e observando os outros animais ele começa a se alimentar de forragem também.
O bezerro durante a amamentação mantém sua cabeça e pescoço elevados, o que faz com que ocorra a formação da goteira esofagiana que faz com que do esôfago o leite ingerido vá direto ao abomaso. Quando os bezerros ingerem leite, há a ativação de um reflexo nervoso que estimula a contração da musculatura presente na parede esofágica, formando a partir dessa contração um tubo chamado de sulco esofágico, popularmente conhecido como goteira esofágica.
Na imagem a esquerda temos o fechamento correto da goteira esofágica, que direciona o leite ingerido pelo bezerro diretamente ao abomaso. Enquanto que na imagem a direita temos o fechamento incorreta da goteira esofágica devido ao manejo incorreto durante a alimentação/amamentação do animal, fazendo com que parte do conteúdo alimentar caia no rúmen e seja fermentado.
 
O abomaso irá possuir coagulase, pepsinogênio, acido clorídrico etc. Quando o leite chega ao abomaso ele coagula o que favorece a sua absorção no intestino delgado.
Quanto mais cedo o colostro for oferecido, em maior quantidade, quanto mais melhor, irá auxiliar o animal em sua fisiologia, isso porque além do fato de ele ser um laxante natural, um alimento nutritivo e um hidratante, ele possui também imunoglobulinas, como IgG, IgA e IgM, que são necessárias para o desenvolvimento do sistema imunológico do animal. Em bezerros durante as primeiras horas de vida do animal, o intestino do mesmo estará mais permeável às imunoglobulinas, por isso é importante oferecer o colostro logo após o nascimento do bezerro.
Em ruminantes, no colostro a imunoglobulina em maior abundancia é a IgG, enquanto que no leite tem-se a IgA em maior quantidade.
Quando o manejo não é adequado e o bezerro ingere o leito artificial com a cabeça inclinada para baixo, irá fazer com que não ocorra o fechamento da goteira esofágica, e o leite irá acabar caindo nos pré-estomagos, o leite dentro dos mesmo irá apodrecer, causando uma doença chamada "síndrome do bebedor ruminal", onde o animal fica apático, não tem vontade de se alimentar, ficam com um cheiro ruim saindo da cavidade bucal, e é necessário retirar o alimento (leite) de dentro dos pré-estômagos o quanto antes.
SALIVA
 A saliva de um ruminante nada mais é do que uma solução diluída de bicarbonato de sódio, que serve como um tampão e como um meio de fermentação adequado para os microorganismos. A saliva dos ruminante é isotônica.
Cavidade oral:
Os ruminante não possuem os dentes superiores. 
A sua língua faz um movimento de enrolar para conseguir obter alimento.
ESTRATIFICAÇÃO DO RÚMEN 
O rúmen irá apresentar uma estratificação durante o momento de ação das bactérias e protozoários durante a sua degradação de celulose.
As fases que temos no rúmen são:
- Fase gasosa;
- Fase solida;
- Fase pastosa;
- Fase liquida;
Os gases saem pelo esôfago, em forma de arroto; ficam na porção superior do rúmen.
O rúmen é o maior compartimento, possui pilares formando os sacos dorsal e ventral, sacos cegos craniais e caudais. Os pilares fazem a movimentação do alimento/ auxiliando na motilidade.
As papilas aumentam a superfície da mucosa, e auxiliam na fermentação de alimentos fibrosos, e na mistura do conteúdo.
As divergentes zonas são devido a densidade do alimento, quanto mais denso o alimento, mais próximo do fundo do rúmen ele estará, como visto na imagem a seguir.
No rúmen existe uma flora microbiana, e a população composta por bactérias, fungos e protozoários, irão produzir enzimas, como a celulase que irá ser responsável pela digestão de alimentos mais grosseiros e fibrosos.
A principal substância digerida no rúmen, é a celulose, a celulose é um polissacarídeo presente na parede celular das células vegetais que é muito importante para reserva energética para o organismo. As papilas presentes no mesmo irão aumentar o contato do bolo alimentar com a superfície do rúmen. 
Do rúmen o alimento irá migrar para o retículo, no qual no mesmo irá findar a digestão da celulose, e irá ocorrer a formação de bolos alimentares nesse local, que serão jogados em direção a cardia e posteriormente ao esôfago e cavidade bucal.
O alimentoquando remastigado volta para o esôfago, cai no rúmen, vai para o retículo, mas não retorna a cavidade bucal, mas sim vai em direção ao omaso, e posteriormente para o abomaso, chamado de estômago verdadeiro, onde ocorre uma digestão química por meio da ação enzimática, onde o alimento irá ser quebrado em partículas menores passiveis de absorção quando o mesmo for para o intestino.
O intestino delgado é composto pelo duodeno, jejuno e íleo, tem função de absorção de nutrientes.
O fígado libera a bile que é armazenada na vesícula biliar, e é responsável pela emulsificação da gordura, auxiliando na digestão dos lipídeos. 
O pâncreas libera sulco pancreático que possui lípase e amilase, que auxiliam na digestão de lipídeos e de amido.
O retículo apresenta uma mucosa com um relevo em forma de colméia, o que auxilia no processo de contração que levam a regurgitação. Localiza-se cranialmente ao rúmen; É o menor dos pré-estomagos, mas é extremamente importante para o processo de regurgitação como já foi citado anteriormente.
MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Existem dois tipos de motilidade reticular:
1. CONTRAÇÕES PRIMÁRIAS OU DE MISTURA
2.CONTRAÇÕES SECUNDÁRIAS OU DE ERUCTAÇÃO (ALÉM DE SER RESPONSÁVEL POR FAZER O ALIMENTO RETORNAR A CAVIDADE BUCAL PARA SER REMASTIGADO E DEGLUTIDO UMA SEGUNDA VEZ, TAMBÉM É RESPONSÁVEL POR FAZER COM QUE A CARDIA SE ABRA PARA LIBERAÇÃO DOS GASES.
TIMPANISMO SECUNDÁRIO: quando ocorre um acúmulo de gases no rúmen, devido a falha da função ruminorreticular. Uma disfunção do nervo vago, pode fazer com que não ocorra de maneira eficiente a liberação de acetilcolina pelo sistema parassimpático para que possa ocorrer a contração do rúmen, que apesar de possuir uma autonomia quanto as contrações, precisa de um auxílio para que contrações mais fortes possam ocorrer, auxiliando na digestão.
TIMPANISMO PRIMÁRIO: o timpanismo primário, se dá devido a presença de um corpo estranho no esôfago que obstrua a cardia, local por onde os gases saem após as contrações secundárias do retículo. A cardia obstruída impede que os gases saiam do retículo e faz com que ocorra um acúmulo de gases na região (rúmen e retículo).
OMASO: responsável pela absorção de água e sais minerais. Sua mucosa apresenta forma de folha.
ABOMASO: liberação de acido clorídrico, gastrina, coagulase para coagulação do colostro e leite, mucina (proteção), pepsinogênio e água > são os principais produtos secretados pelo abomaso.
Se o ambiente se tornar mais ácido, pode causar uma abomasite, uma gastrite que pode acarretar em uma úlcera, podendo causar uma perfuração e o líquido migrar para a cavidade peritonial.
Por isso é importante o manejo nutricional adequado, para que um alimento que possa vir a aumentar a acidez do abomaso não seja fornecido.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO E SEU PAPEL NA CONTRAÇÃO
O sistema nervoso autônomo estará ligado diretamente ao sistema nervoso entérico, que serão neurônios ligados na parede do trato gastrointestinal.
Mesmo que não haja a ação do sistema nervoso autônomo, o sistema nervoso entérico ainda consegue continuar a sua ação de contração, porém com uma menor intensidade, ou seja, ele apresenta autonomia.
O sistema nervoso entérico é dividido em duas partes: existem dois plexos: o submucoso, que como o próprio nome diz, está presente na submucosa, e o miontérico que estará permeando a camada muscular do trato gastrointestinal. Esses neurônio dos plexos estarão recendo impulsos das fibras simpáticas que irão promover a motilidade e secreção de muco.
A inervação do sistema nervoso parassimpático vem do nervo vago para o trato digestor superior e o no caso do trato gastrointestinal inferior a inervação vem do nervo pélvico.
O submucoso é responsável por controlar a secreção de muco, e o miontérico responsável pela motilidade e contração.
As fibras parassimpáticas serão fibras pré-ganglionares, as dos sistema nervoso entérico serão pós-ganglionares.
A ação do sistema nervoso parassimpático seria estimular a motilidade e contração através de sinapses do SNA parassimpático, com o entérico.
O sistema nervoso entérico possui milhares de neurônios semelhantemente a medula espinhal. Os neurônios locais se situam desde o esôfago até o ânus e possuem atividade própria e independente do SNC. No entanto, hierarquicamente também são responsivos a atividade do SNC/Autônomo-simpático e parassimpático; portanto possuem atividade própria, mas é regulado pelo SNC bem como por hormônios. O SNE é indispensável para o mecanismos de motilidade intestinal e secreção.
A inervação cranial tem fibras saindo do nervo vago e se espalhando por todo o esôfago, compartimentos estomacais (rúmen, retículo, omaso e abomaso), pâncreas até a metade do intestino grosso.
A inervação sacral vem de fibras do nervo pélvico e se distribuem a partir da metade distal do intestino grosso até o reto.
O sistema nervoso simpático libera noradrenalina que diminui a contração do SNE;
Além das fibras aferentes, teremos fibras eferentes que irão enviar sinais para o SNC do que está ocorrendo no trato gastrointestinal.
GLÂNDULAS ANEXAS:
GLÂNDULAS SALIVARES (PARÓTIDA, SUBLINGUAL E SUBMANDIBULAR): como o próprio nome diz, são glândulas produtoras de saliva, a saliva dos ruminantes apresenta bicarbonato que serve como tampão, além disso ela é isotônica em relação ao plasma.
PÂNCREAS
O sulco pancreático que é secretado no duodeno irá possuir dois componentes: enzimas, que irão continuar o processo digestivo, e um componente aquoso, no qual o principal íon seria o bicarbonato que irá neutralizar a acidez que esta vindo do abomaso.
A maior parte das enzimas que são necessárias para a digestão de carboidratos, proteínas e lipídios, são secretadas pelo pâncreas.
Teremos que as secreções do pâncreas serão liberadas apenas no duodeno, já que essas enzimas degradam proteínas e substâncias que compõe as células do pâncreas, se elas fossem secretadas diretamente no pâncreas teríamos a degradação do próprio órgão. 
Entre as enzimas presentes no sulco pancreático teremos a amilase e a lípase pancreática, que irão atuar na degradação de carboidratos e de lipídeos.
O controle da secreção pancreática, ocorre através de estímulos hormonais principalmente, e neurais (o contato do alimento no duodeno, irá estimular a secreção pancreática no local). Em questão do controle hormonal tem-se a secretina e a colecistoquinina. A secretina irá retardar o esvaziamento gástrico para dar tempo de o H+ que chegou no duodeno seja neutralizado, ela também estimula as células ductais a secretar bicarbonato também para neutralizar o quimo ácido que chega do abomaso.
Além disso, a presença de proteínas e gorduras no duodeno irão estimular a colecistoquinina, que além de retardar o esvaziamento gástrico irá estimular a secreção de mais enzimas pancreáticas que irão auxiliar na digestão do alimento na região do duodeno. Temos ainda a presença do quimo que irá realizar uma distensão mecânica da parede do intestino, onde mecanorreceptores irão perceber essa distensão, o que irá estimular a parede do intestino a secretar o sulco entérico, que irá ser pobre em enzimas, mas a mucosa intestinal irá ter varias enzimas que irão completar o processo de quebra e digestão dos principais componentes do alimento.
FÍGADO
Os sais biliares serão produzidos pelo fígado e armazenados na vesícula biliar, auxiliam na emulsificação de gordura. Existe um ducto que liga a vesícula até o duodeno, e essa bile é secretada no mesmo quando necessária, que seria justamente durante o momento que houver a presença de gordura no duodeno. Existe um esfíncter de Oddi que não deixa a bile passar para o duodeno quando não é necessária, então ela bate nesse esfíncter e volta.
A colecistoquinina, como já comentado, é um hormônio secretado quando há presença de alimento e gordura no duodeno, e esse hormônio fará com que haja um relaxamento desse esfíncter e uma contração da vesícula biliar, fazendo com que a bile consiga atingir o duodeno.
Os pigmentos, água e solutos inorgânicos, sais biliares presentes na bile serãoabsorvidos pela mucosa intestinal, cairão na corrente sanguínea e voltarão ao fígado através da circulação porta. Ou seja, esses sais serão reaproveitados, apenas uma pequena quantidade desses sais será excretado juntamente nas fezes.
INTESTINO DELGADO
Intestino delgado > duodeno > teremos o desembocar das secreções produzidas tanto no pâncreas, quanto no fígado.
No duodeno ocorre ainda a terminação da digestão, por enzimas pancreáticas, como a tripsina, quimiotripsina, amilase pancreática e lípase, e enzimas intestinais, liberadas pelo próprio intestino como lactase, maltase, sacarase etc.
Apenas partículas menores conseguirão passar para o duodeno. O alimento chega ao duodeno onde passa a se chamar quimo, e passa a se movimentar de maneira lenta pelo intestino delgado, onde irá ocorrer a absorção dos nutrientes.
O quimo se movimenta através de contrações, onde irão existir dois padrões. Há contrações peristálticas, onde há a contração de uma porção do intestino delgado, onde o seguimento adjacente irá relaxar para que haja a passagem desse quimo, como visto na imagem à esquerda.
Há também as ondas peristálticas, no intestino delgado ocorre a contração do mesmo de maneira que sempre haja segmentos posteriores que estejam se contraindo. Como visto na imagem a direita. A intenção desses movimento seriam para realizar a mistura desse quimo.
A movimentação do bolo fecal no intestino grosso é semelhante, irá ter movimentos que tem a função de fazer o mesmo se movimentar para a direção correta, e movimento de mistura desse bolo fecal. Quando há passagem do íleo, que seria a porção terminal do intestino delgado para o começo do intestino grosso, tem-se a contração do esfíncter íleo secal, impedindo o influxo do alimento do intestino grosso para o delgado novamente. Quando o alimento está no intestino grosso, ele passa a ser chamado de bolo fecal, ou fezes. Quando o reto começa a se encher de fezes teremos o reflexo chamado de reto esfinctérico, que irá então contrair a musculatura lisa do reto, e relaxar o esfíncter anal interno no reto. Mas neste momento não há a eliminação de fezes, isso porque ainda existe o esfíncter anal externo do reto, no qual nós e os animais possuímos controle. 
INTESTINO GROSSO
Ocorre a absorção de água, eletrólitos e formação do bolo fecal.
FATORES QUE AFETAM O AMBIENTE RUMINAL E O PROCESSO DE FERMENTAÇÃO
- Dieta (pasto ou concentrado) > diretamente ligado ao pH, que afeta a população bacteriana que consequentemente irá alterar a fermentação e metabolismo.
- Período de adaptação > mudanças abruptas na dieta não podem ocorrer;
-Temperatura ideal: 38 a 41 graus
- Todos os microorganismos do rúmen são relevantes, mas as bactérias conseguem quebrar muito mais as matérias ingeridas pelos ruminantes quando comparado com os outros. Além disso, os fungos não tiveram o seu papel descoberto, mas acredita-se que eles auxiliem a flora microbiana de alguma forma.
CURIOSIDADES
No rúmen e retículo ocorre o processo de fermentação por ação de contratilidade dos músculos, favorecendo a quebra e fermentação por parte das bactérias.
As bactérias através desse processo comensal conseguem obter energia para si. 
As bactérias durante esse processo digestivo liberam ácidos graxos.
Na digestão primária temos a redução da partícula pela ação microbiana.
Na região da cardia, existem receptores a características do alimento (tamanho), se ele for pequeno favorece o processo de regurgitação;
No rúmen, os alimentos não irão retornar a cardia, nem se forem líquidos e nem se foram muito grandes.
O alimento deglutido vai para o esôfago, depois para o rúmen e retículo, o retículo contrai, e faz com que ocorra a ruminação; depois retorna para o rúmen e retículo novamente, onde ele é quebrado novamente, até o mesmo se tornar líquido o suficiente para não retornar a cardia e esôfago, após chegar nessa fase ele passa para o omaso e abomaso.
Ocorre uma pausa entre as regurgitações, de 30 minutos a 1:30 hrs entre as regurgitações
O número e duração dos ciclos de regurgitação depende do teor e tamanho da fibra.
Os pequenos ruminantes por ingerirem folhas menores acabam apresentando um tempo de ruminação menor.
A bactérias presentes no rúmen além da secreção de enzimas que quebram a celulose, como a celulase, elas também servem para a proteção do rúmen.
- pH menor que 6, realiza a inibição das bactérias fermentadoras de celulose e redução da síntese de proteína bruta microbiana. Temos tanto bactérias gram-positivas, quanto gram-negativas no rúmen. As bacterias gram-positivas preferem um meio ácido, enquanto que as gram-negativas nao conseguem viver em um ambiente muito ácido, com um pH menor que 6, dessa forma, se um animal ingere muito concentrado o rúmen se tornar ácido o que irá contribuir para a proliferação de bactérias gram-positivas, e levar a morte de bactérias gram-negativas (que são importantes para o controle das bactérias gram-positivas), sem um controle por parte das gram-negativas, e um ambiente favorável para a sua proliferação, essas bactérias podem vir a causar uma acidose. 
Um animal que ingere muito concentrado pode desenvolver acidose ruminal que irá culminar em uma acidose metabólica, tornando o rúmen acido e desfavorável para as bactérias gram-negativas.
Os protozoários possuem a capacidade de ingerir as bactérias para controlar a microbiota, eles também podem armazenar amido e proteínas (substratos rapidamente fermentáveis > as bactérias necessitam deles).
Eles tem a capacidade de liberar essas proteínas e amido quando for necessário, e as bactérias que, por exemplo, podem estar em uma pequena quantidade no rúmen, começam a se proliferar, e um equilíbrio ocorre novamente. Graças a esse mecanismo os protozoários modulam e realizam a manutenção do metabolismo.
As bactérias irão quebrar carboidratos e compostos nitrogenados. Os carboidratos são para fonte de energia e os compostos nitrogenados são para obtenção de proteínas. A presença desses compostos são necessários para que ocorra o processo de fermentação
A fermentação resulta em produção de ácidos graxos de cadeia curta, proteína microbiana, vitaminas do complexo B e vitamina K, amônia, nitrato etc.
Os gases são produtos de fermentação;
As bactérias quebram a glicose e geram atp para elas mesmas, e no final elas irão gerar produtos que não serão utilizadas por elas, ácidos graxos: acetato, butirato e propionato, que serão absorvidos no rúmen, e servirão de energia para o animal.
Existem bactérias metanogênicas, ou seja, que produzem o metano (gás) através da quebra da celulose, o que explica a presença de gases no rúmen.
O equino é um herbívoro não ruminante capaz de suprir grande parte ou a totalidade da sua demanda nutricional pela ingestão de gramíneas. Apresenta a região ceco-cólica bastante desenvolvida, sendo este o principal sítio de fermentação. 
CONTRAÇÕES:
CONTRAÇÃO PRIMÁRIA: Ocorre primeiramente uma contração parcial do retículo, e a parte pastosa é jogada para a região caudal do rúmen; 
A prega ruminorreticular se suspende para fazer com que ocorra essa contração primária; A parte pastosa fica no rúmen e a parte liquida é jogada no omaso.
A parte sólida é jogada para o retículo; 
CONTRAÇÃO SECUNDÁRIA: contração do saco cego caudal (tanto a porção dorsal, quanto a porção ventral) que faz com que os gases sejam jogados em direção a cardia na porção cranial para serem eliminados na forma de arroto. 
CICLO DA UREIA NOS BOVINOS
Temos por fim, mas não menos importante o ciclo da uréia! Os bovinos necessitam de proteínas assim como nós seres humanos, no enquanto, como sabemos, estes animais ingerem apenas gramíneas, que apresentam um baixo valor protéico, sendo muitas vezes necessário a adição de uréia na dieta do animal, substância que irá auxiliar na obtenção de compostos nitrogenados essenciais para fazer com que os bovinos consigam adquirir proteínas microbianas.
A uréia quando ingerida pelos bovinos, sofre hidrolise no rúmen pela ação das bactérias que vivem em comensalismo na região, a urease é uma enzima produzidapor bactérias, plantas, fungos, algas e invertebrados e possui função catalítica de hidrolisar a uréia. As bactérias consomem a quantidade de uréia necessária, obtendo dessa forma proteína microbiana, e transformam a porção restante em amônia. Essa amônia é enviada para o fígado, local onde a mesma é transformada em uréia novamente. Essa nova uréia é absorvida e enviada para as glândulas salivares, para o rúmen e uma pequena porção é excretada na urina desses animais. A uréia que retorna ao rúmen, será utilizada pelas bactérias presentes no local novamente para obtenção de mais proteína microbiana, e dessa forma o ciclo reinicia.
 (
O 10 VEM!!!!
 O PROF
 FABIANO VAI SE IMPRESSIONAR COM A NOSSA
 
INTELIGÊNCIA
)
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
(COLOCAR LINK DO VIDEO QUE ASSISTI PARA FAZER O RESUMO)

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