Buscar

Aspectos gerais e uso racional dos Fármacos Antibacterianos

Prévia do material em texto

PROFA. ANGELA TRINDADE
Tópicos
Conceitos 
importantes
Breve histórico do 
desenvolvimento 
dos quimioterápicos 
antibacterianos
Classes de 
antibacterianos
Espectro 
antibacteriano
Resistência 
bacteriana
Tipos de 
tratamentos com 
antimicrobianos
Escolha do 
antibacteriano
Classificação 
AWaRe - OMS
Dose e esquema 
posológico
Associação de 
fármacos 
antibacterianos
2
Quimioterapia
 Uso dos fármacos para:
Prevenção e tratamento de doenças causadas por parasitas
Tratamento do câncer
 Ideal  Fármacos “seletivos” para parasitas ou células cancerígenas
 Sem prejudicar as células do hospedeiro ou células sadias
Quimioterápicos usados no tratamento do câncer: “seletividade” para 
as células cancerosas é difícil; muitos efeitos adversos
Conceitos importantes
3
4
Antimicrobianos
 Agentes empregados para prevenção e tratamento de 
infecções provocadas por microrganismos
Antibacterianos
Antifúngicos
Antivirais
Antiprotozoários  Antiparasitários
Antissépticos
5
 Antissépticos: agentes biocidas normalmente utilizados para inibir 
crescimento de microrganismos em tecidos vivos, pele e mucosas
• Clorexidina
• Álcool etílico (70%) 
• Iodopovidona
• Permanganato de potássio 
• Violeta de genciana
• Peróxido de hidrogênio.
Antissépticos tópicos (pele e mucosas): 
• Metenamina (pH 5,5 ou menor da urina: 
formaldeído)
• Nitrofurantoína (nitrofuranos)
• Ácido nalidíxico (quinolona)
Antissépticos urinários:
6
 Antibióticos (origem natural ou análogos sintéticos de produtos de 
origem natural)
Benzilpenicilina
Penicillium sp.
N
O
NHC
O
S
CH3
CH3
COOH
Ampicilina
N
O
NHC
O
S
CH3
CH3
COOH
NH2
Prontosil Sulfanilamida Sulfametoxazol
in vivo
Antibacterianos
 Agentes empregados para tratamento de infecções 
provocadas por bactérias
 Antibacterianos sintéticos
7
Antibióticos
 Substâncias químicas específicas derivadas de, ou produzidas 
por organismos vivos, bem como seus análogos estruturais 
obtidos por síntese
 Capazes de inibir, em baixas concentrações, processos vitais 
de uma ou mais espécies de microrganismos
 Portanto:
 1. É um produto de metabolismo (podendo ser
duplicado ou antecipado por síntese);
 2. Antagoniza o crescimento ou sobrevivência
de uma ou mais espécies de microrganismos;
 3. É efetivo em baixas concentrações.
 Classificação:
 Estrutura química do seu farmacóforo: Aminoglicosídeos, Tetraciclinas, 
Macrolídeos
 Origem biológica: Penicilinas, Cefalosporinas
 Classe e o espectro de microrganismos que ele destrói
 Os processos bioquímicos com os quais interfere
Antibacterianos
Exemplos
9
Classes
Breve histórico do desenvolvimento 
dos quimioterápicos antibacterianos
 ~ 3.000 anos a.C.: Egípcios usavam ervas 
medicinais e outros produtos como leite, mel, sal 
ou cerveja, e o uso de “invocações mágicas” 
para o tratamento de feridas infectadas. 
 Papiros de Ebers e outros.
 Até séc. 18: Uso empírico de plantas, 
minerais, órgãos ou secreção de animais 
e outros materiais para o tratamento de 
doenças infecciosas.
10
 Descoberta das bactérias: séc. 16, por Anton van 
Leewenhoek (animálculos)
 Meados do séc. 19: Louis Pasteur e Robert Koch 
comprovaram o papel patogênico de alguns 
microrganismos e a sua transmissibilidade.
Robert Koch
Premio Nobel 
de Fisiologia e 
Medicina 1905 
• Mycobacterium 
tuberculosis (bacilo de Koch)
• Bacillus anthracis
• Vibrio cholerae
Louis Pasteur
Anton van Leewenhoek
• Teoria da causa microbiana de certas doenças
• Processo de esterilização por pasteurização
• Vacina antirrábica
11
 Século 19: Medidas sanitárias, adotadas previamente a procedimentos 
cirúrgicos e obstétricos, capazes de reduzir significativamente as 
infecções pós-operatórias.
Lavagem das mãos por Semmelweis
Esterilização por pulverização de 
uma solução de fenol (ácido 
carbólico), introduzida por Joseph 
Lister
12
 Séc. 20: Era de Ouro na descoberta de Antibacterianos
 1907: Paul Ehrlich: “Pai” da Quimioterapia Moderna
Arsfenamina (“Salvarsan”)
- 1909: tratamento de 
tripanossomas e outros 
protozoários
- 1910: ativo contra Treponema 
pallidum, causador da sífilis
- Hoechst
“Bala mágica”
Paul Ehrlich
Prêmio Nobel de 
Medicina 1908
13
Tratamento de escolha da 
sífilis até 1940 quando foi 
substituído pela penicilina G
 Início do século 20: Químicos Mietzsch e Klarer (IG 
Farbenindustrie/Bayer) - síntese de azocorantes como possíveis 
antimicrobianos  Prontosil rubrum (corante vermelho brilhante)
 1932: Médico alemão Gerhard Domagk (Bayer) observou que o 
Prontosil curava camundongos infectados por estreptococos (não 
era ativo in vitro)
 1935: Uso na terapêutica da sulfanilamida  desenvolvimento de 
novas sulfonamidas
Gerhard Domagk
Prêmio Nobel de 
Fisiologia ou 
Medicina de 1939 
(recebeu em 1947)
14
in vivo
Prontosil Sulfanilamida
(metabólito ativo)
 1929: Alexander Fleming descobre acidentalmente a 
propriedade antibacteriana da penicilina (fungo Penicillium
notatum) 
 Inibição do desenvolvimento de estafilococos ao redor 
de colônias de fungos, em placas de Petri
Prêmio Nobel de 
Fisiologia ou Medicina 
de 1945
15
 1939: Florey e Chain isolaram e 
identificaram a penicilina G 
(benzilpenicilina), possibilitando sua 
obtenção e uso terapêutico
Howard Florey Ernst Chain
penicilina G
16
 Busca e introdução na terapêutica de novos antibacterianos naturais ou obtidos por 
síntese, até os dias atuais
 II Guerra Mundial: pressão para obtenção dos antibióticos
 Rápido desenvolvimento do método de produção pela indústria
https://hannemanarchive.com/2014/
12/12/history-of-pharmacy/image-41/
https://trowbridgegallery.co
m.au/product/hom-fleming-
the-era-of-antibiotics/
Os antibacterianos são coloridos por
sua fonte: verde = actinomicetos,
azul = outras bactérias, roxo =
fungos e laranja = sintético. Na
parte inferior da linha do tempo
estão as datas-chave relacionadas
à descoberta de antibacterianos e
resistência antimicrobiana, incluindo
os primeiros relatos de cepas de S.
aureus resistentes à meticilina
(MRSA), enterococos resistentes à
vancomicina (VRE), S. aureus
resistente à vancomicina (VRSA) e
resistência à colistina transmitida por
plasmídeo em Enterobacteriaceae.
www.sciencedirect.com Current
Opinion in Microbiology 2019, 51:72–
80
 Linha do tempo da descoberta e emprego dos fármacos antibacterianos:
17
http://www.sciencedirect.com/
18
Classes de antibacterianos
 Antibacterianos de origem sintética
 Sulfonamidas
 Trimetoprim
 Fluoroquinolonas
 Nitroimidazólicos
 Nitrofuranos
 Oxazolidinonas
19
Sulfametoxazol Trimetoprim
Levofloxaxino Metronidazol Nitrofurantoína
20
 Antibióticos (antibacterianos de origem biológica e seus 
análogos sintéticos)
 Penicilinas
 Cefalosporinas
 Carbapenens
 Tetraciclinas e Glicilciclinas
 Macrolídeos e Cetolídeos
 Macrocíclicos
 Aminoglicosídeos
 Polipeptídicos
 Lipoglicopeptídicos
 Polimixinas
 Rifamicinas
 Lincosamidas
 Estreptograminas
 Cloranfenicol
 Clindamicina
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-
infecciosas/bact%C3%A9rias-e-f%C3%A1rmacos-antibacterianos/
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm
/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/conceitos.htm
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bact%C3%A9rias-e-f%C3%A1rmacos-antibacterianos/
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/conceitos.htm
21
Nome Data da 
descoberta
Microrganismo
Penicilina 1929-40 Penicillium notatum
Tirotricina 1939 Bacillus brevis
Griseofulvina
1939
1945
Penicilium griseofulvum
Penicillium janczewski
Estreptomicina 1944 Streptomyces griseus
Bacitracina 1945 Bacillus lincheniformis
Cloranfenicol 1947 Streptomyces venezuelae
Polimixina 1947 Bacillus polymyxa
Framicetina 1947-53 Streptomyces lavendulae
Clortetraciclina 1948Streptomyces aureofaciens
Cefalosporina C, N e P 1948 Cephalosporium sp
Neomicina 1949 Streptomyces fradiae
Oxitetraciclina 1950 Streptomyces rimosus
Nistatina 1950 Streptomyces noursei
Eritromicina 1952 Streptomyces erithreus
Espiramicina 1954 Streptomyces ambofaciens
Vancomicina 1956 Streptomyces orientalis
Kanamicina 1957 Streptomyces kanamyceticus
Ácido fusídico 1960 Fusidium coccineum
Lincomicina 1962 Streptomyces lincolnensis
Gentamicina 1963 Micromonospora purpúrea
Tobramicina 1968 Streptomyces tenebraeus
Fontes: 
Bactérias (67,1%: 
Actynomycetales: 58,2%;
Eubacteriales (Baccili): 7,7%;
Pseudomonales: 1,2%) 
Fungos (18,1%)
Plantas superiores (12,1%)
Animais (1,8%)
Algas e liquens (0,9%)
Síntese química de
antibióticos naturais e seus
análogos.
Espectro antibacteriano
 Ação do antibacteriano sobre diferentes tipos e espécies de 
bactérias
 São normalmente classificados de acordo com a abrangência 
(número de espécies em que é ativo)
 Espectro estreito
 Espectro estendido
 Amplo espectro
22
23
24
ITU: infecção do trato urinário
25
Continuação
26
Resistência bacteriana
 Desenvolvimento de resistência antimicrobiana
 Evolução
 Práticas clínicas/ambientais inadequadas
27
28
 Uso inadequado de antibacterianos: Risco de “Superinfecções” 
e infecções múltiplas
Antimicrobianos de amplo espectro ou 
associações de antimicrobianos
Seleção e proliferação de 
microrganismos oportunistas: 
fungos e bactérias resistentes
Alterações na microflora normal dos 
tratos respiratório superior, oral, intestinal 
e genitourinário
 Resistência inerente ao 
microrganismo
 Ex: a maioria dos microrganismos 
gram-negativos é inerentemente 
resistente à penicilina G e 
vancomicina
Resistência primária Resistência secundária
29
 Microrganismos sensíveis tornam-
se resistentes ao antimicrobiano
Aumento CI50 Diminuição Emáx
 Alterações genéticas que geram 
resistência
 Mutações espontâneas do DNA
 Material genético recebido de outro 
microrganismo
 Via fagos (vírus) - transdução
 Contato bactéria-bactéria formando 
ponte e compartilhando o genoma 
ou plasmídeos - conjugação
 Captação e incorporação ao 
genoma do hospedeiro por 
recombinação homóloga do DNA 
livre liberado no ambiente por outras 
bactérias - transformação
30
 Fatores que resultam em resistência 
microbiana ao fármaco:
 Acesso reduzido do antibiótico ao patógeno
 Aumento da eliminação do antibiótico por 
bombas de efluxo
 Produção e liberação de enzimas 
microbianas que destroem o antibiótico
 Alterações das proteínas-alvos
 Desenvolvimento de vias metabólicas 
alternativas às que foram suprimidas pelo 
antibiótico
 Alterações das proteínas microbianas que 
transformam os pró-fármacos em moléculas 
ativas
31
32
Tipos de tratamentos com antimicrobianos
33
• Deve ser realizado em casos específicos, avaliando-se os riscos e benefícios
➢ Risco de desenvolver resistência bacteriana ao fármaco
➢ Risco de superinfecção (seleção de m.o. resistentes)
 Uso profilático de antimicrobianos:
34
Escolha do antibacteriano
 Como escolher? Base no conhecimento 
farmacológico
 Regra dos 5 “D”s:
1) Diagnóstico correto
2) Fármaco (Drug) adequado
3) Dose certa
4) Duração (tempo) de tratamento correto
5) Descalonamento da terapia (estreitamento do 
espectro antibacteriano)
35
36
 Considerações importantes:
1) Identificação do microrganismo
2) Suscetibilidade do microrganismo com relação 
a um fármaco em particular
3) Local da infecção
4) Fatores do paciente
5) Segurança do fármaco
6) Custo do tratamento
 Orienta a escolha do antimicrobiano
 Casos graves: administração imediata de 
antibacteriano, antes da identificação bacteriana 
e dos testes de suscetibilidade.
 Identificação do microrganismo
Tratamento empírico
Tratamento definitivo
37
 Susceptibilidade do microrganismo ao fármaco 
antibacteriano
Antibiograma
38
 Ação bactericida ou bacteriostática
Fármacos bacteriostáticos
➢ Inibem o crescimento/multiplicação
da bactéria em concentrações séricas
que podem ser alcançadas no
paciente
➢ Limita o agravamento da infecção,
enquanto o sistema imune ataca,
imobiliza e elimina os patógenos
Fármacos bactericidas
➢ Matam as bactérias nas
concentrações séricas do fármaco
alcançadas no paciente
Se o fármaco é removido antes que o
sistema imune tenha eliminado os
microrganismos, pode permanecer um
número viável de microrganismos para
iniciar um segundo ciclo de infecção
39
Linezolida
➢ Bacteriostático contra Staphylococcus
aureus e enterococos
➢ Bactericida contra a maioria das cepas de
S. pneumoniae
➢ É possível que um antimicrobiano seja
bacteriostático para um
microrganismo e bactericida para
outro.
40
 Potência do antimicrobiano:
 Efeito inibitório máximo (Emáx)
 Concentração inibitória de 50% 
(CI50 ou CE50)
 Fator de Hill (H): inclinação da 
curva
Curva-padrão de Hill
Hilal-Dandan, Randa; Brunton, Laurence. Manual de Farmacologia e Terapêutica de Goodman & Gilman (p. 2021). 
AMGH. Edição do Kindle. 
41
 Determinação de CIM e CBM:
42
Concentração inibitória mínima (CIM)
 Menor concentração em que não
se observa crescimento visível do
microrganismo após 24 h de
incubação
 Usada comumente na prática para
agilizar o tratamento
Concentração bactericida mínima (CBM)
 Menor concentração de
antibacteriano que resulta em
diminuição de 99,9% na contagem de
colônias após incubação por 24 h de
incubação
 CBM raramente é avaliada na prática
clínica, devido à necessidade de
tempo e de equipamentos
 Local da infecção
Local de administração Local da infecção
Barreiras naturais
Caminhos através da barreira
hematoencefálica. Células endoteliais e pés
finais de astrócitos contêm cinco rotas de
tráfico. Poucos fármacos podem atravessar o
BHE, embora a maioria dos medicamentos
entrem pela via lipofílica no SNC (tamanho não
maior do que 600 Da).
43
Barreira hematoencefálica: células 
endoteliais fundidas por junções 
estreitadas que impedem a passagem 
de praticamente todas as moléculas 
do sangue ao cérebro, exceto as que 
são lipofílicas e pequenas
 Fatores que influenciam a penetração e concentração de 
um antibacteriano no LCS:
1. Lipossolubilidade do fármaco
• Antimicrobianos betalactâmicos
• Ionizados no pH fisiológico, baixa solubilidade em lipídeos  passagem 
limitada pela barreira hematoencefálica intacta
• Em infecções em que o cérebro está inflamado (meningite), a barreira não 
funciona com eficácia e a permeabilidade local aumenta (até para alguns 
betalactâmicos)
• Fármacos lipossolúveis penetram melhor no SNC
• Ex: cloranfenicol
44
2. Massa molecular do fármaco
3. Ligação do fármaco às proteínas plasmáticas
• Compostos com baixa massa molecular  maior capacidade de 
atravessar a BHE
• Compostos com massa molecular elevada (ex: vancomicina) 
penetram pouco, mesmo na presença de inflamação das meninges.
• Taxa elevada de ligação do fármaco às proteínas 
plasmáticas  entrada limitada no LCS.
45
 Fatores relacionados ao paciente
 Sistema imune
 Disfunção renal e hepática (necessidade de adequação da dose)
 Má perfusão (ex: diabetes  má circulação nos membros inferiores)
 Idade (ex: crianças e tetraciclinas)
 Gestação e amamentação
 Outros fatores de risco
 Presença em local com microrganismos resistentes a vários fármacos 
(ex: hospitalização recente, alta frequência na comunidade de 
resistência bacteriana ao fármaco)
Doenças ou tratamentos imunossupressores
46
47
 Risco fetal dos antimicrobianos
 Segurança do fármaco
 Alguns antimicrobianos: bastante seguros
 Toxicidade seletiva para as bactérias (ex: penicilinas)
 Outros antimicrobianos: ação menos específica
 Reservados para o tratamento de infecções ameaçadoras à 
sobrevivência, devido ao potencial para toxicidade grave no paciente 
(ex., cloranfenicol) 
 Custo do tratamento
Fármacos com eficácias similaresCustos muito diferentes
Ex: Tratamento de 
infecções pelo S. aureus 
resistente à meticilina
(MRSA):
vancomicina, clindamicina, 
daptomicina ou linezolida
48
Classificação AWaRe - OMS
 Classificação dos antibacterianos pela OMS
 Auxílio na seleção do antimicrobiano e no desenvolvimento de protocolos 
para uso de antibacterianos
 Acess (Acesso), Watch (Vigilância), Reserve (Reserva)
49
• Antibióticos com atividade contra uma ampla gama de patógenos
suscetíveis comumente encontrados
• Menor potencial de resistência do que antibióticos dos outros grupos
• 48 antibióticos
Acess (Acesso)
https://www.who.int/news/i
tem/01-10-2019-who-
releases-the-2019-aware-
classification-antibiotics
50
Antibiotic Class
Amikacin Aminoglycosides
Amoxicillin Penicillins
Amoxicillin/clavulanic Acid Beta lactam - beta lactamase inhibitor
Ampicillin Penicillins
Ampicillin/sulbactam Beta lactam - beta lactamase inhibitor
Bacampicillin Penicillins 
Benzathine benzylpenicillin Penicillins
Benzylpenicillin Penicillins 
Cefacetrile First-generation cephalosporins
Cefadroxil First-generation cephalosporins
Cefalexin First-generation cephalosporins
Cefalotin First-generation cephalosporins
Cefapirin First-generation cephalosporins
Cefatrizine First-generation cephalosporins
Cefazedone First-generation cephalosporins
Cefazolin First-generation cephalosporins
Cefradine First-generation cephalosporins
Cefroxadine First-generation cephalosporins
Ceftezole First-generation cephalosporins
Chloramphenicol Amphenicols
Clindamycin Lincosamides
Clometocillin Penicillins
Cloxacillin Penicillins
Dicloxacillin Penicillins
Doxycycline Tetracyclines
Antibiotic Class
Flucloxacillin Penicillins
Gentamicin Aminoglycosides
Mecillinam Penicillins 
Metronidazole (IV) Imidazoles
Metronidazole (oral) Imidazoles
Nafcillin Penicillins
Nitrofurantoin Nitrofurantoin
Oxacillin Penicillins
Penamecillin Penicillins 
Phenoxymethylpenicillin Penicillins 
Pivampicillin Penicillins
Pivmecillinam Penicillins
Procaine benzylpenicillin Penicillins
Spectinomycin Aminocyclitols
Sulfadiazine/trimethoprim Trimethoprim - sulfonamide
Sulfamethizole/trimethoprim Trimethoprim - sulfonamide
Sulfamethoxazole/trimethoprim Trimethoprim - sulfonamide
Sulfametrole/trimethoprim Trimethoprim - sulfonamide
Sulfamoxole/trimethoprim Trimethoprim - sulfonamide
Sultamicillin Betalactam - betalactamase inhibitor
Tetracycline Tetracyclines
Thiamphenicol Amphenicols
Trimethoprim Trimethoprim
Grupo Acesso
The 2019 
WHO AWaRe
classification 
of antibiotics 
for 
evaluation 
and 
monitoring of 
use. Geneva: 
World Health 
Organization; 
2019. 
(WHO/EMP/I
AU/2019.11). 
51
• Antibióticos com maior potencial de levar a resistência bacteriana
• Inclui a maioria dos agentes antibacterianos
• Necessidade de monitoramento de uso (controle do uso e verificação 
de resistência)
• 110 antibióticos
Watch (Vigilância)
52Antibiotic Class
Arbekacin Aminoglycosides
Azithromycin Macrolides
Azlocillin Penicillins
Biapenem Carbapenems
Carbenicillin Carboxypenicillins
Cefaclor Second-generation cephalosporins
Cefamandole Second-generation cephalosporins
Cefbuperazone Second-generation cephalosporins
Cefcapene pivoxil Third-generation cephalosporins
Cefdinir Third-generation cephalosporins
Cefditoren pivoxil Third-generation cephalosporins
Cefepime Fourth-generation cephalosporins
Cefetamet pivoxil Third-generation cephalosporins
Cefixime Third-generation cephalosporins
Cefmenoxime Third-generation cephalosporins
Cefmetazole Second-generation cephalosporins
Cefminox Second-generation cephalosporins
Cefodizime Third-generation cephalosporins
Cefonicid Second-generation cephalosporins
Cefoperazone Third-generation cephalosporins
Ceforanide Second-generation cephalosporins
Cefoselis Fourth-generation cephalosporins
Cefotaxime Third-generation cephalosporins
Cefotetan Second-generation cephalosporins
Cefotiam Second-generation cephalosporins
Cefotiam hexetil Second-generation cephalosporins
Cefoxitin Second-generation cephalosporins
Antibiotic Class
Cefozopran Fourth-generation cephalosporins
Cefpiramide Third-generation cephalosporins
Cefpirome Fourth-generation cephalosporins
Cefpodoxime proxetil Third-generation cephalosporins
Cefprozil Second-generation cephalosporins
Ceftazidime Third-generation cephalosporins
Cefteram pivoxil Third-generation cephalosporins
Ceftibuten Third-generation cephalosporins
Ceftizoxime Third-generation cephalosporins
Ceftriaxone Third-generation cephalosporins
Cefuroxime Second-generation cephalosporins
Chlortetracycline Tetracyclines
Ciprofloxacin Fluoroquinolones
Clarithromycin Macrolides
Clofoctol Phenol derivatives
Delafloxacin Fluoroquinolones
Dibekacin Aminoglycosides
Dirithromycin Macrolides
Doripenem Carbapenems
Enoxacin Fluoroquinolones
Ertapenem Carbapenems
Erythromycin Macrolides
Fleroxacin Fluoroquinolones
Flomoxef Second-generation cephalosporins
Flumequine Fluoroquinolones
Fosfomycin (oral) Phosphonics
Fusidic Acid Steroid antibacterials
Grupo Vigilância
The 2019 
WHO AWaRe
classification 
of antibiotics 
for 
evaluation 
and 
monitoring of 
use. Geneva: 
World Health 
Organization; 
2019. 
(WHO/EMP/I
AU/2019.11). 
53
Antibiotic Class
Garenoxacin Fluoroquinolones
Gatifloxacin Fluoroquinolones
Gemifloxacin Fluoroquinolones
Imipenem/cilastatin Carbapenems
Isepamicin Aminoglycosides
Josamycin Macrolides
Kanamycin Aminoglycosides
Latamoxef Third-generation cephalosporins
Levofloxacin Fluoroquinolones
Lincomycin Macrolides
Lomefloxacin Fluoroquinolones
Lymecycline Tetracyclines
Meropenem Carbapenems
Metacycline Tetracyclines
Mezlocillin Penicillins
Micronomicin Aminoglycosides
Midecamycin Macrolides
Minocycline (oral) Tetracyclines
Moxifloxacin Fluoroquinolones
Neomycin Aminoglycosides
Netilmicin Aminoglycosides
Norfloxacin Fluoroquinolones
Ofloxacin Fluoroquinolones
Oleandomycin Macrolides
Oxytetracycline Tetracyclines
Panipenem Carbapenems
Pazufloxacin Fluoroquinolones
Pefloxacin Fluoroquinolones
Antibiotic Class
Pheneticillin Penicillins
Piperacillin Penicillins 
Piperacillin/tazobactam
Beta lactam - beta lactamase inhibitor
(anti-pseudomonal)
Pristinamycin Streptogramins
Prulifloxacin Fluoroquinolones
Ribostamycin Aminoglycosides
Rifabutin Rifamycins
Rifampicin Rifamycins
Rifamycin Rifamycins
Rifaximin Rifamycins
Roxithromycin Macrolides
Rufloxacin Fluoroquinolones
Sisomicin Aminoglycosides
Sitafloxacin Fluoroquinolones
Sparfloxacin Fluoroquinolones
Spiramycin Macrolides
Spiramycin/metronidazole Combination of antibiotics
Streptomycin Aminoglycosides
Sulbenicillin Penicillins
Tebipenem Carbapenems
Teicoplanin Glycopeptides
Telithromycin Macrolides
Temocillin Carboxypenicillins
Ticarcillin Carboxypenicillins
Tobramycin Aminoglycosides
Tosufloxacin Fluoroquinolones
Vancomycin (IV) Glycopeptides
Vancomycin (oral) Glycopeptides
The 2019 
WHO AWaRe
classification 
of antibiotics 
for 
evaluation 
and 
monitoring of 
use. Geneva: 
World Health 
Organization; 
2019. 
(WHO/EMP/I
AU/2019.11). 
54
• Antibióticos que devem ser reservados para o tratamento de infecções 
devido a organismos multirresistentes, confirmadas ou suspeitas
• Devem ser usados como "último recurso"
• Uso deve ser direcionado a pacientes e condições altamente 
específicas, quando todas as alternativas falharam ou não são 
adequadas
• Deve ter o uso controlado e registrado, para preservar sua eficácia
• 22 antibióticos
Reserve (Reserva)
55Antibiotic Class
Aztreonam Monobactams
Ceftaroline fosamil Fifth-generation cephalosporins
Ceftazidime-avibactam Third-generation cephalosporins
Ceftobiprole medocaril Fifth-generation cephalosporins
Ceftolozane-tazobactam Fifth-generation cephalosporins
Colistin Polymyxins
Dalbavancin Glycopeptides
Dalfopristin-quinupristin Streptogramins
Daptomycin Lipopeptides
Eravacycline Tetracyclines
Faropenem Penems
Fosfomycin (IV) Phosphonics
Linezolid Oxazolidinones
Meropenem-vaborbactam Carbapenems
Minocycline (IV)Tetracyclines
Omadacycline Tetracyclines
Oritavancin Glycopeptides
Plazomicin Aminoglycosides
Polymyxin B Polymyxins
Tedizolid Oxazolidinones
Telavancin Glycopeptides
Tigecycline Glycylcyclines
Grupo Reserva
The 2019 
WHO AWaRe
classification 
of antibiotics 
for 
evaluation 
and 
monitoring of 
use. Geneva: 
World Health 
Organization; 
2019. 
(WHO/EMP/I
AU/2019.11). 
56
https://www.researchgate.net/journal/Asian-Journal-of-Medical-Sciences-2091-0576
 Seleção da melhor dose e frequência de administração
 Resulta em melhores resultados clínicos
 Pode diminuir o desenvolvimento de resistência bacteriana
 Vias de administração (ação sistêmica):
 Via oral: Infecções leves e moderadas (via preferencial)
 Via parenteral:
• Infecções graves (exigem concentração plasmática elevada e o 
controle da dosagem)
• Fármacos pobremente absorvidos pelo TGI: Benzilpenicilina, 
vancomicina, aminoglicosídeos, anfotericina B
Dose e esquema posológico
57
Propriedades farmacodinâmicas (PD): 
relação entre a concentração e o 
efeito antimicrobiano do fármaco
Propriedades farmacocinéticas (PK): 
absorção, distribuição, 
biotransformação, eliminação
Diferentes classes de 
antibacterianos: 
Diferentes 
propriedades PK e PD
 Esquema de administração: relacionado com 
propriedades PK/PD
58
PK
Efeito tempo dependente
Efeito concentração-dependente
Efeito pós-antibacteriano
PD
 Tipos de propriedades de PK/PD dos antibacterianos:
➢ Efeito antibacteriano dependente da concentração
➢ Efeito antibacteriano dependente do tempo acima do CIM
➢ Efeito pós-antimicrobiano
Refletem a relação entre concentração plasmática, tempo acima do CIM e 
efeito antibacteriano 
59
 Efeito antibacteriano dependente da concentração (dose-
dependente)
 A ação antibacteriana aumenta 
proporcionalmente com o aumento da dose 
(concentração sérica)
 Podem ser ativos com uma única dose diária, 
com concentração alta
Ex:
• Aminoglicosídeos
• Fluoroquinolonas
• Daptomicina
60
Índice PK/PD:
Cmáx/CIM
ASC/CIM
 Efeito bactericida dependente do tempo acima do CIM 
(tempo-dependente)
 Efeito é melhor quando a concentração sérica 
se mantém acima da CIM por um tempo maior
 Independe da concentração sérica, desde 
que esteja acima do CIM
Ex:
• Antibióticos 
betalactâmicos
61
Índice PK/PD:
% T > CIM
ASÍN-PRIETO, E.; RODRÍGUEZ-GASCON, A.; ISLA, A. Journal of Infection and Chemotherapy, v. 21, p. 319-329, 2015.
Dose dependente
Tempo dependente
62
ASÍN-PRIETO, E.; RODRÍGUEZ-GASCON, A.; ISLA, A. Journal of Infection and Chemotherapy, v. 21, p. 319-329, 2015.
63
 Efeito pós-antimicrobiano
 Efeito pós-antibiótico (EPA): quando o efeito persiste por muito tempo 
depois que as concentrações do antibiótico declinam abaixo da CIM.
 Ocorre com alguns antibacterianos dose-dependentes
Ex:
• Rifampicina – Mycobacterium turbeculosis
64
Conc. no parasita > Conc. plasmática
Interação com sítio de ação duradoura
ASÍN-PRIETO, E.; RODRÍGUEZ-GASCON, A.; ISLA, A. Journal of Infection and Chemotherapy, v. 21, p. 319-329, 2015.
 Seleção do melhor esquema posológico (eficácia)
 Determinado por ASC/CIM, CPmáx/CIM ou por T > CIM.
 Duração: melhor evidência prática disponível 
65
Tratamento mais curto possível, garantindo a eficácia do tratamento 
Infecções trato respiratório superior: ~7 dias
X
Tuberculose: 6 meses
Associação de fármacos antibacterianos
 Recomendável  um fármaco único mais específico contra o 
microrganismo infectante
 Reduz a possibilidade de superinfecções
 Diminui o surgimento de microrganismos resistentes
 Algumas situações exigem a associação de antimicrobianos: 
tratamento da tuberculose, endocardite enterocócica
66
 Vantagens da associação de antimicrobianos
 Sinergismo entre algumas classes (associação é mais eficaz 
do que cada um dos fármacos usados separadamente)
 Ex: b-lactâmicos e os aminoglicosídeos
 Desvantagens da associação de antimicrobianos
 Interferência de um fármaco bacteriostático na ação de um 
fármaco bactericida
 Ex: tetraciclinas (bacteriostáticas) podem interferir no efeito 
bactericida de penicilinas e cefalosporinas
 Risco de seleção e o desenvolvimento de resistência aos 
antimicrobianos
67
Bibliografia
 BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. Goodman and Gilman’s The Pharmacological Basis of 
Therapeutics. 12th ed. McGraw-Hill. Cap. 48. 2011. (edição eletrônica)
 HILAL-DANDAN, R.; BRUNTON, L. Manual de Farmacologia e Terapêutica de Goodman & Gilman. 2ª ed., Porto 
Alegre: AMGH. Cap. 48, p. 2020-2048, 2015. Edição do Kindle.
 KISGEN, J. Princípios do tratamento antimicrobiano. In: WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia 
Ilustrada. 6ª . ed. Porto Alegre: Artmed. Cap. 37, p. 471-482, 2016.
 RITTER et al., Rang e Dale Farmacologia. 9ª ed. Rio de Janeiro: GEN Grupo Editorial Nacional. Cap. 51, p. 649-
660. 2020.
 https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bact%C3%A9rias-e-
f%C3%A1rmacos-antibacterianos/
 https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/conceito
s.htm
 https://www.who.int/news/item/01-10-2019-who-releases-the-2019-aware-classification-antibiotics
68
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bact%C3%A9rias-e-f%C3%A1rmacos-antibacterianos/
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/conceitos.htm
https://www.who.int/news/item/01-10-2019-who-releases-the-2019-aware-classification-antibiotics

Continue navegando