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PRÁTICAS 
CORPORAIS 
DE AVENTURA
Salime Donida Chedid Lisboa
Práticas corporais 
de aventura: origem 
e conceitos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir a origem das práticas corporais de aventura.
 � Conceituar práticas corporais de aventura.
 � Identificar as modalidades das práticas corporais de aventura.
Introdução
As práticas corporais de aventura vêm ganhando cada vez mais aten-
ção em diversos setores (econômico, social, esportivo, educativo, etc.), 
devido ao seu amplo desenvolvimento e repercussão nos últimos anos, 
incluindo o aumento no número de praticantes e o surgimento de novas 
modalidades. Acredita-se que essa crescente inserção na sociedade 
é impulsionada pelo desejo do homem de experimentar novidades, 
emoções e sensações — seja na terra, na água ou no ar — na forma de 
recreação, esporte ou lazer.
Essas atividades geralmente são realizadas em contato com a natureza, 
podendo apresentar um formato organizado ou não. Seus principais 
objetivos englobam a melhora da condição física e psicológica, o desen-
volvimento das relações sociais, a recreação e o lazer e/ou a obtenção de 
resultados em competições. Além disso, essas práticas devem contribuir 
para o desenvolvimento local ambiental, econômico e sociocultural.
Neste capítulo, você conhecerá a origem e a evolução dos esportes 
de aventura, desde a primeira modalidade criada até o impacto dessas 
atividades atualmente. Além disso, conhecerá diferentes conceitos para 
os variados termos utilizados para designar essas práticas. Por fim, es-
tudará as modalidades dos esportes de aventura, suas classificações e 
características. 
Origem das práticas corporais de aventura
O ser humano, ao longo de sua evolução, sempre foi movido por práticas en-
volvendo desafios e aventuras. Antigamente, tendo-se em vista a forte relação 
humana com a natureza, técnicas e equipamentos foram criados pelo homem 
como forma de superação às adversidades naturais. Essas criações serviram 
de base para as atividades de aventura praticadas hoje em dia, sejam elas para 
lazer ou para competições esportivas. “Muitos dos esportes modernos tomaram 
forma a partir de atividades ancestrais sendo então institucionalizados com 
regras específicas e por entidades gestoras” (CANTORANI; PILATTI, 2005).
Inicialmente, as energias humanas se manifestaram como experiências de 
aventura para sobreviver e controlar o meio ambiente. Os povos primitivos 
obviamente levavam vidas aventureiras, porém eram limitados pelas condições 
em que viviam, de modo que não podiam apreciar essa aventura ou procurá-la 
deliberadamente. Entretanto, com o início da agricultura, de leis, cidades e 
governos, prevaleceu na sociedade uma relativa ordem e segurança. Por conta 
disso, a aventura não desapareceu, porém foi deslocada da população em geral 
para as atividades de guerreiros, comerciantes, marinheiros e exploradores 
(EWERT; HOLLENHORST, 1990). 
Um dos primeiros relatos documentados de aventura data de 2600 a.C., 
no qual foi anunciado 40 carregamentos de cedro exportados do Líbano para 
o Egito. No entanto, a primeira viagem documentada a mares desconhecidos 
ocorreu em 2500 a.C., com uma expedição com duração de quatro anos do 
Egito para uma terra misteriosa, em busca de bens importados. Em contra-
partida, na Grécia, as atividades de escalar montanhas, caçar e andar a cavalo 
eram aspectos importantes da educação de uma criança, pois a aventura era 
vista como uma forma de preparar física e emocionalmente os jovens como 
cidadãos e soldados. Além disso, o conceito de lazer também surgiu na Grécia 
Antiga, uma vez que foram os gregos que lançaram as bases para a realização 
de atividades aparentemente inúteis e improdutivas na época, como aventuras 
(EWERT; HOLLENHORST, 1990).
Na Idade Média, os interesses comerciais europeus levaram à busca de uma 
rota marítima para o Extremo Oriente. Desde então, a riqueza foi acumulada, 
a religião foi estabelecida e novas terras foram exploradas, porém a busca pela 
aventura não parou, mas sim ganhou um novo significado. A apreciação da 
aventura passou a ser considerada um passatempo da classe de lazer. Mesmo 
na América, com a expansão da civilização, que havia isolado o morador 
urbano de riscos e dificuldades, as viagens de aventura apresentaram uma 
alternativa à vida civilizada. Com isso, ações legislativas importantes para 
Práticas corporais de aventura: origem e conceitos2
a recreação de aventura foram criadas, como a proteção de áreas selvagens, 
corredores de rios e trilhas, possibilitando oportunidades para que muitas 
pessoas pudessem experimentar a aventura. Além disso, várias organizações 
que oferecem viagens e experiências em ambientes naturais foram forma-
das durante esse período, incrementando o sentimento pela vida aventureira 
(EWERT; HOLLENHORST, 1990).
O processo de busca pela natureza também causou um importante reflexo 
na área esportiva. De modo geral, foi a partir dos anos 70 que se observou um 
crescente desenvolvimento das práticas corporais de aventura, tanto em relação 
à diversificação quanto à maior atenção para a organização das modalidades 
(COSTA, 2000; MARINHO; BRUHNS, 2003). Esse amplo crescimento dos 
esportes e das atividades de contato com a natureza gerou regulamentações 
de procedimentos, por meio da criação de Associações Internacionais, orga-
nizações de jogos e eventos, visto que essas atividades constituíam uma área 
de exploração de mercado. 
Assim, os esportes de aventura evoluíram e, hoje, são considerados “moder-
nos”. Os esportes modernos possuem várias características que os afastam de 
seus princípios e objetivos lúdicos, como oportunidades competitivas, presença 
de regras, racionalização, internacionalização, organização, impulso para a 
quantificação e busca de recordes (XAVIER et al., 2011).
No Brasil, a consolidação dessas atividades ocorreu um pouco mais tarde, 
por volta da década de 80, porém, atualmente, suas práticas se equiparam às 
dos demais países. Desde então, as modalidades de aventura são realidade no 
Brasil, sendo amplamente apresentadas em eventos relacionados a surfe, skate, 
paraquedismo, corrida de aventura e muitos outros. Além disso, diversos do-
cumentários sobre expedições e reportagens ecoturísticas são divulgados, uma 
vez que são atrativos para diferentes faixas etárias da população (FRANCO, 
2008). Como consequência dessa evolução, observa-se uma diminuição do 
nível de riscos envolvidos, pois, devido à demanda, conta-se com empresas 
especializadas em equipamentos de segurança cada vez mais sofisticados.
Alguns autores apontam o surfe (caracterizado pela utilização de prancha 
e pelo domínio corporal na tentativa de desbravar ondas) como o precursor 
dos esportes de aventura, tendo sua origem por volta do século XVIII (CAN-
TORANI; PILATTI, 2005). O surfe é considerado uma modalidade antiga, 
sendo sua origem ligada a uma prática dos reis havaianos, na qual somente 
eles podiam desfrutar do prazer de deslizar sobre as ondas. Já o nascimento 
do surfe moderno (1913–1915) é atribuído ao havaiano Duke Paoa Kanamoku, 
um atleta campeão olímpico de natação que dedicava seu tempo à realização 
3Práticas corporais de aventura: origem e conceitos
de apresentações do surfe em diversos locais do mundo, promovendo popu-
laridade à sua prática (ALMEIDA et al., 2012).
Apesar de o surfe ter sido originado no Hawaii, o surfe moderno começou 
na Califórnia e se difundiu à Austrália. Na época, a modalidade era considerada 
uma “experiência de liberdade”, significando mais do que uma atividade de 
lazer aos seus adeptos. Além disso, para os jovens, tornou-se uma categoria 
social na Austrália. Por volta de 1960, as competições de surfe começaram a 
se expandir e, com o passar do tempo, se tornaram alvo de investimento, re-
sultando na profissionalização do esporte (GIANNOULAKIS; PURSGLOVE, 
2017).
Essa modalidade vem evoluindo gradativamente no que diz respeito aos 
equipamentose, consequentemente, à forma de realização. No início, eram 
utilizados enormes objetos de madeira feitos a partir de troncos de árvores como 
equipamento. Com o passar do tempo, no entanto, o tamanho das pranchas 
foi sendo reduzido, e o material utilizado foi alterado para poliuretano com 
cobertura de fibra de vidro, melhorando de forma significativa os resultados 
obtidos pelos praticantes (CANTORANI; PILATTI, 2005).
No Brasil, a modalidade começou a tornar-se popular durante a década 
de 1950, quando um grupo de cariocas desceu as ondas de Copacabana com 
pranchas de madeira. No entanto, foi apenas em 1964 que as primeiras pran-
chas de fibra de vidro chegaram ao país, importadas da Califórnia. No ano 
seguinte, em junho de 1965, foi fundada a Federação Carioca, considerada 
a primeira entidade de surfe do Brasil. Apesar da Federação ter organizado 
um campeonato em outubro desse mesmo ano, o surfe foi reconhecido como 
esporte apenas em 1988 (CANTORANI; PILATTI, 2005).
A partir do surfe surgem outras modalidades que se enquadram à caracte-
rística de aventura, como skysurf, snowboard, windsurf, wakeboard, e outros 
não derivados do surfe, como bungee jump, rafting, rapel, escalada, entre 
outros (CANTORANI; PILATTI, 2005). 
A modalidade skate foi inventada por surfistas da Califórnia, no fim da década de 1950, 
que, descontentes como o mar flat (sem ondas), que se prolongava por vários verões, 
resolveram desmontar os patins, utilizando os eixos e as rodinhas embaixo de uma 
tábua de madeira (com o tamanho aproximado de uma pequena prancha de surfe) 
(UVINHA, 2001).
Práticas corporais de aventura: origem e conceitos4
Em contrapartida, o montanhismo (prática de atividades em ambiente 
montanhoso) é outra modalidade que pode ser considerada precursora desses 
esportes, uma vez que as primeiras técnicas foram desenvolvidas também no 
século XVIII (RUBIO, 2019).
A primeira expedição registrada de montanhismo por questão de aventura 
ocorreu nos Alpes, em 1739, e foi seguida por um fascínio europeu generalizado 
pela atividade. Em 1760, um cientista de Genebra ofereceu um belo prêmio pela 
primeira ascensão do Monte Blanc, mas foi apenas em 1786 que um médico e 
seu guia conseguiram essa façanha. A partir de então, o alpinismo rapidamente 
se espalhou para outras áreas montanhosas. Na década de 1850, era comum 
ver cordas de “turistas” amarradas nas geleiras dos picos mais acessíveis, 
evidenciando o sucesso da prática. Escolas de montanhismo também foram 
formadas na época, para preparar guias na arte de escalar e fazer trekking 
com seus clientes (EWERT; HOLLENHORST, 1990).
No fim do século XX, afetado pelos cantos do imaginário esportivo, 
a modalidade torna-se presente no universo do montanhismo em características 
esportivas, com competições, regras, padronizações e processos de formação 
institucional, sendo nomeada escalada esportiva (VELOSO, 2018).
O slackline surgiu no início de 1980 com o escalador Adam Grosowsky, na Califórnia, que, 
em 1983, decidiu ancorar uma fita de escalada de seu equipamento em dois pontos 
distantes na posição horizontal a 3.000 metros de altura. Todavia, nessa oportunidade, 
faltou-lhe coragem para a realização da travessia. Outros escaladores relatam que, 
em um momento que não existia condição para a prática da escalada, um grupo de 
escaladores esticou suas fitas e começou a se equilibrar sobre elas; eles descobriram, 
então, que o grupo estava treinando para um melhor desempenho no momento da 
prática da escalada (CARDOZO; COSTA NETO, 2010).
Além do âmbito esportivo, social e econômico, as práticas corporais de 
aventura atualmente vêm ganhando atenção na educação, mais especifica-
mente na área da educação física. De acordo com Betrán e Betrán (2006), 
a temática das atividades de aventura é uma área recente para a educação 
física, uma vez que essas atividades podem ocorrer sem distinção de gênero, 
habilidades motoras, questões culturais e interesses competitivos. Quando 
tratadas pelo ponto de vista pedagógico, pode-se considerar uma prática com 
5Práticas corporais de aventura: origem e conceitos
um alto índice de poder formativo, sendo capaz de colaborar para a formação 
ambiental e para a aprendizagem das modalidades. Com base nisso, diversos 
autores defendem as práticas corporais de aventura não apenas como forma 
de lazer e competição, e sim como objeto de estudo, por proporcionarem 
possibilidades educacionais e serem formadoras de cidadãos (HYDER, 1999; 
FREIRE; SCHWARTZ, 2005).
Portanto, embora a experiência de aventura tenha sido desprendida de 
seu valor utilitário inicial por um mundo cada vez mais civilizado e moder-
nizado, a aventura não desapareceu da sociedade contemporânea, passando 
por uma evolução relatava a propósito e valor. Atualmente, é considerada 
uma forma viável de recreação e esporte ao ar livre, sendo desfrutada por 
milhões de participantes em milhares de locais em todo o mundo (EWERT; 
HOLLENHORST, 1990).
Práticas corporais de aventura: conceitos
As atividades de aventura podem ser consideradas como as diversas práticas 
manifestadas, em diferentes locais naturais (terra, água ou ar), cujas carac-
terísticas se diferenciam dos esportes tradicionais, tais como as condições 
de prática, os objetivos, a própria motivação e os meios utilizados para o seu 
desenvolvimento, além da necessidade de inovadores equipamentos tecno-
lógicos possibilitando uma fluidez entre os praticantes e o meio ambiente 
(MARINHO, 2004). 
Com base nessa definição, percebe-se que as práticas corporais de aven-
tura possuem particularidades que não se observam comumente nos demais 
esportes. No entanto, devido ao fato de que as práticas esportivas tradicionais 
são caracterizadas por regras institucionalizadas e atividades motoras foca-
das em recordes, competições e desempenho, esse tipo de atividade recebe 
influências também de outros sentidos (sensações, sentimentos, intuições, 
etc.) (ARMBRUST; SILVA, 2012), de modo que a conceituação nessa área 
apresenta constante conflito e mutação.
Atualmente, a literatura apresenta dificuldades em unir termos e conceitos 
sobre a área, apesar de grande parte dos autores concordarem que as atividades 
de aventura estão em contraposição aos esportes tradicionais. Desse modo, 
há um grande questionamento acerca da utilização do termo esporte para 
definir essas práticas. 
Práticas corporais de aventura: origem e conceitos6
Tubino (2001) considera três tipos de enfoque para o esporte moderno: 
a) Esporte — rendimento: voltado à competição e ao treinamento. 
b) Esporte — participação: refere-se às atividades realizadas por prazer 
e lazer.
c) Esporte — educação: utilizado como uma ferramenta educacional.
Para melhor entendimento do conceito de esporte, a Carta Europeia do 
Desporto (1992, documento on-line) define esporte como: “[...] todas as for-
mas de atividades físicas que, através de uma participação organizada ou 
não, têm por objetivo a expressão ou o melhoramento da condição física e 
psíquica, o desenvolvimento das relações sociais ou a obtenção de resultados 
na competição a todos os níveis.”
Com base nesse conceito, é possível considerar as práticas corporais de 
aventura como um tipo de esporte com características singulares, apresentando 
duas vertentes: uma mais atrelada à competição e outra mais vinculada à 
expressão lúdica. No âmbito da competição, o esporte de aventura apresenta 
a necessidade de determinado nível de força para a sua prática, bem como 
maiores habilidades motoras, treinamentos específicos, carga horária de trei-
namento elevada e compromisso com a atividade. O esporte é praticado com 
base em regras fixas, visando a eleger sempre o melhor (FREIRE, 2006). Já 
na forma de lazer, não há exigências em relação ao esporte, portanto, não 
há a necessidade de treinamento prévio para sua experimentação, nem de 
treinamentos específicos. É considerada uma prática irregular, visando ao 
prazer do praticante (FREIRE, 2006). 
Apesar de a mídia apresentar principalmenteas atividades com cará-
ter competitivo, caracterizando tais práticas a um processo esportivo, a sua 
principal essência na sociedade possui características lúdicas, carregadas de 
emoções, buscando diferentes formas de conviver com o risco. Além disso, 
é importante destacar que, nessas atividades, não existe um rigor separando 
a competição da não competição, pois ambas podem existir em uma mesma 
prática (MARINHO, 2006).
Em virtude dessas discussões sobre a temática, diferentes propostas têm 
sido apresentadas na tentativa de definir as práticas corporais de aventura, 
entre elas as quais se destacam as seguintes (MELO, 2009):
7Práticas corporais de aventura: origem e conceitos
1. Atividades de ar livre: contemplam a atividade física em meio natural, 
em um ambiente saudável.
2. Movimentos naturalista, de Hébert, e escotista, de Baden-Powell: 
o objetivo básico desses movimentos é a defesa do retorno à natureza 
como forma de contrariar a decadência moral e física dos europeus.
3. Desportos californianos: essa designação deve-se à origem geográ-
fica e cultural desses desportos, que surgem nos anos 60 (séc. XX), 
na Califórnia, nos Estados Unidos. Possuem uma filosofia pacifista 
e ecologista, em que os praticantes procuram uma harmonia com a 
natureza, por meio de uma prática livre e emocional, que se opõe à 
perspectiva competitiva.
4. Atividades de ar livre e exploração: conjunto de atividades que estabe-
lecem contato entre o indivíduo, a natureza e os seus elementos naturais.
5. Atividades físicas de natureza: desenvolvimento de atividades com 
o objetivo de progredir (com ou sem equipamentos) na natureza, es-
tando presente um risco relativo, associado à incerteza do meio. Nessa 
perspectiva, o praticante não pretende se integrar ao meio, sendo este 
apenas o local de prática das atividades.
6. Esportes de aventura: englobam as atividades físicas, praticadas em 
meio natural, que respeitam um conjunto de regras e são praticadas com 
o constante aparecimento de situações imprevistas, sendo conotados 
com um forte sentido de risco e incerteza.
7. Esportes radicais: abrangem as modalidades que configuram uma 
grande descarga de adrenalina, na tentativa de alcançar objetivos exi-
gentes, os quais estão, normalmente, associados a fatores de risco. Essas 
práticas estão relacionadas com habilidades “radicais” que dependem 
de equipamentos que permitam utilizar a força da gravidade para pro-
porcionar o maior número de soluções possíveis e que possam superar 
as forças da natureza.
8. Esportes extremos: associados às atividades relacionadas com feitos 
grandiosos, excessivos ou imoderados, as quais são levadas ao extremo 
para atingir os limites.
9. Esportes de deslize: atividades que recorrem à utilização das energias 
da natureza como um meio de propulsão, proporcionando o deslizamento 
na água, no ar ou na terra.
Práticas corporais de aventura: origem e conceitos8
Para Munhoz e Gonçalves Jr. (2004, p. 2), há, na literatura, diversas no-
menclaturas e conceitos para as atividades de aventura:
São muitas as nomenclaturas designadas a este tipo de atividade. A mais divul-
gada pela mídia é Esportes de Aventura, outros nomes comuns são: Esportes 
em Integração com a Natureza, Esportes Radicais, Esportes de Aventura na 
Natureza, Esportes Californianos, Esportes em Liberdade, Esportes Selvagens, 
Atividades Deslizantes de Aventura e Sensação na Natureza, Atividades 
Esportivas de Diversão e Turísticas de Aventura, Esportes Tecnológicos e 
Novos Esportes. Todas estas designações mostram alguma característica 
relacionada com as atividades desenvolvidas.
Apesar dos diferentes conceitos propostos, a relação com a natureza é uma 
característica fundamental dessas modalidades, visando à busca da liberdade 
e à integração dentro da natureza e com a natureza. Essas atividades unem 
temas relacionados com natureza e ecologia, associando a ideia de preserva-
ção da natureza ao sentimento de aventura e risco, uma vez que a natureza 
contempla e proporciona essas sensações, as quais são consideradas um dos 
fatores de motivação para a prática.
Portanto, a relação com a natureza poderá ter duas vertentes (MOREIRA, 
2007): a) o interesse ecológico, com a descoberta, identificação e análise do 
envolvimento natural, tendo como objetivo a conservação e o equilíbrio da 
natureza; e b) a atividade física, em que o confronto com a natureza e a sua 
exploração é efetuado por meio do domínio de diferentes técnicas.
Em relação à natureza, termo utilizado por muitos autores para nomear 
essas práticas, é importante considerar: 1) o seu maior ou menor grau de 
aventura pela exposição aos riscos objetivos, de acordo com o local de prática; 
2) a modalidade praticada e o grau de experiência dos praticantes; 3) o caráter 
ecologista que está presente nessas modalidades; e 4) as características de 
evasão presentes na maioria das modalidades, como a procura por emoção e 
o desejo de fuga à rotina e ao estresse do dia a dia.
Portanto, as práticas corporais de aventura podem ser consideradas as 
principais atividades capazes de proporcionar uma aproximação com a na-
tureza, tendo como principal motivação a imprevisibilidade do meio para 
satisfazer a experiência do ser humano relativa ao risco e à incerteza, a qual 
está associada à sensação de prazer. 
9Práticas corporais de aventura: origem e conceitos
Com base nas discussões apresentadas, de forma mais abrangente, define-
-se práticas de aventura como todas as atividades físicas e corporais que se 
realizam em contato com a natureza, as quais podem apresentar um formato 
organizado ou não. Seus principais objetivos podem abranger desde o desem-
penho físico, a obtenção de resultados competitivos até a recreação e o lazer, 
porém sempre visando à preservação do meio natural.
Modalidades: classificações e características
Diversas modalidades de aventura são praticadas, tanto na natureza quanto em 
ambientes urbanos, e outras tantas continuam aparecendo e sendo criadas com 
base nas modalidades antigas. Como consequência, várias são as possibilida-
des de classificação: por impacto no meio ambiente, características motoras 
envolvidas, níveis de perigo, tipos e quantidades de equipamentos, tipo de 
energia envolvida, entre outras. Devido ao grande número de modalidades e 
suas especificidades, cada classificação deixa de contemplar algum aspecto 
específico. 
Com base na classificação espanhola, as modalidades de aventura foram 
organizadas e divididas em três grandes meios: terra, água e ar (BETRÁN, 
2003; FRANCO, 2008).
 � Modalidades terrestres: trekking (ou caminhada), escalada, skatismo, 
esqui, trenó, mountain bike (pedalar em trilhas), caving ou espeleologia 
(exploração de cavernas).
 � Modalidades aquáticas: canoagem, rafting (descida de corredeiras em 
bote inflável), canyoning (exploração de um rio ou cânion), mergulho, 
cascading (descida de cachoeiras), surfe, windsurf (prancha à vela), 
kitesurf (surfista preso com sua prancha a uma espécie de pipa).
 � Modalidades aéreas: paraquedismo, bungee jump (salto de uma pla-
taforma preso por cordas elásticas), rope swing (salto pendular preso 
por corda), asa delta, balonismo, paragliding ou parapente (aeroplano, 
semelhante ao paraquedas, sendo possível controlar sua ascendência 
e direção).
Práticas corporais de aventura: origem e conceitos10
Além dessa classificação, alguns autores sugerem uma subdivisão dentro 
de cada meio (Quadro 1), devido às peculiaridades de cada tipo de esporte. 
Os esportes podem divididos em: de ação ou aventura. Os esportes de ação 
estão relacionados com movimento, atitude ou comportamento, ao passo que os 
de aventura são relacionados com o desconhecido e imprevisível (PEREIRA; 
ARMBRUST; RICARDO, 2008). 
Fonte: Adaptado de Pereira, Armbrust e Ricardo (2008).
Meio Ação Aventura
Aquático Surfe, windsurf, 
kite surf
Mergulho (livre e autônomo), 
canoagem (rafting, caiaque, 
aqua ride, canyonning)
Aéreo Base jump, sky surf Paraquedismo, balonismo,voo livre
Terrestre Bungee jump, 
sandboarding
Montanhismo (escalada em rocha, 
escalada em gelo, técnicas verticais, 
tirolesa, rapel, arvorismo), mountain 
bike (down hill, cross country), 
trekking, corrida de aventura
Quadro 1. Subdivisão das modalidades dentro de cada meio
Os esportes de ação e aventura também podem ser divididos quanto às suas 
características sobre aspectos históricos, sociais, de riscos, faixas etárias e 
campos específicos da educação física (Quadro 2), como habilidades motoras 
e capacidades físicas predominantes (PEREIRA; ARMBRUST; RICARDO, 
2008).
11Práticas corporais de aventura: origem e conceitos
Fonte: Pereira, Armbrust e Ricardo (2008, p. 29).
Característica Ação Aventura
Habilidade Predomina a estabilização Predomina a locomoção
Capacidade física Predomina a força potente Predomina a resistência
Surgimento Atividade de lazer e 
uso do tempo livre
Expedição ou 
exploração (militar, 
econômica ou científica)
Etimologia Manifestação de força 
e energia, movimento, 
comportamento e atitude
Experiências arriscadas, 
incomuns, perigosas 
e imprevisíveis
Objetivo O lazer é o principal 
motivo, e competições 
geram eventos de 
grande importância
Forte relação entre 
lazer e turismo , sendo 
utilizada também 
como educação
Local Urbano e natureza, 
engloba espaços 
construídos e eventos da 
natureza (onda, vento)
Natureza e urbano, 
geralmente espaços 
naturais (a meta é 
sair de um ponto e 
chegar a outro)
Público Média entre 15 e 25 anos Média entre 25 e 35 anos
Perigo Socorro mais próximo, com 
menor ação do clima
Socorro mais distante, 
com maior ação do clima
Organização Existem regras, associações 
e formação de equipes
Existem regras, 
associações e formação 
de equipes
Mídia Busca captar a manobra 
e relaciona-se com o 
público-alvo quanto 
a atitude, vestimenta, 
comportamento 
e linguagem
Busca captar uma 
história e relaciona-se 
com o público-alvo 
quanto a ecologia, 
qualidade de vida 
e meio ambiente
Quadro 2. Características das modalidades de ação e aventura
Práticas corporais de aventura: origem e conceitos12
Modalidades de aventura nas escolas
As práticas corporais de aventura são atividades que podem fazer parte dos 
conteúdos preconizados pela educação física na escola, uma vez que são capazes 
de conduzir ao desenvolvimento de padrões motores novos em contato com a 
natureza. Entre as vantagens de sua implantação nos currículos, destaca-se o 
fato deste tipo de ambiente (campos acidentados, montanhas, rios) produzir 
certa incerteza motora, exigindo maior coordenação e aprendizado de novas 
técnicas e proporcionando uma oportunidade de aprimoramento da educação 
ambiental, pois o contato com o meio ambiente pode desenvolver no aluno 
a consciência e a necessidade de preservação (BETRÁN; BETRÁN, 2006).
As atividades de aventura na escola, além de possibilitarem diversas situ-
ações corporais, possuem uma grande importância pedagógica, devido ao seu 
potencial interdisciplinar, sendo discutidos temas como esporte, meio ambiente, 
qualidade de vida, lazer, risco, comportamento, espaço e lugar (BETRÁN, 
1995). De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), referente 
ao conteúdo curricular da educação física, as práticas corporais de aventura 
devem fazer parte dos objetivos de aprendizagem nos ciclos escolares, tanto 
no ensino fundamental quanto no ensino médio. No Documento, essas ati-
vidades foram organizadas dentro das práticas corporais e descritas como: 
práticas realizadas na natureza e/ou no meio urbano que sejam desafiadoras 
e provoquem vertigem e risco controlado (MARTINELI et al., 2016). 
O conteúdo dessas atividades a ser ensinado nas escolas dependerá da 
estrutura e das adaptações possíveis, além do conhecimento e do interesse do 
professor. Atividades populares, como patins, mountain bike, skate, slackline, 
corridas de orientação e enduro a pé, podem facilmente ser desenvolvidas na 
escola. Além disso, com um pouco mais de estudo e conhecimento, o professor 
poderá iniciar trabalhos em outras modalidades, como a escalada esportiva 
e rapel, arborismo e le parkour, que são adaptáveis às estruturas da maioria 
das escolas (CÁSSARO, 2008).
Nesse contexto, a estruturação da disciplina deve conter três dimensões 
principais para o ensino das atividades de aventura (Quadro 3), incluindo con-
ceitos, procedimentos e atitudes sobre o tema, com o objetivo de proporcionar 
um aprendizado integral. 
13Práticas corporais de aventura: origem e conceitos
Fonte: Pereira (2010, p. 42-43 apud CÁSSARO, 2011, p. 50).
Conceituais 
(fatos e 
conhecimentos)
Procedimentais 
(fazer e como fazer)
Atitudinais 
(valores e formação)
 � Aspectos históricos 
das modalidades
 � Locais de prática
 � Equipamentos e 
manobras
 � Objetivos e moti-
vos de se praticar 
as modalidades
 � Técnicas de movimentos
 � Técnicas de segurança
 � Processos pedagógicos
 � Adaptações necessárias 
do esporte para cada 
faixa etária
 � Condições da escola
 � Noção de regras
 � Ética dos esportes
 � Respeito às normas 
de segurança
 � Assunção dos riscos
 � Relações sociais e 
psicológicas ineren-
tes às práticas, como: 
coragem, liderança, 
trabalho em equipe, 
confiança, superação
Quadro 3. As dimensões do ensino das práticas corporais de aventura
Sendo assim, os profissionais, ao inserirem o conteúdo sobre práticas de 
aventura na disciplina de educação física, contribuirão com a formação dos 
alunos, ampliando os conhecimentos destes acerca das práticas esportivas.
Modalidades de aventura praticadas em diferentes 
contextos
Para quem tem a oportunidade, as práticas corporais de aventura estão ampla-
mente disponíveis em parques especializados, que promovem a possibilidade 
de se vivenciar experiências aventureiras aliadas às condições necessárias. 
Em geral, as atividades oferecidas contam com sistemas de gestão de segurança, 
instrução de procedimentos em que o participante possui uma orientação 
das atividades e do manuseio de equipamentos. Entre as práticas de aventura 
oferecidas nesses parques, destacam-se: o paintball, o arvorismo, a escalada, 
a ecotrilha, a tirolesa e o rafting. 
Práticas corporais de aventura: origem e conceitos14
Os esportes de aventura em meio urbano também estão em evidência, 
proporcionando a prática de aventura também àqueles que não têm a possibi-
lidade de estar em contato com a natureza e vivenciar sua imprevisibilidade. 
Todavia, como as atividades de aventura não são caracterizadas apenas pela 
prática em meio natural, mas também pelo fato de proporcionarem sensa-
ção de risco, adrenalina e prazer, vários esportes desse gênero podem ser 
realizados em meio às cidades. Portanto, há uma variedade de modalidades 
de aventura urbanas, como o skate, o rapel com a descida feita em paredões 
artificias ou prédios, o parkour, a base jumping (entre prédios, antenas, 
pontes, etc.), o paintball, a escalada feita em prédios e pontes, o slackline 
e o BMX (bicicross). 
Nesse contexto, seja em meio às árvores ou entre os prédios, as atividades 
de aventura podem ser aderidas em diferentes meios a partir das mais diversas 
modalidades, pois o importante é que essas práticas sejam realizadas com 
segurança e que promovam, acima de tudo, bem-estar ao praticante. 
Considerações finais
Portanto, apesar de as práticas corporais de aventura compreenderem um grupo 
de atividades que possuem os mesmos princípios e objetivos, amplamente 
relacionados com a sensação de prazer associada ao contato com a natureza, 
são compostas por diferentes modalidades, com particularidades próprias. 
Essas modalidades podem ser organizadas de diversas maneiras, com base em 
suas principais características em comum. Sendo assim, dentro do ambiente 
natural, seu principal local de prática, podem ser especialmente divididas 
em relação ao meio em que são realizadas. Além disso, muitas modalidades 
podem, ainda, ser executadas em áreas urbanas, tornando a prática ainda mais 
difundida entre as pessoas. 
As práticascorporais de aventura estão cada vez mais espalhadas pelo 
mundo, devido ao amplo número de modalidades existentes, ao fato de serem 
atividades que possuem as ideias básicas distintas das dos demais esportes 
tradicionais e à possibilidade de serem praticadas nos mais diversos ambientes, 
propagando seus princípios e conquistando aqueles que delas usufruem.
15Práticas corporais de aventura: origem e conceitos
O trekking, o arvorismo e a escalada são exemplos de práticas de aventura terrestres. 
Apesar de possuírem a mesma classificação quanto ao meio de realização, possuem 
características bastante divergentes. O trekking consiste em uma caminhada em trilhas, 
sendo realizado em terrenos íngremes ou planos, trilhas curtas ou longas, estreitas ou 
largas, com mata fechada ou aberta, de solo rochoso ou arenoso. O arvorismo, por sua 
vez, acontece literalmente no ar, visto que o praticante se locomove entre as copas 
de altas árvores, utilizando equipamentos como passarelas e plataformas, cabos e 
cordas. Por fim, a escalada tradicional é praticada em montanhas e colinas, nas quais 
o praticante sobe com a ajuda de cordas, mosquetões e muitos outros equipamentos 
essenciais; essa atividade também pode ser realizada em paredões altos, lisos e retos, 
ou até mesmo em paredões mais baixos e íngremes.
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Práticas corporais de aventura: origem e conceitos18
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