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TIC - História natural da infecção por HIV Como é a história natural da infeção pelo HIV? Em primeiro lugar, a AIDS é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), o qual é um retrovírus citopático e não oncogênico, com genoma RNA, da família Lentiviridae. Uma vez dentro do hospedeiro, ele infecta células derivadas da medula óssea e linfócitos, sendo os receptores dos linfócitos TCD 4+ a via de entrada para o meio intracelular. Sendo assim, o vírus causa uma infecção aguda caracterizada pelo aumento da carga viral plasmática e pela diminuição dos linfócitos T CD4 +, podendo após esta fase inicial, permanecer em latência clínica por vários anos, e depois evoluir para o quadro de AIDS, ocorrendo imunidade ineficiente e surgimento das doenças oportunistas. Esse processo é dividido em quatro fases: aguda, assintomática, sintomática inicial e AIDS. A primeira caracteriza-se pelo aparecimento de sinais e sintomas infecciosos que costumam surgir 2-4 semanas após a exposição ao vírus, sendo estes sintomas variáveis Os sintomas se instalam na fase mais intensa, quando já está ocorrendo a "guerra" imunológica, e variam de linfonodomegalia no pescoço, nas axilas e nas virilhas, manchas avermelhadas pelo corpo, feridas na boca, candidíase, perda de apetite, entre outras. A fase aguda chega ao fim quando a multiplicação viral é contida e o número de linfócitos CD4 se estabiliza dando início a fase assintomática. Essa fase irá depender da agressividade do vírus e da imunidade da pessoa infectada. Com o passar do tempo ocorre a queda dos linfócitos CD4 e o aparecimento de outros sintomas como a fadiga progressiva, a perda de apetite, o emagrecimento, febre, diarréia, ínguas e a sudorese noturna. A partir daí começam as infecções oportunistas como a candidíase oral, a vaginal ou peniana, as aftas, problemas nas gengivas e dentes, herpes simples, herpes-zóster, sinusites, diarréias crônicas, entre outras. Na fase mais avançada (AIDS) as CD4 não passam de 200 e ocorre uma sucessão de infecções oportunistas e a incidência de determinadas neoplasias malignas. Entre as infecções estão a pneumonia, a tuberculose, a salmonelose, herpes, citomegalovírus, hepatites virais, HPV, candidíase, meningite, toxoplasmose, giardíase e amebíase. Referências: FILHO, N. S. O manejo psicoterápico e a história natural da AIDS. Mudanças – Psicologia da Saúde, v. 16, n. 1, p. 27-35, 2008. Disponível em: https:// webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:5Onc57YvNbsJ:https:// www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/MUD/article/download/ 910/969&cd=14&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Acesso em: 20 nov. 2022. VARELLA, D. Coleção Doutor: AIDS, Barueri: Editora Gold, 2009.
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