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SEMANA 16 - História natural da infecção pelo HIV

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SEMANA 16 - História natural da infecção pelo HIV 
Como é a história natural da infeção pelo HIV? 
O HIV é um retrovírus, da família Retroviridae e subfamília dos Lentiviridae, ele 
possui duas fitas idênticas de RNA com a transcriptase reversa (enzima que traduz o 
material genético em um DNA de fita dupla), capsídeo viral e envoltório lipoproteico. 
Porem a origem do HIV 1 e 2 ainda não é totalmente definida. O período de exposição 
ao vírus até o surgimento dos sintomas é longo, cerca de 3 a 6 semanas e o organismo 
leva de 30 a 60 dias depois da infecção para produzir anticorpos anti-HIV. O vírus HIV 
infecta as células do sangue, sistema nervoso e compromete o sistema imune. 
A forma de transmissão é por meio do contato sexual desprotegido, contato 
com sangue infectado e da mãe para o feto ou durante a amamentação exclusiva. O 
vírus consegue se adaptar no meio externo, podendo ser inativado por agentes físicos 
e químicos. 
A infecção por HIV pode se apresenta em 3 fases clinicas: infecção primaria 
ou aguda, fase crônica assintomática ou fase de latência e a AIDS. Normalmente 
leva cerca de 10 anos desde a infecção primaria até o aparecimento da AIDS porém 
esse tempo pode variar de acordo com o sistema imune do paciente. 
A infecção primaria é correspondente ao tempo entre o contagio e o 
aparecimento de anticorpos anti-HIV. O tempo dessa fase clinica é de 4 semanas, 
autolimitada e no decorrer da soroconversão desenvolve-se a Síndrome Retroviral 
Aguda, cujo sintomas são: febre, cefaleia, faringite, dor ocular, rash cutâneo, astenia, 
linfadenopatia, náuseas, vômitos, letargia e mialgia. Nessa fase clinica ocorre a 
multiplicação do vírus, várias copias do vírus circulam no organismo do paciente, 
então a transmissão nessa fase é muito alta. A sorologia anti-HIV normalmente tem 
resultado negativo por esse motivo é necessário realizar a pesquisa por RNA viral 
circulante. Também acontece resposta imune celular e humoral contra o HIV e o 
aumento na contagem de células TCD4+. 
Já a fase crônica assintomática ou fase de latência ocorre quando a 
síndrome retroviral aguda é resolvida, dura me média de 10 anos. No exame físico do 
paciente pode ser percebido linfadenopatia generalizada persistente, indolor e 
flutuante ou pode ser normal. Pode ser encontrada plaquetopenia isolada ou anemia 
 
normocrômica. Nessa fase os linfócitos TCD4+ continuam aumentando, ocorre 
redução da carga viral plasmática mas os vírus continuam a se replicar mesmo com a 
ausência de sintomas. 
Com a progressão da doença, resulta na terceira fase: a imunodeficiência. 
Essa fase é caracterizada pela supressão do sistema imunológico com os linfócitos 
TCD4+ menor que 200 e o surgimento de doenças oportunistas e neoplasias. Com 
isso o paciente pode apresentar sudorese noturna, diarreia crônica, febre baixa, 
fadiga, emagrecimento e trombocitopenia. Também pode apresentar penumocistose, 
tuberculose pulmonar atípica, meningite criptocócica, retinite por citomegalovírus e 
neurotoxoplasmose, essas são as infecções oportunistas mais frequentes. 
 
Referencias: 
ALVES, S. P. AIDS: etiologia, clínica, diagnóstico e tratamento. 2004. 
 
Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da 
infecção pelo HIV em adultos. Brasília: Ministério da Saúde; 2018. 
 
RACHID, Marcia; SCHECHTER, Mauro. Manual de 
HIV/aids. Thieme Revinter Publicações LTDA, 2017. 
 
SANTOS, N.S.D.O.; ROMANOS, M.T.V.; WIGG, M.D.; AL, E. Virologia 
Humana. Grupo GEN, 2021.

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