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TCC VIC

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Projeto para Artigo Acadêmico
Nome: Victória Azevedo
Rgm: 222546188 Polo: Macaé
JUSTIFICATIVA
O tema das fake News se constitui como um tema de alta relevância na formação dos
alunos de jornalismo pois o material com o qual o jornalista trabalha, qual seja, a notícia,
importa em uma certa credibilidade para o leitor. .
O tema vem sendo tratado com uma certa prioridade no campo de conhecimento da
comunicação social, pois com as facilidades das mídias alternativas e a difusão de informação
por intermédio de outros meios torna difícil mensurar a veracidade e a qualidade da
informação
Portanto, o seu estudo como pesquisa nos oferece uma importante contribuição para os
discentes que se encontram em fase de conclusão em tempos de grandes transformações
midiáticas.
OBJETIVOS
Elaborar um estudo sobre o impacto das fake News na atuação dos jornalistas independentes
OBJETIVO ESPECÍFICO
Entender quais as estratégias utilizadas pelos jornalistas independentes no sentido de acessar
informações confiáveis
Contribuir para um melhor esclarecimento sobre aspectos relacionados à formação dos alunos
de jornalismo no trabalho com informações de credibilidade
HIPOTESE / PROBLEMA
O crescimento de notícias falsas que circulam nas redes sociais pode desinformar as pessoas
sobre questões essenciais à vida da população
METODOLOGIA
Pretende-se desenvolver uma pesquisa qualitativa a partir de um método exploratório que será
conduzido da seguinte forma: na fase inicial, se fara um levantamento de artigos e outras
publicações que explicitam o tema das fake News, num segundo momento pretende-se
entrevistar os profissionais que atuam na mídia independente de modo a compreender os
aspectos mais relevantes para a discussão do tema.
O surgimento atual do fenômeno da desinformação, caracterizada como uma prática extremamente perigosa que procura falsificar, propositadamente, uma informação com o objetivo de enganar as pessoas, bem como o surgimento das fake News, termo novo usado para se referir a notícias fabricadas, com a intenção de enganar, a fim de obter ganhos financeiros ou políticos, sugerem que a leitura e interpretação da informação perdeu o poder de crítica, gerando uma mecanização no comportamento dos indivíduos acerca da informação.
Devido as novas formas de acesso e produção de conteúdo, a desinformação e o caos informacional tem possibilitado o consumo e a partilha de informações falsas, distorcidas, manipuladas, servindo assim as mais diversas finalidades pessoais e institucionais.
Acredita- se que as motivações financeiras e ideológicas sejam as principais bases para a produção de fake News. Por um lado, histórias ultrajantes e falsas se tornam virais por fornecerem aos produtores de conteúdo cliques que podem ser convertidos em receitas de publicidade. Por outro lado, outros produtores de conteúdo produzem fake News para promover ideias particulares ou pessoas, favorecendo – as, muitas das vezes desacreditando outras.
Na atualidade com o surgimento da internet a viralização de notícias falsas possibilita uma maior atuação de pessoas que acreditam nos fatos e compartilham. A nova e poderosa tecnologia torna a manipulação e a fabricação de conteúdo simples, e as redes sociais amplificam dramaticamente as falsidades propagadas por Estados, políticos e entidades corporativas desonestas, pois são compartilhadas por públicos acríticos. Com isso as plataformas tornaram - se terreno fértil para publicidade computacional, ‘trolls’, redes ‘sock puppet’ e ‘spoofers’.
As notícias falsas interferem na opinião pública através da fabricação de conteúdos que são publicados na forma de notícias para criar legitimidade. A fabricação de notícias é utilizada a fim de aumentar o número de leitores e a partilha online. Dessa forma, as pessoas são levadas a ler ou a visualizar a notícia originando retornos financeiros à plataforma ou site, independentemente da veracidade das histórias publicadas.
Jornalismo e desinformação
As fake News e a desinformação são ambas diferentes do jornalismo de qualidade que estão em conformidade com os padrões profissionais e a ética. Portanto é evidente que é necessário um jornalismo ético forte como alternativa e antídoto à contaminação do ambiente informacional e o efeito de transbordamento de manchas as notícias de forma mais ampla.
Hoje, os jornalistas não são apenas espectadores assistindo a uma avalanche de fake News em evolução e desinformação. Eles se encontram em seu caminho também como comunicadores que trabalham em serviço da verdade, inclusive ‘verdades inconvenientes’ que podem se tornar alvo de mentiras, boatos e fraudes destinadas a intimidá – los e desacredita – los quando seu trabalho ameaça expor aqueles que estão cometendo desinformação.
Além disso, os jornalistas precisam reconhecer que, a principal arena da desinformação é a mídia social, atores poderosos hoje estão instrumentalizando as preocupações de ‘notícias falsas’ para reprimir os meios de comunicação tradicionais como rigorosas leis no qual são bodes expiratórios, instituições de notícias como se fossem os originadores, ou agrupando- os em amplos novos regulamentos que restringem todas as plataformas e atividades de comunicação indiscriminadamente.
Os jornalistas devem ser vozes independentes, isso significa não agir, formalmente ou informalmente, em nome de interesses especiais. Significa reconhecer e declarar qualquer coisa que possa constituir um conflito de interesse para obter transparência. Os perigos causados pelas notícias falsas constituem uma oportunidade de dobrar a demonstração do valor da mídia de notícias providenciando a oportunidade de sublinhar na prática profissional a distinção de entregar informações e comentários informados de interesse público.
O impacto da desinformação perante o público é preocupante para as eleições e pela própria ideia de democracia como direito humano. Nesse cenário de desinformação as redes sociais vêm sendo utilizadas como um meio para desvirtuar conteúdos com o propósito de eleger candidatos o que ocorreu nas eleições de 2016 nos EUA, com Donald Trump, e no Brasil com Jair Bolsonaro. Durante a votação as informações são deturpadas não necessariamente para convencer o público a acreditar que o conteúdo é verdadeiro, mais para impactar na definição da agenda sobre o que as pessoas pensam que é importante e turvar as águas de informações para enfraquecer os fatores de racionalidade nas escolhas de votos das pessoas.
Na era digital há um grande fluxo de desinformação, falsidades e abusos. Nesse contexto é essencial uma estrutura que favoreça um modelo de jornalismo confiante e de responsabilidade no interesse de construir um relacionamento com o público. Em relação a isso tais medidas foram criadas para incorporar e fazer cumprir valores essências em um ambiente de mídia em constante mudança.
As redações e organizações de mídia adotam e adaptam códigos de conduta e criam mecanismos para que o público os responsabilize, conselhos de imprensa, editores de leitores, editores políticos e ouvidorias internas são características dessas estruturas de autorregulação. Essas estruturas permitem que os erros sejam identificados em um contexto profissional de revisão por pares, eles podem facilitar o reconhecimento público de erros e exigir correções.
O jornalismo tem que ir além da capacidade profissional para detectar e descobrir novos casos de desinformação fazendo a verificação de notícias apresentadas através de fontes, o chamado fact checking. O jornalismo também deve investigar a veracidade das afirmações por aqueles que estão sendo cobertos.
Essa missão é uma alternativa para o fortalecimento de mais estratégias como a alfabetização midiática que capacitam o público a distinguir o que é desinformação.

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