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TCC DULCE TERMINADO (4)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
PÓS-GRADUAÇÃO EM AEE(ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO)
DULCE HELENA MARTINS
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
TRÊS LAGOAS-MS
2021
RESUMO
Resumo
O assunto sobre pessoas portadoras de deficiência física no Brasil e no mundo tornou-se uma temática de extrema importância dentro do contexto histórico. Podemos dizer que as dificuldades enfrentadas por esses indivíduos, ainda não foram totalmente sanadas dentro do campo da sociedade brasileira. Mas, as principais questões são: como a deficiência era tratada antigamente e como ela passou a ser tratada na atualidade? O presente assunto é desconhecido no Brasil e no mundo? Quais foram os grupos mais prejudicados durante o decorrer dos tempos? Houve consequências impactantes a essas pessoas? Enfim, as questões descritas precisam ser diligenciadas com maior minuciosidade pelas autoridades, pois, trata-se de exercer direitos sob os princípios da dignidade da pessoa humana.
O retardo mental, denominado mais recentemente como deficiência intelectual (DI), é um transtorno neurológico comum na infância e adolescência. Os déficits encontrados envolvem a cognição e o comportamento adaptativo, com início antes dos 18 anos. Inúmeras são as etiologias, desde fatores pré-natais, perinatais e pós-natais até os casos de origem genética. Muitas síndromes genéticas estão associadas. Não há tratamento específico. A assistência geral requer a participação de vários profissionais, tendo o pediatra como coordenador dos diversos encaminhamentos para outras especialidades, conforme as necessidades do quadro clínico.
Palavras chaves: deficiência, incapacidades humana, discriminação.
Abstract
The issue of people with physical disabilities in Brazil and in the world has become a topic of extreme importance within the historical context. We can say that the difficulties faced by these individuals, have not yet been totally healed within the field of Brazilian society. But the main questions are: how was disability treated in the past and how has it been treated today? Is the present subject unknown in Brazil and in the world? Who were the most disadvantaged groups in the course of time? Were there any shocking consequences for these people? Finally, the issues described must be dealt with in greater detail by the authorities, since it is a question of exercising rights under the principles of the dignity of the human person.
Mental retardation, more appropriately known as intellectual disability (ID), is a common neurologic condition in childhood and adolescence. The clinical deficits involve cognition and adaptive behavior, and its onset occurs before 18 years of age. There is a number of etiologies, ranging from prenatal, perinatal and postnatal factors to cases of genetic origin. Many genetic syndromes are associated with ID. There is no specific treatment. General care requires the participation of several professionals, while the pediatrician acts as the coordinator of referrals to a range of specialties, according to the needs of the clinical picture.
Keywords: disability, human disabilities, discrimination.
INTRODUÇÃO
. A deficiência intelectual corresponde ao atraso no desenvolvimento cognitivo de algumas crianças que pode ser percebido por dificuldade de aprendizado, pouca interação com outras pessoas e incapacidade de realizar atividades simples e adequadas para a sua idade.
A história registra diferentes formas de ver a pessoa com deficiência, passando pelo misticismo, abandono, extermínio, caridade, segregação, exclusão, integração e, atualmente, o processo de inclusão (Pessotti, 1984). Durante séculos, os “diferentes” ficaram à margem dos grupos sociais, mas, na medida em que o direito do homem à igualdade e a cidadania tornou-se motivo de preocupação, a percepção em relação à pessoa com deficiência começou a mudar. A rejeição cedeu lugar a atitudes de proteção e filantropia que até hoje prevalecem, apesar dos esforços do movimento das pessoas com deficiência e seus apoiadores para que essa postura seja substituída pelo reconhecimento da igualdade de direitos e acessos.
Atualmente, o mais importante documento que trata dos interesses das pessoas com deficiência é a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
da exclusivamente pela medicina por meio da institucionalização que se caracterizava pela retirada das pessoas com deficiência de suas comunidades de origem, mantendo-as em instituições situadas em localidades distantes de suas famílias, permanecendo isoladas do resto da sociedade, fosse a título de proteção, de tratamento, ou de processo educacional (Aranha, 2001). A partir do século XIX, passou-se a levar em conta as potencialidades da pessoa que apresentava algum tipo de deficiência e, aos poucos, estudiosos da área da psicologia e da pedagogia envolveram-se com a questão e realizaram as primeiras intervenções educacionais, principalmente nos países da Europa.
Contudo, somente na década de 1960, é proposto um paradigma sustentado na integração das pessoas com deficiência. Nas escolas é implantada a proposta da educação inclusiva, que representa um processo de transformação das concepções teóricas e das práticas da Educação Especial (Glat, Fontes & Pletsch, 2006), passando o atendimento educacional a ser realizado em classes especiais. O paradigma de serviços, como passou a ser denominado (Aranha, 2001), seguia a filosofia da normalização, sendo a integração uma forma de preparação dos alunos com deficiência para sua adaptação ao ensino regular. O problema continuava centrado no aluno e no ensino especial, uma vez que a escola regular educava apenas aqueles com condições de acompanhar as atividades, sem preocupação com as necessidades individuais. Esse paradigma logo começou a enfrentar críticas, pois a maioria dos alunos com deficiência continuava segregada em escolas ou classes especiais por não apresentar condições de ingresso nas turmas regulares (Bueno, 2001). A ideia perdeu força e ampliou a discussão sobre a cidadania da pessoa com deficiência. Na década de 1980 ganha força um novo paradigma, caracterizado pelo pressuposto de que a pessoa com deficiência tem direito à convivência não segregada e acesso aos recursos disponíveis aos demais cidadãos. A proposta da educação inclusiva continua norteando o processo, mas o novo paradigma fundamenta-se na inclusão, a qual preconiza que esses alunos, independente do tipo de deficiência ou grau de comprometimento, devem ser absorvidos diretamente nas classes comuns do ensino regular, ficando a escola com a responsabilidade de se reestruturar para poder atendê- Garghetti, F. C., Medeiros, J. G., Nuernberg, A. H. 104 REID, 10, pp. 101-116 loS. Crianças e adolescentes com deficiência passam a ser matriculados nas turmas regulares de ensino, tornando-se possível o acesso e permanência de todos os alunos por meio de uma transformação da escola (Aranha, 2001).
Em suma, a deficiência intelectual não é um transtorno médico, nem um transtorno mental, embora possa ser codificada em uma classificação médica das doenças ou em uma classificação de transtornos mentais. Também não é uma condição estática e permanente. Refere-se a um estado particular de funcionamento que começa na infância, é multidimensional e é afetado positivamente pelos apoios individualizados2 (AAMR, 2006). Mas, mesmo tendo se avançado no entendimento dessa condição, o processo de inclusão das crianças/adolescentes com deficiência ainda tem encontrado resistência na sociedade. possibilita compreender mais acerca da deficiência intelectual, o que propicia maior clareza sobre o conceito e, consequentemente, sobre a implementação de serviços de atendimento para essa parcela da população, bem como projetos de pesquisa na área. Por isso, esse artigo propõe um resgate do conceito de deficiência nos diferentes momentos da história da sociedade ocidental até os dias atuais
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Deficiência Intelectual
A Deficiência nos séculos XVI, XVII e XVIIINo início do século XVI a Revolução Burguesa muda o modo religioso de ver o homem e a sociedade e traz também uma mudança no sistema de produção: o capitalismo mercantil. Há uma nova divisão social do trabalho: de um lado os donos dos meios de produção e de outro os operários, aliada ao surgimento de uma nova classe, a burguesia, constituída por pequenos comerciantes. Nesse novo contexto a visão do homem, que até então era abstrata, metafísica, transforma-se e torna-se mais concreta. Surgem novas ideias quanto à natureza da deficiência e, pela primeira vez, uma autoridade da medicina, Phhilipus Aureolus Paracelsus, considera ser de natureza médica um problema que até então fora situado dentro teologia e da e da moral (Pessotti, 1984). A deficiência passou então a ser vista como produto de infortúnios naturais e um atributo do indivíduo. O deficiente era considerado improdutivo, do ponto de vista econômico, passando a ser tratado pelos métodos da medicina disponíveis na época. Foi também nesse período que surgiu o primeiro hospital psiquiátrico, que como asilos e conventos, servia para confinar pessoas que apresentavam comportamentos fora do padrão da sociedade (Aranha, 1995; 2001). No século XVII, a organização sócioeconômica foi se encaminhando para o capitalismo comercial, fortalecendo o modo de produção capitalista e consolidando a burguesia no poder. Esta passou a defender a concepção de que os indivíduos não eram essencialmente iguais e a necessidade de se respeitar as diferenças, utilizando disso para legitimar a desigualdade social. A educação, que até então funcionava semelhantemente ao padrão de ensino tradicional assumido pela Igreja, passou a ser oferecida também pelo Estado, com objetivos claros de preparo da mão de obra que se mostrava necessária no novo modo de produção. Nesse período, novas idéias foram sendo produzidas, tanto na área da medicina como na filosofia e na educação. Em relação à deficiência, continuou predominando a postura organicista, voltada para a busca da identificação de causas ambientais (Pessotti, 1984). Nessa mesma época, um filósofo empirista chamado John Locke passa a defender que o homem é uma “tabula rasa” a ser preenchida pela experiência. Ele propôs uma visão naturalista, com maior tolerância às limitações. O deficiente pode ser tratado ou educado e tem direito a isso, porém não há vantagens para o poder público e Breve história da deficiência intelectual REID, 10, pp. 101-116 107 para a família em assumir essa responsabilidade. Inútil para a lavoura e para o artesanato, e consumidor improdutivo da renda familiar, o deficiente não tem outro destino além do asilo (Pessotti, 1984). Passadas as endemias da época e a fúria da Inquisição, o leprosário passa a representar a solução para o problema e foi assim que grandes hospitais, como o Bicêtre e o Salpêtrière, tornaram-se depósito de pessoas que eram consideradas incapazes de manter seu lugar na sociedade e, por isso, deveriam ser afastadas do meio social. Dessa forma, a partir desde período, a relação da sociedade com a pessoa com deficiência passou a se diversificar, caracterizando-se por iniciativas de institucionalização, tratamento médico e busca de estratégias de ensino (Pessotti, 1984; Aranha, 2001). Em relação ao tratamento médico, Esquirol é o principal representante da área nesse período. Escreveu sob a influência de Pinel, numa época pré-científica da medicina, de contradições e polêmicas sobre a hereditariedade da deficiência intelectual. Para Esquirol a idiotia não era uma doença, mas um estado em que as faculdades intelectuais nunca se manifestaram, ou não puderam desenvolver-se suficientemente para que os conhecimentos relativos à educação fossem adquiridos. Também defendia a impossibilidade de alterar esse estado (Pessotti, 1984). Até o século XVIII, a própria ciência confundia deficiência mental com doença e procurava tratamentos que trouxessem uma "melhora" para essa condição. Na Medicina, esse século foi um período mais de assimilação e de consolidação do conhecimento já produzido, do que de grandes descobertas. A deficiência mental continuava sendo considerada hereditária e incurável e, por isso, a maioria das pessoas que apresentava essa especificidade, era abandonada em hospícios ou asilos
Séculos XIX e XX: Institucionalização versus Desinstitucionalização e Paradigma de Serviços Somente no século XIX, com o trabalho do médico Jean Itard, considerado o primeiro teórico de Educação Especial, as pessoas com deficiência intelectual passaram a ser consideradas passíveis de serem educadas. O primeiro grande desafio colocado para Itard foi o trabalho com o menino Victor de Aveyron, diagnosticado pelo psiquiatra francês Philippe Pinel como sendo um idiota, sem esperança alguma de possibilidades de educação. No entanto, a convicção de Itard de que o homem não nasce como homem, mas é construído como homem, o fez opor-se ao diagnóstico dado por Pinel. Itard via a deficiência intelectual, ou o desenvolvimento bem sucedido, como um processo cumulativo no qual há fases ou estádios encadeados, como se o desenvolvimento fosse uma contínua gênese de operações e desempenhos mais complexos e refinados e, a partir de aquisições preliminares, passou a dedicar-se à educação de Victor. Com sua metodologia obteve avanços significativos, os quais constituíram os fundamentos da avaliação e da didática na área da deficiência intelectual (Pessotti, 1984; Carneiro, 2007; Pletsch, 2009). Garghetti, F. C., Medeiros, J. G., Nuernberg, A. H. 108 REID, 10, pp. 101-116 Outra importante contribuição na época foi a de Édouard Séguin, discípulo de Itard, o primeiro a propor uma teoria psicogenética da deficiência intelectual e a criticar a prevalência da visão médica de incurabilidade. Seu método consistia em estimular o cérebro por meio de atividades físicas e sensoriais, tendo seu trabalho influenciado por Pestalozzi, Fröebel e Montessori, cujos estudos e atividades eram dirigidos para a educação de pessoas com deficiência intelectual. Ele descreveu as categorias idiotia, imbecilidade e debilidade como quadros diferentes com etiologias também diferentes, considerando, além de causas orgânicas (hereditárias ou não), causas ambientais ou psicológicas. O trabalho de Séguin pode ser considerado um marco, pois além dos estudos teóricos e do método educacional, dedicou-se ao desenvolvimento de serviços, criando em 1837 a primeira escola para deficientes intelectuais. Também foi o primeiro presidente de uma organização de pesquisa dirigida a estudos sobre a deficiência, fundada em 1876, a Associação Americana de Retardo Mental [AAMR], atualmente conhecida como Associação Americana de Deficiência Intelectual e Desenvolvimento [AAIDD] (Miranda, 2003; Pletsch, 2009). Com o passar dos séculos, as concepções sobre deficiência foram se transformando e se ampliando, tanto como consequência das mudanças ocorridas nas sociedades quanto em função da evolução no campo científico. No século XIX é consolidada a prática do cuidado institucional para pessoas com deficiência, porém essas instituições, para tratamento e educação, logo se transformaram em ambientes segregados, constituindo o primeiro paradigma formal adotado na caracterização da relação sociedade-deficiência: o Paradigma da Institucionalização. Este paradigma caracterizou-se pela retirada das pessoas com deficiência de suas comunidades de origem e pela manutenção delas em instituições, frequentemente situadas em localidades distantes de suas famílias. Assim, ficavam mantidas em isolamento do resto da sociedade, fosse a título de proteção, de tratamento, ou de processo educacional (Aranha, 2001). Apesar de existirem desde o século XVI, tais instituições não foram criticamente examinadas até 1960, quando Erving Goffman publicou o livro Manicômios, Prisões e Conventos, obra que faz uma análise das características da instituição e de seus efeitos no indivíduo. A partir do livro de Goffman, muitos autores passaram a publicar estudos que enfocavam tanto as características dessasinstituições como seus efeitos no indivíduo institucionalizado, sendo que a maioria apresentava uma dura crítica a esse sistema, principalmente em relação a sua inadequação e ineficiência para favorecer a recuperação das pessoas para a vida em sociedade (Goffman, 1999). No século XIX, o questionamento e a pressão contrária à institucionalização vieram de diferentes direções e determinados por interesses: primeiramente do sistema, ao qual custava cada vez mais caro manter a população institucionalizada na improdutividade e na condição de segregação; e segundo, do processo geral de reflexão e de crítica que naquele momento permeava a vida nas sociedades ocidentais; aliada a Breve história da deficiência intelectual REID, 10, pp. 101-116 109 estes, existia ainda a crescente manifestação de duras críticas ao paradigma da institucionalização. Tais processos, embora diversos quanto a sua natureza e motivação, vieram a convergir, determinando, em seu conjunto, a reformulação de ideias e a busca de novas práticas no trato da deficiência (Aranha, 2001). Como consequência, a organização sociocultural assegurou tratamentos diferenciados, passando pelo abandono, confinamento e a volta ao hospício, ou ainda pela Educação Especial. As concepções a respeito da deficiência ampliaram-se nos séculos XVII e XVIII em todas as áreas do conhecimento, o que favoreceu diferentes atitudes (Silva e Dessen, 2001). No século XIX, é percebida uma atitude de responsabilidade pública frente às necessidades dos deficientes, consolidando-se uma abordagem educacional, que passou a levar em conta as possibilidades e potencialidades da pessoa com deficiência. Já no século XX, houve uma multiplicação das visões a respeito do deficiente, com a prevalência de vários modelos explicativos: o metafísico, o médico, o educacional, o da determinação social e, mais recentemente, o socioconstrutivista ou sócio-histórico (Aranha, 1995). A década de 1960 representa um marco importante na modificação do padrão de relação da sociedade com a pessoa com deficiência. Considerando que o paradigma de institucionalização tinha fracassado na busca da restauração do funcionamento normal do indivíduo, iniciou-se o movimento pela desinstitucionalização, baseado na ideologia da normalização como uma nova tentativa para integrar a pessoa com deficiência na sociedade. Os primeiros usos da palavra desinstitucionalização descreviam os esforços para tirar as pessoas de instituições, colocando-as num sistema o mais próximo possível do considerado como uma vida normal em comunidade. Assim, foi se configurando gradativamente um novo paradigma de relação entre a sociedade e a parcela da população representada pelas pessoas com deficiência: o Paradigma de Serviços. Interesses de diferentes naturezas se aliaram na determinação da construção desse processo. A luta pela defesa dos direitos humanos e civis das pessoas com deficiência utilizou-se das contradições do sistema social, político e econômico vigente, que defendia a diminuição das responsabilidades sociais do Estado para avançar na direção de sua integração na sociedade (Aranha, 2001). O Paradigma de Serviços fundamentou-se na ideologia da normalização, que representava a necessidade de introduzir a pessoa com deficiência na sociedade, ajudando-a a adquirir as condições e os padrões da vida cotidiana o mais próximo do normal. O princípio da normalização favoreceu tanto o afastamento da pessoa das instituições, como a provisão de programas para oferecer serviços que se mostrassem necessários para atender suas necessidades. O afastamento do paradigma da institucionalização proporcionou a criação do conceito da integração, fundamentado na ideologia da normalização. Integrar significava localizar no sujeito a necessidade de mudança, contando para isso com mudanças na comunidade. Porém, estas mudanças não eram no sentido de uma reorganizarção para favorecer e garantir o acesso da pessoa Garghetti, F. C., Medeiros, J. G., Nuernberg, A. H. 110 REID, 10, pp. 101-116 com deficiência, mas sim no sentido de assegurar serviços e recursos que pudessem “modificá-la”, para que ela se aproximasse do “normal” (Aranha, 2001). No âmbito da educação, escolas e as classes especiais são voltadas para o ensino do aluno, visando sua ida ou seu retorno para as salas de aula denominadas normais. Na área profissional, os exemplos são as oficinas abrigadas e os centros de reabilitação, que contam com equipes de diferentes profissionais para realizar o treinamento para a vida na comunidade, tais como atividades da vida diária e atividades de vida prática. Embora se tenha passado a assumir a importância do envolvimento maior e mais próximo da comunidade na integração de seus membros com deficiência, o objeto principal da mudança ainda centrava-se no próprio sujeito (Aranha, 2001). O paradigma de serviços começou a enfrentar críticas da academia científica, das próprias pessoas com deficiência e de seus familiares, organizados em associações e outros órgãos de representação. Parte das críticas era proveniente das dificuldades encontradas no processo de busca de “normalização” da pessoa com deficiência. Ainda que alguns tenham alcançado vida independente e produtiva ao serem submetidos à prestação de serviços organizada na comunidade, muitos ainda apresentaram dificuldades na tentativa de alcançar um funcionamento semelhante aos não deficientes, devido às próprias características do tipo de deficiência. Outra crítica importante referia-se à expectativa de que a pessoa com deficiência se assemelhasse aquela que não apresentava deficiência (Aranha, 2001). Existe, também, uma situação contraditória. Ao longo da década de 1990, embora o Ministério da Educação do Brasil defendesse a inclusão como política social e educacional, sempre manteve uma Secretaria de Educação Especial, reafirmando, a permanência dos serviços educacionais relacionados a esta secretaria, que são antagônicos à política da inclusão (Barros, 2005), ao argumentar que a Educação Inclusiva seria uma política que perpassaria todas as modalidades de atendimento educacional existentes: educação indígena, educação de jovens e adultos, ensino fundamental, ensino superior, ensino médio, educação infantil e até mesmo a educação especial, sendo razoável que essas duas instâncias coexistissem, o que negaria o fato de que fossem mutuamente excludentes. A ideia de que educação inclusiva possa prescindir da Educação Especial parece equivocada, pois diversas pesquisas vêm mostrando a importância do trabalho colaborativo entre ambas (Capellini, 2004; Mendes, 2006; Beyer, 2008; Pletsch, 2009). O grande problema é que a inclusão ainda é vista como uma responsabilidade “setorializada” da Educação Especial e não como um conjunto de medidas que o sistema de ensino como um todo, de maneira interdisciplinar, deveria adotar para efetivar tal proposta. Acredita-se que esteja em curso um processo de resignificação do papel da Educação Especial, antes focado na produção de conhecimentos dirigidos somente para o atendimento direto de alunos com necessidades especiais, agora, Breve história da deficiência intelectual REID, 10, pp. 101-116 111 também, voltado para a produção do conhecimento, direcionado ao suporte às escolas comuns (Pletsch, 2009).
No contexto brasileiro, além da Constituição Federal do Brasil, outras leis garantem os direitos de crianças e adolescentes com deficiência, entre elas a Convenção dos Direitos da Criança (CDC), a Lei nº 7.853/89, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB). A legislação brasileira é avançada relativamente às garantias de direito à educação na rede regular de ensino e o sistema educacional está gradualmente mudando sua política em relação à matricular e a aceitar estudantes com deficiência nas escolas públicas e privadas, porém o momento atual ainda é de transição (Ferreira, 2009). A atenção às pessoas com deficiência intelectual tem sido mais efetiva na área da educação, mas constitui um desafio paraa organização dos serviços públicos de saúde, que ainda apresenta reduzida oferta de serviços, baixa cobertura, difícil acesso, descontinuidade de atendimento, entre outros problemas. Embora não se constitua como doença, a deficiência intelectual configura demandas de cuidados que se estenderão ao longo de toda uma vida e, por isso, necessitam de rede de apoio estruturada e fundamentada em dados empíricos e teóricos. 
 
Gaudenzi e Ortega ressaltam que “No final dos anos sessenta, surgiram em diversos países ocidentais movimentos sociais que reivindicavam os direitos de grupos específicos, como mulheres e negros e, neste contexto, a politização das pessoas com deficiências ganhou força.” (GAUDENZI; ORTEGA, 2016, P. 3062). Como pode ser visto, uma ação política começou a ganhar vigor nesse contexto histórico, que até os dias atuais são motivos de questionamentos mundiais.  No Brasil, começou a ganhar força a partir do ano de 2015, por meio do Estatuto da Pessoa com Deficiência, conforme mostra Gaudenzi e Ortega:
Com vistas à inclusão social e à cidadania plena e efetiva dos deficientes, no ano de 2015, o Brasil instituiu a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, que entrou em vigor em janeiro de 2016. A Lei garante, entre outras coisas, condições de acesso à educação e à saúde e estabelece punições para atitudes discriminatórias contra essa parcela da população. (GAUDENZI; ORTEGA, 2016, P. 3062).
Agora, é interessante ressaltar, o porquê, a politização ganhou espaço apenas na presente década do século XXI dentro do Estado brasileiro, sendo que desde os primórdios da antiguidade, sempre houve pessoas com deficiência?
Neste sentido, Barbosa (2013) enfatiza que o assunto em pauta não é um tema recente. Ou seja, não é algo desconhecido. Desde os tempos antigos sempre houve pessoas especiais. O que realmente aconteceu de diferente foi à forma que essas pessoas foram sendo reconhecidas ou vistas dentro da sociedade. Alguns países exterminavam as crianças nascidas com necessidades especiais, porque enxergavam como incapazes do convívio social e de se autossustentarem. Este é um exemplo claro, de como isso era analisado pelo homem.
Destacamos que tais comportamentos eram influenciados por inúmeros motivos, tais como questões culturais e sociais e etc. Registros históricos mostram que no período que compreende os anos de 1200 até 1940, pessoas com deficiência eram submetidas a diversos procedimentos que em muitos casos levavam à morte, como pode ser observado na Tabela 1 (adaptada de ADAMS, 2007).
“Nos registros da História brasileira há referências de que os deficientes físicos se constituíam da população mais pobre e miserável dos pais.” (Silva, 1987).
Para Figueira (2008), identificar importantes aspectos, como: a política de rejeição ou exclusão do deficiente físico praticada pela população indígena, a violência sobre forma de maus-tratos com os escravos africanos deficientes, e inclusive a deficiência sendo associada com doenças; foram formas cruéis e assustadoras, vivenciadas por esses antepassados.
Povos Indígenas
 
Existem relatos históricos que confirmam as práticas e costumes entre a população indígena que levavam a eliminação ou a exclusão de crianças com deficiência física ou até mesmo aquelas que adquirirem alguma limitação física ou sensorial no decorrer de sua infância.
Ressaltamos também, que os povos indígenas que habitavam no Brasil, praticavam a exclusão ou abandono das crianças que adquiriam alguma deficiência. Esses costumes não eram diferentes dos observados em outros povos da História Antiga e Medieval. As crianças que nasciam com deficiência não eram bem vistas, porque, entendiam como um sinal negativo, ou um castigo dos deuses ou espíritos superiores.
Ao longo da história no Brasil, o nascimento de crianças indígenas com deficiência era considerado como castigo ou alguma punição, sendo vistas, como determinantes de forças superiores e espirituais. E assim, no decorrer da história fomos assistindo grandes formas de exclusão marcadas por esse conjunto da sociedade humana.
Os escravos
As deficiências físicas nos negros escravos aconteciam muitas vezes devidas os castigos físicos que eram submetidos. Outro exemplo era o trafico negreiro por meio do transporte em embarcações lotadas e em péssimas condições, que gerava uma constante manifestação de doenças, promovendo as incapacidades físicas e tendo como consequência, severas sequelas e mortes de inúmeros desses Homens.
A violência e cruéis castigos físicos aplicados nos engenhos de açúcar e nas fazendas de café eram notórios. A amputação de membros como castigo aos escravos fugitivos que haviam sidos recapturados. Eram vaias as punições, desde açoites e até mutilações, que eram previstas em leis e ainda contavam com o apoio e anuência da Igreja Católica. O número de escravos com deficiência só não eram maior por representar prejuízo de mão de obra ao seu proprietário.
Os portugueses
Os portugueses, desde que chegaram ao Brasil descoberto por Cabral, sofriam devido às condições clima tropicais de forte calor, e os variados insetos. Tudo isso afetavam a saúde dos europeus, sendo que “algumas dessas enfermidades era de natureza muito grave a ponto de levá-los a limitações e deficiências” (Figueira, 2008, p. 55). As maiorias das enfermidades não tinham sequer tratamentos adequados e assim continuariam por décadas.
Os séculos XIX e XX
No século XIX, as deficiências aparecem com mais recorrência, devidos os conflitos militares, revoltas regionais, guerra dos Canudos e guerra do Paraguai. Inclusive, o general Duque de Caxias comunica ao Governo suas preocupações com os militares que passaram a adquirir deficiência. Então, foi inaugurado no Rio de Janeiro, em 29 de julho de 1868, o “Asilo dos Inválidos da Pátria”, onde “seriam recolhidos e tratados os soldados na velhice ou os mutilados de guerra, além de ministrar a educação aos órfãos e filhos de militares” (Figueira, 2008, p. 63). O Asilo Inválido da Pátria funcionou durante 107 anos, sendo desativado em 1976.
Devido o avanço da medicina no século XX houve uma atenção maior em relação aos deficientes físicos. Iniciou-se a criação de hospitais-escola, tais como o Hospital das Clínicas de São Paulo, e assim significou o avanço em estudos e pesquisas sobre reabilitação de deficientes.
Ao longo da história brasileira, assim como em outros países, a deficiência foi tratada em ambientes hospitalares e assistenciais. Após, estudar e aprofundar sobre o assunto, os médicos se tornaram especialistas nessa área a ponto de passarem a influenciar a questão educacional entre as pessoas portadoras de deficiências.
Mesmo assim, o conhecimento da medicina não era suficiente, com relação aos deficientes, pois, até meados do século XX, algumas pessoas portadoras de deficiência eram tratadas como deficiente mental. Tanto a falta de exames quanto a falta de diagnósticos, prejudicaram milhares de pessoas internadas em instituições e apartaram-nas do convívio social e familiar.
Antes da existência das instituições especializadas, as pessoas com deficiência tiveram, em grande parte, sua trajetória de vida definida quase que exclusivamente pelas respectivas famílias.
Com o passar tempo, assim como aconteceu em outros países, percebeu que as pessoas com deficiência poderiam estar nos ambientes escolares e de trabalho, comuns a toda população, freqüentando também o comércio ou prédios públicos. Não precisariam estar limitadas ao espaço familiar ou das instituições especializadas. Isso ficou perceptível na expansão de leis e decretos sobre os mais variados temas. O poder público incluiu na legislação e na dotação de recursos a chamada “educação especial”, o que ocorre, pela primeira vez, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 4.024, de 20 de dezembro de 1961.
O Brasil atual.
A trajetória histórica brasileira, das pessoas com deficiência se encerra no ano de 1981, declarado pela ONU (Organização das Nações Unidas) como Ano Internacionalda Pessoa Deficiente (AIPD), era o início do progresso da valorização.
O Ano Internacional chamou a atenção da sociedade para as questões do deficiente físico.
Segundo FIGUEIRA, “a situação das pessoas com deficiência começou a ser divulgada a partir de 1981. Inclusive, elas mesmas começaram a tomar consciência de si como cidadãs, passando a se organizar em grupos ou associações” (Figueira, 2008, p. 119).
O ano de 1981 marca a conscientização, para a situação em que se encontravam os portadores de deficiências. Uma situação que não poderia mais ser oculta diante da sociedade e do poder público.
A história dos deficientes no Brasil, assim como em outros países, foi marcada por preconceitos, expulsão, abandono até chegar à inclusão através de atendimento especializado. Vale destacar, que houve grande avanço na legislação nacional sobre este tema, com a participação direta das próprias pessoas com deficiência. Os deficientes físicos passaram a exigir direitos civis, políticos, sociais e econômicos. E a partir do ano de 2015, foi aprovada a  Lei 13.146/2015  criando assim o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que começou a vigorar no dia 06/01/2016 e que tem como objetivo principal assegurar a proteção da dignidade da pessoa com deficiência, com novidades quanto à capacidade civil e estabelecendo diversos direitos para pessoas deficientes
O que é deficiência intelectual
A deficiência intelectual, também chamada por DI, é um transtorno do desenvolvimento que acomete cerca de 2 a 3% das crianças e pode acontecer devido a diversas situações, desde complicações durante a gestação ou no parto, até alterações genéticas, como Síndrome de Down e a Síndrome do X-frágil, por exemplo. Saiba quais são as características da síndrome do X-frágil.
Esse transtorno pode ser percebido pelos pais ou pelo professor na escola, no entanto, o tratamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar com o objetivo de estimular todas as funções cognitivas, favorecendo o processo de aprendizagem e relação com outras pessoas. Assim, é importante que a criança tenha acompanhamento direto e constante do pediatra, fonoaudiólogo, pedagogo e psicoterapeuta, por exemplo.
Como identificar
É possível identificar a deficiência intelectual observando o comportamento da criança no dia-a-dia. Normalmente ela não apresenta o mesmo comportamento que outras crianças da mesma idade, sendo sempre necessário que um adulto ou uma criança mais velha esteja por perto para auxiliar o desempenho de alguma ação, por exemplo.
Normalmente as crianças com deficiência intelectual apresentam:
· Dificuldade de aprendizagem e de entendimento;
· Dificuldade de adaptação a qualquer ambiente;
· Falta de interesse nas atividades do dia-a-dia;
· Isolamento da família, dos colegas ou da professora, por exemplo;
· Dificuldade de coordenação e concentração.
Além disso, é possível que a criança tenha alterações no apetite, medo excessivo e passe a não conseguir realizar atividades que antes conseguia.
Principais causas
A causa mais comum de deficiência intelectual são as alterações genéticas, como a síndrome de Down, do X-frágil, de Prader-Willi, de Angelman e de Williams, por exemplo. Todas essas síndromes acontecem devido a mutações no DNA, podendo resultar, entre outros sintomas, em deficiência intelectual. Outras causas de deficiência intelectual são:
· Complicações pré-natais, que são aquelas que acontecem durante a gestação, como má-formação do feto, diabetes gestacional, uso de medicamentos, tabagismo, alcoolismo, consumo de drogas e infecções, como sífilis, rubéola e toxoplasmose;
· Complicações perinatais, que acontecem do início do trabalho de parto até o primeiro mês de vida do bebê, como diminuição do fornecimento de oxigênio para o cérebro, desnutrição, prematuridade, baixo peso ao nascer e icterícia grave do recém-nascido;
· Desnutrição e desidratação grave, que pode acontecer até o fim da adolescência e levar à deficiência intelectual;
· Envenenamento ou intoxicação por medicamentos ou metais pesados;
· Infecções durante a infância que podem levar ao comprometimento neuronal, diminuindo a capacidade cognitiva, como meningite, por exemplo;
· Situações que diminuam o fornecimento de oxigênio para o cérebro, o que pode resultar em deficiência intelectual. Conheça as principais causas de hipóxia no cérebro.
Além dessas causas, a deficiência intelectual pode acontecer em erros inatos do metabolismo, que são alterações genéticas que podem acontecer no metabolismo da criança e levar ao desenvolvimento de algumas doenças, como por exemplo o hipotireoidismo congênito e a fenilcetonúria. Entenda melhor o que é a fenilcetonúria.
O que fazer
Caso seja feito o diagnóstico da deficiência intelectual, é importante que as capacidades cognitivas e intelectuais da criança sejam estimuladas frequentemente, sendo importante o acompanhamento por uma equipe multiprofissional.
Na escola, por exemplo, é importante que os professores entendam a necessidade de dificuldade do aluno e elabore um plano de estudo específico para a criança. Além disso, é importante mantê-la integrada e estimulando o seu contato e interação com outras pessoas, o que pode ser feito por meio de jogos de tabuleiro, quebra-cabeça e mímica, por exemplo. Essa atividade além de promover o contato social, permite que a criança fique mais concentrada, o que faz com que aprenda de forma um pouco mais rápida.
É importante também que o professor respeite o ritmo de aprendizagem da criança, voltando a assuntos ou atividades mais fáceis caso seja necessário. Durante o processo de estimulação da aprendizagem, é interessante que o professor identifique a forma que a criança assimila melhor as informações e conteúdos, seja por meio de estímulos visuais ou auditivos, por exemplo, sendo então possível estabelecer um plano de educação baseado na melhor resposta da criança.
O Transtorno do Desenvolvimento Intelectual ou Deficiência Intelectual já foi conhecida por outras denominações, como por exemplo, idiotia e retardo mental. É caracterizado por limitações nas habilidades mentais gerais. Essas habilidades estão ligadas à inteligência, atividades que envolvem raciocínio, resolução de problemas e planejamento, entre outras. A inteligência é avaliada por meio do Quociente de Inteligência (QI) obtido por testes padronizados. O resultado de uma pessoa com Transtorno de Desenvolvimento Intelectual nessa avaliação situa-se em 75 ou menos.
ESTATÍSTICA
A prevalência é maior no sexo masculino, tanto nas populações de adultos quanto de crianças e adolescentes. As taxas variam conforme a renda. A maior prevalência ocorre em países de baixa e média renda onde as taxas são quase duas vezes maiores que nos países de alta renda.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL – PRINCIPAIS SINTOMAS
Caracteriza-se por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo, expresso nas habilidades conceituais, sociais e práticas. Indivíduos com Deficiência Intelectual apresentam funcionamento intelectual significativamente inferior à média. Possuem limitações significativas em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades:
· Aprendizagem e autogestão em situações da vida, como cuidados pessoais, responsabilidades profissionais, controle do dinheiro, recreação, controle do próprio comportamento e organização em tarefas escolares e profissionais.
· Comunicação
· Habilidades ligadas à linguagem, leitura, escrita, matemática, raciocínio, conhecimento, memória
· Habilidades sociais/interpessoais (habilidades ligadas à consciência das experiências alheias, empatia, habilidades com amizades, julgamento social e autorregulação)
A pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldade para aprender, entender e realizar atividades comuns para as outras pessoas. Muitas vezes, essa pessoa se comporta como se tivesse menos idade do que realmente tem.
TRATAMENTO
A Deficiência Intelectual não é uma doença, e sim uma limitação. A pessoa com Deficiência Intelectual deve receber acompanhamento médico e estímulos, atravésde trabalhos terapêuticos com psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. As limitações podem ser superadas por meio da estimulação sistemática do desenvolvimento, adequações em situações pessoais, escolares, profissionais e sociais, além de oportunidades de inclusão social.
Instituições como a APAE BH (realizam trabalhos eficientes no sentido de promover o diagnóstico, a prevenção e a inclusão da pessoa com Deficiência Intelectual.
PREVENÇÃO
A chance de uma criança desenvolver Deficiência Intelectual depende de diversos fatores relacionados à genética, acompanhamento da gestação, saúde da mãe durante a gravidez, ambiente familiar saudável na infância e adolescência, entre outros.
Alguns cuidados devem ser tomados, para evitar ou minimizar as consequências da Deficiência Intelectual na vida da pessoa:
· Procurar aconselhamento genético, antes de engravidar, quando houver casos de deficiência intelectual na família, casamentos entre parentes ou idade materna avançada (maior que 35 anos).
· Fazer um acompanhamento pré-natal adequado para investigar possíveis infecções ou problemas maternos que podem ser tratados antes que ocorram danos ao feto.
· Manter uma alimentação saudável durante a gestação e evitar uso de bebidas alcoólicas, tabaco e outras drogas.
· Realizar o Teste do Pezinho – que é obrigatório no Brasil – assim que o bebê nascer. Esse teste é a maneira mais efetiva de detectar a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito, que se não forem devidamente tratados podem levar à Deficiência Intelectual.
· Seguir recomendações de vacinas.
· Oferecer ao bebê alimentação adequada e ambiente familiar saudável e estimulador, além de cuidados para tentar evitar acidentes na infância.
· Procurar um médico caso note algum problema no desenvolvimento e/ou crescimento da criança.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
Podem ser distinguidos três níveis de prevenção:
· Primário, que se refere a um conjunto de abordagens que reduzem ou eliminam o risco de ocorrência da Deficiência Intelectual;
· Secundário, que visa o diagnóstico e tratamento precoces;
· Terciário, que procura limitar a deficiência
O PAPEL DO PSICÓLOGO
Um psicólogo especializado em transtornos de desenvolvimento e/ou neuropsicologia pode ser muito importante para o desenvolvimento da criança. A atuação do psicólogo deve ser pautada na avaliação do meio ambiente no qual a pessoa vive e
nas condições adaptativas da mesma de modo a prover uma intervenção em acordo com as demandas do paciente.
O trabalho do primeiramente englobar uma avaliação para fins educacionais, programas de habilidades sociais, planejamento de ensino, orientação e planejamento de atividades de vida diária, treinamento com profissionais, bem como abordagem a temas específicos como sexualidade e comportamento adaptativo.
Plataformas como a Vittude podem facilitar a busca por um psicólogo que atenda os requisitos específicos para atender pais e crianças que precisam de acompanhamento. Se você tem dúvidas com relação a algum diagnóstico, agende uma avaliação psicológica com um de nossos psicólogos.
Deficiência Intelectual e suas características no decorrer da vida
A deficiência intelectual é caracterizada por uma determinada limitação em habilidades mentais. Isso resulta na perda da autonomia plena, o que significa a necessidade de auxílio para tarefas que uma pessoa atípica (não diagnosticada com a condição) geralmente não precisa.
Parte considerável do nosso público é formada por pais e mães de crianças que convivem com algum transtorno de origem neurobiológica, mas o que dizer daqueles pacientes adolescentes e até mesmo adultos?
O artigo de hoje vai englobar essa parcela da população que vive com a deficiência intelectual, não sem fazer uma abordagem na infância. Vamos passar pelas fases da vida e evidenciar as principais características da doença nesses diferentes estágios.
A deficiência intelectual na infância
A fase escolar é marcada por experiências diversas na vida de uma criança. A partir do contato com os demais coleguinhas, o pequeno começa a estabelecer a interação social além do ambiente familiar. É nesse período que surgem as primeiras afeições por determinadas tarefas, a escolha dos amiguinhos mais próximos, o despertar para interesses mais específicos (um objeto, uma cor, uma brincadeira).
No caso de um aluno com deficiência intelectual, algumas dessas habilidades começam a mostrar déficits (embora a criança já deva ter manifestado anteriormente). As principais características nessa etapa são as seguintes: pouca interação com os colegas e os educadores; dificuldades pontuais na psicomotricidade (coordenação motora fina e grossa); desenvolvimento da comunicação prejudicada; problemas para adaptação aos mais variados espaços, etc.
A deficiência intelectual na adolescência
Esse período é mais complicado no que se refere aos impulsos das pessoas, pois o momento em que o paciente se encontra é marcado pela necessidade que ele tem de expressar seus sentimentos. Falar de adolescência sem abordar a sexualidade é uma tarefa difícil, senão impossível. Muitos pais e mães não imaginam, mas o adolescente com deficiência intelectual pode manifestar a sexualidade. Eis aí o motivo de preocupação para todos eles.
Lidar com essa característica requer sabedoria dos responsáveis, pois a repressão pura e simples sem a orientação de um especialista pode prejudicar o equilíbrio interno do jovem. Portanto, é imprescindível que a consulta com o médico e a equipe de terapeutas seja regular.
Somente esses profissionais estão aptos a orientá-los acerca de um tema tão caro e importante como a sexualidade em casos de deficiência intelectual na adolescência. Além disso, as intervenções visam a trabalhar questões relativas à saúde e prevenção de possíveis situações de risco. Converse com o médico de seu filho ou filha.
Outras questões referentes à exposição ao uso de bebidas alcoólicas, momentos de agressividade causadas por irritabilidade e substâncias que podem alterar o equilíbrio do adolescente também são importantes de serem tratadas com os especialistas, principalmente sobre qual a melhor solução para esses casos. Informação nunca é demais.
A deficiência intelectual na vida adulta
Quando a pessoa atinge a fase adulta, ela pode ter sim uma maior qualidade de vida, mas isso vai depender dos tratamentos proporcionados e, consequentemente, dos estímulos dados até aqui. Vale lembrar que quanto mais precoces forem as intervenções, mais satisfatórios serão os resultados.
No entanto, é preciso salientar que assim como ocorre na adolescência, algumas características costumam pedir mais cautela. A necessidade de contar com alguém da família ou até mesmo um cuidador profissional é imprescindível.
O processo de amadurecimento de um indivíduo com deficiência intelectual faz com que ele perca algumas competências, o que resulta na perda consequente de autonomia em muitas funções executivas, dependendo do grau em que a pessoa se encontra.
Há que se ressaltar o fato de um paciente que convive com tal condição ter qualidade de vida e poder até mesmo trabalhar. Entretanto, para que se chegue a esse patamar, as intervenções devem começar cedo. Nunca se esqueçam desse detalhe.
 Somente no século XIX, com o trabalho do médico Jean Itard, considerado o primeiro teórico de Educação Especial, as pessoas com deficiência intelectual passaram a ser consideradas passíveis de serem educadas
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O desenvolvimento de alunos com deficiência intelectual e o mito da idade mental
As políticas e práticas de educação pautadas nos paradigmas da segregação e da integração, historicamente, responsabilizavam as próprias crianças e adolescentes com deficiência intelectual por seu “fracasso escolar”. Assim, a exclusão se dava com base no diagnóstico. No entanto, há alguns anos, a compreensão da deficiência baseada na perspectiva médica e em aspectos clínicos deu lugar ao modelo social. De acordo com essa perspectiva, a deficiência não está no indivíduo, mas narelação entre seus impedimentos de longo prazo e as barreiras existentes no ambiente. Esse novo conceito fundamenta a inclusão, que concebe a educação como um direito que prevê não somente a garantia à presença de todas as pessoas na escola, mas também à acessibilidade, ou seja, à eliminação dos obstáculos que impedem a plena participação dos estudantes.
Leia também:
+ Segregação, integração e inclusão: entenda esses paradigmas
+ O que muda na educação especial com a perspectiva inclusiva?
Se compreendemos a deficiência a partir desse modelo social, quando um estudante – tenha ele deficiência ou não – “não aprende”, devemos reconhecer que a origem do problema não está em suas características intelectuais, mas, sim, em possíveis barreiras presentes na escola. Mas, na prática, quando alunos com hipótese ou diagnóstico de deficiência intelectual “não aprendem”, nossa tendência é continuarmos responsabilizando-os por isso. E por que é assim? Porque nosso modo de entender e fazer educação continua baseado na lógica binária da normalidade/anormalidade.
Múltiplas inteligências e o mito da idade mental
Durante muito tempo, buscou-se enquadrar as pessoas em padrões de desenvolvimento considerados “normais”. A expressão “retardo mental”, outrora usada em referência a pessoas com deficiência intelectual, é derivada dessa ideia. Retardo remete a atraso. Atraso em relação a quê? Ao que é “normal”. A noção de idade mental segue a mesma lógica. Compara-se o que se observa em uma criança com deficiência a padrões e atribui-se a ela uma “idade mental” diferente da cronológica.
Essa comparação pode ser feita a partir do que o observador reconhece como normal ou por meio de testes mais sofisticados, geralmente baseados no chamado quociente de inteligência – o QI. Mas, além de ultrapassada (considerando que não é mais aceita nem mesmo pela Organização Mundial de Saúde), essa análise contraria o princípio básico da educação inclusiva de que somos todos diferentes, singulares e únicos. O uso do QI como padrão balizador de quem é mais ou menos intelectualmente capaz é refutado pela teoria das múltiplas inteligências.
Um estudante com deficiência intelectual não tem idade mental diferente da cronológica, nem é menos inteligente que os demais. Ele é diferente, como todos os outros. Com algumas características que se sobressaem, talvez. Mas é importante lembrar que na educação inclusiva a diferença é reconhecida como um valor e cada um tem o direito de ser como é.
Desenvolvimento cognitivo para Vygotsky
Mas como traduzir isso na prática cotidiana da sala de aula? A obra do psicólogo bielo-russo Lev Semenovitch Vygotsky (1896-1934) pode nos ajudar muito na busca por estratégias pedagógicas inclusivas para todos. Para Vygotsky, a condição humana não é dada pela natureza, mas construída ao longo de um processo histórico-cultural pautado nas interações entre homens e meio. Ou seja, os aspectos biológicos não são determinantes. Segundo ele, o desenvolvimento de qualquer pessoa, tenha ela deficiência ou não, depende das oportunidades de aprendizagem e das relações que estabelece. Vale mencionar que o estudioso dedicou boa parte de sua vida à observação e à educação de crianças com deficiência, principalmente intelectual.
Vygotsky defendia que o desenvolvimento cognitivo em cada etapa da vida não apresenta aspectos estanques e universais. Para ele, o que existe é uma multiplicidade de possibilidades de acordo com a experiência de cada sujeito. Enquanto o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) afirmava que as aptidões intelectuais acompanham o desenvolvimento orgânico, o psicólogo argumentava que o aprendizado não se subordina totalmente às estruturas intelectuais da criança. Na relação entre aprendizado e desenvolvimento, o primeiro vem antes, provocando “saltos” na compreensão e no conhecimento.
A aposta no potencial dos alunos com deficiência intelectual
Em outras palavras, se por um lado Piaget sugeria que o professor esperasse até que o estudante estivesse “pronto” para avançar no processo de aprendizagem, Vygotsky, ao contrário, defendia que os alunos fossem encorajados a superar suas habilidades. Para ele, estratégias pedagógicas adequadas são capazes de provocar avanços que não ocorreriam espontaneamente. É a isso que se refere um de seus principais conceitos, o de zona de desenvolvimento proximal (ZDP). A ZDP nada mais é do que a distância entre o desenvolvimento real, determinado por meio da solução independente de problemas, e o desenvolvimento potencial, determinado pela resolução feita com a ajuda de um adulto ou em colaboração com companheiros.
Por meio dessa concepção, Vygotsky ressalta a importância da escola e do professor no processo de desenvolvimento dos alunos. Para ele, o educador, em primeiro lugar, deve conhecer bem o estudante a fim de planejar estratégias a partir de objetivos baseados em seu potencial, ou seja, naquilo que ele é capaz de fazer quando conta com ajuda. Em uma de suas muitas obras, o psicólogo afirma que:
O comportamento atualizado é apenas uma infinitésima parte do comportamento possível. O homem está cheio de possibilidades não realizadas.
Assim, é essencial que o professor aposte no aluno. Desafie-o, oportunizando interações com o ambiente social e cultural – ou seja, com outros estudantes, com a comunidade e com o currículo – capazes de alavancar seu desenvolvimento.
Dinâmica da capacidade intelectual
Quanto aos alunos com deficiência intelectual, Vygotsky defendia que:
Todas as crianças podem aprender e se desenvolver. As mais sérias deficiências podem ser compensadas com ensino apropriado.
A expressão “ensino” nada tem a ver com a ideia de transmissão de conhecimento. Ao contrário, a abordagem proposta por ele evidencia a importância da experiência Site externo no processo de aprendizagem e desenvolvimento e pode ser facilmente associada ao que chamamos de flexibilização curricular. Em seu livro “Teoria e método em psicologia”, ele afirma que, principalmente para alunos com deficiência intelectual, é fundamental que o ensino tenha significado e seja de fato relevante em suas vidas.
Para o psicólogo, o foco do educador deveria estar sempre nas possibilidades e não nos déficits dos estudantes. Suas limitações, ele alegava, inclusive, poderiam representar potenciais propulsores de desenvolvimento. Esse é apenas um dos aspectos presentes em sua teoria que são reafirmados atualmente pela neurociência. Em contraposição à ideia de que o ser humano é imutável, o que reduz expectativas quanto às possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento de alunos com deficiência, Vygotsky partia do princípio de que todos nós e o ambiente em que vivemos estamos em permanente movimento. A neurociência confirma, reconhecendo a capacidade de transformação de qualquer organismo e de qualquer ser humano. Os trabalhos do psicólogo e a neurociência também concordam que a capacidade intelectual não é estática, mas dinâmica, podendo, portanto, evoluir. E que isso só pode acontecer a partir das relações intra e interpessoais que se dão mutuamente.
Vygotsky sustentava, também, através do que chamava de lei da compensação ou superação, que um impedimento de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, precisamente por tornar a atividade do organismo difícil, poderia atuar como um incentivo para aumentar o desenvolvimento e a atividade de outras de suas funções. A neurociência comprova que, quando expostas aos mesmos estímulos ou desafios, pessoas com tais impedimentos podem desenvolver mais conexões sinápticas em relação às outras, provando terem um maior potencial de ampliação da função cerebral.
O papel da escola
A escola assume, assim, papel primordial nesse processo, extrapolando o compromisso com a aprendizagem dos estudantes, devendo assumir também responsabilidade na promoção do desenvolvimento de sua capacidade intelectual. Principalmente no que se refere aos alunos com deficiência – particularmente intelectual –, considerando que o foco, na escola, é a aprendizagem.
Assim, agrupar alunos com deficiênciaintelectual com outros de idade cronológica inferior ou com o “mesmo nível de desenvolvimento”, ou relegá-los a atividades paralelas “mais simples”, ou, ainda, reduzir o tempo de permanência em sala de aula, sob a alegação de que não são capazes de acompanhar o restante do grupo, é exatamente o oposto do que deveria ser feito.
A infantilização e a subestimação da pessoa com deficiência intelectual podem ser as principais barreiras a sua inclusão. Ao fazê-lo, não só lhes negamos um direito que é legítimo e assegurado – o acesso à educação –, como também a oportunidade de transformar e expandir seus horizontes e possibilidades através do desenvolvimento de sua capacidade intelectual.
Os principais tipos de deficiência intelectual são as síndromes de Down, do X-Frágil, de Prader-Willi, de Angelman, e de Williams. As causas destas limitações na inteligência são variadas e, em muitas situações, desconhecidas.20 de abr. de 2013
http://redeglobo.globo.com › acao › noticia › 2013/04 › s
Deficiência Intelectual e Doença Mental. Qual a diferença?
por Ricardo Shimosakai | 11 dez, 2011 | Turismo Adaptado
Retardo mental grave: Características e Tratamentos
Retardo mental grave: Características e Tratamentos - Tua Saúde
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O retardo mental grave é caracterizado pelo Quociente de Inteligencia (QI) entre 20 e 35. Neste caso a pessoa não fala quase nada, e precisa de cuidados por toda vida sendo sempre dependente e incapaz.
Ela não pode ser matriculada na escola regular porque não consegue aprender, falar ou compreender em um grau que se possa avaliar, sendo sempre necessário apoio profissional especializado para que possa se desenvolver e aprender as palavras essenciais, como chamar pela mãe, pedir água ou ir ao banheiro, por exemplo
Sinais, sintomas e características 
No caso do retardo mental grave a criança apresenta atraso no desenvolvimento motor, e nem sempre consegue aprender a sentar sozinho ou falar, por exemplo, por isso não tem autonomia e precisam diariamente do apoio dos pais ou outros cuidadores. Elas necessitam de apoio para se vestir, comer e cuidar de sua higiene pessoal por toda vida. 
O diagnóstico do retardo mental grave ou severo é feito ainda na infância, mas só pode ser confirmado após os 5 anos, que é quando se pode realizar o teste de QI. Antes dessa fase a criança pode ser diagnosticada com atraso no desenvolvimento psicomotor e podem ser realizados exames de sangue e de imagem que possam evidenciar outros comprometimentos cerebrais e doenças associadas, que necessitam de tratamentos específicos, como o autismo, por exemplo. 
O quadro a seguir indica algumas características e diferenças dos tipos de retardo mental: 
	Grau de comprometimento
	QI
	Idade mental 
	Comunicação 
	Escolaridade
	Auto cuidado
	Leve
	50 - 70
	9 a 12 anos
	Fala com dificuldade
	6ª série
	Totalmente Possível
	Moderado
	36 - 49
	6 a 9 anos
	Varia muito
	2ª série
	Possível
	Grave
	20 - 35
	3 a 6 anos
	Não fala quase nada
	x
	Treinável
	Profundo 
	0 - 19
	até 3 anos
	Não consegue falar
	x
	x
Tratamentos para retardo mental grave 
O tratamento para retardo mental grave deve ser indicado pelo pediatra e pode envolver o uso de medicamentos para controlar os sintomas e outras situações que estejam presentes, como epilepsia ou dificuldades para dormir. A estimulação psicomotora também é indicada, assim como a terapia ocupacional para melhorar a qualidade de vida da criança e de sua família.
A expectativa de vida da criança com retardo mental grave não é muito longa, mas depende muito de outras doenças associadas, e do tipo de cuidado que consegue obter. 
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA E A IDENTIFICAÇÃO DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 
Segundo a Resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 013/2007 (CFP, 2007), que substitui a de número 002/2004, reconhece a Neuropsicologia como especialidade em Psicologia e institui que o neuropsicólogo atue no diagnóstico, no acompanhamento, no tratamento e na pesquisa da cognição, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque da relação entre estes aspectos e o funcionamento cerebral. Para a realização do trabalho na avaliação neuropsicológica, são utilizados conhecimentos teóricos das neurociências somadas as práticas clínicas. São utilizados instrumentos especificamente padronizados para a avaliação das funções neuropsicológicas envolvendo principalmente habilidades de atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, habilidades acadêmicas, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, funções motoras e executivas. Ainda, o neuropsicólogo utiliza um complexo processo de investigação clínica no qual se procura conhecer o sujeito e sua demanda com o intuito de programar a tomada de decisão mais apropriada em cada caso. Segundo Ogden (1996, p.11) a Neuropsicologia envolve o “estudo do comportamento humano, emoções, pensamentos e suas relações com o cérebro”. Sendo o neuropsicólogo um profissional especializado, certamente é o mais indicado para realizar avaliações para o diagnóstico da deficiência intelectual, já que o mesmo se utiliza de diferentes métodos e técnicas (instrumentos padronizados) para investigar tanto o funcionamento normal como possíveis alterações e disfunções do sistema nervoso. As doenças mais pesquisadas do ponto de vista neuropsicológico (CFP & CRP, 2013) são: a) Doenças degenerativas como, por exemplo, Doença de Alzheimer, Demências Fronto-Temporais, Demências Semânticas e Esclerose Múltipla; b) Doenças e/ou traumas que comprometem o Sistema Nervoso Central, tais como Acidente Vascular Encefálico, Trauma Cranioencefálico, Neoplasias e Epilepsias; c) Transtornos Mentais, como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, Transtornos de Desenvolvimento e de Aprendizagem. Em relação à avaliação neuropsicológica na infância e adolescência, observase características específicas na interpretação do desempenho cognitivo. Para uma avaliação completa para além dos testes padronizados deve-se ter vasto conhecimento sobre desenvolvimento e maturação neurológica, conhecer possíveis limitações quanto as condições ambientais e de estimulação cognitiva que o sujeito recebe ao longo do seu desenvolvimento. Para avaliação e posterior diagnóstico de D.I. alguns dados são importantes para iniciar a investigação como: idade, escolaridade, qualidade de ensino, tipo de escola, aspectos socioeconômicos e culturais, entre outros. Estudos apontam que a aprendizagem é um fator importante e deve ser observado com cuidado como a criança aprende. Aprender é um ato complexo que requer uma série de fatores como: condições, oportunidades, mudança de comportamento, capacidade funcional do cérebro, integridade no Sistema Nervoso Central. Para aprender, a criança deve ser capaz de organizar uma informação, integra-la em sua mente, armazena-la e por fim conseguir recuperá-la (TABAQUIM, 2002). Uma criança típica deve ter os requisitos acima citados, ou seja, deve conseguir aprender e distribuir esse aprendizado a uma série de fatores (exemplo: aprendizagem escolar, aprendizagem do cotidiano). Em crianças com atraso no desenvolvimento com possível diagnostico de D.I., ocorre dificuldades quanto ao seu desenvolvimento biopsicossocial podendo incluir: dificuldades motoras, linguagem, atividades de vida diária, cognitivo e psicossocial. Estudos com crianças com D.I apontaram falhas na falta de capacidade para a elaboração da informação, resolução dos problemas e incapacidade de generalizar o que foi aprendido. Também demostraram dificuldades no campo da atenção e memória o que gerou dificuldades para consciência sobre as exigências das tarefas ou estratégias erradas para a resolução das mesmas, mesmo com instruções detalhadas e orientação (TABAQUIM, 2002). Portanto, a avaliação neuropsicológica para a pessoa com deficiência intelectual é de extrema relevância levando em conta os aspectos da investigação das funções neuropsicológicas envolvendo principalmente habilidades de funções executivas.Tal levantamento apurado auxilia na elaboração do plano de atendimento possibilidades do tratamento e/ou reabilitação com foco específico nas potencialidades do sujeito e procurando minimizar suas dificuldades. A reabilitação neuropsicológica é um dos campos de atuação do profissional que tem como objetivo não somente a melhora do funcionamento cognitivo como também o ensino, para o paciente e seus familiares, do manejo das alterações emocionais e comportamentais, a fim de se adquirir uma melhor qualidade de vida. Essa estruturação de tarefas é de extrema importância para a pessoa com deficiência intelectual a fim de se ter o melhor resultado nas terapias desenvolvidas dentro e fora das instituições, na sua casa e no seu cotidiano influenciando para a melhoria na sua autonomia e qualidade de vida (CRP, CFP, 2013). Na avaliação neuropsicológica são coletados e analisados os dados referentes ao que se pretende avaliar. Esse processo deve ser realizado por um conjunto de procedimentos confiáveis, entendidos como aqueles reconhecidos pela ciência. Desta forma o Neuropsicólogo deve planejar e realizar o processo avaliativo com base em aspectos técnicos e teóricos. O planejamento desta avaliação se dá desde a escolha do número de sessões para a sua realização, das questões a serem respondidas, bem como de quais instrumentos/técnicas de avaliação devem ser utilizados. A avaliação neuropsicológica exige métodos desenvolvidos especificamente para cada tipo de diagnóstico. Ressalta-se a especificidade da avaliação neuropsicológica no contexto da infância/adolescência ao qual é o período indicado para diagnóstico da deficiência intelectual. O desenvolvimento neuropsicológico desde a infância até a vida adulta passa por várias fases distintas de acordo com a maturação do sistema nervoso central (SNC). A análise das funções cognitivas e do comportamento da criança, sob a ótica da Neuropsicologia, considera estas fases e analisa cada etapa tanto dentro do desenvolvimento normal como nas situações nas quais ocorrem alterações funcionais ou estruturais do sistema nervoso central - SNC (MIRANDA, MUSZKAT, 2004). As disfunções neuropsicológicas na infância englobam mais características variadas do que semelhantes, pois são o resultado da soma de elementos internos e externos à criança, tais como maturação cerebral, aspectos genéticos, fatores ambientais e interação familiar (MIRANDA, 2006). Para tanto, se faz necessário estabelecer as áreas cognitivas comprometidas da criança e também apontar as habilidades preservadas (MIRANDA, 2006), para que um adequado processo de intervenção possa ser delineado (potencialidades x dificuldades). Neste sentido, este processo de avaliação deve analisar as possíveis limitações apresentadas por algumas crianças (por exemplo, decorrentes de uma lesão cerebral) e que exigem estratégias diferenciadas para poderem ser avaliadas. Desta forma, a Neuropsicologia Infantil investe no desenvolvimento de técnicas e métodos de diagnóstico precoce e adequado a cada população. A antecipação na identificação de sinais indicadores das deficiências pode garantir melhores critérios diagnósticos e, consequentemente, intervenções com resultados significativamente mais favoráveis (RIECHI, 2007). O processo de avaliação deve estar pautado segundo alguns elementos centrais elencados na Cartilha de Avaliação Psicológica (CRP, 2013), que são: 1) contexto no qual a avaliação se insere, 2) propósitos da avaliação, 3) construtos a serem investigados, 4) adequação das características dos instrumentos/técnicas aos indivíduos avaliados, 5) condições técnicas, metodológicas e operacionais do instrumento de avaliação. Ainda, na avaliação neuropsicológica, deve-se realizar a adaptação adequada para cada etapa do desenvolvimento infantil/juvenil, identificar a presença ou ausência de transtornos do desenvolvimento e cognitivos e dificuldades na obtenção de habilidades, buscar na história de vida da criança se houve um comprometimento cerebral (idade de início, tipos de tratamentos realizados, gravidade e desenvolvimento da função), ser atento aos sinais cognitivo-comportamentais apresentados no desenvolvimento típico da criança para distinguir se é uma desordem do processamento neuropsicológico (COSTA ET AL, 2004). A partir destes quesitos e ao final deles compete ao psicólogo analisar criticamente os resultados obtidos, com o intuito de verificar se realmente forneceram elementos seguros e suficientes para a tomada de decisão ou diagnóstico diferencial do sujeito analisado.
COMPOSIÇÃO DE UMA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
 Conforme Costa et al (2004, p.112), a avaliação neuropsicológica é recomentada em qualquer caso onde exista suspeita de uma dificuldade cognitiva ou comportamental de origem neurológica. Ela pode auxiliar no diagnóstico e tratamento de diversas enfermidades neurológicas, problemas de desenvolvimento infantil, comprometimentos psiquiátricos, alterações de conduta, entre outros. A Neuropsicologia pode servir de base para instrumentalizar diferentes profissionais que atuam na intervenção terapêutica no processo de investigação e compreensão do funcionamento intelectual da criança (COSTA ET AL, 2004). O processo de avaliação neuropsicológica apresenta alguns passos essenciais para que seja possível alcançar os resultados esperados. Com base na Resolução CFP nº 06/2019, pode-se afirmar: 1) Levantamento dos objetivos da avaliação e particularidades do indivíduo (demanda). Por exemplo: a criança pode apresentar um desempenho abaixo do esperado na escola, pode apresentar dificuldades em realizar atividades simples do cotidiano, pode apresentar fala diminuída para a idade em que se encontra. Essas informações são importantes para a investigação dentro de uma hipótese diagnóstica para D.I. 2) Coleta de informações: uma ou mais entrevistas clínicas e observações da criança, entrevista com familiares/responsáveis, avaliação escolar e/ou registros médicos, avaliações psicológicas e/ou neuropsicológicas anteriores. Não é recomendada a utilização de uma só técnica ou um só instrumento para a avaliação. No caso da D.I. as entrevistas são tão importantes quanto os instrumentos padronizados, pois vão nos dizer sobre funcionamento geral da criança em seu contexto e cotidiano, um dos critérios para o diagnóstico diferencial da D.I.; 3) Aplicação de instrumentos neuropsicológicos: avaliando áreas do funcionamento cerebral, incluindo: atenção, funções executivas, memória, linguagem, funcionamento sensório-perceptivo, habilidades visuoespaciais, habilidades motoras finas, habilidades intelectuais, desempenho acadêmico e funcionamento comportamental e emocional. Nos casos da D.I. atenção especial para o desempenho intelectual e acadêmico abaixo do esperado para idade, além de geralmente ter desempenho abaixo em todas as áreas citadas acima (funcionamento global abaixo do esperado). As escalas Wechsler (WISC – IV, WASI) são as mais reconhecidas para avaliar a inteligência em diferentes contextos de atuação do psicólogo; 4) Integração das informações e desenvolvimento das hipóteses iniciais: o psicólogo pode utilizar outros instrumentos/estratégias de modo a refinar ou elaborar novas hipóteses. Diante da dificuldade de avaliação na D.I. muitas vezes o indivíduo não consegue realizar as tarefas elencadas nos padrões estipulados dos testes padronizados (devido sua limitação no campo de coordenação motora, linguagem, cognitiva ou social). O sujeito pode também não entender as tarefas solicitadas ou não ter as funções necessárias para a realização das provas. Assim necessitando de adaptação na realização dos testes, ou fazer-se valer de “tarefas ecológicas” para a avaliação qualitativa. As chamadas “tarefas ecológicas” são atividades aplicadas de forma padronizada, mas associadas a tarefas semelhantes as atividades cotidianas na intenção de verificar as funções cognitivas do avaliado (ZIMMERMANN ET AL, 2014). Segundo Cunha Et All (2007), a utilização de testes e de outras estratégias (como tarefas ecológicas) para obter dadosé uma forma de avaliar um sujeito de forma sistemática, científica e orientada para a resolução de problemas. Além dos testes e escalas convencionais a avaliação clínica do psicólogo deve ser detalhada a fim de verificar todo o contexto do sujeito para posterior diagnóstico. 5) Indicação das respostas à situação que motivou o processo de avaliação: o diagnóstico necessita de uma construção de hipóteses. Em uma possível condição de deficiência intelectual algumas perguntas ajudarão o profissional, como por exemplo: O sujeito pode ter um transtorno específico de aprendizagem? Questões emocionais e/ou familiares estariam interferindo nos processos de aprendizagem de leitura e escrita? Haveria alguma questão neurológica envolvida? Poderíamos pensar em transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)? Quais demandas psíquicas não estariam sendo atendidas, gerando, consequentemente, o sintoma? (BANDEIRA, TRENTINI & KRUG, 2016). Cabe ao psicólogo nessa situação: a) realizar a avaliação da pertinência do diagnóstico; b) realizar o diagnóstico diferencial; c) identificar forças e fraquezas do paciente e de sua rede de atenção visando subsidiar um projeto terapêutico; d) ampliar a compreensão do caso por meio da elaboração de um entendimento dinâmico, alicerçada em teoria psicológica; e) refletir sobre encaminhamentos necessários ao caso (BANDEIRA, TRENTINI & KRUG, 2016, p.41). 6) Redação do laudo neuropsicológico (comunicação cuidadosa dos resultados, com atenção aos procedimentos éticos e considerando as eventuais limitações da avaliação). É por meio do laudo que ficam o registro permanente da avaliação realizada. Não há conhecimento de que existam uma forma única de redação do laudo neuropsicológico. Entretanto, deve-se procurar checar a sua objetividade, qualidade da escrita, conter as principais informações além de ser entregue para a pessoa que o solicitou (ZIMMERMANN ET AL, 2016). O resultado da avaliação com diagnóstico de D.I. têm grande impacto para a vida das pessoas e de seus respectivos familiares. A partir do diagnóstico são necessárias estratégias de intervenção para os sujeitos e estratégias comportamentais complementares para a família no intuito de minimizar as consequências geradas por suas limitações.
Como incluir e estimular alunos com deficiência intelectual
Muito se fala em educação inclusiva e como ela pode mudar a vida de diversos estudantes na atualidade. A educação inclusiva tem por objetivo garantir o direito de todos a uma educação de qualidade. Ela apresenta como base a oferta de  igualdade de oportunidades em relação às diferenças humanas e sua valorização, independentemente de suas diversidades sociais, culturais, intelectuais, sensoriais, de gênero ou mesmo étnicas.
A educação não escolhe quem deve ter acesso a ela ou não, buscando, desse modo, disponibilizar o acesso e o aprendizado a todos, sem qualquer tipo de exceção. A inclusão diz respeito, principalmente, aos alunos que apresentam alguma necessidade especial de natureza intelectual ou física e cuja atenção e recursos necessitam ser diferenciados.
Infelizmente, os recursos disponibilizados para as pessoas que apresentam tais dificuldades, na maioria das vezes, são mínimos. Com essa defasagem na oferta de recursos de inclusão, o número de pessoas com deficiência que não frequentam a escola aumenta drasticamente.
Leia também: 8 formas de estimular o aprendizado do aluno na sala de aula
Dicas para o ensino de alunos com dificuldade intelectual
Para que a inclusão aconteça, é necessário saber quem são alunos que necessitam ser inclusos e suas necessidades específicas. Dessa maneira, será possível atendê-los da melhor forma. Pessoas que possuem deficiência intelectual precisam de atenção especial, e, para isso, existem algumas atividades e ações que podem ajudar na educação e no convívio em sociedade. Confira algumas dessas medidas:
 
· Plano individual do desenvolvimento do aluno
 
O primeiro passo é ter um diagnóstico de um médico, somente dessa forma a elaboração de um plano de desenvolvimento será executada de maneira eficiente. Nesse plano individual precisam constar os dados do aluno, suas informações médicas e o depoimento dos pais sobre as atividades que o aluno consegue desenvolver e tudo que precisa ser ensinado. Depois disso, os professores poderão realizar um plano para aquele aluno, exibindo as expectativas e estratégias que serão usadas para alcançar os objetivos de ensino.
 
· Exercícios práticos
 
Alunos que apresentam deficiência intelectual precisam, ainda mais que aqueles sem deficiência, praticar o que for passado em sala de aula, até que consigam fixar e assimilar o conteúdo apresentado. O currículo desses alunos precisa acompanhar o da turma, de maneira que os assuntos sejam trabalhados de forma mais simples  e objetiva, e, se necessário, em um período de tempo maior, respeitando o ritmo do aluno. Os exercícios desenvolvidos não podem ser infantis ou para idade menor do que a do aluno, bem como não podem muito fáceis, precisam respeitar o aluno, e não o subestimar. O nível de dificuldade precisa aumentar gradativamente, o estimulando e também acompanhando o ritmo apresentado por ele.
 
· A aprendizagem
 
O educador precisa estar atento ao estilo de aprendizagem que é mais eficaz para cada aluno, como, por exemplo, se é visual auditiva ou outra. Depois de realizar essa identificação, busque os materiais que possam contribuir para a aprendizagem do aluno. O uso desses materiais é o que fará a diferença na forma de aprender e em como o aluno irá se sentir. Vale lembrar que o que importa é se o aluno está evoluindo e não a extensão de tempo gasto com isso. Tudo precisa ser dosado e oferecido na medida certa, sempre buscando o desenvolvimento intelectual do estudante da melhor maneira possível.
 
· Provas ou avaliações
 
As avaliações vão depender do estilo e do ritmo de aprendizagem de cada aluno. A partir da identificação desses fatores é possível saber se será necessário realizar alguma adaptação nessas avaliações. O modelo de avaliação vai depender também do tipo de deficiência do aluno.  
Mesmo com atividades e cuidados diferenciados, é de extrema importância que os alunos com deficiência intelectual façam parte dos grupos ou duplas com a classe, proporcionando, dessa forma, uma integração e, consequentemente, uma maior aproximação e inclusão. Essas ações vão gerar diversos benefícios para os alunos em geral.
Os professores que atuam nessa área diferenciada necessitam sempre estar buscando aperfeiçoamento acadêmico através de cursos específicos para tal função. Dessa forma, os ensinos passados e a maneira que serão transmitidos vão ajudar ainda mais os alunos com deficiência intelectual.
Deficiência Intelectual ou atraso cognitivo.
Deficiência intelectual ou atraso cognitivo é um termo que se usa quando uma pessoa apresenta certas limitações no seu funcionamento intelectual, para aquisição da aprendizagem e no desempenho de tarefas como as de comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento social.
Estas limitações provocam uma maior lentidão na aprendizagem e no desenvolvimento dessas pessoas.
As crianças com atraso cognitivo podem precisar de mais tempo para aprender a falar, a caminhar e a aprender as competências necessárias para cuidar de si, tal como vestir-se ou comer com autonomia. É natural que enfrentem dificuldades na escola. No entanto aprenderão, mas necessitarão de mais tempo. É possível que algumas crianças não consigam aprender algumas coisas como qualquer pessoa que também não consegue aprender tudo.
Quais são as causas da Deficiência Intelectual ou Atraso Cognitivo
Os investigadores encontraram muitas causas da deficiência intelectual, as mais comuns são:
Condições genéticas: Por vezes, o atraso mental é causado por genes anormais herdados dos pais, por erros ou acidentes produzidos na altura em que os genes se combinam uns com os outros, ou ainda por outras razões de natureza genética. Alguns exemplos de condições genéticas propiciadoras do desenvolvimento de uma deficiência

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