PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR

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UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP) 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
LETRAS PORTUGUÊS 
 
 
MEMÓRIA E PATRIMÔNIO ESCOLAR 
 
 
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 
 
 
 
BATISTA, Luciana Aparecida Tufani. 
RA 2203898 
 
 
 
 
PIRACICABA-SP 
05/2022 
Introdução 
Nome da Instituição: Instituto Atlântico de Ensino 
Endereço: Alameda Alcindo Lopes Lucas, 141 – Terras de Piracicaba/Piracicaba-SP 
Público-alvo: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio. 
Caracterização Geral da Escola: 
a) Quantidade de alunos: 531 alunos 
b) Quantidade de salas de aula: 23 salas de aula 
c) Quantidade de professores: 50 professores 
d) Quantidade de profissionais administrativos e de agentes de apoio: corpo técnico-
administrativo de 12 profissionais, além de 06 profissionais de apoio. 
e) Ambientes existentes na escola: 23 salas de aula, duas quadras poliesportivas, 
biblioteca, laboratório de informática, laboratório de química/física, cantina, cozinha, 
refeitório, 11 banheiros para uso dos alunos, almoxarifado, sala de secretaria e sala 
de reuniões. 
Caracterização física da escola: 
a) Tipo de construção: alvenaria 
Informações gerais do entrevistado: 
Nome: Danilo Augusto Dias 
Função desempenhada na escola: Assistente de Direção 
Tempo de atuação: 16 anos 
Como requisito do programa de graduação em Letras – Licenciatura, o presente 
relatório busca resumir o desenvolvimento da atividade de Prática de Componente 
Curricular (PCC) com o tema Memória e Patrimônio Escolar. 
No dia 27 de maio de 2022 o Sr. Prof. Danilo Augusto Dias, assistente de 
Direção, concedeu uma entrevista sobre o histórico do Instituto Atlântico de Ensino. 
O Sr. Prof Danilo Augusto Dias, iniciou sua carreira no colégio em 2006, 
assumindo a função de professor de informática para alunos do ensino fundamental. 
 Ao longo da sua trajetória, o mesmo assumiu outras funções e hoje ocupa o 
cargo de assistente de direção. 
Ao entrevistar o Sr. Danilo, pudemos ter maiores detalhes sobre o 
funcionamento do colégio e sobre a sua filosofia pedagógica. 
O Instituto Atlântico, ou “Colégio Atlântico”, como é mais conhecido pela 
comunidade escolar, é uma instituição de ensino privada localizada na Alameda 
Alcindo Lopes Lucas, nº 141 na cidade de Piracicaba, São Paulo. Oferece atualmente 
o ensino básico – educação infantil, fundamental e médio – para alunos oriundos de 
diversas localidades da cidade. 
Conta hoje com 50 professores e um corpo técnico-administrativo de 12 
profissionais, além de 06 profissionais de apoio. 
Sua estrutura física conta com 23 salas de aula, duas quadras poliesportivas, 
biblioteca, laboratório de informática, laboratório de química/física, cantina, cozinha, 
refeitório, 11 banheiros para uso dos alunos, almoxarifado, sala de secretaria e sala 
de reuniões, todas construídas em alvenaria. 
Ao longo da sua história, o colégio ofereceu também educação profissional 
através de curso técnico em Recursos Hídricos – desativado em 2006 – e também 
curso pré-vestibular, também desativado. 
Hoje, em todos os segmentos, o colégio conta com 531 alunos matriculados, 
sendo 49 na educação infantil, 220 na primeira etapa do ensino fundamental, 159 na 
segunda etapa do fundamental e 103 no Ensino Médio. 
O colégio oferece ainda formação bilíngue através de um programa com carga 
horária estendida de língua inglesa para algumas séries. 
(01 – História da construção) 
O Colégio Atlântico foi fundado em 1998 por um grupo de professores 
provenientes de outra instituição privada de ensino que, percebendo a necessidade 
de uma outra proposta educativa pela comunidade local e o rápido desenvolvimento 
urbano pelo qual a cidade e a região estavam passando, decidiram fundar um novo 
colégio. 
O colégio funcionou, num primeiro momento, no prédio comercial da empresa 
Dedini, nos dois últimos andares, enquanto a construção definitiva estava em 
andamento. Em 2000 o colégio passou a operar na sua atual localização. 
Durante a cerimônia de inauguração do colégio, o explorador Amyr Klink esteve 
presente – dado o nome do colégio “Atlântico” – para compartilhar suas histórias e 
experiências. Também algumas autoridades locais da época estiveram presentes. 
 
 
 
 
 
 
1998 
(02 – Por que a escola recebeu este nome?) 
O Colégio recebeu o nome de “Atlântico” devido ao ideal de convivência 
harmoniosa pretendido pela Sra Rosangela Camolese, a fundadora principal e atual 
mantenedora do colégio. Durante uma viagem à Europa, a Sra. dona Rosângela 
“cruzou” o oceano Atlântico e teve este “insight” quanto ao nome do colégio. 
Atlântico – segundo Rosângela – representa um oceano rico e vivo, repleto de 
uma grande diversidade em perfeita harmonia, uma qualidade que ela desejou 
desenvolver e manter no colégio. 
 
(03 – Desde a construção....) 
Ao longo da sua breve história o colégio passou por grandes modificações 
estruturais. O prédio original foi expandido para acomodar novas salas. Em destaque 
a construção de uma biblioteca externa ao prédio principal e também a construção do 
bloco da educação infantil em 2010 e 2014, respectivamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1999 
1999 
2022 
2022 
2000 
04 – (Preservação da história) 
O colégio tem um setor de comunicação interna responsável pela conservação 
da memória através de um pequeno acervo fotográfico impresso e também de 
arquivos com fotos digitais. Por ter sido fundado já na era digital, muito da memória 
do colégio é preservada dessa forma. 
Pela sua juventude, contudo, o colégio não dispõe de outros elementos 
constitutivos da sua história, como peças de mobiliário ou objetos de natureza 
histórica com relevância. 
05 – Comunidade e história 
Como dito, a preservação da história do colégio, ainda que recente, se dá 
exclusivamente através das ações do setor interno de comunicação. Assim, não há 
no momento iniciativas ou projetos que envolvam a comunidade escolar na 
preservação da história da instituição de ensino. 
O histórico escolar de um colégio particular é visto, não raro, exclusivamente 
enquanto um “histórico de conquistas”, ou seja, as posições que seus egressos 
conquistam em universidades ou no mercado de trabalho e, em menor proporção, as 
conquistas acadêmicas e esportivas dos seus estudantes. 
A construção de significado histórico do Colégio dentro da sua comunidade 
(alunos, professores, bairros próximos e a cidade) é muito limitada, sendo que o 
mesmo não apresenta, apesar da sua importância enquanto instituição privada de 
ensino, uma contribuição histórica significativa ao contexto social. 
Como destacado pelo Sr. Danilo, a identidade de um colégio privado 
relativamente jovem não é trabalhada ou vista da mesma forma que num colégio mais 
antigo ou numa instituição pública, uma vez que o colégio privado é também uma 
empresa atuando no mercado e a preocupação histórica não é tão destacada quanto 
a sua identidade comercial. Segundo ele, a história pode ser substituída pela marca 
que o colégio deseja criar no mercado consumidor (pais e alunos). 
 
Considerações Finais 
Dentre os principais objetivos do trabalho de pesquisa, ressalta-se a análise 
dos processos de preservação da memória e do patrimônio escolar. Esse objetivo foi 
parcialmente atingido na análise do contexto no qual o colégio está inserido uma vez 
que, como explicado acima, o mesmo não dispõe de uma história extensa e, por isso, 
seu impacto na comunidade local é limitado. 
O colégio também não possui um patrono histórico, como comumente visto em 
instituições de ensino público e até algumas privadas, embora em menor número. Isso 
também contribui para certa alienação histórica dos membros da comunidade escolar. 
Assim, o objetivo de pesquisar e conhecer a história do patrono não pode ser atendido 
de nenhuma maneira. 
Embora bem estruturado em termos de prédio e instalações físicas, o colégio 
não contempla o estudo da própria memória, ainda que jovem,nem consegue 
mensurar de forma adequada o impacto no entorno social ao qual pertence. A 
memória coletiva não é trabalhada em sala de aula ou em projetos integradores ou de 
natureza interdisciplinar. 
O acervo histórico se compõe apenas de registros de eventos realizados 
(festas, palestras, reuniões, formaturas, etc) e, assim, não pode ser caracterizado 
como acervo histórico no sentido mais específico do termo. Não há uma composição 
historiográfica adequada, nem uma catalogação dos registros de forma cronológica 
ou com base na importância histórica. 
A pesquisa de Memória e patrimônio escolar permitiu uma análise crítica do 
contexto de uma escola privada, sabendo que muitas vezes esse contexto não é tão 
explorado no ambiente de pesquisa acadêmica. 
Concluímos, portanto, que as experiências do ambiente escolar precisam estar 
registradas de forma adequada para que a instituição possa, ao longo do tempo, criar 
a sua própria história e o seu próprio passado, compreendendo assim os elementos 
influenciadores na construção da sua proposta pedagógica e da sua importância 
histórica.