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Nicolas B. S. González – ATM 27/1 UNISC EXAME FÍSICO ABDOME QUADRANTES: • Superior direito • Superior esquerdo • Inferior direito • Inferior esquerdo REGIÕES: • PLANO SUPERIOR: o Região epigástrica: fígado, estômago, colo transverso, omento, pâncreas, duodeno, rins, suprarrenais e aorta. o Hipocôndrio direito: fígado, vesícula biliar, flexura hepática do cólon, rim direito e suprarrenal direita. o Hipocôndrio esquerdo: fígado, estômago, flexura esplênica do cólon, baço, cauda do pâncreas, rim esquerdo e suprarrenal esquerda. • PLANO MÉDIO: o Região mesogástrica: estômago, duodeno, colo transverso, omento, intestino delgado, rins e aorta. o Flanco direito: colo ascendente, intestino delgado e rim direito. o Flanco esquerdo: colo descendente, intestino delgado e rim esquerdo. • PLANO INFERIOR: o Região hipogástrica: intestino delgado e sigmoide. o Fossa ilíaca direita: ceco e apêndice. o Fossa ilíaca esquerda: sigmoide. ➜ A separação entre os hipocôndrios e flancos se dá pelo rebordo costal, o hipocôndrio é totalmente recoberto pelo gradil costal. ➜ A pressão intra-abdominal é igual a atmosférica. ➢ INSPEÇÃO ➜ FORMA: adequado, escavado (doenças consuntivas), globoso (obesidade e ascite) ou batráquio (aumento do diâmetro transversal em relação ao diâmetro anteroposterior). ➜ VOLUME: adequado ou aumentado (ascite). Nicolas B. S. González – ATM 27/1 UNISC ➜ ALTERAÇÕES DA SUPERFÍCIE CUTÂNEA: cicatrizes, distribuição anormal de pelos pubianos, anomalias da cicatriz umbilical e circulação colateral. ➜ MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS: ausentes (normal) ou visíveis (indica obstrução). ➜ MOVIMENTOS DA PAREDE COM A RESPIRAÇÃO. ➜ NORMAL: levemente abaulado, simétrico, volume adequado, movimentos peristálticos ausentes. ➢ PALPAÇÃO ➜ Deve ser feita em decúbito dorsal com a cabeça apoiada em um travesseiro baixo, com os braços e as pernas estendidas e os músculos abdominais relaxados. ➜ É dividida em superficial e profunda, e deve ser feita bimanualmente. SUPERFICIAL ➜ Exame das estruturas da parede e das vísceras em contato com ela, da tensão da parede e alterações da pele: ↪ Sensibilidade: dor ou hiperestesia cutânea. ↪ Espessura: aumentada (obesidade – acúmulo de tecido adiposo), diminuída (perda de tecido adiposo ou hidratação). ↪ Continuidade da parede abdominal: diástase (separação dos músculos retos abdominais – espaço na linha mediana) e hérnias. PROFUNDA ➜ Exame dos órgãos e eventuais massas palpáveis. ➜ Palpáveis: borda inferior do fígado, piloro, ceco, colo transverso e sigmoide. ➜ Não palpáveis: corpo e antro gástrico, duodeno, vesícula biliar, baço, jejuno e íleo, cólon ascendente e descendente, bexiga, útero, trompas e ovários. ➜ FÍGADO: ↪ Borda: fina ou romba. ↪ Superfície: regular/lisa ou irregular. Nicolas B. S. González – ATM 27/1 UNISC ↪ Sensibilidade: indolor ou dolorosa. ↪ Consistência: elástica/normal, firme/aumentada ou diminuída. ↪ Refluxo hepatojugular: ausente ou presente – compressão da superfície hepática – turgência da jugular direita. Indica insuficiência ventricular direita. ➜ Manobra de Galambos: comprimir outra região do abdome, enquanto se palpa o local desejado para evitar a contração psicomotora em pessoas que ficam nervosas durante o exame. ➜ Pontos dolorosos: ↪ Epigástrico: sensível na úlcera péptica. ↪ Cístico: sensível na inflamação vesicular. Ângulo formado entre o rebordo costal direito e a borda externa do músculo reto. ↪ Apendicular: apendicite aguda. ↪ Ureterais ➢ PERCUSSÃO ➜ Vísceras maciças: baço e fígado. ↪ Som maciço. ↪ Se estiver presente no estômago e cólon (timpânico) = presença de líquido ou sólido. ➜ Vísceras ocas: som timpânico. ➜ A percussão do hipocôndrio direito é feita para delimitar os limites superior e inferior do fígado. Nicolas B. S. González – ATM 27/1 UNISC ↪ Som timpânico nessa região indica pneumoperitônio ou interposição do cólon entre a parede abdominal e o fígado. ➜ Quando o volume abdominal está aumentando por distensão gasosa das alças intestinais o som torna-se hipertimpânico. ➜ Na ascite, em decúbito dorsal a região mesogástrica terá som timpânico, e nas demais regiões, maciço; em outra posição muda-se os limites das zonas de timpanismo e macicez. ➜ Pode-se fazer a percussão para descobrir os limites superior e inferior do fígado. ➢ AUSCULTA ➜ Ruídos hidroaéreos – produzidos pelo deslocamento de líquidos e gases no lúmen intestinal. ↪ Auscultar nos 4 quadrantes. ↪ Normal: 1-2 ruídos por minuto em cada quadrante. ↪ Aumentado: diarreia. ↪ Diminuído ou abolido (silêncio abdominal): íleo paralítico. ➢ SINAIS E MANOBRAS ➜ Sinal de Cullen: equimoses na região periumbilical. ↪ Presente na pancreatite aguda. ➜ Sinal de Grey-Turner: equimoses nos flancos. ↪ Presente na pancreatite aguda. ➜ Ponto de McBurney: localizado no terço distal entre a cicatriz umbilical e a espinha ilíaca anterossuperior. ➜ Sinal de Blumberg: paciente sente dor quando o examinador pressiona profundamente a parede abdominal e remove a pressão bruscamente. ➜ Posição de Schuster: palpação do baço. ↪ Paciente deve ficar em decúbito lateral direito, com a perna direita estendida, coxa esquerda fletida sobre o abdome (90º) e braço esquerdo sobre a cabeça. Nicolas B. S. González – ATM 27/1 UNISC ASCITE ➜ Manobra do piparote: ascite de grande volume. ↪ Margem cubital da mão do paciente sobre o abdome com uma leve pressão. ↪ Mão esquerda do examinador espalmada sobre a parede lateral direita do abdome. ↪ Mão direita faz um piparote (peteleco) com o dedo médio na parede lateral esquerda. As ondas vão para o lado oposto. ➜ Pesquisa de macicez móvel: ascite de médio volume ↪ Decúbito dorsal → percussão do centro do abdome (som timpânico) → percussão dos flancos (som maciço) ↪ Em seguida: decúbito lateral direito e esquerdo → deslocamento da massa líquida → parede abdominal superior (som timpânico) → parede abdominal inferior (som maciço). APENDICITE ➜ Manobra de Rowsing: palpação profunda e ascendente do hemicólon esquerdo que provoca dor na região da fossa ilíaca direita. ➜ Sinal de Blumberg positivo no ponto de McBurney. ➜ Manobra do Psoas: dor no ponto de McBurney quando o paciente, em decúbito dorsal, tenta forçar levantar a perna direita enquanto o examinador aplica uma força contrária (para baixo). ➜ Manobra do Obturador: dor no ponto de McBurney quando o examinar flete a perna direita do paciente, em decúbito dorsal, em 90º e faz rotação interna da coxa enquanto o paciente tenta fazer abdução contra a rotação interna feita pelo examinador. COLECISTITE ➜ Sinal de Murphy: paciente interrompe a inspiração quando sente a dor por compressão no ponto cístico, porque o fígado desce e a vesícula biliar alcança a mão do examinador. ➜ Sinal de Blumberg positivo no ponto cístico. NEOPLASIA MALIGNA DE PÂNCREAS ➜ Sinal de Courvoisier-Terrier: vesícula biliar palpável em pacientes ictéricos.
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