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FACULDADE ÚNICA 
DE IPATINGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Talita Daniele Alves Gomes Caldeira 
 
Pós-Graduada Lato Sensu em Cultura e Literatura pela Faculdade de Educação São Luís. 
Graduada no Curso de Artes/Licenciatura em Música pela Universidade Estadual de 
Montes Claros. Atualmente leciona a disciplina Arte na Educação Básica na cidade de 
Ipatinga na rede privada e pública. Escritora na área da Educação Artística e tutora do 
curso de Pedagogia da Faculdade única de Ipatinga-MG 
LÚDICO E MUSICALIZAÇÃO NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
1ª edição 
Ipatinga – MG 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL 
 
Diretor Geral: Valdir Henrique Valério 
Diretor Executivo: William José Ferreira 
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos 
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira 
Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa 
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Bruna Luiza Mendes Leite 
 Carla Jordânia G. de Souza 
 Guilherme Prado Salles 
 Rubens Henrique L. de Oliveira 
Design: Brayan Lazarino Santos 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Luiza Filgueiras 
 Taisser Gustavo de Soares Duarte 
 
 
 
 
 
© 2021, Faculdade Única. 
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem 
Autorização escrita do Editor. 
 
 
 
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. 
 
 
 
 
 
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299 
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG 
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 
www.faculdadeunica.com.br
http://www.faculdadeunica.com.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Menu de Ícones 
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo 
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. 
Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um 
com uma função específica, mostradas a seguir: 
 
 
 
São sugestões de links para vídeos, documentos científi-
cos (artigos, monografias, dissertações e teses), sites ou 
links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e 
Biblioteca Pearson) relacionados com o conteúdo 
abordado. 
 
Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações 
importantes nas quais você deve ter um maior grau de 
atenção! 
 
São exercícios de fixação do conteúdo abordado em 
cada unidade do livro. 
 
São para o esclarecimento do significado de 
determinados termos/palavras mostradas ao longo do 
livro. 
 
Este espaço é destinado para a reflexão sobre questões 
citadas em cada unidade, associando-o a suas ações, 
seja no ambiente profissional ou em seu cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
 
 LÚDICO E MUSICALIZAÇÃO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES ...................... 8 
1.1 LÚDICO NA EDUCAÇÃO .............................................................................................. 8 
1.2 MUSICALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA DE ENSINO ................................................ 10 
1.3 EXPERIÊNCIAS E VIVÊNCIAS EMOCIONAIS .............................................................. 11 
1.4 LÚDICO E BRINCADEIRAS NO ENSINO INFANTIL. ..................................................... 13 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................ 17 
 TENDÊNCIAS DO ENSINO DE MÚSICA E A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR 
NO ENSINO INFANTIL .............................................................................. 21 
2.1 MÚSICA E LUDCIDADE NO ENSINO INFANTIL ........................................................... 21 
2.2 ENSINO LÚDICO E MUSICAL PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL .................................. 24 
2.3 DESENVOLVIMENTO INFANTIL E A MUSICALIZAÇÃO ............................................... 26 
2.3.1 Os Sons Na Primeira Infância .......................................................... 26 
2.4 BRINCADEIRAS MUSICAIS PARA O ENSINO INFANTIL .............................................. 28 
2.5 TECNOLOGIA E LUDCIDADE NO ENSINO INFANTIL: NOVAS TENDÊNCIAS DE 
ENSINO ........................................................................................................................ 30 
2.5.1 A Utilização De Mídias Digitais Dentro Da Sala De Aula ........... 32 
FIXANDO CONTEÚDO ................................................................................................ 34 
 BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) ................................. 38 
3.1 ANÁLISE DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) - HABILIDADES DO 
ENSINO INFANTIL NA EDUCAÇÃO BÁSICA. ............................................................. 38 
3.2 ANÁLISE DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DO ENSINO INFANTIL DA BNCC ... 41 
3.2.1 Habilidades Da Bncc Com Atividades Lúdicas Na Educação 
Infantil .................................................................................................. 41 
3.2.2 O Trabalho Com A Música E A Brincadeira Na Educação 
Infantil .................................................................................................. 44 
FIXANDO CONTEÚDO ................................................................................................ 47 
 JOGOS E BRINCADEIRAS ....................................................................... 50 
4.1 O JOGO NA EDUCAÇÃO INFANTIL .......................................................................... 52 
4.3 TIPOS DE JOGOS ........................................................................................................ 56 
FIXANDO CONTEÚDO ................................................................................................ 60 
 BRINQUEDOTECA LÚDICA VIRTUAL ....................................................... 63 
5.1 IDEIAS INOVADORAS PARA ENSINO LÚDICO .......................................................... 63 
5.2 BRINQUEDOTECO VIRTUAL DO CURSO DE PEDAGOGIA (EAD) .............................. 65 
FIXANDO CONTEÚDO ................................................................................................ 69 
 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO ............................................................ 73 
6.1 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO – ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS, HABILIDADES 
E COMPETÊNCIAS ....................................................................................................... 73 
6.2 DEFINIÇÃO E CONCEITO DE PLANEJAMENTO ......................................................... 73 
6.3 AS ETAPAS DO PLANEJAMENTO ................................................................................ 76 
6.4 METODOLOGIA DE ENSINO PARA APLICAR EM UMA AULA LÚDICA ...................... 78 
6.5 PROJETO PEDAGÓGICO ............................................................................................ 80 
6.5.1 Elaboração de Projetos Pedagógicos ......................................... 80 
6.5.2 Conceitos e Definições Sobre Projetos Pedagógicos ............... 81 
6.5.3 Etapas de Produção De Projeto Pedagógico............................ 83 
UNIDADE 
02 
UNIDADE 
01 
UNIDADE 
03 
UNIDADE 
04 
UNIDADE 
05 
UNIDADE 
06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
6.6 ESPAÇO, MATERIAIS E TEMPO PARA REALIZAR UM PROJETO EDUCACIONAL ....... 86 
FIXANDO CONTEÚDO ................................................................................................ 89 
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ............................................... 92 
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 937 
 
 
CONFIRA NO LIVRO 
 
Nesta unidade veremos alguns conceitos e definições Música e 
Ludicidade. A contextualização sobre a importância do 
desenvolvimento de atividades lúdicas durante o ensino infantil de 
forma interativa garantindo a exploração de habilidades 
emocionais e cognitivas educacionais. Nesta unidade veremos 
ainda citações de autores que fazem o embasamento teórico 
sobre os conceitos e definições dos termos referentes ao nosso livro. 
Estudaremos nesta unidade as tendências do ensino de música e a 
importância do brincar na educação infantil, o ensino para alunos 
especiais e a inserção de novas tecnologias em sala de aula 
baseando em referências educacionais. 
 
 
Nesta unidade analisaremos as competências e habilidades 
vigentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o 
ensino infantil na Educação Básica. Serão abordadas ainda as 
competências e habilidades que podem ser desenvolvidas 
utilizando a música no ensino infantil. 
Esta unidade abordará conceitos e importância jogos e 
brincadeiras na Educação Infantil. Uma análise de sobre a 
aplicabilidade de atividades lúdicas no processo ensino 
aprendizagem com referencial teórico sobre essas ações. 
 
 
Esta unidade irá tratar sobre o desenvolvimento da brinquedoteca 
virtual do curso EAD de Pedagogia da Faculdade Única. O projeto 
visa despertar práticas pedagógicas divertidas e lúdicas através 
de atividades e brincadeiras com objetivos educacionais 
pedagógicos. 
Nesta etapa vamos finalizar o nosso estudo compreendendo a 
importância da elaboração de projetos pedagógicos na 
Educação Básica. Vamos entender as etapas de um projeto 
pedagógico para trabalhar conteúdos da disciplina na Educação 
Infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 LÚDICO E MUSICALIZAÇÃO: 
CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
 
 
 
1.1 LÚDICO NA EDUCAÇÃO 
A educação no ensino infantil tem um grande papel no desenvolvimento 
social e humano ao ofertar oportunidades de práticas educativas de diversas 
formas a partir das vivências escolares. 
 Através da educação a concretização dos direitos sociais e a cidadania da 
infância oportunizam que a criança desperte suas habilidades emocionais e 
criativas. A formação pedagógica dos professores representa um ponto essencial 
para o desenvolvimento das atividades escolares através de estudos e pesquisas 
sobre as formas e meios de ensinar. 
Compreender as faixas etárias e as habilidades que podem ser desenvolvidas 
durante o processo ensino aprendizagem na educação é essencial para 
organização e planejamento de atividades. Um ponto de referência importante é a 
Resolução Nº 2, de 9 de outubro de 2018 do Ministério da Educação define o ensino 
na Educação Infantil inicia desde a pré-escola compreendendo a faixa etária de 0 
até os 5 anos e 12 meses de idade. 
Os profissionais da educação que trabalham no ensino infantil devem ter 
engajamento pedagógico com pensamento, reflexão e diálogo sobre a infância. É 
importante possuir um conhecimento amplo de como as crianças aprendem e se 
desenvolvem na oportunidade de atender às necessidades e interesses individuais 
de cada um. 
A utilização de atividades e propostas pedagógicas na primeira infância 
representa a iniciação educacional de todo aprendizado que haverá ao longo da 
vida. De acordo com os Parâmetros Nacionais de qualidade da Educação Infantil 
(2018, p.12) é na primeira infância que ocorre o desenvolvimento do controle 
emocional e de suas habilidades que afetarão a vida da criança e sua 
aprendizagem, porque: 
 
[..]áreas de desenvolvimento altamente importantes, como controle 
emocional, habilidades sociais, linguagem e aritmética, alcançam 
seu auge nos primeiros três anos de vida infantil. A importância de 
prestar serviços de qualidade para a Primeira Infância é sustentada 
UNIDADE 
01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
por evidências dessa natureza. Isso mostra que as experiências 
específicas de uma criança nos seus primeiros anos de vida têm o 
profundo efeito de limitar ou expandir seu potencial social, físico e 
cognitivo. 
 
Portanto, planejar atividades educacionais para o ensino infantil com 
práticas lúdicas demonstra preocupação do docente em propor para as crianças a 
oportunidade de criação e contato com diferentes habilidades. Ao elaborar uma 
atividade com orientação e prática lúdica o docente consegue colaborar para o 
desenvolvimento cognitivo e psicomotor do aprendizado na primeira infância. 
O entendimento sobre o lúdico compreende o conhecimento prévio para 
que o docente desenvolva as atividades pedagógicas de forma segura e 
preparada. A palavra “lúdico” tem sua origem na palavra latina “ludus” que 
significa jogo. Apesar dessa definição objetiva o lúdico é visto na educação como 
uma ação que reflete o brincar para tornar o aprendizado mais agradável. Guerra, 
Rolim e Tassigny (2008, p.177) fazem um estudo de Vygotsky sobre o brincar na 
aprendizagem e no desenvolvimento infantil e refletem sobre o lúdico: 
 
Ao consultar um dicionário, deparamo-nos com diversos significados 
para a palavra brincar, e todos eles nos passam a ideia de diversão, 
distração, agitação, faz de conta. A brincadeira é o lúdico em ação. 
Brincar é importante em todas as fases da vida, mas na infância ele é 
ainda mais essencial: não é apenas um entretenimento, mas, 
também, aprendizagem. A criança, ao brincar, expressa sua 
linguagem por meio de gestos e atitudes, as quais estão repletas de 
significados, visto que ela investe sua afetividade nessa atividade. Por 
isso a brincadeira deve ser encarada como algo sério e que é 
fundamental para o desenvolvimento infantil. 
 
Como dito pelos autores acima analisando o posicionamento de Vygotsky, o 
lúdico pode ser utilizado como entretenimento sendo ferramenta facilitadora do 
processo ensino aprendizagem ao relacionar a emoção à aprendizagem de 
conceitos educativos. 
Ao pensar em atividades educacionais que possuem propósito educativo 
com prática lúdica, o docente instiga a construção do conhecimento, a 
descoberta e a prática pedagógica de forma prazerosa e significativa para o 
educando. Dessa forma, utilizar atividades pedagógicas de forma lúdica propõe 
ainda à participação das crianças em suas diversidades emocionais promovendo o 
desenvolvimento emocional, educacional e criativo. 
Portanto, o trabalho com bebês e crianças da educação infantil necessita 
que o educador procure formas de atrair a atenção da criança com propostas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
dinâmicas e interativas garantindo a exploração de habilidades emocionais e 
cognitivas educacionais. Assim, a utilização de brincadeiras educativas e/ou 
objetos interativos que tenham uma proposta de aprendizagem pode provocar a 
curiosidade do aluno e oportunizar o ensino de forma leve e atrativa. 
 
 
 
1.2 MUSICALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA DE ENSINO 
Percebemos uma evolução da educação diante da diversidade de 
propostas e metodologias de ensino em que a sociedade se encontra. Novas 
ferramentas e novas propostas pedagógicas despertam novas ideias nos docentes 
que precisam mediar o conhecimento do educando atendendo às diversidades de 
aprendizagens encontradas na sala de aula. 
Diante dessas mudanças e novidades pedagógicas, é possível intensificar o 
uso da música na educação propondo inúmeras possibilidades de escuta com 
concentração, percepção de mundo e manuseio de objetos interativos sonoros. 
Através da escuta a criança desenvolve habilidades como a fala, o canto, a 
escrita e a interatividade com outras pessoas ouvindo ou reproduzindo atividades 
musicais. 
Por não ser um objeto visível, o som deve ser ouvido para ser compreendido 
e a partir da escuta o professor pode propor atividades de reprodução e 
brincadeira tornando-o um objeto de aprendizagem. Para iniciar o uso da música 
na educação é possível partir do princípio do ouvir sons diversos e identificá-losem 
suas diversas características. Através da prática da escuta musical a criança 
reconhece os sons à sua volta tais como os de objetos, animais, pessoas, 
instrumentos, entre outros, construindo e desenvolvendo seu repertório imagético. 
A educadora Parejo (2007, p. 06) nos fala sobre a importância do “ouvir”: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
O OUVIR, segundo estratégias bem definidas, é o ponto de partida. A 
escuta musical cria as condições necessárias para que a pessoa se 
torne receptiva ao ambiente sonoro, à escuta de si próprio e à 
música, naturalmente; é também através do ouvir que as condições 
fisiológicas, psicológicas e emocionais do indivíduo se transmutam, 
levando-o a estados de relaxamento, concentração, percepção e 
bem-estar que permearão todo o processo. 
 
Ainda sobre a importância do ouvir, Brito e Mifano (2003, p.187) nos diz que: 
 
Aprender a escutar, com concentração e disponibilidade para tal, 
faz parte do processo de formação de seres humanos sensíveis e 
reflexivos, capazes de perceber, sentir, relacionar, pensar, 
comunicar-se. Escutar é perceber e entender os sons por meio do 
sentido da audição, detalhando e tomando consciência do fato 
sonoro. Mais do que ouvir (um processo puramente fisiológico), 
escutar implica detalhar, tomar consciência do fato sonoro. 
 
Para perceber a importância da escuta lembre-se de como o ser humano se 
interage e reage ao ouvir uma música em diferentes situações do cotidiano seja em 
algum evento festivo, em trilha sonora de filmes, em momentos de reflexão ou no 
próprio dia a dia. 
Assim a utilização da música no processo ensino aprendizagem a partir das 
vivências da primeira infância pode contribuir na formação da identidade cultural 
dos alunos. Ao propor atividades que impliquem na apreciação sonora o docente 
estará oferecendo às crianças a oportunidade de conhecimento da diversidade 
sonora que existe desenvolvendo ainda as habilidades de percepção, escuta e 
reprodução de sons. 
 
 
 
1.3 EXPERIÊNCIAS E VIVÊNCIAS EMOCIONAIS 
A vivência ou experiência artística contribui de forma significativa para 
formação de um educador. Participar de uma atividade de produção educacional 
pedagógica ou artística oferece a oportunidade de apresentar nossas emoções e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
sentimentos bem como nossas ideias sobre um determinado assunto ou fato. Essa 
vivência contribui significativamente na composição do nosso repertório criativo 
onde podemos desenvolver habilidades socioemocionais. 
A seguir será apresentado um relato de experiência vivenciado pela autora 
deste livro: 
Aos 7 anos de idade eu ingressei em uma escola especializada em Arte 
chamada Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandes na minha cidade 
natal, Montes Claros-MG. Lá tive várias experiências artísticas com música, dança, 
teatro e desenho desde a minha infância até o meu ingresso na Faculdade de Arte. 
As minhas experiências artísticas vividas dentro do Conservatório eram voltadas 
para a prática musical em orquestras, atuação com grupos de teatro, 
desenvolvimento de projetos de expressão artística, entre outros. Com esta 
experiência pude desenvolver minha habilidade de criação para elaborar novas 
ideias sobre projetos artísticos emocionais. Aulas teóricas e práticas nesta escola me 
despertaram o interesse em atuar na área como professora de Arte na Educação 
Básica. 
Realizei o Ensino Superior de Licenciatura em Arte pela Universidade Estadual 
de Montes Claros – MG (Unimontes) e percebi através das disciplinas ofertadas no 
meu curso a necessidade de elaboração de projetos artísticos para serem 
trabalhados na Educação Básica. Através do desenvolvimento de aulas criativas, 
diversificadas que pudessem instigar as mais distintas habilidades artísticas nos 
alunos seria possível realizar um ensino de arte com qualidade e criatividade em 
qualquer escola de Educação Básica. 
Em todas as experiências artísticas práticas que vivenciei percebi o quanto 
era importante ter um novo olhar sobre a expressão e emoção de cada pessoa. 
Através das expressões podemos entender o que cada um sente de acordo com 
sua bagagem cultural. 
Ao ingressar na educação básica no ano de 2012 em uma escola particular 
na cidade de PIRAPORA – MG comecei a entender o quanto o estudo teórico seria 
importante no meu planejamento como educadora realizando as propostas 
pedagógicas baseadas em vivências que já tinha passado durante o ensino 
superior. A vivência na sala de aula confirmou de forma concreta a importância da 
ludicidade, do entendimento sobre a diversidade cultural de cada pessoa e da 
compreensão de como realizar atividades práticas e lúdicas para promover o 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
ensino. 
Ao desenvolver atividades com jogos, brincadeiras e músicas percebia o 
quanto as crianças interagiam e compreendiam conceitos de mundo de forma 
leve e prazerosa. Como exemplo dessa descoberta fascinante sobre as formas de 
ensinar “brincando”, utilizava jogos de perguntas e resposta sobre algum tema ou 
trabalhava o canto de músicas do cancioneiro infantil como a música “Escravos de 
Jó” realizando movimentos corporais ou ritmos utilizando chocalhos de garrafa pet. 
Diante dessa experiência é possível constatar que na vida de uma criança, a 
brincadeira e arte fazem parte do seu cotidiano. Vivenciar a arte na infância 
desperta os sentidos e o seu olhar sobre o mundo de forma criativa e lúdica. O 
estímulo corporal através da fala, do som, do desenvolvimento do repertório 
imagético contribui para o seu desenvolvimento socioemocional e social através 
das suas expressões artísticas. 
Apesar dos desafios que podem ser encontrados em uma sala de aula a 
vivência pedagógica do professor pode ser um suporte essencial para realizar a 
mediação do conhecimento de forma segura para as crianças pois 
 
[...] o professor é mediador entre as crianças e os objetos de 
conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de 
aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, 
emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus 
conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes 
campos de conhecimento humano. Na instituição de educação 
infantil o professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, 
por excelência, cuja função é propiciar e garantir um ambiente rico, 
prazeroso, saudável e não discriminatório de experiências educativas 
e sociais variadas. (RCNEI 1998, p. 30). 
 
Ressalta-se que ter uma vivência artística é importante, mas pesquisar e 
assistir ideias voltadas para a elaboração de atividades com ludicidade e 
musicalização faz diferença na capacitação de um professor na Educação Básica. 
Neste livro veremos caminhos alternativos para essas vivências ou pesquisas 
artísticas para aqueles que não tiverem acesso à uma escola especializada em Arte 
a fim de instigar o processo criativo do professor de Educação Básica. 
 
1.4 LÚDICO E BRINCADEIRAS NO ENSINO INFANTIL. 
Ao pensarmos em lúdico ou ludicidade nos remetemos às atividades com 
propostas de brincadeiras. Refletindo a verdadeira concepção do lúdico em 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
formato educacional não podemos nos firmar na ideia de que as brincadeiras sem 
um objetivo pedagógico envolverão o conhecimento e desenvolvimento das 
habilidades do aluno. 
A utilização de jogos, brincadeiras e músicas no processo ensino 
aprendizagem representa uma organização educacional diversificada e pensada 
estrategicamente para desenvolver habilidades diversas nos alunos. As atividades 
podem ocorrer desde o início da aula com perguntas simples até a criação de um 
conceito sobre um determinado assunto. Ao propor essas atividades o professor irá 
explorar o conhecimento e bagagem cultural do seu aluno para que a partir dessa 
primeira impressão possa desenvolver o conhecimento com mais profundidade.O conhecimento das diferentes formas de aplicabilidade do lúdico e da 
musicalização é de suma importância para desenvolver um trabalho educacional 
de qualidade. Conhecer as técnicas de aplicação e desenvolver projetos musicais 
com os alunos trará benefícios expressivos para o desenvolvimento socioemocional 
e criativo dos mesmos. 
A prática lúdica no ensino infantil deve ser pensada como uma ferramenta 
de avanço educacional e aprendizado do aluno através de desafios, propostas de 
criação e interação com o meio e com o outro. 
A experiência musical de quem estuda em uma escola específica não é a 
mesma de outra pessoa que teve aula somente na educação básica. A falta de 
material ou mau planejamento de atividades de experiências passadas deve servir 
de inspiração para um melhor desenvolvimento da sua carreira como professor. 
Acreditar que atividades como “somente assistir um vídeo no youtube” ou 
cantarolar uma música na entrada do turno sejam formas de musicalização para 
toda aula é firmar o conceito da falta de pesquisas ou práticas educacionais 
lúdicas, musicais e inovadoras. 
O ensino de música na educação básica foi implementado regularmente 
pela Lei nº 9.394/96 favorecida pela Lei nº 11.769/08 sendo reconhecido como 
conteúdo obrigatório da disciplina de ARTE mas não conteúdo exclusivo da mesma. 
A implementação da música na educação básica reitera a importância das 
atividades lúdicas e musicais para o desenvolvimento psicomotor das crianças e 
adolescentes. Diante disso, as discussões sobre a importância da música no ensino 
da educação básica tornaram-se recorrentes pela Associação Brasileira de 
Educação Musical (ABEM) realizando seminários, palestras, rodas de conversas e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
debates sobre o tema. 
O pedagogo que não se sentir preparado para desenvolver seu trabalho 
poderá buscar uma formação mais específica na área através de 
complementação pedagógica, formação de pós-graduação ou cursos na área 
para ficar por dentro das técnicas de ensino. 
 
 
 
Portanto devemos utilizar a música e a ludicidade na educação como forma 
de liberdade de expressão com respeito às diversidades culturais ampliando a visão 
de mundo do aluno, desenvolvendo sua criatividade e assegurando o seu acesso à 
cultura. 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ressalta, no campo de 
experiências “Traços, sons, cores e formas”, que produzir e conviver com as 
diferentes manifestações artísticas e as diversas formas de expressão das Artes 
Visuais, como pinturas, colagens, desenhos, gestos, traços, dentre outras, contribui 
para que as crianças, desde pequenas, desenvolvam senso crítico, o 
conhecimento de si e dos contextos que as cercam (BRASIL, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://bit.ly/3nmDh1E
https://bit.ly/3B0VV41
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Figura 1: Música e Ludicidade 
 
Fonte: Arquivo da Autora (2021) 
 
O aproveitamento de atividades criativas e lúdicas para desenvolver 
habilidades socioemocionais e cognitivas contemplam a prática educacional que 
contribui na formação dos alunos. É preciso compreender as limitações do seu 
aluno e conseguir aproveitar ao máximo a criatividade e a espontaneidade 
durante uma atividade. Assim, o professor trará uma experiência artística rica e 
significativa para o desenvolvimento do repertório imagético dos alunos através de 
novas ideias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. O trabalho do professor regente na educação infantil deve se atentar aos 
conceitos educacionais sobre os conteúdos. Na visão educacional sobre o ponto 
de vista pedagógico, sobre a aplicação da ludicidade no ensino infantil 
podemos afirmar que: 
a) não é mais utilizado nos padrões pedagógicos atuais. 
b) cada vez mais os professores estão desenvolvendo atividades lúdicas que 
proporcionem um melhor aproveitamento do conteúdo 
c) os processos de criação das atividades lúdicas devem ser sempre de forma 
teórica. 
d) forma de expressão das linguagens como música, desenho, pintura, entre outros 
não contribuem para a ludicidade educacional. 
e) As práticas educacionais lúdicas contribuem na formação educacional da 
criança desde que seja realizada sempre no interior da sala de aula. 
 
2. Através da educação a concretização dos direitos sociais e a cidadania da 
infância oportunizam que a criança desperte suas habilidades: 
a) emocionais e criativas. 
b) filosóficas e conceituais. 
c) objetivas e criativas. 
d) expressivas somente. 
e) literais e filosóficas. 
 
3. De acordo com a Resolução Nº 2, DE 9 DE OUTUBRO DE 2018 do Ministério da 
Educação define o ensino na Educação Infantil inicia desde a pré-escola 
compreendendo a faixa etária de: 
a) 1 ano e 2 meses até 3 anos. 
b) 0 até os 4 anos e 12 meses. 
c) 1 ano até 4 anos. 
d) 0 até os 5 anos e 12 meses. 
e) 1 ano até 5 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
4. De acordo com os Parâmetros Nacionais de qualidade da Educação Infantil 
(2018, p.12) é na primeira infância que ocorre o desenvolvimento do controle 
emocional e de suas habilidades que afetarão sua vida e sua aprendizagem. 
Sobre esse tema podemos afirmar que: 
a) A utilização de atividades e propostas pedagógicas na primeira infância 
representa a continuação educacional que deve ser encerrada durante o início 
do ensino fundamental. 
b) Os profissionais da educação que trabalham no ensino infantil podem ter 
engajamento pedagógico menor pois a criança não exige desenvolvimento de 
atividades de conhecimento de mundo. 
c) É importante possuir um conhecimento amplo de como as crianças aprendem e 
se desenvolvem na oportunidade de atender às necessidades e interesses 
individuais de cada um. 
d) Planejar atividades educacionais para o ensino infantil com práticas lúdicas 
demonstra preocupação do docente em propor para as crianças a 
oportunidade de se tornarem indiferentes. 
e) Ao elaborar uma atividade com orientação e prática lúdica o docente 
consegue colaborar para o desenvolvimento cognitivo e psicomotor do 
aprendizado na primeira infância. 
 
5. Há algum tempo na educação infantil o uso da música propõe inúmeras 
possibilidades de escuta com concentração, percepção de mundo e manuseio 
de objetos interativos sonoros. Sobre a utilização da música na educação infantil, 
podemos afirmar que: 
 
a) Para iniciar o uso da música na educação o professor deve ser um músico com 
formação específica. 
b) através da prática da escuta musical a criança reconhece os sons à sua volta 
de objetos, animais, pessoas, instrumentos, entre outros, construindo e 
desenvolvendo seu repertório imagético. 
c) A utilização da música no processo ensino aprendizagem a partir das vivências 
da primeira infância deve ser realizado com ensino técnico de leitura musical 
específica. 
d) Ao propor atividades que impliquem na apreciação sonora o docente estará 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
oferecendo às crianças a oportunidade de conhecimento técnico sobre a 
música. 
e) O professor deve trabalhar a diversidade sonora que existe desenvolvendo 
através da reprodução de uma música obrigatoriamente em um instrumento 
musical no ensino infantil. 
 
6. Ao pensarmos em lúdico, ludicidade e brincadeiras nos remetemos às atividades 
com propostas de brincadeiras. 
 
a) As atividades lúdicas não podem ocorrer desde o início da aula pois pode 
promover o desinteresse dos educandos. 
b) Ao propor atividades lúdicas o professor deve sempre realizar uma brincadeira 
mesmo que não tenha objetivo pedagógico. 
c) O conhecimento das diferentes formas de aplicabilidade do lúdico podem tornar 
o professor um profissional que somente brinque som seus alunos e não gere 
conteúdo. 
d) A prática lúdica no ensino infantil deve ser pensada como uma ferramenta de 
avanço educacional para ser trabalho individualmente. 
e) A utilização de jogos, brincadeiras e músicasno processo ensino aprendizagem 
representa uma organização educacional diversificada e pensada 
estrategicamente para desenvolver habilidades diversas nos alunos. 
 
7. O entendimento sobre o lúdico compreende o conhecimento prévio para que o 
docente desenvolva as atividades pedagógicas de forma segura e preparada. A 
palavra lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que significa jogo. 
Apesar dessa definição objetiva o lúdico é visto na educação como: 
a) Ferramenta educacional que deve ser utilizada somente fora da sala de aula. 
b) Ação que reflete o brincar para tornar o aprendizado mais agradável. 
c) Proposta educativa que permeia pela teoria do conhecimento. 
d) Atividade pedagógica praticada com registros técnicos de conhecimento. 
e) Brincadeira elaborada sobre um conteúdo sem fim educativo. 
 
8. A música folclórica pode ser usada na Educação Infantil como instrumento 
pedagógico de ensino de valor próprio e significativo. Diverge-se dessa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
concepção quando se afirma que esse tipo de música. 
 
a) Desenvolve um reconhecimento à diversidade e pluralidade cultural que existe 
no brasil. 
b) Estimula a imaginação e a criatividade, através do brincar e do caráter lúdico 
das letras. 
c) Propicia experiência musical carregada de conhecimento culturalmente 
construído pelas gerações anteriores. 
d) Instiga o repúdio às diversidades folclóricas pré-existentes na cultura brasileira. 
e) Oportuniza grande contribuição para o desenvolvimento social, cultural, e 
emocional da criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 TENDÊNCIAS DO ENSINO DE 
MÚSICA E A IMPORTÂNCIA DO 
BRINCAR NO ENSINO INFANTIL 
 
 
 
 
2.1 MÚSICA E LUDCIDADE NO ENSINO INFANTIL 
O ensino de música tem se desenvolvido de forma mais intensa na Educação 
Infantil contemplando não somente as técnicas específicas para o conhecimento 
da teoria musical, mas reconhecendo culturas e músicas que representam a 
identidade de uma sociedade. A valorização e o reconhecimento da música em 
suas diversas possibilidades tem sido implementada na educação como uma 
ferramenta lúdica para o ensino infantil. A utilização da música na educação 
remonta desde a idade antiga onde gregos e romanos já utilizavam em seus rituais 
a música como um elemento de representação cultural. Durante a idade média 
temos uma grande influência da música na educação dos cristãos através de hinos 
religiosos entoados em missas ou outras cerimônias. 
No brasil o ensino de música iniciou durante o período colonial através da 
catequização dos índios pelos jesuítas que aqui chegaram. A educação baseada 
nos conceitos religiosos e a implantação de uma nova língua – português- 
desenvolveu-se através de imagens, músicas, orientações de fala e escrita. Durante 
os séculos seguintes a educação musical evoluiu com as tendências educacionais 
implantadas em nosso território tornando-se conteúdo e ferramenta lúdica no 
processo ensino aprendizagem. 
A evolução da educação musical tem sido relevante diante da 
modernização e da contemporaneidade que a sociedade vive. Entretanto, é 
possível utilizar a música como ferramenta de ensino com interdisciplinaridade com 
outras áreas como salienta Queiroz (2010): 
 
Como campo que se dedica ao estudo do ensino e aprendizagem 
da música, a Educação Musical tem estabelecido diálogos e 
interseções com diferentes áreas do saber humano, a fim de 
compreender os aspectos fundamentais do seu universo de estudo, 
tendo como base a gama de valores e significados sociais que 
circundam a música enquanto fenômeno artístico e cultural. 
(QUEIROZ, 2010, P.114) 
UNIDADE 
02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
Assim, como conteúdo obrigatório do ensino de ARTE, a educação musical 
deve ser desenvolvida desde a primeira infância podendo ser utilizada de forma 
interdisciplinar para criar conceitos e reconhecimentos da diversidade cultural e do 
desenvolvimento psicomotor da criança. 
Read (1986)na sua obra “A redenção do robô – Meu encontro com a 
educação através da arte” considerou que a arte e a educação estão ligadas ao 
homem como indivíduo e que a arte deve ser baseada na expressão e na 
liberdade de criação desde a infância. Esse autor nos diz: 
 
[...] quando falo em arte, quero dizer um processo educacional, um 
processo de crescimento; e, quando falo em educação, quero 
designar um processo artístico, um processo de autocriação. Como 
educadores, olhamos o processo do lado de fora; como artistas, 
vemos por dentro; e ambos os processos integrados constituem o ser 
humano completo. [Read (1986, p. 12)] 
 
Esse pensamento está relacionado às concepções do envolvimento e da 
prática artística do educador com o aluno e ao processo educacional pela arte 
onde se aborda todas as linguagens artísticas sendo a visual, literária, musical e 
poética. Através desse modelo educacional o indivíduo trabalha o seu olhar 
questionador e cria novas concepções sobre o mundo através da leitura de obras 
pré-existentes e a partir das suas criações. 
Na educação, a música e a ludicidade têm o objetivo de promover o 
desenvolvimento das habilidades criativas de cada aluno e é função do professor 
promover e instigar o processo criativo do discente valorizando suas experiências e 
sua bagagem cultural e proporcionando novas formas de se expressar 
reconhecendo sua identidade e respeitando novas culturas. 
 
 
 
https://bit.ly/34wxzBa
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
A valorização do repertório cultural construído ao longo dos tempos, através 
das vivências de cada um, compõe a formação de identidade cultural do ser. 
Durante muito tempo a música era utilizada como ensino específico para aprender 
sobre a execução de instrumento musical. A partir do momento em que a música é 
trabalhada como conteúdo onde o aluno se torna protagonista na sua expressão 
do canto, do ritmo e desenvolve o reconhecimento cultural, o desenvolvimento do 
seu repertório torna-se ferramenta educacional que instiga a imaginação e a visão 
crítica do aluno. 
Logo, nessa perspectiva de criação do seu repertório e do conhecimento de 
mundo através da música, QUEIROZ (2004) nos mostra que: 
 
[...] podemos conceber Educação Musical como um universo de 
formação de valores que deve não somente se relacionar com a 
cultura, mas, sobretudo, compor a sua caracterização, ou seja, 
desenvolver um ensino da música como cultura (QUEIROZ, 2004, p. 
100). 
 
Assim, a utilização da música no processo ensino aprendizagem pode 
proporcionar uma aula mais dinâmica e interativa que irá agregar conhecimentos 
sobre a cultura de forma mais prazerosa e divertida. 
Ao utilizar a música na educação é imprescindível a valorização da 
bagagem cultural do aluno e sua forma de expressão musical. Por mais simples que 
seja a atividade, a participação do aluno irá instigar o processo criativo e o 
desenvolvimento das habilidades de coordenação motora e emocional. 
A educação musical é bastante peculiar pois envolve diversas questões 
como as funções da música em uma sociedade, as propostas metodológicas do 
ensino de música em diversos contextos, a formação pedagógica do docente, 
entre outros. 
O pedagogo poderá realizar atividades lúdicas utilizando a música 
embasado em uma pesquisa teórica sobre o tema que irá trabalhar e qual música 
poderá inserir no contexto, mesmo sem uma formação específica na área. É 
importante ressaltar que ao utilizar a música na educação infantil o professor instiga 
o reconhecimento cultural do aluno ampliando seu conhecimento de mundo e 
conceitos a partir dos sons. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
2.2 ENSINO LÚDICO E MUSICAL PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL 
O entendimento do processo evolutivo de cada faixa etária da Educação 
Infantil é um objetivo de extrema importância para o professor regente ou 
especialista. Através da percepção dos desenvolvimentos criativose de 
coordenação motora o professor pode planejar ou desenvolver uma atividade a 
partir desses dados gerais. 
Além dos dados estudados cientificamente sobre o desenvolvimento de 
cada faixa etária é necessária à compreensão das habilidades dos alunos com 
necessidades especiais. O processo de adaptação educacional para atender a 
demanda de crianças com necessidades especiais está em desenvolvimento e 
cabe ao(a) professor(a) regente ou especialista estar atento às questões 
metodológicas para o ensino em geral. 
Na lei de Diretrizes e Bases (LDB- 9.394/96) há determinação e defesa sobre o 
ensino de educação básica à alunos com necessidades especiais: 
 
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, 
a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na 
rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 
§ 2o O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou 
serviços especializados, sempre que, em função das condições 
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes 
comuns de ensino regular. 
Art.59 – Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com 
necessidades especiais: 
II - Terminalidade específica para aqueles que não possam atingir o 
nível exigido para conclusão do ensino fundamental em virtude das 
suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o 
programa escolar para superdotados. [...] (BRASIL, 1996) 
 
A Resolução Nº 4, de 02 de Outubro de 2009, do Conselho Nacional de 
Educação Básica apresenta a implementação de atividades curriculares com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Atendimento Educacional Especializado (AEE) para alunos com necessidades 
especiais. O documento ainda visa a plena participação do educando bem como 
sua participação na sociedade e no desenvolvimento da sua aprendizagem. 
 
Art. 1º Para a implementação do Decreto nº 6.571/2008, os sistemas 
de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas 
classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional 
Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou 
em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede 
pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas 
sem fins lucrativos. 
 Art. 2º O AEE tem como função complementar ou suplementar a 
formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, 
recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras 
para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de 
sua aprendizagem. Parágrafo único. Para fins destas Diretrizes, 
consideram-se recursos de acessibilidade na educação aqueles que 
asseguram condições de acesso ao currículo dos alunos com 
deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a utilização dos 
materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários e 
equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos 
transportes e dos demais serviços. 
Art. 3º A Educação Especial se realiza em todos os níveis, etapas e 
modalidades de ensino, tendo o AEE como parte integrante do 
processo educacional. (Brasil, 2009) 
 
Através dos documentos oficiais percebemos que o direito à educação 
inclusiva é irrevogável e é preciso o desenvolvimento de atividades que 
proporcionem aos educandos uma experiência dinâmica que instigue o seu 
desenvolvimento emocional e cognitivo. A adaptação de atividades lúdicas e 
musicais servem como um impulso para o desenvolvimento de habilidades uma vez 
que, através dessas práticas educacionais o aluno poderá expressar suas vivências 
com a diversidade e a inclusão que merecem. 
A elaboração de atividades com músicas e brincadeiras trará ao aluno com 
necessidades especiais a oportunidade de desenvolver habilidades na expressão 
das suas emoções tornando-o protagonista do seu desenvolvimento. O 
reconhecimento de mundo sobre suas vivências e o desenvolvimento emocional 
através das atividades diversificadas contemplam o desenvolvimento desses alunos. 
Preocupar-se com a elaboração de atividades que contribuam no processo 
ensino-aprendizagem dos alunos com necessidades especiais trará benefícios de 
inclusão aos alunos atendidos pela instituição em que o professor estiver atuando. 
Compreender as dificuldades e utilizar a música de forma lúdica como mecanismo 
de inserção social e educacional deste aluno servirá como uma ferramenta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
impulsionadora de suas habilidades emocionais e do desenvolvimento da sua 
capacidade intelectual. 
Sobre a formação de professores e o uso da música de forma lúdica na 
Educação Inclusiva Ferreira (2010) nos diz que: 
 
Torna-se necessário e urgente uma formação de professores mais 
ativa, contínua e inclusiva, sobretudo de ação e transformação. A 
principal meta é conscientizar os professores e as instâncias 
administrativas da importância da música na formação da 
cidadania e de sua contribuição no processo de desenvolvimento 
humano e social dos alunos na educação inclusiva. 
 
Assim, a busca pelo conhecimento sobre as necessidades do seu aluno e o 
desenvolvimento de atividades que sejam adequadas ao mesmo irá contribuir para 
o desenvolvimento de uma aula mais interativa e lúdica para o educando. 
 
 
 
2.3 DESENVOLVIMENTO INFANTIL E A MUSICALIZAÇÃO 
Nesta seção compreender iremos compreender a relação da música no 
processo de desenvolvimento infantil bem como as tendências para utilizá-la no 
processo educacional de forma interdisciplinar e no desenvolvimento de conceitos 
musicais. 
 
2.3.1 Os sons na primeira infância 
Os sons fazem parte da nossa vida desde o momento em que estamos no 
útero de forma espontânea. Durante a gestação o bebê já sofre influência da 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
música pelos sons à sua volta. Estas vivências compõem os nossos primeiros contatos 
com a música em nossa vida através de melodias e ritmos já existentes. 
 
O envolvimento das crianças com o universo sonoro começa ainda 
antes do nascimento, pois na fase intrauterina os bebês já convivem 
com um ambiente de sons provocados pelo corpo da mãe, como o 
sangue que flui nas aveias, a respiração e a movimentação dos 
intestinos (BRITO, 2003, p. 35) 
 
Este contato inicial com a música nos faz perceber os diversos sons existentes 
ao nosso redor e integram a composição de repertório musical da infância. Sobre 
essa relação: 
 
As cantigas de ninar, as canções de roda, as parlendas e todo tipo 
de jogo musical têm grande importância, pois é por meio das 
interações que se estabelecem que os bebês desenvolvem um 
repertório que lhes permitirá comunicar-se pelos sons; os momentos 
de troca e comunicação sonoras musicais favorecem o 
desenvolvimento afetivo e cognitivo, bem como a criação de 
vínculo fortes tanto com os adultos quanto com a música (BRITO, 
2003, p.49). 
 
A relação das crianças com os sons à sua volta vem dessa ligação inicial e se 
desenvolve ao longo da infância na sua composição de repertório e aprendizagem 
sobre o mundo e as relações sociais. A vivência na infância com os sons existentes 
como os dos seres vivos, de objetos, das cantigas e de ruídos que estão à sua volta 
despertam sua curiosidade e influenciam nas suas expressões corporais com gestos 
evidenciando ativamente a sua relação com os sons, a música e o meio em que 
vive. 
É possível perceber durante uma apreciação musical o movimento corporal 
de uma criança dentro de um ritmo musical com balanço de braços e pernas 
mantendo viva a relação entre a música e o reconhecimento do seu corpo. 
Trabalhar com a música na primeira infância é instigar esse processo educacional e 
promover um momento lúdico de aprendizagem sobre si e sobre o mundo à sua 
volta. 
Jeandot (1993) nos apresenta características do desenvolvimentomusical na 
infância que podem ser vistos no quadro a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Faixa etária Desenvolvimento musical 
0 à 2 anos 
Primeiro contato musical com os sons já existentes. Tentativas de falas 
através da repetição de sons incentivados por alguém. As primeiras 
tentativas de fala ou produção sonora pela boca ocorre nesta etapa. 
2 à 3 anos 
A criança canta parte de canções e prefere movimentos ritmos marcando 
com o corpo o ritmo musical que está cantando. 
3 á 4 anos 
Reprodução de canções inteiras com processo de memorização de letras 
com dificuldade ainda de cantar afinado com música. 
4 á 5 anos 
A criança já tem um maior controle da voz, consegue desenvolver na 
música com ritmos e melodias, já é capaz de reconhecer as notas musicais 
e os nomes dos instrumentos identificando-os em suas qualidades. 
Fonte: Adaptado de Jeandot (1993) 
 
A partir da observação da tabela anterior é possível perceber como ocorre o 
desenvolvimento da percepção musical da criança onde Jeandot (1993) nos 
mostra essa evolução musical que pode ser trabalhada na Educação Infantil. 
 
2.4 BRINCADEIRAS MUSICAIS PARA O ENSINO INFANTIL 
A utilização de jogos e brincadeiras podem proporcionar momentos 
diversificados durante o processo ensino aprendizagem. Segundo Queiroz (2003, 
p.158) “A brincadeira é atividade física ou mental que se faz de maneira 
espontânea e que proporciona prazer a quem a executa”. 
Esta utilização pode ser feita em diferentes conteúdos e temas educacionais 
e atreladas a canções durante a sua prática. A compreensão sobre o que são 
jogos e brincadeiras determinam inicialmente a preparação do docente para 
executar uma atividade com objetivo de aprendizagem que será realizada de 
forma lúdica. Queiroz nos diz que “no momento em que ela brinca a 
aprendizagem acontece, porque a “aprendizagem é construção do 
conhecimento” (QUEIROZ, 2003, p. 22). 
Sobre a utilização de brincadeiras, Maluf (2009, p. 20-21) nos diz que 
“acredito que através do brincar a criança prepara-se para aprender. Brincando 
ela aprende novos conceitos, adquire informações e tem um crescimento 
saudável”. Ainda afirma que “toda criança que brinca vive uma infância feliz. Além 
de tornar-se um adulto muito mais equilibrado física e emocionalmente, conseguirá 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
superar com mais civilidade problemas que possam surgir no seu dia a dia […]”. 
O Referencial Curricular Nacional para a educação infantil afirma que: “Para 
brincar é preciso que as crianças tenham certa independência para escolher seus 
companheiros e os papéis que irão assumir […], cujos desenvolvimentos dependem 
unicamente da vontade de quem brinca” (BRASIL, 1998). 
Como podemos perceber o jogo proporciona uma aprendizagem sobre algo 
e proporciona comportamentos diversificados durante a sua prática. Durante um 
jogo é comum que as crianças se comportem de forma diferente contribuindo na 
intensidade do aprendizado e no desenvolvimento do ser humano. Os jogos são 
fontes de prazer e descoberta e podem influenciar dependendo da aplicação 
pedagógica e condução direcionadas pelo docente. 
 
 
 
Ao pensar em uma atividade lúdica de qualquer assunto que será tratado 
durante uma aula no ensino infantil o professor deve definir o objetivo de 
aprendizagem e desenvolver sobre esse objetivo uma atividade em formato de 
jogo ou utilizar a música como ferramenta educacional. Para exemplificar podemos 
imaginar uma aula sobre o meio ambiente onde os alunos devem compreender os 
elementos que compõem a natureza como as árvores, rios, animais, etc. Ao propor 
o tema na aula o professor pode apresentar de forma lúdica desenhos, cartões 
com exemplos dos elementos da natureza ou utilizar um livro infantil ilustrado sobre o 
tema. As crianças podem observar alguns elementos e já identificarem algumas 
características trazendo esses conceitos em sua bagagem cultural adquirido em 
seu meio social familiar. O docente pode cantarolar uma música que contenha 
gestos de fácil compreensão e que poderá ser repetida durante as aulas posteriores 
com as crianças para que este conceito seja firmado. Durante essas práticas 
educativas o professor instiga o conhecimento e a imaginação do aluno para 
compreender o meio em que vive e as suas relações com este meio. 
Ao propor uma aula como descrita no parágrafo anterior o professor tratará 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
um tema geral (o meio ambiente) de forma lúdica e musical acrescentando 
elementos educativos à sua aula para construção de conceitos e reconhecimentos 
culturais de elementos existentes. Essa preparação faz parte do planejamento 
escolar que falaremos de forma detalhada no capítulo 4 deste material. 
Com estas colocações vemos que o brincar é uma ação livre que pode 
surgir em uma aula guiada pelo professor e que pode proporcionar a formação de 
conceitos e a imaginação da criança. 
Além da utilização da música como ferramenta facilitadora do processo 
ensino aprendizagem o professor ainda pode ensinar conceitos particulares da 
música durante o ensino infantil. 
 
Figura 2: Exemplo de aula com técnica de tocar instrumento 
 
Fonte: Arquivo da Autora (2021) 
 
O reconhecimento de instrumentos musicais, o desenvolvimento do ritmo 
corporal e a compreensão das notas musicais podem fazer parte do conhecimento 
de mundo para as crianças. O contato com instrumentos musicais proporciona o 
desenvolvimento motor e a criatividade musical dos alunos durante o ensino infantil. 
 
2.5 TECNOLOGIA E LUDCIDADE NO ENSINO INFANTIL: NOVAS TENDÊNCIAS 
DE ENSINO 
Ao longo do tempo em toda a história da humanidade a evolução 
tecnológica ocorreu e promoveu grandes mudanças nas práticas artísticas. 
Surgimento de novos materiais, desenvolvimento de novas técnicas e a criação de 
novas tendências nas formas de expressão marcaram diversos momentos da história 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
da arte por suas inovações ideias e tecnológicas. 
A BNCC trata sobre a relação das crianças, adolescentes e jovens quanto ao 
uso de novas tecnologias digitais. Ressalta que, 
 
[...] a cultura digital tem promovido mudanças sociais significativas 
nas sociedades contemporâneas. Em decorrência do avanço e da 
multiplicação das tecnologias de informação e comunicação e do 
crescente acesso a elas pela maior disponibilidade de 
computadores, telefones celulares, tablets e afins, os estudantes 
estão dinamicamente inseridos nessa cultura, não somente como 
consumidores. Os jovens têm se engajado cada vez mais como 
protagonistas da cultura digital, envolvendo-se diretamente em 
novas formas de interação multimidiática e multimodal e de atuação 
social em rede, que se realizam de modo cada vez mais ágil. Por sua 
vez, essa cultura também apresenta forte apelo emocional e induz 
ao imediatismo de respostas e à efemeridade das informações, 
privilegiando análises superficiais e o uso de imagens e formas de 
expressão mais sintéticas, diferentes dos modos de dizer e 
argumentar característicos da vida escolar. [BNCC (2016, p. 57)] 
 
Há algum tempo, a tecnologia tornou-se uma ferramenta impulsionadora de 
novas técnicas de expressão e de promoção das obras em larga escala pelo 
mundo todo. O acesso à informação e as novas tendências conectados através da 
internet tem se tornado mais acessíveis a cada dia. Novos aplicativos, melhores 
conexões de rede, desenvolvimento de novos softwares além de gravações de 
filmes, séries, entre outros estão cada vez mais criativos e frequentes. 
Jordão (2009, p. 10) retrata bem a realidade quando aponta sobre a 
influência que a tecnologia vem causando na vida de crianças e adolescentes no 
processo educacional. Diz, portanto, 
 
[...] a cada dia, mais os professores se deparam, em suas salas de 
aula, com alunos que convivem diariamente com as tecnologias 
digitais. Estes alunos têm contato com jogos complexos,navegam 
pela internet, participam de comunidades, compartilham 
informações, enfim, estão completamente conectados com o 
mundo digital (JORDÃO, 2009, p. 10). 
 
O mesmo autor ainda enfatiza que: 
 
As tecnologias digitais são, sem dúvida, recursos muito próximos dos 
alunos, pois a rapidez de acesso às informações, a forma de acesso 
randômico, repleto de conexões, com incontáveis possibilidades de 
caminhos a se percorrer, como é o caso da internet, por exemplo, 
estão muito mais próximos da forma como o aluno pensa e aprende. 
Portanto, utilizar tais recursos tecnológicos a favor da educação 
torna-se o desafio do professor, que precisa se apropriar de tais 
recursos e integrá-los ao seu cotidiano de sala de aula (JORDÃO, 
2009, p. 10). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
É enriquecedor elaborar atividades gamificadas em sala de aula com intuito 
de promover a interatividade com novas tecnologias e desenvolver uma atividade 
colaborativa a partir das novas mídias digitais. Assim, é possível realizar a integração 
dos alunos com a tecnologia otimizando o processo ensino-aprendizagem. 
 
2.5.1 A utilização de mídias digitais dentro da Sala de Aula 
Estamos vivendo em constante transformação social e tecnológica onde as 
crianças possuem grande contato com celulares, tablets, computadores e outros 
objetos digitais que proporcionam jogos, vídeos, filmes, entre outros, de forma 
rápida, criativa e interativa. Apropriar-se desses meios digitais e promover o 
desenvolvimento do repertório imagético e a sensibilidade através de práticas 
educacionais é um grande desafio. 
Jordão (2009) aborda sobre a diferença de aprendizagem que tivemos em 
nosso período escolar relacionada ao momento atual que estamos vivenciando e 
afirma sobre a importância de mudar as estratégias na educação. Diz-nos que 
“temos que nos adaptar à agilidade de pensamento e à velocidade do acesso à 
informação que nossos alunos possuem atualmente”. É possível compreender, 
portanto que crianças e jovens aprendem de forma diferente da que aprendemos 
no passado. 
Para se trabalhar uma atividade digital no contexto escolar é importante 
definir o objetivo que será alcançado na atividade bem como a metodologia a ser 
aplicada. É possível desenvolver uma atividade caso as crianças possuam 
aparelhos eletrônicos ou a escola disponibilize um laboratório com computadores 
ou outras máquinas tecnológicas. 
Tratando de atividades feitas voltadas para qualquer conteúdo, configura-se 
atividade utilizando mídias digitais na educação infantil a escuta e apreciação de 
vídeos musicais, os jogos disponíveis em plataformas diversas e a utilização de 
recursos tecnológicos como computador, Datashow, caixas de som para propor 
novas dinâmicas em uma aula. São diversas formas que podem ser utilizadas para 
atrelar música e a ludicidade à tecnologia utilizando uma metodologia ativa e 
prática no desenvolvimento da atividade. 
Utilizando a tecnologia a favor do processo ensino aprendizagem a aula se 
torna mais dinâmica, interativa e criativa proporcionando ao educando a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
oportunidade de trabalhar habilidades tecnológicas na criação de obras digitais. 
Desde o início da pandemia em março de 2020 um momento histórico na 
educação ocorreu devido ao isolamento social. As escolas têm-se adaptado à 
elaboração de atividades remotas utilizando recursos tecnológicos, novas 
tendências educacionais e novas práticas que surgiram para atender essa 
realidade que afetou diretamente o processo educacional. Alguns professores 
utilizam plataformas e ferramentas tecnológicas digitais para realizar atividades 
diversificadas e propor novas formas de aprendizado onde o contato inicial ocorre 
através de vídeos ou instruções por meio de aplicativos de conversa. A utilização de 
jogos pedagógicos tem contribuído na formação educacional das crianças que 
não podem ter a prática educacional de forma presencial na escola. 
 
 
 
 
https://bit.ly/2SzjRaW
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
FIXANDO CONTEÚDO 
 
1. Dentro da educação infantil a brincadeira é muito importante, pois as crianças 
vão aprendendo vários conceitos que a professora irá ensinar. As brincadeiras 
lúdicas possibilitam a criança: 
a) vivenciar somente na teoria o conteúdo que está sendo trabalhado. 
b) vivenciar uma relação extrínseca onde a criança aprende a agir numa esfera 
apenas afetiva e não cognitiva. 
c) desenvolver através de brincadeiras e jogos várias aptidões entre elas as 
linguagens oral e escrita. 
d) desenvolver a aprendizagem de forma teórica com conceitos metodológicos. 
e) despertar o gosto por atividade física. 
 
2. Durante os séculos, a educação musical evolui com as tendências educacionais 
implantadas em nosso território tornando-se conteúdo e ferramenta lúdica no 
processo ensino aprendizagem. Sobre o início da utilização da música como 
ferramenta educacional é correto afirmar que: 
a) no Brasil o ensino de música iniciou durante o período moderno através da 
semana de arte moderna. 
b) a evolução da educação musical tem sido relevante, mas não segue a 
modernização e a contemporaneidade que a sociedade vive. 
c) a utilização da música na educação remonta desde a idade antiga onde 
gregos e romanos já utilizavam em seus rituais a música como um elemento de 
representação cultural. 
d) durante a idade média temos uma grande influência da música na educação 
dos cristãos através de canções populares entoados em missas ou outras 
cerimônias. 
e) há impossibilidade de utilizar a música como ferramenta de ensino com 
interdisciplinaridade com outras áreas. 
 
3. Na educação, a música e a ludicidade são elementos pedagógicos pois: 
a) têm o objetivo de promover o desenvolvimento das habilidades criativas de 
cada aluno respeitando a diversidade do outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
b) promover o processo criativo do mesmo firmando a necessidade da sua 
individualidade na sociedade. 
c) valoriza as experiências, mas limita sua bagagem cultural. 
d) proporciona ao educando novas formas de se expressar priorizando o eu. 
e) desenvolve habilidades educacionais como a locomoção em espaços diversos. 
 
4. Os sons fazem parte da nossa vida desde o momento em que estamos no útero. 
O feto estabelece um contato com sons produzidos pelo corpo da mãe desde a 
gestação que nos ligam aos sons diversos da vida. Este contato inicial com a 
música nos fazem perceber os diversos sons existentes ao nosso redor e fazem 
parte da composição de repertório musical da infância. Sobre essa relação é 
correto afirmar que 
 
a) As cantigas de ninar cantadas na infância geram traumas de difícil superação na 
escola. 
b) As canções de roda, as parlendas e todo tipo de jogo musical são importantes, 
pois é possível desenvolver a comunicação pelos sons. 
c) Os momentos de troca e comunicação sonoras musicais desfavorecem o 
desenvolvimento afetivo e cognitivo. 
d) Através da música podemos desenvolver repertório, mas não criamos vínculo 
afetivos. 
e) Durante a gravidez a mãe pode cantarolar canções para ter contato com o 
filho, mas isso não irá afetar sua relação com a música na infância. 
 
5. A respeito da música e o lúdico como instrumentos de aprendizagem, assinale a 
alternativa correta. 
a) Como função pedagógica da aprendizagem, os jogos e brincadeiras 
apresentam aspectos importantes, tais como a individualidade e a criatividade 
na busca de soluções. 
b) A música pode ser utilizada como ferramenta pedagógica desde que seja 
ensinada com técnica e teoria desde a primeira infância. 
c) Embora a construção de conhecimentos possa estar presente nessas atividades, 
não se pode esperar que isso aconteça pela interação e troca de ideias com os 
colegas, mesmo sendo atividades pedagogicamente planejadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
d) As atividades lúdicas não visam somente a diversão, mas objetivamtambém a 
formação pedagógica, a socialização e a incorporação de valores morais e 
culturais com objetivos didáticos que preparem as crianças para futuros 
aprendizados curriculares. 
e) As brincadeiras e jogos na educação infantil visam estimular a competição a fim 
de prepará-lo para o enfrentamento de problemas da vida adulta. 
 
6. No que se refere ao trabalho do professor de arte na educação especial é 
correto afirmar que: 
a) preocupar-se com a elaboração de atividades que contribuam no processo 
ensino-aprendizagem fará o aluno especial se sentir parte da turma. 
b) uma de suas atribuições consiste em atender o aluno com necessidade especial 
sem apoio. 
c) compreender as dificuldades e utilizar a ludicidade e a música como 
mecanismo de inserção social e educacional deste aluno servirá como uma 
ferramenta impulsionadora de suas habilidades. 
d) as atividades desenvolvidas devem sempre ser facilitadas para os alunos com 
necessidades especiais. 
e) adaptar atividades de arte significa que o professor irá oportunizar o aluno 
especial um desenvolvimento igual aos seus colegas. 
 
7. Na lei LDB- 9.394/96 o artigo 58 que trata da educação especial traz algumas 
determinações que precisam ser observadas e respeitadas. Diante disso assinale 
a alternativa correta: 
a) Entende-se por educação especial, modalidade de educação para alunos com 
transtorno bipolar. 
b) Entende-se por educação especial, modalidade de educação para alunos com 
deficiência e dificuldades de aprendizagem. 
c) Entende-se por educação especial, modalidade de educação desenvolvida 
apenas para alunos com deficiência física. 
d) Entende-se por educação especial, modalidade de educação para alunos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação. 
e) Entende-se por educação especial, modalidade de educação para alunos com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
deficiência física, mental ou psicomotora. 
 
8. No Ensino Infantil a música tem o objetivo de promover o desenvolvimento das 
habilidades criativas e coordenação motora de cada aluno. Diante disso, a 
função do (a) professor(a) é: 
a) Realizar uma abordagem pedagógica com conceitos sem promover a prática. 
b) Elaborar atividades unificadas que desenvolvam a coordenação motora. 
c) Apresentar ao seu aluno formas distintas de se fazer música que limitem suas 
capacidades cognitivas. 
d) Elaborar todas as apresentações musicais de eventos da escola. 
e) Promover e instigar o processo criativo do aluno, desenvolver sua habilidade de 
fala e coordenação motora e valorizar sua bagagem cultural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
BASE NACIONAL COMUM 
CURRICULAR (BNCC) 
 
 
 
 
3.1 ANÁLISE DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) - 
HABILIDADES DO ENSINO INFANTIL NA EDUCAÇÃO BÁSICA. 
 
Em linhas gerais a BNCC é definida por 
 
[...] documento de caráter normativo que define o conjunto 
orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os 
alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da 
Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos 
de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que 
preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento 
normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a 
define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996) e está orientado pelos princípios 
éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e 
à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, 
como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da 
Educação Básica (DCN). (BRASIL, 2016, p. 7) 
 
A BNCC é hoje o documento de referência educacional no Brasil que 
contém as competências e habilidades que devem ser trabalhadas em todas as 
faixas etárias do Ensino Infantil ao Ensino Fundamental da Educação Básica. 
A Educação Básica segundo a BNCC deve assegurar aos estudantes o direito 
à aprendizagem a partir de competências e habilidades que englobam a 
mobilização do conhecimento bem “como as atitudes e valores para resolver 
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do 
mundo do trabalho” (BRASIL, 2016. p . 08). É possível perceber nas habilidades 
voltadas ao ensino Infantil o estímulo ao desenvolvimento de habilidades 
fundamentais como criação, reflexão, crítica e expressão. 
No texto da Base Nacional Comum Curricular de 2016 podemos identificar as 
competências gerais da Educação. Entre elas podemos citar: 
 
[..]1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos 
sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e 
UNIDADE 
03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a 
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria 
das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a 
imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e 
testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções 
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes 
áreas. 
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das 
locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da 
produção artístico-cultural. 
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como 
Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como 
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, 
para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e 
sentimentos em diferentes 
contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e 
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas 
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, 
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver 
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e 
coletiva. 
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-
se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as 
relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas 
ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, 
autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, 
para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões 
comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a 
consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito 
local, regional e 
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si 
mesmo, dos outros e do planeta. 
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e 
emocional, compreendendo-se na diversidade humana e 
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e 
capacidade para lidar com elas. 
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a 
cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro 
e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da 
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, 
identidades, culturas e potencialidades, 
sem preconceitos de qualquer natureza. 
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, 
flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com 
base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e 
solidários (BRASIL, 2016). 
 
A BNCC documento que atualmente define e rege o desenvolvimento de 
todas as habilitadas que os educandos devem desenvolver durante a educação 
básica nos diz: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
No novo cenário mundial, reconhecer-se em seu contexto histórico e 
cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico,participativo, 
aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável 
requer muito mais do que o acúmulo de informações. Requer o 
desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber 
lidar com a informação cada vez mais disponível, atuar com 
discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digitais, 
aplicar conhecimentos para resolver problemas, ter autonomia para 
tomar decisões, ser proativo para identificar os dados de uma 
situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e 
as diversidades (BRASIL, 2016). 
 
Ao compreender as habilidades gerais percebemos como o ensino lúdico e 
musical contribuem na formação do ser oportunizando o conhecimento através de 
diversidades metodológicas com atividades lúdicas e musicais para este processo. 
Ao longo do texto da Base Nacional Comum Curricular podemos perceber a 
evolução do processo ensino-aprendizagem que ocorre na Educação Básica 
desde o Ensino Infantil ao Ensino Fundamental (Anos Finais). Sobre a interação 
social e essa evolução educacional reflete que, 
 
[..] as atividades humanas realizam-se nas práticas sociais, mediadas 
por diferentes linguagens: verbal (oral ou visual-motora, como Libras, 
e escrita), corporal, visual, sonora e, contemporaneamente, digital. 
Por meio dessas práticas, as pessoas interagem consigo mesmas e 
com os outros, constituindo-se como sujeitos sociais. Nessas 
interações, estão imbricados conhecimentos, atitudes e valores 
culturais, morais e éticos (BRASIL, 2016). 
 
Como professor regente de turma, trabalhar conteúdos diversos com 
atividades lúdicas e musicais na Educação Infantil representa uma contribuição 
significativa na formação do educando em seu pensamento criativo, nas suas 
habilidades sociais e emocionais, na formação crítica e respeitosa sobre a 
diversidade cultural bem como o desenvolvimento da utilização da tecnologia 
como ferramenta de conhecimento amplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 
 
3.2 ANÁLISE DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DO ENSINO INFANTIL DA 
BNCC 
Vimos anteriormente que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o 
documento que atualmente vigora na orientação pedagógica das habilidades e 
competências do ensino na Educação Básica. A partir da análise das habilidades e 
dos componentes curriculares do ensino infantil na BNCC, podemos entender como 
é possível elaborar atividades que contemplem o desenvolvimento educacional no 
ensino infantil. 
 
3.2.1 Habilidades da BNCC com atividades lúdicas na Educação Infantil 
Na Educação Infantil o processo Ensino-aprendizagem ocorre de maneira 
gradativa onde a relação entre família e escola reforça o laço da criança ao 
aprendizado. Ao trabalhar uma atividade artística como pintura, desenho, jogos, 
brincadeiras, músicas, teatro de bonecos, colagens entre outras formas de 
expressão a criança torna-se personagem principal de suas atividades gerando sua 
independência emocional e criativa. Nesse processo a BNCC reforça o uso de 
objetivos de aprendizagem que norteiam a elaboração de atividades artística. 
Nos objetivos de aprendizagem a Base Nacional Comum Curricular ressalta 
que a criança na Educação Infantil deve: 
Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes 
grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento 
de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças 
entre as pessoas. 
Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e 
tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e 
diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, 
corporais,sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. 
Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do 
planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo 
educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, 
tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, 
desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, 
decidindo e se posicionando. 
Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, 
emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, 
elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus 
saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a 
escrita, a ciência e a tecnologia. 
Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas 
necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, 
descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes 
linguagens. 
Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, 
constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de 
pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, 
brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu 
contexto familiar e comunitário (BRASIL, 2016). 
 
Analisando os objetivos gerais acima podemos compreender as propostas 
educacionais através das seguintes dicas: 
 
Quadro 1: Objetivos de Aprendizagem e algumas propostaseducacionais 
para a Educação Infantil 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PROPOSTAS EDUCACIONAIS 
Conviver 
Realizar atividades coletivas com outras crianças como 
música, pintura, desenho. 
Brincar 
Conhecer brincadeiras do cancioneiro popular; explorar 
a coordenação motora. 
Participar 
Garantir que a criança seja incentivada para realizar a 
atividade proposta. [Ser uma(um) educadora 
(educador) amorosa (o) para que a criança acolha a 
proposta da atividade]. 
Explorar 
Elaborar atividades artísticas diversificadas para garantir 
o objetivo de conhecer novas práticas. 
Expressar 
Promover a expressão artística garantindo a liberdade 
criativa sem imposição de certo ou errado, bonito ou 
feio. 
Conhecer- se 
Reconhecer seus trabalhos artísticos bem como suas 
composições de personagens como membros da 
família e/ou outros. 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020) 
 
As habilidades desenvolvidas durante a Educação Infantil estão dividas em 
campos de experiência sendo eles: “o eu o outro e nós”; “Corpo, gestos e 
movimentos”; “Traços, sons, cores e formas”; “Escuta, fala pensamento e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
imaginação”; “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”. 
Cada campo de experiência contempla as habilidades que devem ser 
desenvolvidas nas faixas etárias seguintes: de zero à um ano e seis meses; um ano e 
sete meses à três anos e onze meses; quatro anos à cinco anos e onze meses. A 
faixa etária identifica os objetivos de aprendizagem que são possíveis de atingir na 
Educação Infantil. Veremos a seguir um exemplo de como essas habilidades são 
apresentadas: 
 
Quadro 2: Habilidades do Campo de experiência: Traços, sons, cores e formas 
Bebês (zero a 1 ano e 6 
meses) 
Crianças bem pequenas (1 
ano e 7 meses a 3 anos e 11 
meses) 
Crianças pequenas (4 anos 
a 5 anos e 11 meses) 
(EI01TS01) Explorar sons 
produzidos com o próprio 
corpo e com objetos do 
ambiente. 
(EI02TS01) Criar sons com 
materiais, objetos e 
instrumentos musicais, para 
acompanhar diversos ritmos 
de música. 
(EI03TS01) Utilizar sons 
produzidos por materiais, 
objetos e instrumentos 
musicais durante 
brincadeiras de faz de 
conta, encenações, 
criações musicais, festas. 
(EI01TS02) Traçar marcas 
gráficas, em diferentes 
suportes, usando 
instrumentos riscantes e 
tintas. 
(EI02TS02) Utilizar materiais 
variados com possibilidades 
de manipulação (argila, 
massa de modelar), 
explorando cores, texturas, 
superfícies, planos, formas e 
volumes ao criar objetos 
tridimensionais. 
(EI03TS02) Expressar-se 
livremente por meio de 
desenho, pintura, colagem, 
dobradura e escultura, 
criando produções 
bidimensionais e 
tridimensionais. 
(EI01TS03) Explorar diferentes 
fontes sonoras e materiaispara acompanhar 
brincadeiras cantadas, 
canções, músicas e 
melodias. 
(EI02TS03) Utilizar diferentes 
fontes sonoras disponíveis no 
ambiente em brincadeiras 
cantadas, canções, músicas 
e melodias. 
(EI03TS03) Reconhecer as 
qualidades do som 
(intensidade, duração, 
altura e timbre), utilizando-
as em suas produções 
sonoras e ao ouvir músicas e 
sons. 
 
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3xkuvFZ. Acesso em: 12 fev. 2021. 
 
A imagem acima exemplifica como são apresentadas as habilidades e 
competências que os alunos da Educação Infantil devem desenvolver no campo 
de experiência: Traços, sons cores e formas (BRASIL, 2016). 
Exemplificando as habilidades, citamos a (EI02TS03) (observar quadro acima) 
para crianças de um ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses que podem expressar-se 
através de fontes sonoras disponíveis no ambiente em brincadeiras, músicas e 
canções. O professor ao identificar a habilidade condizente com a disciplina arte 
https://bit.ly/3xkuvFZ
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
pode elaborar uma atividade sobre um determinado assunto (orientado pelos 
componentes curriculares de acordo com a LDB 9394/96) que aborde uma dessas 
práticas relacionadas à habilidade (EI02TS03). Assim o professor garante o 
desenvolvimento da habilidade dos alunos relacionada à disciplina ARTE. 
Como professor regente ou na função de coordenador pedagógico a 
compreensão dos objetivos de aprendizagem é importante para orientar a 
elaboração de aulas ou projetos que promovam o desenvolvimento dos alunos. 
Atividades utilizando músicas do cancioneiro infantil, desenho de objetos do 
cotidiano, entre outras, proporcionam a expressão, socialização, desenvolvimento 
da fala e o autoconhecimento. 
 
 
 
3.2.2 O Trabalho com a Música e a brincadeira na Educação Infantil 
O trabalho realizado com a música no ambiente escolar pode desenvolver 
diversas habilidades como a criação, coordenação motora, ritmo, entre outras, 
além de promover a socialização entre os alunos através de uma prática musical. A 
apresentação da diversidade cultural pela dimensão do patrimônio histórico 
Brasileiro permite o conhecimento de novas culturas e proporciona fundamentação 
teórica para uma produção pessoal e para avaliação da produção musical de 
outras pessoas. 
Em linhas gerais a Base Nacional Comum Curricular nos diz: 
 
A ampliação e a produção dos conhecimentos musicais passam 
pela percepção, experimentação, reprodução, manipulação e 
criação de materiais sonoros diversos, dos mais próximos aos mais 
distantes da cultura musical dos alunos. Esse processo lhes possibilita 
vivenciar a música inter-relacionada à diversidade e desenvolver 
saberes musicais fundamentais para sua inserção e participação 
crítica e ativa na sociedade (BRASIL, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
Com a afirmação acima podemos perceber a importância de desenvolver 
aulas utilizando a música possibilitando a vivência dos alunos com a diversidade 
cultural que nos encontramos em sociedade. Na teoria musical é possível 
desenvolver atividades práticas e lúdicas sobre os diversos instrumentos musicais 
que existem na nossa cultura nacional e na cultura estrangeira promovendo assim o 
conhecimento de sons diversos e despertando um interesse por conhecimento 
sobre práticas musicais. Na prática é possível apreciar vídeos disponíveis em 
plataformas online de distintas manifestações musicais. Elaborar uma apresentação 
musical em uma data comemorativa na escola promove ainda a integração do 
aluno em um contexto de prática artística coletiva e instiga a apresentação em 
público promovendo uma prática cultural. 
 
 
 
A utilização da música durante o Ensino Infantil enfatiza a relação íntima da 
criança com os sons onde suas habilidades ficam guardadas esperando o 
momento em que lhes é dado a oportunidade de se expressar musicalmente. À 
medida que trabalhamos com a música no Ensino Infantil oportunizamos os 
educandos um momento de expressão além de instigar o desenvolvimento motor 
de suas habilidades. 
No campo da educação musical o primeiro contato ocorre no ambiente 
familiar e pode se desenvolver no contexto escolar. Habituado a conviver com a 
linguagem musical de maneira natural desenvolvemos interesse e curiosidade para 
entender a expressão artística musical e criar nossa relação de identidade cultural. 
Portanto, propor atividades lúdicas e musicais no ambiente escolar durante o 
ensino infantil tem grande importância para o desenvolvimento educacional do 
educando. Estas podem promover a integração e o desenvolvimento do 
conhecimento de forma leve e divertida contemplando músicas e jogos durante 
atividades proporcionando momentos prazerosos de conhecimentos de mundo. 
Como professor regente atente-se à utilização dessas ferramentas em seus 
https://bit.ly/30JM6Z3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
planejamentos de aulas para propor formas diversas de aprendizagem, instigando a 
criatividade do seu aluno. Na postura de coordenador pedagógico instigue o seu 
professor a propor tais atividades no ambiente escolar e valorize as propostas 
pedagógicas diversificadas que lhe apresente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
FIXANDO CONTEÚDO 
1. A organização curricular da Educação Infantil, na BNCC, está estruturada 
levando-se em consideração: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; 
Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; e Espaços, 
tempos, quantidades, relações e transformações”. A esses cinco eixos 
estruturantes, deu-se o nome de: 
a) temas transversais. 
b) habilidades cognitivas. 
c) currículo básico. 
d) competências atitudinais. 
e) campos de experiências. 
 
2. Tendo em vista os eixos estruturantes das práticas pedagógicas, interações e 
brincadeiras, e as competências gerais da Educação Básica propostas pela 
BNCC, seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento asseguram, na 
Educação Infantil, as condições para que as crianças aprendam em situações 
nas quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem 
a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam 
construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural. 
 
Assinale a alternativa que contém os referidos direitos de aprendizagem: 
a) aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conviver, brincar, aprender a 
conhecer e explorar. 
b) conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. 
c) conviver, brincar, explorar, dialogar, experimentar e se cuidar. 
d) conviver, brincar, participar, explorar, participar e se cuidar. 
e) aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conviver, brincar, aprender a 
conhecer e experimentar. 
 
3. Sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), 2016, é correto afirmar que 
a) trata-se de um documento de referência, de caráter normativo, que define o 
conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos brasileiros devem 
desenvolver, ao longo das etapas e modalidades, da Educação Básica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
b) ela contribui para substituir os currículos das disciplinas escolares das redes 
públicas federal, estaduais e municipais, na medida em que determina o que 
deve ser ensinado em cada escola. 
c) constitui-se de um documento nacional que parte do principal da 
individualidade na Educação básica. 
d) determina os conhecimentos e as competências que os estudantes devem 
desenvolver ao longo da escolaridade, sendo orientados por princípios éticos, 
religios e estéticos. 
e) Trata-se de um documento nacional que define os conteúdos que devem ser 
abordados na Educação Básica. 
 
4. Sobre o objetivo de aprendizagem “PARTICIPAR” previsto na BNCC (2016) é 
correto compreender como proposta pedagógica 
a) realizar atividades coletivas com outras crianças como música, pintura, desenho. 
b) conhecer brincadeiras do cancioneiro popular;explorar a coordenação motora. 
c) garantir que a criança seja incentivada para realizar a atividade proposta. 
d) elaborar atividades artísticas diversificadas para garantir o objetivo de conhecer 
novas práticas. 
e) reconhecer seus trabalhos artísticos bem como suas composições de 
personagens como membros da família e/ou outros. 
 
5. Observando a habilidade de aprendizagem EI02TS03 prevista na BNCC (2016) é 
correto afirmar que esta contempla em suas orientações práticas educacionais 
como: 
a) explorar jogos e brincadeiras de diferentes formas. 
b) perceber o seu relacionamento com o outro durante uma atividade lúdica. 
c) expressar-se através de fontes sonoras disponíveis no ambiente em brincadeiras, 
músicas e canções. 
d) reconhecer as qualidades do som e utilizá-las em suas produções. 
e) desenvolver práticas musicais utilizando instrumentos musicais de fácil acesso. 
 
6. Sobre o conhecimento da BNCC marque a alternativa correta. 
a) É importante conhecer as habilidades da BNCC pois nelas encontram-se os 
conteúdos que devem ser abordados em cada faixa etária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
b) O professor pode realizar seu planejamento sem conhecer as habilidades da 
BNCC pois este documento não é utilizado em todo território nacional. 
c) O conhecimento das habilidades e competências da BNCC contribui na 
elaboração do planejamento de atividades de acordo com cada faixa etária. 
d) Ao escolher a habilidade da BNCC que utilizará o professor está completamente 
preparado para lecionar. 
e) A habilidade da BNCC não precisa estar de acordo com a atividade proposta 
durante uma aula de acordo com as metodologias atuais de ensino. 
 
7. Sobre o desenvolvimento de aulas com música a BNCC afirma que: 
a) A utilização da música deve ser realizada durante o ensino infantil de forma 
teórica com conceitos técnicos específicos. 
b) A utilização de instrumentos musicais deve ser inserida após o ensino infantil. 
c) Reconhecer instrumentos musicais não é atividade que precisa ocorrer durante o 
ensino infantil. 
d) A ampliação e a produção dos conhecimentos musicais passam pela 
percepção, experimentação, reprodução, manipulação e criação de materiais 
sonoros diversos, dos mais próximos aos mais distantes da cultura musical dos 
alunos. 
e) Canções populares devem ser entoadas em momentos específicos na escola 
como a hora do lanche e início do turno gerando assim uma rotina de 
aprendizagem definitiva com conceitos musicais. 
 
8. Sobre o objetivo de aprendizagem “EXPRESSAR” previsto na BNCC (2016) é 
correto compreender como proposta pedagógica : 
a) reconhecer seus trabalhos artísticos de forma diversificada. 
b) realizar atividades coletivas com outras crianças. 
c) garantir que a criança seja incentivada para realizar a atividade proposta. 
d) elaborar atividades artísticas diversificadas para garantir o objetivo de conhecer 
novas culturas. 
e) promover a expressão artística garantindo a liberdade criativa sem imposição de 
certo ou errado, bonito ou feio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 JOGOS E BRINCADEIRAS 
 
 
 
 
 
A utilização de jogos e brincadeiras na educação nem sempre foi aceito 
pelos profissionais da área. O brinquedo e a brincadeira já foram considerados 
causadoras de corrupção e desvio de conduta e as classes dominantes não via tais 
dinâmicas com bons olhos. Durante a evolução e novos estudos sobre os processos 
ensino aprendizagem, pelas mudanças de crenças e regras de socialização essa 
visão mudou e os jogos, brinquedos e brincadeiras passaram a integrar o processo 
ensino aprendizagem. Durante o período medieval por exemplo, os jogos foram 
considerados delitos contra ao ensino religioso da época. A autora Kishimoto nos 
diz que: 
 
O interesse pelo jogo decresce com o advento do Cristianismo, a 
poderosa sociedade cristã que toma posse do Império 
desorganizado e impõe uma educação disciplinadora. Escolas 
episcopais e anexas a mosteiros impõem dogmas e distanciam-se do 
desenvolvimento da inteligência. Os mestres recitam lições e leem 
cadernos. Aos alunos resta a memorização e a obediência. Nesse 
clima não há condições para a expansão dos jogos, considerados 
delituosos, à semelhança da prostituição e da embriaguez 
(KISHIMOTO, 2016. p.15). 
 
 A autora ainda discorre sobre esta visão antiga sobre o uso de brinquedos 
que foi duramente criticado. 
 
Entende-se que, se a escola tem objetivos a atingir e o aluno tem a 
tarefa de adquirir conhecimentos e habilidades, qualquer atividade 
por ele realizada na escola visa sempre a um resultado — é uma 
ação dirigida e orientada para a busca de finalidades pedagógicas. 
O emprego de um jogo em sala de aula necessariamente se 
transforma em um meio para a realização daqueles objetivos. 
Portanto, o jogo entendido como ação livre, tendo um fim em si 
mesmo, iniciado e mantido pelo aluno, pelo simples prazer de jogar, 
não encontraria lugar na escola. (KISHIMOTO, 2016. P. 13) 
 
Com a evolução do pensamento moderno a partir do renascimento, novas 
discussões entorno da apropriação do jogo pela escola de forma educativa tem se 
tornado mais frequente. Kishimoto (2016. p.16) contextualiza que ao colocar em 
prática, em larga escala, os ideais humanistas do Renascimento, o século XVII 
UNIDADE 
04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
provoca a expansão contínua de jogos didáticos ou educativos. Esse processo é 
acompanhado por estudos de filósofos acerca da importância da imagem e dos 
sentidos para a apreensão do conhecimento. 
 
A expansão dos jogos na área da educação dar-se-á́ no início do 
século XX, estimulada pelo crescimento da rede de ensino infantil e 
pela discussão sobre as relações entre o jogo e a educação. Revistas 
como L’Éducation Enfantine di- vulgam tais ideias. Editores como a 
Nathan estabelecem uma linha de “brinquedos educativos”, usando 
slogans como “instruir divertindo”. Além de melhorar a qualidade de 
seus produtos, os fabricantes de jogos educativos procuram melhorar 
as normas de segurança dos brinquedos e introduzem, nos folhetos, 
informações que orientam a ação de brincar e aprender, além de 
especificações sobre adequação de brinquedos às faixas etárias. Em 
síntese, o jogo educativo surge no século XVI como suporte da 
atividade didática, visando à aquisição de conhecimentos, e 
conquista um espaço definitivo na educação infantil. 
 
A utilização de jogos na educação infantil compõe o desenvolvimento de 
habilidades e competências através de jogos e brincadeiras com a ludicidade. 
Percebemos ao longo dos capítulos anteriores deste material a importância de 
utilizar jogos e brincadeiras para o desenvolvimento de aprendizagens dos 
educandos. 
É importante ressaltar os conceitos e funções dos jogos na educação para 
que o educador possa desenvolver de forma coesa suas atividades e projetos 
educacionais utilizando esta ferramenta pedagógica. CAMPAGNE (1989) foi citado 
por Kishimoto (2016) estabelecendo a relação entre as funções. KISHIMOTO 
evidencia que: 
 
As divergências em torno do jogo educativo estão relacionadas à 
presença concomitante de duas funções: 
1. função lúdica – o jogo propicia a diversão, o prazer e até́ o 
desprazer quando escolhido voluntariamente; e 
2. função educativa – o jogo ensina qualquer coisa que complete o 
indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do 
mundo. 
O equilíbrio entre as duas funções é o objetivo do jogo educativo. 
Entretanto, o desequilíbrio provoca duas situações: não há mais 
ensino, há apenas jogo, quando a função lúdica predomina ou, o 
contrário, quando a função educativa elimina todo hedonismo, resta 
apenas o ensino (KISHIMOTO, 2016. p.19) 
 
Percebemos na análise de Kishimoto que é preciso equilibrar a utilização de 
jogos com funções lúdicas e educativas para que estes sejam ferramentas 
pedagógicas com ludicidade e prazer em aprender ao mesmo tempo. Ao planejaruma atividade utilizando jogos ou brincadeiras é importante que sejam elencados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
objetivos de aprendizagem, mas que sejam desenvolvidos de forma lúdica e leve 
tornando o educando o propulsor de seu conhecimento de forma divertida. 
Kishomoto (2016) apresenta características específicas de jogos e 
brincadeiras desenvolvidos na educação infantil. O autor cita que as atividades 
lúdicas podem ser classificadas em funcionais, de ficção, de aquisição e de 
construção. 
As atividades lúdicas funcionais representam os movimentos simples 
como encolher os braços e pernas, agitar dedos, balançar objetos 
etc. As atividades lúdicas de ficção são as brincadeiras de faz de 
conta com bonecas. Nas atividades de aquisição, a criança 
aprende vendo e ouvindo e faz esforços para compreender coisas, 
seres, cenas, imagens. Nos jogos de construção, reúne, combina 
objetos entre si, modifica e cria objetos. (KISHOMOTO, 2016p. 43) 
 
 
 
 
4.1 O JOGO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
A utilização de jogos e brincadeiras podem contribuir no desenvolvimento 
cognitivo da criança e despertar integralização, motivação e confiança ao ser 
inserida em um contexto lúdico de aprendizagem em contato social com outras 
crianças. Algumas ações são promovidas ainda no seio familiar e nas relações 
criadas no contexto escolar. Nessa situação é importante que o currículo 
educacional tenha a ludicidade inserida como ferramenta pedagógica para o 
desenvolvimento das habilidades. Kishimoto (2016) enfatiza que: 
 
As ideias e as ações que as crianças adquirem provém do mundo 
social em que vivem, incluindo a família e o seu círculo de 
relacionamento, o currículo apresentado pela escola, as ideias 
discutidas em classe, os materiais e os pares. O conteúdo das 
representações simbólicas recebe, geralmente, grande influência do 
currículo e dos professores. Os conteúdos veiculados durante as 
brincadeiras infantis, bem como os temas de brincadeiras, os 
materiais para brincar, as oportunidades para interações sociais e o 
tempo disponível são todos fatores que dependem basicamente do 
https://bit.ly/3ptkIvu
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
currículo proposto pela escola. Normalmente, a criança precisa de 
tempo para elaborar as ideias que encontra (KISHIMOTO, 2016, p. 31). 
 
Neste pensamento é importante manter viva a relação entre aluno e família, 
aluno e escola, aluno e aluno, aluno e professor. Nessas relações as brincadeiras e 
jogos podem contribuir no desenvolvimento emocional, criativo e pedagógico da 
criança de forma lúdica e prazerosa. 
Em diversas instituições educacionais há brinquedos que fazem parte do 
material pedagógico da educação infantil. Alguns são utilizados com objetos e 
finalidades específicas e outros são utilizados em momentos de descontração onde 
não há busca de resultados educacionais. Nesse sentido de compreender as duas 
situações muitos educadores refletem sobre a diferença entre brinquedo e material 
pedagógico. Kishimoto (2016) em seu livro “O jogo e a educação infantil” cita que: 
 
Se brinquedos são sempre suportes de brincadeiras, sua utilização 
deveria criar momentos lúdicos de livre exploração, nos quais 
prevalece a incerteza do ato e não se buscam resultados. Porém, se 
os mesmos objetos servem como auxiliar da ação docente, buscam-
se resultados em relação à aprendizagem de conceitos e noções ou 
mesmo ao desenvolvimento de algumas habilidades. Nesse caso, o 
objeto conhecido como brinquedo não realiza sua função lúdica, 
deixa de ser brinquedo para tornar-se material pedagógico. Um 
mesmo objeto pode adquirir dois sentidos conforme o contexto em 
que se utiliza: brinquedo ou material pedagógico (KISHIMOTO, 2016, 
p. 13-14). 
 
Podemos perceber, portanto, que a utilização de brinquedos e brincadeiras 
podem ter funções e usos diferentes na educação infantil e proporcionar 
conhecimento em um momento específico ou ser desenvolvida de forma livre sem 
a busca de resultado, mas oportunizando o aluno a vivenciar o momento lúdico 
com o brinquedo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
 
O quadro acima é uma reflexão inicial sobre as formas e funções para utilizar 
jogos e brincadeiras na educação infantil baseado nos conceitos que acabamos 
de aprender. Vamos aprofundar sobre essa utilização de jogos e brincadeiras no 
tópico a seguir. 
 
4.2 APLICABILIDADE DE JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Em nosso estudo sobre o desenvolvimento pedagógico e educacional da 
criança podemos perceber que a mesma aprende quando se tem contato com 
alguém ou algum objeto, com orientação específica de uma ação ou com a sua 
livre expressão diante uma determinada situação. A aplicabilidade de jogos e 
brincadeiras na educação infantil é citada por Kishimoto (2016, p .20) que considera 
ainda que o jogo não é inato, mas uma aquisição social. Desta forma, o educador 
tem de estar atento para auxiliar a criança, ensiná-la a utilizar o brinquedo. Só́ 
depois ela estará́ apta a uma exploração livre. 
O educador em sua função como instrutor educacional deve orientar, 
portanto as primeiras vivências para a criança diante de um jogo ou brincadeiras 
para que o aluno possa desenvolver sua habilidade de criação e participação de 
forma lúdica e prazerosa. 
Essa orientação para participação do jogo ou brincadeira proposto 
compreende ainda a preparação do espaço, a separação do material, os 
aspectos corporais e educativos de instrução para essas atividades contribuindo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
para a ampliação do referencial infantil. 
Sobre essa relação corporal do educador Kishimoto (2016) reflete que: 
 
A dimensão corporal não pode estar ausente. Na relação com 
objetos, soli- citam-se o corpo e os sentidos. O educador deve, 
também, brincar e participar das brincadeiras, demonstrando não 
só́ o prazer de faze ̂-lo, mas estimulando as crianças para tais ações. 
Finalmente, o caráter educativo coloca o jogo na ordem de meios e 
recursos que consideram desejos, necessidades de expressão e 
outros valores exigidos para a implementação de um projeto 
educativo (KISHIMOTO, 2016, p. 21). 
 
A participação do professor e da criança propõe uma maior interação e 
desenvolvimento do jogo ou brincadeira. Diante dessa interação Kishimoto (2016) 
no diz ainda que: 
 
Se a criança age livremente no jogo de faz de conta dentro de uma 
sala de educação infantil, expressando relações que observa no seu 
cotidiano, a função pedagógica será́ garantida pela organização 
do espaço, pela disponibilidade de materiais e, muitas vezes, pela 
própria parceria do professor nas brincadeiras. Ao permitir a 
manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos 
dispostos intencionalmente, a função pedagógica subsidia o 
desenvolvimento integral da criança. Nesse sentido, qualquer jogo 
empregado pela escola, desde que respeite a natureza do ato 
lúdico, apresenta o caráter educativo e pode receber também a 
denominação geral de jogo educativo (KISHIMOTO, 2016, p. 22). 
 
Diante dessa leitura sobre o desenvolvimento de jogos e brincadeiras como 
ferramentas lúdicas e pedagógicas de ensino podemos perceber os benefícios de 
desenvolvimento educacional da criança através dessas ferramentas diversificadas. 
Na educação infantil são inúmeras as possibilidades de jogos e brincadeiras 
que podem ser trabalhados como os de regras, os de construção, os tradicionais 
infantis e os de faz de conta. Na aplicabilidade nessa diversidade de jogos o 
educador pode planejar a interação em momentos diversificados proporcionando 
aos alunos a aprendizagem através da interação lúdica. 
A aplicabilidade dessas ferramentas pode variar de acordo com a 
disponibilidade de material, tempo, espaço e planejamento educacional. O 
educador deve perceber quais jogos e brincadeiras podem ser desenvolvidas em 
cada faixa etária e quais momentos pode utilizar essesmeios educativos para 
proporcionar um momento lúdico e de aprendizagem. 
Pensando em jogos e brincadeiras podemos destacar ainda que existem 
alguns jogos tradicionais da cultura popular que ainda são praticados pelas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
crianças ensinados na escola ou pelos próprios familiares. KISHIMOTO(2016.p.25) cita 
que a tradicional idade e universalidade dos jogos assentam-se no fato de que 
povos distintos e antigos como os da Grécia e do Oriente brincaram de amarelinha, 
empinar papagaios, jogar pedrinhas e até́ hoje as crianças o fazem quase da 
mesma forma. 
A expressão oral desses jogos populares propõe a perpetuação da cultura 
popular e podem contribuir na convivência social, à transmissão oral de forma 
espontânea permitindo ainda a criação de novos jogos de acordo com o 
momento que se é desenvolvido. Algumas crianças podem estar brincando de 
pular corda, por exemplo, e criar novas músicas ou novas formas de se brincar. Essa 
liberdade desperta a criatividade, o prazer e permite o desenvolvimento do 
convívio social entre outras crianças. 
 
4.3 TIPOS DE JOGOS 
A utilização do jogo como um recurso pedagógico alinhado a um contexto 
significativo para o aluno, utilizando materiais concretos podem proporcionar o 
desenvolvimento cognitivo. Isso porque apenas “A produção de objetos não reflete 
a riqueza do mundo cultural e natural, o imaginário infantil não reflete a riqueza 
folclórica” (KISHIMOTO, p. 48, 1994). 
 Nessa visão, a formação lúdica proporciona ao educador o 
autoconhecimento com exploração e descoberta de seus limites, possibilitando-lhe 
formar uma visão sobre o jogo e o brinquedo na vida da criança. Essa visão básica 
de atividade lúdica caracteriza a evolução do jogo para a criança, de acordo 
com a fase do desenvolvimento em que aparecem, orientado pelo educador. 
Piaget (1976) definiu as formas lúdicas de atividades separadas por fases de 
desenvolvimento como veremos na tabela a seguir: 
 
 
 
 
 
 
A formação do símbolo da criança 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
Tipo de atividade lúdica Idade de desenvolvimento Descrição 
Jogo de exercícios 
sensório-motor 
De 0 à 2 anos 
Sempre que um novo poder ou 
uma nova capacidade são 
adquiridos 
Jogo simbólico De 2 à 6 anos 
É a fase na qual ocorre a 
transformação de objetos no 
que se refere ao seu significado, 
como no caso do uso de um 
cabo de vassoura como se fosse 
um cavalo. É quando também a 
criança se propõe ao 
desempenho de papéis, como 
no brincar de papai e mamãe, 
professor e aluno, etc 
Jogo de Regras A partir dos 5 anos 
Realização de jogos e 
brincadeiras com regras já 
pressupostas no jogo ou 
desenvolvidas pela própria 
criança 
Fonte: Adaptado de Piaget (1976) 
 
 
 
O desenvolvimento educativo a partir de jogos e brincadeiras descrito por 
PIAGET (1976) embasou novos estudos contemporâneos através da percepção do 
desenvolvimento infantil. As descrições dos jogos de sensório-motor, simbólico e 
regras nos faz perceber a evolução da criança a partir da brincadeira ampliando 
seu repertório cultural e melhorando sua aprendizagem educacional. 
 Alguns estudos sobre jogos recreativos apontam que, ao liberar o potencial 
criativo, os bloqueios educacionais e sociais são desfeitos tornando o sujeito mais 
flexível em suas interações percebendo a relação da cooperação entre os que se 
encontram no contexto. CÓRIA-SABINI e LUCENA (2004) destacam a infância como 
a idade das brincadeiras e que, por meio delas, as crianças satisfazem grande 
parte dos seus desejos e interesses particulares. Nas palavras das autoras: 
A elaboração e o planejamento de atividades lúdicas, jogos e brincadeiras devem ser 
observadas a faixa etária e o desenvolvimento de cada criança. O desenvolvimento de 
habilidades na faixa etária correta instiga o aluno a crescer evitando a frustação de não 
conseguir desenvolver alguma habilidade acima da sua condição física e psicológica. 
Perceba o nível de desenvolvimento de seus alunos e utilize brincadeiras lúdicas que irão 
proporcionar o desenvolvimento e o crescimento dos mesmos. Se for preciso, adapte a 
atividade para ter um melhor desenvolvimento das crianças e alcançar os objetivos 
esperados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
 
Quando as crianças brincam, observa-se a satisfação que elas 
experimentam ao participar das atividades. Sinais de alegria, risos, 
certa excitação são componentes desse prazer, embora a 
contribuição do brincar vá bem além de impulsos parciais. A criança 
consegue conjugar seu mundo de fantasias com a realidade, 
transitando, livremente, de uma situação a outra. (CÓRIA-SABINI, 
LUCENA. 2004. P. 57) 
 
A partir da evolução das discussões sobre as ferramentas pedagógicas 
educacionais do século XX, novas formas de atribuição de jogos e brincadeiras na 
educação infantil tornaram-se frequentes remetendo à relevância destas 
atividades para o desenvolvimento educacional infantil. 
A BNCC (2016. P.37) neste contexto enfatiza que na educação infantil a 
apropriação de conhecimentos por meio de suas ações interações com seus pares 
e adultos possibilitam o aprendizado, o desenvolvimento e a sensibilização através 
de interações e brincadeiras. No documento enfatiza-se ainda que “a interação 
durante o brincar caracteriza o cotidiano da infância, trazendo consigo muitas 
aprendizagens e potenciais para o desenvolvimento integral das crianças. Ao 
observar as interações e a brincadeira entre as crianças e delas com os adultos, é 
possível identificar, por exemplo, a expressão dos afetos, a mediação das 
frustrações, a resolução de conflitos e a regulação das emoções.” 
A utilização e o desenvolvimento de jogos e brincadeiras correspondem à 
uma etapa importante do desenvolvimento da educação infantil. Os jogos de 
expressão, faz de conta, criação, construção, sensório- motor devem ser 
desenvolvidos e instigados de forma positiva a fim de contribuir na formação social 
da criança. Através dessas práticas aos poucos a criança irá adquirir 
autoconfiança, melhor conhecimento dos seus limites atrelado a participação de 
outra criança com a qual ela pode aprender e cooperar durante o jogo. Assim, a a 
atividade lúdica, os jogos e as brincadeiras irão proporcionar a autonomia e a 
socialização contribuindo em uma boa relação com o mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://bit.ly/3aYFElM
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
FIXANDO CONTEÚDO 
1. Sobre os conceitos das funções de jogos e brincadeiras que podem ser utilizados 
como ferramentas educacionais e de socialização marque a alternativa 
CORRETA. 
 
a) Função lúdica – o jogo propicia a diversão, o prazer e até́ o desprazer quando 
escolhido voluntariamente. 
b) Função educativa – o jogo proporciona o prazer e a diversão. 
c) Função lúdica – o jogo e a brincadeira despertam a curiosidade e a 
aprendizagem de forma orientada com objetivos. 
d) Função Lúdica: Desperta o interesse nas regras e no objetivo de aprendizagem 
cognitiva. 
e) Função educativa – relaciona-se com o interesse em participar de forma 
voluntária pautado na diversão do momento. 
 
2. A utilização de jogos e brincadeiras auxiliam no processo ensino aprendizagem, 
inclusive gerando mudança positiva nas atitudes de alguns estudantes. O uso de 
jogos no processo educativo pode promover: 
a) Integração e Apatia 
b) Socialização e Motivação 
c) Autoconfiança e distanciamento social 
d) Apatia e irritabilidade 
e) Motivação e desinteresse 
 
3. Sobre os objetivos dos jogos e brincadeiras, assinale a alternativa CORRETA: 
a) Estimular no aluno o espírito de competição. 
b) Oportunizar à criança formas de alienação para solucionar problemas práticos. 
c) Favorecer o afastamento social. 
d) Despertar na criança o sentido de grupo, ensinando-a a conviver com outras 
crianças, praticando cooperação, lealdade, cortesia e respeitoaos semelhantes. 
e) Promover a socialização e a insatisfação pessoal. 
 
4. O educador em sua função orientar de jogos e brincadeiras deve estar atento à 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
 
alguns elementos de preparação para aplicar essas atividades como a(o) 
a) aspecto corporais quando a criança chorar não querendo participar da 
dinâmica. 
b) elaboração de brincadeiras difíceis para provocar o aluno. 
c) falta de instrução para a brincadeira e jogo proposto. 
d) criação de novas brincadeiras instigando a desvalorização de jogos de cultura 
popular. 
e) preparação do espaço e a separação do material 
 
5. Jogos populares são aqueles que foram passados de geração a geração, isto é, 
aprendemos com nossa família. Alguns brinquedos, jogos e brincadeiras 
conhecidos pelos adultos e crianças brasileiras têm origens surpreendentes. Vêm 
tanto dos povos que deram origem à nossa civilização: o índio, o europeu e o 
africano; como até mesmo do longínquo Oriente. 
 
Assinale a questão que apresenta jogos e brincadeiras tradicionais: 
a) Peteca e natação. 
b) Atletismo e Bambolê. 
c) Tênis e futebol. 
d) Amarelinha e queimada. 
e) Tirolesa e mimica. 
 
6. Leia o trecho a seguir: 
“Podemos encontrá-la nas atividades que propiciem a vivência plena do aqui 
agora, integrando a ação, o pensamento e o sentimento. São aquelas que 
possibilitam que se instaure um estado de inteireza e de entrega: dinâmicas de 
integração grupal ou de sensibilização, de relaxamento e respiração, cirandas 
ou atividades diversas de expressão." 
 
Observe a trecho acima e marque a alternativa que contém o termo correto 
correspondente: 
 
a) Ludicidade 
b) Diversidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
 
 
c) Problematização de valores estéticos 
d) Exclusão 
e) Desunião 
 
7. Sobre a utilização de jogos, brinquedos e brincadeiras na Educação, dizemos 
corretamente que: 
a) os jogos têm função de lazer e na escola melhor se adequam como auxiliares ao 
trabalho docente e por isso só acontecem nos recreios. 
b) os jogos e brinquedos nunca foram aceitos nas escolas, dada a função social 
dessa instituição e seu caráter instrutivo. 
c) os jogos e brinquedos são práticas culturais que não precisam ser aceitas nas 
escolas, pois são bem vivenciadas fora dela. 
d) os brinquedos podem estar integrados ao ensino, uma vez que são auxiliares e 
integrados ao desenvolvimento humano. 
e) Os brinquedos não deveriam existir e não são importantes. 
 
8. As atividades lúdicas possui características diversas e podem ser caracterizada 
de acordo com as funções e suas representações. Marque a alternativa 
CORRETA: 
 
a) As atividades lúdicas funcionais são as brincadeiras de faz de conta com 
bonecas. 
b) As atividades lúdicas de ficção representam os movimentos simples como 
encolher os braços e pernas, agitar dedos, balançar objetos etc. 
c) Nas atividades de aquisição, a criança aprende vendo e ouvindo e faz esforços 
para compreender coisas, seres, cenas, imagens. 
d) Nos jogos de construção, reúne expressões emocionais e vivências familiares. 
e) Nos jogos de aquisição a criança combina objetos entre si, modifica e cria 
objetos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
 
 BRINQUEDOTECA LÚDICA VIRTUAL 
 
 
 
 
5.1 IDEIAS INOVADORAS PARA ENSINO LÚDICO 
O conhecimento pode ser desenvolvido de forma divertida e lúdica através 
de atividades e brincadeiras com objetivos educacionais pedagógicos. Brincar 
pode proporcionar à criança o desenvolvimento coletivo da sua relação social 
com o outro além de instigar o conhecimento com aprendizagem interativa com 
experimentação de pensamentos e ações. 
A criação da primeira brinquedoteca ocorreu no ano de 1934 na cidade de 
Los Angeles com o propósito de evitar furtos de brinquedos de uma escola por 
crianças que moravam próximo ao local. A criação da brinquedoteca 
proporcionou o empréstimo de brinquedos instigando o compartilhamento de 
materiais lúdicos e interativos. Posteriormente outros ambientes interativos foram 
criados para estimular a aprendizagem através de brinquedos. Em 1963 na Suécia 
surgiu a primeira ludoteca e em 1967, na Inglaterra surgiram as Toy Libraries. 
O desenvolvimento das brinquedotecas no Brasil iniciaram no ano de 1973 
com a Associação de Pais e Amigos Excepcionais(APAE) com a criação de uma 
ludoteca para realizar o compartilhamento de brinquedos entre as crianças. A 
troca dos brinquedos era feita de forma programada e em cada encontro 
realizavam este feito. Em 1981 a primeira brinquedoteca brasileira oficial foi criada 
em São Paulo com os mesmos objetivos das Toy Libraries: empréstimo de brinquedos 
ligados à um processo de instigar a brincadeira para o desenvolvimento das 
crianças. Atualmente a Associação Brasileira de Brinquedotecas atuam na 
divulgação e no incentivo para a formação de brinquedistas (BALTHAZAR, 2006). 
Nos dias atuais existem diversos tipos de brinquedotecas como escolas, 
hospitais, bairros, clínicas e universidades com o intuito de oferecer um momento 
lúdico de interação ou aprendizagem. A utilização de brinquedotecas pode ser 
diversificada em momentos únicos com interação livre ou em momento específico 
com orientação didática. 
Sobre a importância da criação de brinquedotecas, Santos (1995) nos diz 
que a é uma nova instituição que nasceu no século passada para garantir à 
criança um espaço destinado a facilitar o ato de brincar num ambiente 
UNIDADE 
05 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
 
 
previamente preparado, agradável, alegre e colorido, onde mais importante que a 
diversidade dos brinquedos é a ludicidade que eles proporcionam. 
Dialogando sobre a importância das brinquedotecas BERTO (2008) nos diz 
que: 
 
A brinquedoteca é um lugar onde se aprende a brincar com os 
brinquedos feitos de sucata, reaproveitáveis ou artesanais. Os 
brinquedos artesanais são influenciados pelo meio sociocultural e os 
brinquedos feitos de sucata são facilitadores nos projetos de trabalho 
voltados à preservação do meio ambiente e ao resgate cultural dos 
brinquedos e brincadeiras. Os brinquedos pedagógicos são subsídios 
para o processo de ensino aprendizagem e, por terem caráter 
lúdico, proporcionam atividades educacionais mais criativas e 
motivadoras às crianças (BERTO, 2008. p. 04). 
 
A utilização de jogos e brincadeiras podem ainda acontecer de forma online 
oportunizando o conhecimento de forma diferenciada. Partindo da hipótese de 
que o espaço virtual pode democratizar o acesso à diversas ferramentas 
pedagógicas enfatizamos a importância de se desenvolver brinquedotecas virtuais. 
A cada ano mais e mais pessoas estão conectadas à rede mundial de 
computadores e a utilização deste torna-se mais uma ferramenta mediadora da 
produção de conhecimento. 
Sobre as novas tendências educacionais e novas formas de ensinar Berto 
(2008) enfatiza que: 
 
Esta tarefa não cabe só aos professores, mas a toda a sociedade 
porque a velocidade da aprendizagem nos possibilita adquirir 
conhecimentos rapidamente. Faz-se necessário o acesso à 
virtualização a fim de entendermos as informações, objetivando 
atuar com segurança na mudança da escola, do futuro professor e 
do aluno, interligando tecnologia a processo educativo (BERTO, 2008. 
p. 06). 
 
Em nossa unidade educacional (Faculdade Única) desenvolvemos dentro do 
Curso de Pedagogia (EAD) o primeiro laboratório virtual em um projeto de criação 
da brinquedoteca virtual que pode ser acessada e visitada em diferentes 
localidades com acesso à artigos didáticos, jogos lúdicos pedagógicos e dicas de 
como trabalhar na educação. Falaremos de forma específica da nossa 
Brinquedoteca virtual no item a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
 
 
 
5.2 BRINQUEDOTECO VIRTUAL DO CURSO DE PEDAGOGIA (EAD) 
“Através da brincadeira a criança se diverte, aprende, socializa e se 
desenvolve em diferentes formas.” 
Talita Daniele AlvesGomes Caldeira 
A idealização do primeiro laboratório virtual do Curso de Pedagogia EAD 
surgiu em parceria do curso com o Professor Engenheiro Ms. Edson Alves Cosme. A 
ideia surgiu com a intenção de promover um laboratório virtual lúdico de 
aprendizagem para os graduandos do curso de pedagogia. O processo de 
idealização da plataforma e as configurações técnicas ainda são realizadas pelo 
professor em conjunto com a coordenadora do Curso de Pedagogia (EAD), 
Professora Mestre Marilene Carvalho. O processo de validação do conteúdo 
pedagógica postado na brinquedoteca é realizado pela coordenadora em 
conjunto com os demais professores da instituição da área educacional. Na página 
virtual é possível ter acesso à artigos, dicas, jogos interativos além de propostas 
educacionais de jogos inclusivos. 
 
Figura 3: Página inicial da Brinquedoteca Virtual 
 
Fonte: https://bit.ly/3vC4rp1. Acesso em: 20 ago. 2020. 
 
https://bit.ly/3vC4rp1
https://bit.ly/3GaFKF7
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 
 
 
A realização desse projeto configura um desenvolvimento educacional no 
ambiente acadêmico que gere um suporte para a formação profissional dos alunos 
do curso integrando a teoria à prática lúdica virtual de forma interativa e assertiva. 
O desenvolvimento desta plataforma afirma a concepção filosófica e profissional 
da Pedagogia que investiga a realidade educacional em transformação e 
apresenta novas formas de intervenção pedagógica e metodológica para a 
mediação do conhecimento. A atividade lúdica através das mídias e novas 
tecnologias educacionais tem provocado grandes discussões sobre as novas formas 
de ensinar e manter vivo esse projeto representa o reconhecimento da importância 
da valorização tecnológica educacional e as novas tendências de ensino. 
 
 Navegando pela brinquedoteca virtual 
 
Figura 4: Página inicial da Brinquedoteca Virtual 
 
Fonte: https://bit.ly/2ZmRp3d. Acesso em: 20 ago. 2020. 
 
O Laboratório virtual do Curso de Pedagogia (EAD) é representado por uma 
brinquedoteca virtual que possui várias atividades, jogos, dicas, artigos e ideias para 
realizar atividades pedagógicas lúdicas na educação básica. A primeira parte do 
site (Home) apresenta fotografias do laboratório físico da instituição (Faculdade 
Única – Polo Ipatinga) que é utilizado por professores e alunos do curso para 
realização de atividades e projetos práticos. Nessas fotos é possível perceber a 
diversidade de materiais que podem ser utilizados em sala de aula ou projetos 
pedagógicos para realizar a interatividade entre os educandos. 
https://bit.ly/2ZmRp3d
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
 
 
 
Figura 5: Menu da Brinquedoteca Virtual 
 
Fonte: https://bit.ly/2ZbXi2T. Acesso em: 20 ago. 2020. 
 
A aba “Brinquedoteca” apresenta um breve texto sobre a origem da 
brinquedoteca de forma geral, dicas, sugestões e curiosidades sobre atividades 
lúdicas e um texto de acolhimento com palavras da coordenadora e do 
idealizador do laboratório virtual. Nesta aba é possível descobrir várias propostas 
educacionais, sites interativos, sugestões de brincadeiras que podem ser 
trabalhadas para orientar de forma lúdica o conhecimento dos alunos. 
 
https://bit.ly/2ZbXi2T
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
 
 
 
Figura 6: Menu da Brinquedoteca Virtual 
 
Fonte: https://bit.ly/3m7vrdc. Acesso em: 20 ago. 2020. 
 
Nas abas seguintes (Literatura, Brincadeiras, Jogos e Inclusão) é possível 
perceber dicas práticas de jogos e brincadeiras que podem ser utilizadas em 
diversas situações educativas. A produção deste material propõe gerar uma 
reflexão e interatividade para o desenvolvimento de atividades lúdicas 
educacionais no ambiente pedagógico. 
 
https://bit.ly/3m7vrdc
 
 
 
 
 
 
 
 
 
69 
 
 
FIXANDO CONTEÚDO 
1. A brinquedoteca constitui-se em um ambiente lúdico que permite o contato da 
criança com uma variedade de brinquedos. Além disso, é um importante espaço 
para brincar. O brincar, por sua vez, é um caminho para ascender ao novo, 
aprender, (re)elaborar os saberes. Deste modo, é correto afirmar que a 
brinquedoteca é um espaço 
 
a) que permite à criança obter material lúdico, jogos, brinquedos e livros, sendo 
também um espaço livre que proporciona vários tipos de atividades, sem, 
necessariamente, a supervisão e orientação de um professor. 
b) que favorece o brinquedo industrializado e cria oportunidades para que o maior 
número de crianças possa usufruí-lo e questionar a escola que nega o direito à 
alegria dia após dia. 
c) do brinquedo industrializado, um espaço democrático que garante o acesso de 
todas as crianças aos brinquedos prontos para o brincar, fonte de 
desenvolvimento da personalidade e equilíbrio infantis. O professor deve observar 
as interações e registrar, não devendo intervir, nem antes, nem durante e nem 
depois. 
d) de brincar. Tal espaço não precisa estar sedimentado a partir de objetivos e 
funções bem definidas que ajudem a promover o desenvolvimento infantil. 
e) para aprender, interagir, brincar e criar. O professor é mediador das relações que 
aí se desenvolvem. 
 
2. Sobre a importância de um espaço estruturado para o brincar, como a 
brinquedoteca, e seu valor no desenvolvimento infantil, podemos afirmar que 
 
a) É um espaço preparado para o incentivo do brincar para a criança, onde ela 
tem pouco acesso a uma diversidade de brinquedos, num ambiente lúdico. 
b) Nesse espaço, os jogos de representação, imaginação e fantasia são mais 
usados pelas crianças, por meio de atividades como brincar de cozinha, 
bonecas, heróis, sem socialização entre outras crianças. 
c) É um espaço de animação sociocultural, onde ocorre a transmissão da cultura 
infantil, além do desenvolvimento da socialização, integração social e criação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70 
 
 
de representações infantis através de brincadeiras lúdicas. 
d) O espaço para os jogos tradicionais e educativos (como esconde-esconde e 
garrafão) continua sendo a rua, lugar de contato tanto de adultos quanto de 
crianças. 
e) A brinquedoteca também é um espaço de instrução e de treino de habilidades 
e de conteúdos específicos de leitura, escrita e cálculo, onde as crianças ficam 
sentadas, apenas vendo e ouvindo, aprendendo só com os olhos e ouvidos. 
 
3. Os brinquedos confeccionados a partir de sucata, além de incentivar a 
criatividade das crianças e combater o consumismo, desperta a consciência 
a) ingênua. 
b) mágica. 
c) fanatizada. 
d) ecológica e crítica. 
e) ingênua e mágica. 
 
4. Sobre a importância do brincar na educação infantil marque a alternativa 
correta. 
a) O brincar ensina a criança a lidar com as emoções sem ligação com as questões 
pedagógicas. 
b) Por meio da brincadeira, a criança equilibra as tensões provenientes de seu 
mundo cultural, construindo sua individualidade, sua marca pessoal e sua 
personalidade. 
c) A escola deve facilitar a aprendizagem utilizando atividades lúdicas que criem 
um ambiente alfabetizador a fim de favorecer o processo de aquisição de 
dependência do adulto na hora do aprendizado. 
d) As atividades lúdicas, quando bem direcionadas, trazem benefícios que 
proporcionam saúde física, mental somente para os adolescentes. 
e) Os jogos lúdicos devem ser a base principal dos exercícios físicos oferecidos às 
crianças, pelo menos durante o período escolar – e intelectual – o brinquedo 
contribui para a desinibição, produzindo desenvolvimento mental defasado. 
 
5. A brincadeira infantil representa o aprendizado. É uma ação privilegiada no 
desenvolvimento humano, principalmente na infância, pois é um meio para a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
71 
 
 
elaboração e a reelaboração do conhecimento. Brincar é uma forma de ação 
cognitiva na qual a criança abstrai, interpreta e entende a realidade, pois simula 
essa realidade. Sobre o surgimento das primeiras brinquedotecas marque a 
alternativa correta. 
 
a) Ocorreu noano de 1900 na cidade de Nova York com o propósito de dividir 
brinquedos de uma escola por crianças que moravam próximo ao local. 
b) Ocorreu no ano de 1934 na cidade de Los Angeles com o propósito de evitar 
furtos de brinquedos de uma escola por crianças que moravam próximo ao local. 
c) Após o surgimento das primeiras brinquedotecas outras instituições tentaram criar 
suas brinquedotecas mas isso não foi possível devido á questões políticas. 
d) A criação da brinquedoteca proporcionou a divulgação de brinquedos, mas 
sem empréstimo, instigando a apresentação de materiais lúdicos e interativos. 
e) O desenvolvimento da educação através de brinquedos e brincadeiras só surgiu 
no século XXI com as novas tendências educacionais. 
 
6. Atualmente existem diversos tipos de brinquedotecas como escolas, hospitais, 
bairros, clínicas e universidades com o intuito de oferecer um momento lúdico de 
interação ou aprendizagem. Sobre a importância do brincar marque a alterativa 
correta. 
 
a) A brinquedoteca é um lugar onde se aprende a brincar com os brinquedos feitos 
de sucata, reaproveitáveis ou artesanais. Os brinquedos artesanais são 
influenciados pelo meio sociocultural e os brinquedos feitos de sucata são 
facilitadores nos projetos de trabalho voltados à preservação do meio ambiente 
e ao resgate cultural dos brinquedos e brincadeiras. 
b) Os brinquedos pedagógicos são subsídios para o processo de ensino 
aprendizagem e, por terem caráter lúdico, proporcionam atividades 
educacionais menos criativas e motivadoras às crianças. 
c) A brinquedoteca é uma nova instituição que nasceu no século passado para 
garantir à criança um espaço onde o brincar não é importante para o 
desenvolvimento social. 
d) A criação de brinquedotecas desenvolveu o reconhecimento da importância do 
brincar, mas não foi inserido no contexto educacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
72 
 
 
e) A brincadeira ocorre desde a infância mas só tem caráter pedagógico durante o 
ensino fundamental. 
 
7. A utilização de jogos e brincadeiras podem ainda acontecer de forma online 
oportunizando o conhecimento de forma diferenciada. Sobre essa afirmação 
podemos concluir que 
a) Jogos virtuais servem como distração da criança para o real desenvolvimento 
educacional. 
b) Não existem ainda jogos pedagógicos educacionais direcionados para a 
aprendizagem. 
c) Jogos e brincadeiras virtuais possuem grande contribuição educacional 
atualmente. 
d) O uso excessivo de jogos virtuais facilita o desenvolvimento da visão das crianças. 
e) A utilização da tecnologia para divulgar jogos educacionais não contribui 
diretamente no processo educacional contemporâneo. 
 
8. A idealização de uma brinquedoteca virtual no curso de pedagogia EAD da 
Faculdade Única teve como objetivo principal 
a) promover a realização de atividades interativas apenas para alunos da 
educação básica 
b) instigar o desenvolvimento educacional no ambiente acadêmico que gere um 
suporte para a formação profissional dos alunos do curso integrando a teoria à 
prática lúdica virtual de forma interativa e assertiva. 
c) Identificar a concepção filosófica e profissional da Pedagogia que investiga a 
realidade educacional em transformação e apresentar formas tradicionais para 
a mediação do conhecimento. 
d) Provocar uma discussão sobre a importância da tecnologia na educação 
básica. 
e) Orientar os alunos do curso que a utilização da tecnologia só deve ser realizada 
durante o ensino superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
73 
 
 
 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO 
 
 
 
 
6.1 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO – ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS, 
HABILIDADES E COMPETÊNCIAS 
Elaborar ou desenvolver um planejamento pedagógico é um passo 
primordial para a execução de atividades curriculares com eficiência em qualquer 
série da Educação Básica. O planejamento pedagógico contempla a base de 
toda produção que contém o processo que será executado para elaborar 
qualquer atividade educacional. 
O homem desde os seus primórdios pensava e imaginava as atividades que 
iria realizar para determinado fim. No mundo moderno, o planejamento não foi 
deixado para trás. Estabelecer um cronograma de atividades significa ter uma 
rotina e almejar um objetivo final em um determinado espaço de tempo. O ato de 
planejar algo ou alguma coisa se auto justifica ao determinar qual será o propósito 
final para tal ação ou situação. Em uma situação simples do cotidiano, ao pensar 
em realizar qualquer atividade a definição do objetivo final e as etapas que o 
levarão até este objetivo constituem o seu planejamento. 
Na educação esse processo se torna ainda mais importante, uma vez, que 
através do planejamento é possível identificar o conhecimento prévio dos alunos, as 
habilidades e objetivos que serão alcançados, materiais que serão utilizados, local 
de realização da atividade, tempo necessário para a realização e o propósito final 
que constituem a organização da atividade que será realizada. Alguns professores 
ainda temem o processo de desenvolver um planejamento pedagógico por achar 
um trabalho burocrático dispensável para a elaboração das atividades curriculares. 
Nesta unidade veremos a importância do planejamento não só para as aulas de 
Arte, mas em todas as atividades e propostas educacionais. 
 
6.2 DEFINIÇÃO E CONCEITO DE PLANEJAMENTO 
O planejamento é uma ferramenta que utilizamos para pensar, refletir e supor 
UNIDADE 
06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
74 
 
 
situações que podem ocorrer durante uma determinada ação. Elaborar um 
planejamento significa antecipar situações que podem ocorrer e definir o objetivo 
final que se quer alcançar para qualquer atividade. 
Sobre a definição do Planejamento de forma geral Martinez e Lahone (1977, 
p. 11)diz-nos: 
 
Entende-se por planejamento um processo de previsão de 
necessidades e racionalização de emprego dos meios materiais e 
dos recursos humanos disponíveis, a fim de alcançar objetivos 
concretos, em prazos determinados e em etapas definidas, a partir 
do conhecimento e avaliação científica da situação original. 
 
É possível perceber que de forma geral a definição do Planejamento se finda 
na construção ou elaboração de qualquer processo visando um objetivo final com 
etapas e prazos definidos. Ao pensarmos no planejamento como ferramenta no 
processo educacional devemos entender a importância de se prever a elaboração 
completa de uma atividade em qualquer etapa da Educação Básica. 
Numa visão ampla como Pedagogo ou professor regente, Martinez e Lahone 
(1977) refletem que: 
 
O professor deve escolher o modelo que melhor atenda sua 
realidade e a dos alunos, isto é, que seja funcional e possível de ser 
agilizado na sala de aula e que dê bons resultados no ensino. Os 
setores pedagógicos podem e devem fornecer propostas e 
orientações aos professores de como devem planejar, mas o que 
decide o modelo de plano são os objetivos dos alunos, do professor e 
as possibilidades de executá-lo numa determinada classe, 
considerando a sua realidade. [Martinez e Lahone (1977, pp. 44-45) 
 
O professor pode desenvolver um planejamento que seja uma ferramenta 
facilitadora do seu trabalho ligada às características da instituição que trabalha. A 
elaboração do planejamento pode partir do conhecimento das necessidades da 
escola e as possibilidades de execução de acordo com sua realidade em sala de 
aula. Em linhas gerais, como coordenador pedagógico é importante identificar as 
melhores opções de planejamento para compartilhar com os professores de sua 
instituição e como professor regente é primordial estar atento às necessidades 
escolares do seu pedagogo e das distintas opções de trabalho em sala de aula de 
acordo com sua realidade. 
O planejamento é importante para o desenvolvimento do processo 
educacional dos alunos e constitui uma ferramenta de organização para elaborar 
uma atividade educacional em sala de aula.Desenvolver um planejamento e não 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
75 
 
 
o seguir significa desprezar as ideias pressupostas para a execução de uma 
atividade gerando incerteza de resultado ou ineficiência na elaboração. Martinez e 
Lahone (1977, p. 44) descrevem que: 
 
Para alunos e professores o plano é um roteiro de uso diário na sala 
de aula; é um guia de trabalho; é um manual de uso constante; 
enfim, é um roteiro que direciona uma linha de pensamento e ação. 
Por isso, planejar para depois não trabalhar com o plano, é uma 
incoerência pedagógica. E isto pode ocorrer quando o plano é algo 
que serve, simplesmente, para cumprir com a obrigação 
burocrática, quer por diletantismo pedagógico ou por mera 
satisfação profissional para honrar o cargo. Portanto, planejar para 
trabalhar com o seu plano. Pois o que dizer de alguém que faz uma 
planta para construir uma casa, toda sofisticada, mas que, durante a 
construção, tal planta não é consultada, nem examinada pelos 
construtores e trabalhadores? Em vez de uma mansão poder-se-á ter 
um amontoado de tijolos e pedras fadados ao desmoronamento. 
 
Segundo Moretto (2007), planejar é articular a ação e assim elaborar 
definições simples, apresentando a influência que o ato de planejar institui, pois, o 
planejamento auxilia o trabalho tanto do professor quanto do aluno, portanto, o ato 
de organizar ideias e informações coletadas do educador enriquece a realização 
das diversificadas situações. 
É possível compreender a importância de elaborar um planejamento para 
sustentar o desenvolvimento de atividades educacionais e nortear os alunos sobre 
os objetivos finais de cada atividade. 
Ao elaborar um planejamento o professor pode realizar uma atividade 
diagnóstica para identificar e levantar os conhecimentos prévios dos alunos que 
nortearão o desenvolvimento dos planejamentos seguintes. Compreender o 
conhecimento que o aluno já possui valoriza o aprendizado já desenvolvido e 
norteia as novas atividades elevando o nível de conhecimento. 
O professor pode desenvolver um planejamento imediato semanal com mais 
detalhes da aplicação das aulas e atividades e planejamentos anuais que 
contemplem projetos de uma maneira geral. Veremos um pouco sobre as etapas 
dos planejamentos adiante. 
 O planejamento educacional de forma geral pode conter alguns tópicos 
importantes em sua construção como o exemplo que veremos a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
76 
 
 
Figura 7: Etapas do Planejamento Educacional 
 
Fonte: Arquivo pessoal do autor (2020) 
 
Além dos tópicos apresentados acima o professor pode desenvolver um 
planejamento pedagógico com outros tópicos que julgar importante ou que seja 
preestabelecido pela instituição escolar em que estiver lecionando. O importante é 
realizar o planejamento para ter uma visão geral de como será elaborada uma 
atividade e qual objetivo final irá atingir. 
 
 
 
6.3 AS ETAPAS DO PLANEJAMENTO 
Baseado na proposta de planejamento sugerida e elencada no item 
anterior, vamos identificar como ocorrem as etapas de planejamento de acordo 
com o exemplo citado. 
 
 Data de Elaboração 
As etapas do planejamento fazem parte de uma elaboração de trabalho 
organizado e propenso a um final esperado. O desenvolvimento de toda a 
atividade educacional deve estar interligado em suas etapas de construção para 
sustentar a elaboração da aula. Partindo da ideia de que o planejamento norteará 
uma atividade educacional contabilizada por hora/aula, a data de elaboração da 
atividade refere-se ao dia que será executada tal atividade bem como o seu 
horário de execução. 
https://bit.ly/36TxfPR
 
 
 
 
 
 
 
 
 
77 
 
 
 Objetivos de aprendizagem 
Ao construir um planejamento é possível elencar os objetivos de 
aprendizagem educacionais que o (a) seu (sua) aluno (a) terá ao final da 
atividade. Observando os planos de ensino, elencados por órgãos competentes, e 
elencar os objetivos de aprendizagem que constituem a formação pedagógica do 
aluno contribui na concepção do conhecimento que será adquirido pelo 
educando. O desenvolvimento dos objetivos educacionais constitui uma base para 
a evolução da prática e conhecimento dos alunos através de uma determinada 
atividade. Enfim, utilizar palavras de ações no planejamento como refletir, pensar, 
criar, desenvolver, compreender, entre outras, representa o desenvolvimento 
cognitivo e prático do aluno no decorrer das atividades propostas. 
 
 Materiais para a aula 
 Um detalhe importante para a composição do planejamento pedagógico é 
a escolha dos materiais que serão utilizados durante a aula. Os materiais podem 
variar nas mais diversas opções como um livro didático, livro de contação de 
história, material escolar pessoal como caderno, lápis, entre outros, ou até mesmo 
materiais mais selecionados como tintas, pinceis, argila, etc. A composição desta 
etapa determina o tipo de aula que será realizada sendo ela teórica ou prática. 
Ao pensar em aula expositiva, ou teórica, a utilização de material de leitura e 
anotação se tornam importantes para registrar o conhecimento que será adquirido 
durante essa aula. Realizar anotações faz parte ainda do desenvolvimento da 
escrita e leitura que compõe a base do aprendizado de qualquer disciplina ou 
conteúdo. 
 
 
 
Planejar uma aula com prática musical exige ainda a preparação de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
78 
 
 
materiais específicos para que a atividade seja elaborada de forma organizada 
que provoque o aluno a realizar sua prática. Pensar na realização dessa prática de 
forma lúdica e criativa exige do professor um pensamento sobre a forma como será 
abordada essa prática para a realização da atividade. 
Sobre a prática educacional Freire em seu livro “Pedagogia da autonomia” 
diz que “na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da 
reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de 
ontem que se pode melhorar a próxima prática”. Freire (1996, p. 39) 
Partindo da importância da organização para uma aula prática o professor 
deve estabelecer com antecedência os materiais que serão utilizados para a 
realização da atividade. 
Observe o quadro a seguir como exemplo de modelo de Planejamento para 
uma aula prática de Música em uma turma de 2º período da Educação Infantil 
com a descrição dos tópicos já apresentados até aqui: data de planejamento, 
objetivos de aprendizagem, habilidades e materiais utilizados. 
 
Quadro 3: Modelo de Planejamento de Aula 
Orientações 
principais 
Objetivo de 
aprendizagem 
Habilidades e 
Competências 
Materiais que serão 
utilizados 
Turma: 2º período 
Educação Infantil. 
 
Aula prática – 
Música 
Data: (a 
preencher) 
Duração: 50 
minutos 
 Identificar os sons 
do corpo; 
 ouvir sons diversos 
que o corpo 
produz. 
 Imitar sons 
produzidos pelo(a) 
professor(a). 
 Compreender os 
sons em uma 
atividade lúdica. 
(EI01TS01) Explorar 
sons produzidos com 
o próprio corpo e 
com objetos do 
ambiente. 
 
(EI01TS03) Explorar 
diferentes fontes 
sonoras e materiais 
para acompanhar 
brincadeiras 
cantadas, canções, 
músicas e melodias. 
 Instrumentos musicais 
( violão); 
 Caixa de som; 
 Corpo. 
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 
 
Observando as colocações e os exemplos dados, podemos afirmar que é 
possível elaborar uma aula prática de música onde podemos promover o 
conhecimento dos sons produzidos pelo corpo e o reconhecimento de sons 
diversos. 
 
6.4 METODOLOGIA DE ENSINO PARA APLICAR EM UMA AULA LÚDICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
79 
 
 
Etimologicamente, considerando sua origem grega, a palavra metodologia 
origina-se do methodus. Zanella (2011. P,22) indica que metodologia é o “ramo da 
pedagogia, cuja preocupação é o estudo dos métodos mais adequados para a 
transmissão do conhecimento”. Associando a palavra metodologia à prática 
educacionalpodemos dizer que Método é o caminho ou processo que se realiza 
para chegar ao conhecimento. A metodologia, portanto, consiste na explicação 
de toda ação que será desenvolvida para atingir determinado conhecimento. 
Ferraz e Fusari (1993) em seu livro “Metodologia do Ensino de Arte” afirma 
que “a metodologia pode ser considerada como o método em ação onde os 
princípios do método (atitude inicial, básica, de percepção da realidade e suas 
contradições) estarão sendo mencionados na realidade da pratica educacional.” 
[Ferraz; Fusari (1993, p. 18)] 
Observe a tabela abaixo que descreve a metodologia que será realizada em 
uma aula de música com planejamento proposto: 
 
Modelo de Planejamento de Aula – Acréscimo de Metodologia 
Orientações 
principais 
Objetivo de 
aprendizagem 
Habilidades e 
Competências 
Materiais que 
serão utilizados 
Metodologia 
Turma: 2º 
período 
Educação 
Infantil. 
 
Aula prática 
Música 
Data: (a 
preencher) 
Duração: 50 
minutos 
 Identificar os 
sons do 
corpo; 
 ouvir sons 
diversos que 
o corpo 
produz. 
 Imitar sons 
produzidos 
pelo(a) 
professor(a). 
 Compreender 
os sons em 
uma 
atividade 
lúdica. 
(EI01TS01) Explorar 
sons produzidos 
com o próprio 
corpo e com 
objetos do 
ambiente. 
 
(EI01TS03) Explorar 
diferentes fontes 
sonoras e 
materiais para 
acompanhar 
brincadeiras 
cantadas, 
canções, músicas 
e melodias. 
 Instrumentos 
musicais 
(violão); 
 Caixa de 
som; 
 Corpo. 
 Apresentar 
aos alunos 
como é o 
nosso 
corpo 
(partes do 
corpo); 
 Propor 
que os 
alunos 
façam 
sons com 
o corpo 
de forma 
diversifica
da; 
 apresentar 
aos alunos 
sons em 
uma caixa 
produzidos 
pelo 
corpo. 
 Atividade: 
Identificar 
os sons 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
80 
 
 
que estão 
ouvindo e 
tentar 
reproduzir 
os sons no 
corpo. 
 Retratar 
em forma 
de 
desenho 
as partes 
do corpo. 
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 
 
Observando a tabela acima compreendemos a metodologia descrita de 
como ocorrerá a atividade proposta em determinada aula. Essa descrição orienta 
o professor sobre a linha de abordagem da aula além de significar todo o processo 
que ocorrerá durante a atividade proposta. 
 
 
 
No item a seguir veremos com mais detalhes o desenvolvimento de projetos 
pedagógicos que podem ser inclusos em um planejamento anual intensificando a 
prática pedagógica e criativa do aluno. 
 
6.5 PROJETO PEDAGÓGICO 
6.5.1 Elaboração de Projetos Pedagógicos 
O processo ensino aprendizagem é um caminho educacional onde o 
professor acompanha o seu aluno na evolução do seu conhecimento. As práticas 
pedagógicas que ocorrem neste caminho intensificam o aprendizado do aluno 
sobre um conteúdo ou desenvolve um olhar mais crítico sobre o mundo a sua volta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
81 
 
 
As utilizações de Projetos Pedagógicos intensificam essa prática e torna o 
aluno como personagem principal do seu aprendizado através da curiosidade e da 
criatividade. O educando ao fazer parte de um projeto pedagógico se sente parte 
da construção do conhecimento de forma efetiva com pensamento construtivista. 
Mas para elaborar um projeto é preciso que o professor elabore um 
planejamento das ações que serão práticas durante todo o desenvolvimento da 
pesquisa ou da prática educacional. Partindo do princípio vamos entender o que 
siginifica esse termo “Projeto” e como podemos desenvolvê-lo na Educação Infantil. 
 
6.5.2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES SOBRE PROJETOS PEDAGÓGICOS 
O termo projeto possui significados diversos, mas coerentes a respeito da sua 
execução. Projetar é planejar uma prática para explicar uma teoria ou para 
representá-la de forma significativa. NOGUEIRA (2008, p.30), propõe uma definição 
desse termo sendo a possibilidade de aprendizado a partir de uma previsão ou 
projeção do que será realizado. Em outra definição encontramos que os projetos 
são uma “representação oral, escrita, desenhada, gráfica ou modelada que, a 
partir de um motivo, gera a intenção numa pessoa de realizar certa atividade, 
usando meios adequados para alcançar determinada finalidade” (MARTINS, 2007, 
p. 34). 
Ao desenvolver um projeto a visão crítica sobre um determinado tema se 
prolonga até atingir o objetivo final proposto no início da experiência. O tempo 
todo o ser humano se vê cercado de dúvidas e necessidades de forma geral 
instigando o desenvolvimento de teorias ou práticas para vencer determinadas 
situações. No âmbito educacional, o projeto pedagógico é a prática sobre um 
determinado conteúdo que promove ao aluno uma experiência para aprimorar 
seus conhecimentos. 
 A utilização da prática pedagógica é defendida por historiadores, 
pesquisadores e educadores em todo o território nacional. No livro “Projetos 
Pedagógicos na Educação Infantil” das autoras Barbosa e Horn (2008) há uma 
análise da importância da elaboração de projetos na educação. Sobre a 
elaboração de uma proposta educacional diversificada através de linguagens 
mútuas as autoras relatam que: 
Para haver aprendizagem, é preciso organizar um currículo que seja 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
82 
 
 
significativo para as crianças e também para os professores. Um currículo não pode 
ser a repetição contínua de conteúdos [...]. Os projetos abrem para a possibilidade 
de aprender os diferentes conhecimentos construídos na história da humanidade 
de modo relacional e não-linear, propiciando às crianças aprender através de 
múltiplas linguagens, ao mesmo tempo em que lhes proporcionam a reconstrução 
do que já foi aprendido (BARBOSA; HORN, 2008, p. 35). 
Repensar a educação de forma prática, dinâmica e interativa é projetar 
uma aula diversificada sobre um determinado tema com o objetivo de promover 
uma maior interação e desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem dos 
alunos. Nessa visão o professor deve conhecer seus objetivos de ensino, seus 
conteúdos curriculares, habilidades e competências para promover de forma 
segura a mediação do conhecimento ao seu aluno. Quanto mais o professor 
pesquisa sobre seu conteúdo mais segurança ele terá para trabalhar o processo 
ensino aprendizagem e assim desenvolver o repertório imagético e a visão crítica 
dos alunos à respeito da sua disciplina. 
A elaboração de projetos pedagógicos pode surgir diante de uma dúvida 
dos alunos sobre um determinado tema e a partir daí o professor pode elaborar 
uma sequência de atividades que terá no seu fim o objetivo de aprendizagem 
alcançado. Através de um projeto pedagógico o aluno pode aliar teoria à prática 
e experimentar suas ideias e propor novas descobertas sobre um determinado 
tema. Sobre essa visão metodológica, Oliveira (2005, p. 47) reflete que: 
 
Ao abordar o trabalho com projetos na construção do 
conhecimento escolar, valoriza-se uma prática pedagógica que 
estimula a iniciativa dos alunos através da pesquisa, desenvolve o 
respeito às diferenças pela necessidade do trabalho em equipe, 
incentiva o saber ouvir e expressar-se, o falar em público e o 
pensamento crítico autônomo. Esta autonomia, que vai sendo 
conquistada através da pesquisa, com toda a diversidade de 
caminhos percorridos e as competências que os alunos vão 
desenvolvendo através de tal prática, visa a promover sua 
autonomia intelectual. 
 
Nessa proposta educacional podemos entender que realizar um projeto 
como prática pedagógica pode contribuir significativamente no processo ensino 
aprendizagem através de pesquisas, experimentos e no desenvolvimento da visão 
crítica do aluno em diferentes etapas educacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
83 
 
 
6.5.3 Etapas de Produção de Projeto Pedagógico 
Ao escolher o projeto como ferramenta educacional o professor deve 
elaborar o planejamento das etapas que serão desenvolvidas para chegar a um 
objetivo final. Analise o quadro abaixo que cita de forma geral importantes etapaspara a elaboração de um projeto pedagógico. 
 
Quadro 4: Tópicos para elaborar um Projeto 
ETAPAS DESCRIÇÃO 
Idealização 
do Projeto 
Nesta etapa o professor percebe um tema que condiz com o 
conteúdo curricular e propõe um projeto que dure um determinado 
tempo para realizar pesquisas e práticas dentro do contexto. 
Plano de 
atividades 
A organização das atividades é uma etapa importante do projeto 
onde o professor elenca quais serão as pesquisas e práticas sobre o 
conteúdo ou tema. Neste momento o professor pode determinar o 
período que será realizado e os materiais que serão utilizados. 
Plano de 
Avaliação e/ou 
encerramento 
Esta etapa é a culminância do projeto que apresenta o produto final 
da pesquisa ou prática. Pode ser apresentado à outras turmas, aos 
pais ou de forma geral para toda a escola. 
Fonte: Adaptado de Nogueira (2008) 
 
Vamos entender essas três etapas de forma detalhada nos próximos tópicos. 
 
 Idealização do Projeto 
Durante a elaboração do planejamento de atividades anuais o professor tem 
uma visão geral sobre os conteúdos e habilidades que serão desenvolvidos. Os 
alunos ao iniciarem seus estudos sobre um determinado assunto podem possuir ou 
não um conhecimento prévio sobre o mesmo. A partir desse conhecimento prévio é 
possível surgir ainda outras dúvidas a respeito do tema gerando uma curiosidade 
sobre determinado assunto. Partir do princípio da curiosidade e das dúvidas sobre 
um conteúdo é possível pensar em um caminho mais lúdico ou prático que enfatize 
experiências didáticas e proporcione um melhor desenvolvimento do processo 
ensino aprendizagem. 
Barbosa e Horn (2008, p. 28)enfatizam que: 
 
As crianças são capazes de criar teorias, interpretações, perguntas, e 
são co-protagonistas na construção dos processos de 
conhecimento. Quando se propicia na educação infantil a 
aprendizagem de diferentes linguagens simbólicas, possibilita-se às 
crianças colocar em ação conjunta multifacetada esquemas 
cognitivos, afetivos, sociais, estéticos e motores. (Barbosa e Horn. 
2008. Pág. 28). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
84 
 
 
 
Assim, a etapa de idealização do projeto parte do princípio de instigar o 
processo criativo e a curiosidade sobre novos conhecimentos dos alunos sobre um 
determinado conteúdo ou tema. 
Para elaborar essa etapa podemos pensar em algumas questões 
importantes: 
 
Figura 8: Exemplo de Idealização de projeto – Organização de ideias 
 
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 
 
 
 
 Plano de Atividades e Avaliação 
Elaborar o Plano de Atividades é organizar as propostas de pesquisas e 
práticas educacionais após a Idealização do Projeto. Nesta etapa é importante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
85 
 
 
colocar no papel todas as ideias de atividades para que possam ser definidas as 
melhores opções para o projeto. Por mais simples que seja a atividade é sempre 
bom elencar as ideias, assim o professor terá opções para trabalhar de forma 
diversificada. É importante ressaltar que não é necessário que todas as atividades 
sejam elaboradas e difíceis. O principal objetivo de um projeto é promover o 
conhecimento de forma integrada, lúdica e prazerosa para o aluno. 
Nesse contexto, Fonte (2011) ensina: 
 
A função do projeto é a de tornar a aprendizagem real e atrativa, 
transformando a escola em um espaço agradável, sem impor os 
conteúdos programáticos autoritariamente. Assim o aluno busca e 
consegue informações, lê, conversa, faz investigações, formula 
hipóteses, anota dados, calcula, reúne o necessário e, por fim, 
converte tudo isso em ponto de partida para a construção e 
ampliação de novas estruturas cognitivas. (FONTE,2011. p.32) 
 
Compreendendo as novas formas de pensar, agir, pesquisar, aprender, 
ensinar, manifestar, entre outras ações, o desenvolvimento de atividades diversas 
contempla o aprimoramento profissional do educador. As propostas pedagógicas 
que vivenciamos no passado na escola já não causam o mesmo efeito 
educacional nos alunos modernos. Portanto organizar o plano de atividades de 
forma diversificada garantirá um trabalho pautado nas diversas habilidades e 
promoverá para todos os alunos a oportunidade de pesquisa e prática sobre o 
conteúdo ou tema abordado. Vejamos a seguir ideias sobre como elaborar o Plano 
de Atividades. 
 
Quadro 5: Ideias para um Plano de Atividades – Tema: ANIMAIS 
PLANO DE ATIVIDADES - AÇÕES DESCRIÇÃO 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
 Ações: Apresentar livros ilustrados sobre 
o tema; 
 Apresentar imagens sobre o tema; 
 
Nesta etapa o professor apresenta aos 
alunos a contextualização do tema e os 
principais conceitos. Esta apresentação 
pode ser feita de forma mais lúdica como 
por exemplo com uma história sobre o tema 
abordado. 
DESENVOLVIMENTO DO TEMA 
 Momento de propor práticas interativas 
sobre o tema abordado. 
 O professor pode realizar atividades em 
sala ou como dever de casa. 
 Pode utilizar a tecnologia como recurso 
didático (vídeos, filmes infantis, 
desenhos, etc.) 
 Esta etapa deve ser direcionada para a 
criação do repertório de conhecimento 
 Neste momento o principal objetivo é 
instigar a curiosidade dos alunos sobre o 
tema do projeto. Esta etapa pode ser feita 
utilizando livros, revistas, sites, vídeos, filmes, 
imagens, entre outros. 
O professor pode direcionar a prática com 
atividades lúdicas como colagens de 
imagens sobre o tema (pode criar um 
portfólio), realizar desenhos livres sobre o 
tema, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
86 
 
 
PLANO DE ATIVIDADES - AÇÕES DESCRIÇÃO 
sobre o tema. 
ORGANIZAÇÃO DOS DADOS COLETADOS 
 Esta etapa pode ser produzida na 
escola como uma etapa de trabalho 
coletivo. 
 Criação de cartazes, colagens, músicas, 
trabalhos criativos entre outros sobre 
desenvolvimento feito anteriormente. 
 
Esta etapa consiste na organização de todo 
conhecimento adquirido de forma individual 
ou coletiva. Nesta etapa o aluno constrói o 
seu conceito sobre o tema e promove a 
integração entre pesquisa e prática 
pedagógica. 
APRESENTAÇÃO/AVALIAÇÃO 
 Etapa de apresentação dos dados 
coletados e dos conhecimentos 
adquiridos; 
 Pode-se promover feiras, saraus, 
apresentações musicais, de dança ou 
teatro, exposições fotográficas. O 
professor pode organizar essa etapa 
para apresentar o resultado do 
trabalho. 
Obs.: O processo de avaliação pode 
ocorrer durante todo o processo ensino 
aprendizagem onde o aluno irá 
desenvolver suas habilidades em cada 
atividade proposta. 
 
Esta etapa é a culminância do projeto que 
apresenta o produto final da pesquisa ou 
prática. Neste momento o aluno estará 
mergulhado no tema ou conteúdo 
trabalhado e irá apresentar suas 
composições artísticas sobre o tema. O 
público que vai apreciar o trabalho pode ser 
definido pelo professor regente e 
coordenador pedagógico. 
Fonte: Embasado por NOGUEIRA (2008) e Adaptado pelo Autor (2021) 
 
6.6 ESPAÇO, MATERIAIS E TEMPO PARA REALIZAR UM PROJETO 
EDUCACIONAL 
O desenvolvimento de um projeto dependerá sempre do objetivo de 
aprendizagem final e da forma como estes conhecimentos adquiridos ou práticas 
elaboradas serão apresentados. A duração de um projeto pode variar de acordo 
com a disponibilidade de materiais, local para realizar pesquisas e criações artísticas 
bem como o desenvolvimento das atividades propostas executadas pelos alunos. 
O professor deve estar atento que cada aluno pode ter seu desenvolvimento 
em espaço de tempo diferente de acordo com a sua capacidade criativa, sua 
curiosidade e a disponibilidade de materiais de pesquisas e práticas pedagógicas. 
Através desse olhar o professor pode prosseguir com as atividades instigando o 
aluno com mais dificuldade a realizar a atividade em outro momento extraclasse 
podendo ainda ter ajuda da família ou professor de apoio. 
 
 Espaço 
Um projeto elaborado de forma integral no ambiente escolar pode ser87 
 
 
realizado em diversos espaços como a sala de aula, biblioteca, pátio, área ao ar 
livre, entre outros de acordo com a disponibilidade da instituição. 
Os alunos geralmente passam boa parte do seu processo educacional 
dentro da sala de aula. Organizar atividades práticas de um projeto para serem 
trabalhadas em diferentes espaços da escola promove a exploração e domínio do 
espaço escolar direcionado para o educando e instiga a criatividade gerando 
novas ideias aos alunos sobre o tema trabalhado. 
 
 Materiais 
Ao elaborar projetos práticos a utilização de materiais que proporcionem a 
imaginação e a criatividade do aluno intensifica e proporciona engajamento dos 
alunos para experimentar e se expressar de forma diversificada. De acordo com a 
realidade de cada instituição e condições para compras de materiais específicos, o 
professor pode definir os materiais que serão utilizados nas atividades com a 
coordenação pedagógica e os alunos. Utilizar materiais do dia a dia como tesoura, 
cola, entre outros, pode ser proposto pelo professor de acordo com a pesquisa ou 
prática a ser realizada. 
Para um projeto artístico com intenção de reaproveitamento de materiais o 
professor pode promover a integração de materiais que os alunos possuam em 
casa (esse processo pode instigar a reciclagem de materiais que já existam em 
casa, mas que não são utilizados e que muitas vezes vão para o lixo). Em algumas 
ocasiões existem pais e/ou mães artistas, artesãos, músicos, atores, dançarinos, 
enfim, que desenvolvam algum tipo de projeto criativo que possa ser utilizado 
também no ambiente escolar. 
Em um projeto educacional mais elaborado a compra de materiais pode ser 
feita de forma coletiva ou individual como tintas e telas próprias para pintura, argila 
para modelagem, materiais para confecção de figurinos, entre outras opções. Em 
cada projeto o professor pode definir essas questões da melhor maneira possível 
com a coordenação pedagógica e com os alunos. 
 
 Tempo 
 A elaboração de projetos pedagógicos deve contemplar um prazo de início 
e término. A determinação do tempo de execução do projeto orienta a criação e 
norteia o desenvolvimento de pesquisas e práticas educacionais. Essa definição de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
88 
 
 
duração do projeto deve ser avaliada pelo professor e acertada com a 
coordenação pedagógica. 
O professor deve estar atento às datas comemorativas que a escola organiza 
eventos, aos importantes acontecimentos durante o ano letivo, aos temas 
educacionais vigentes e as propostas do Plano Pedagógico da instituição. Após os 
ajustes de definição de conteúdo ou tema do projeto, materiais que serão 
utilizados, espaço e tempo o professor consegue definir as ações e determinar o 
começo, meio e fim do seu projeto educacional. 
Agregar aos projetos pedagógicos jogos, brincadeiras e atividades lúdicas é 
endossar o desenvolvimento educacional do aluno de forma interativa e 
participativa contribuindo na sua formação educacional e social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
89 
 
 
FIXANDO CONTEÚDO 
1. O planejamento é a elaboração de forma escrita de um plano de aula para ser 
desenvolvido. Este documento pode ser dividido por etapas entre elas: Objetivos, 
Habilidades e competências e Metodologia. Sobre a metodologia é correto 
afirmar que: 
a) reflete o tempo de execução da atividades e os materiais necessários. 
b) consiste na descrição dos conteúdos que serão abordados. 
c) consiste na explicação de toda ação que será desenvolvida para atingir 
determinado conhecimento. 
d) representa o desenvolvimento das atividades práticas.. 
e) é o conceito que determina o local de realização de atividades e o tempo de 
execução. 
 
2. O planejamento, no contexto escolar, é um meio para programar as ações 
docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão do professor 
intimamente ligado: 
a) às propostas pedagógicas, conteúdos, habilidades e competências que serão 
trabalhadas durante o ano letivo. 
b) ao planejamento da escola nos quesitos pedagógicos e financeiros. 
c) aos projetos comemorativos da escola. 
d) às ações que serão desenvolvidas nos laboratórios temáticos. 
e) às atividades pedagógicas, às práticas educacionais e propostas de projetos 
individuais. 
 
3. Das alternativas abaixo a que melhor define o que é planejamento é: 
a) Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente que 
assegurem a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto 
social e do processo de participação democrática. 
b) Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e 
profissional e as ações efetivas que o professor realizará na sala de aula, através 
de objetivos, métodos e formas organizativas do ensino. 
c) Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, 
de modo que a previsão das ações docentes possibilite ao professor a realização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
90 
 
 
de um ensino de qualidade e evite a improvisação. 
d) Atualizar o conteúdo do plano sempre que for revisto, aperfeiçoando-o em 
relação aos progressos feitos no campo de conhecimentos, adequando-os às 
condições de aprendizagem dos alunos, aos métodos, técnicas e recursos de 
ensino que irão sendo incorporados na experiência cotidiana. 
e) Facilitar a preparação de aulas, de forma a manter a unidade dos conteúdos, 
com vistas à formação de turmas homogêneas, possibilitando a exclusão de 
alunos que não acompanhem as aulas propostas. 
 
4. O planejamento pedagógico pressupõe que o ato de ensinar e aprender requer 
esforço metódico e crítico do professor no sentido de desvelar a compreensão 
de algo. Nessa perspectiva, são consideradas práticas docentes mediadoras e 
lúdicas: 
a) Atividades interativas com registro em texto. 
b) Repetição de atividades sem metodologia diversificada. 
c) Crítica aos trabalhos realizados pelos estudantes. 
d) Avaliação de forma escrita. 
e) Construção de conhecimento através de jogos e brincadeiras. 
 
5. O trabalho por projetos requer mudanças na concepção de ensino e 
aprendizagem e, consequentemente, na postura do professor. No que se refere a 
esse assunto, é correto afirmar que: 
a) o professor precisa acompanhar o processo de aprendizagem do aluno e 
entender seu universo cognitivo e afetivo para fazer a mediação pedagógica. 
b) o trabalho, na metodologia de projetos, deve ser visto apenas como uma opção 
metodológica, e não como uma maneira de repensar a função da escola. 
c) o professor que adota a pedagogia de projetos despreza a produção de 
conhecimentos disponíveis nos livros didáticos. 
d) não é necessário que o professor tenha clareza da sua intencionalidade 
pedagógica para intervir no processo de aprendizagem por se tratar de projetos. 
e) a ação docente, na metodologia de projetos, é mais centralizadora, passiva e 
cômoda que em outras metodologias tradicionais. 
 
6. “Nesta etapa o professor elenca quais serão as pesquisas e práticas sobre o 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
91 
 
 
conteúdo ou tema. Neste momento o professor pode determinar o período que 
será realizado e os materiais que serão utilizados. ” 
O trecho acima refere-se à(ao): 
a) idealização. 
b) plano de avaliação. 
c) Apresentação. 
d) Pesquisa. 
e) plano de ação. 
 
7. Sobre a participação ativa do aluno em um Projeto Artístico Pedagógico, é 
correto afirmar que o educando: 
a) representa o personagem passivo que absorve o conteúdo. 
b) representa o personagem que participa de todas as etapas de pesquisa e 
prática de forma coletiva com os demais. 
c) representa o personagem principal detentor de todo conhecimento. 
d) desenvolve sozinho todas as etapas de criação. 
e) determina o tema do projeto em comum acordo com a coordenação 
pedagógica. 
 
8. Ao escolher o projeto como ferramenta educacional o professor deve elaborar o 
planejamento das etapasque serão desenvolvidas. Como etapas de um Projeto 
pedagógico organizados em sequência, é correto: 
a) idealização, plano de ação e pesquisa. 
b) pesquisa, idealização e avaliação. 
c) Idealização, plano de ação, apresentação e avaliação 
d) práticas, idealização, pesquisas e avaliação. 
e) Avaliação, apresentação, pesquisa e idealização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
92 
 
 
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO 
 
UNIDADE 01 
 
 
 
UNIDADE 02 
 
QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 C 
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 C 
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 A 
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 B 
QUESTÃO 5 B QUESTÃO 5 D 
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 C 
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 D 
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 E 
 
 
UNIDADE 03 
 
 
 
 
UNIDADE 04 
 
QUESTÃO 1 E QUESTÃO 1 A 
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 B 
QUESTÃO 3 A QUESTÃO 3 D 
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 E 
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 D 
QUESTÃO 6 C QUESTÃO 6 A 
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 D 
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 C 
 
 
UNIDADE 05 
 
 
 
UNIDADE 06 
 
QUESTÃO 1 E QUESTÃO 1 C 
QUESTÃO 2 C QUESTÃO 2 A 
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 B 
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 E 
QUESTÃO 5 B QUESTÃO 5 A 
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 E 
QUESTÃO 7 C QUESTÃO 7 B 
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
93 
 
 
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