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NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS

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NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS
· Mecanismo de ação: são pequenas moléculas que se ligam de modo reversível ao sítio da enzima-alvo. A enzima-alvo pode ser tanto o fator X ativado como a própria trombina, a depender do anticoagulante.
	Característica
	Rivaroxabana
	Apixabana
	Edoxabana
	Dabigatrana
	Alvo
	Fator Xa
	Fator Xa
	Fator Xa
	Trombina
	Profármaco
	Não
	Não
	Não
	Sim
	Biodisponibilidade
	80%
	60%
	50%
	6%
	Dosagem
	1-2 vezes/dia
	2 vezes/dia
	1 vez/dia
	1-2 vezes/dia
	Meia-vida
	7-11 h
	12 h
	9-11 h
	12-17 h
	Renal
	33-66%
	25%
	35%
	80%
	Monitoramento
	Não
	Não
	Não
	Não
	Interações
	3A4/P-gp
	3A4/P-gp
	P-gp
	P-gp
· Indicações: de modo geral, os NOACs possuem bom risco-benefício comparado ao uso da varfarina para prevenção do AVE em pacientes com FA não valvar. São utilizados também para tratamento de TEV e para profilaxia da trombose após cirurgia eletiva de substituição de quadril ou joelho.
· Quando comparados com a varfarina, os novos agentes reduzem o AVE ou a embolia sistêmica em 19%, redução de 51% no AVEh, redução de 10% na mortalidade, redução em 52% de hemorragia intracraniana; porém, aumenta a ocorrência de sangramento do TGI em 24%.
· São seguros em pacientes com mais de 75 anos e naqueles com histórico de AVE.
· Os NOACs são aprovadas para tratamento de TEP e TVP em pacientes sem câncer ativo; nos portadores de câncer, a HBPM continua sendo a terapia preferida.
	
	Prevenção de AVE na FA não valvar
	Tratamento de TEV
	Profilaxia pós-cirúrgica
	Rivaroxabana
	20 mg 1x/d (redução da dose para 15 mg se ClCr de 15-49 mL/min)
	15 mg 2x/d 21 d; depois, 20 mg 1x/d
	10 mg 1x/d durante 14 d se artroplasia de joelho ou 35 d se artroplastia de quadril
	Dabigatrana
	150 mg 2x/d (redução da dose para 75 mg se ClCr de 15-30 mL/min)
	150 mg 2x/d depois de um ciclo mínimo de 5 d de heparina ou HBPM
	-
	Apixabana
	5 mg 2x/d (redução da dose para 2,5 mg 2x/d se Cr > 1,5, Id > 80 anos ou peso < 60 kg)
	10 mg 2x/d 7 d; depois 5 mg 2x/d por 6 m; depois 2,5 mg 2x/d
	2,5 mg 2x/d durante 14 d se artroplasia de joelho ou 35 d se artroplastia de quadril
	Edoxabana
	60 mg 1x/d (redução da dose para 30 mg 1x/d se ClCr 15-50 mL/min, peso < 60 kg ou uso de verapamil)
	60 mg 1x/d depois de um ciclo mínimo de 5 d de heparina ou HBPM (redução da dose para 30 mg 1x/d se ClCr 15-50 mL/min, peso < 60 kg ou uso de verapamil)
	-
· Monitoramento: não há necessidade de monitoramento de rotina, porém pode ser indicado nos casos de avaliação da adesão ao tratamento, detecção de acúmulo ou superdosagem, identificação dos mecanismos de sangramento e determinação da atividade antes da realização de cirurgia.
· Inibidores do fator Xa: tempo de protrombina
· Inibidores da trombina: TTPa
· A rivaroxabana e a edoxabana prolongam o tempo de protrombina mais do que a apixabana.
· Efeitos colaterais: como qualquer anticoagulante, o sangramento constitui o efeito colateral mais comum; em contraste com a varfarina, produzem substancialmente menos sangramentos (com exceção de TGI, em que há aumento na taxa de sangramento, provavelmente devido ao fármaco ativo não absorvido no intestino). Pode ocorrer dispepsia em 10% dos pacientes tratados com dabigatrana; esse problema diminui com o passar do tempo e pode ser reduzido se administrado com alimento.
· Manejo periprocedimento: devem ser suspensos por 1 a 2 dias ou mais se houver comprometimento da função renal. Devem ser suspensos 2-3 dias antes de cirurgias, podendo serem reintroduzidos imediatamente no pós-operatório assim que a hemostasia for alcançada.
· Controle do sangramento: não existem antídotos específicos.
· Sangramento menor: suspensão de uma ou duas doses do fármaco.
· Sangramento grave: suspensão do NOAC, expansão volêmica com líquidos e hemoderivados e identificação e controle do sítio de sangramento. Deve ser avaliado os testes de coagulação e a função renal. Pode-se administrar carvão ativado oral se a última dose foi há 2 a 4 horas.
· A diálise remove a dabigatrana da circulação de pacientes com comprometimento renal, mas não a rivaroxabana, apixabana ou edoxabana, pois esses fármacos exigem alta ligação às proteínas.
· Gravidez: por serem pequenas moléculas, podem atravessar a placenta; portando, são contraindicados durante a gravidez.

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