Buscar

Prévia do material em texto

Políticas Imigratórias
Políticas Imigratórias em 5 Países: Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha e Rússia
Compreender a realidade mundial, tal qual se apresenta neste século, torna-se indispensável para qualquer estudante, especialmente de Nível Superior, pois não basta demonstrar que você domina os conhecimentos específicos de sua profissão (por meio dos conhecimentos adquiridos em seu Curso Superior), é necessário demonstrar que você, como cidadão(ã), está atento(a) aos movimentos das Sociedades e antenado(a) com os acontecimentos que podem interferir direta ou indiretamente na execução de seu trabalho (profissional).
Assim, o texto apresentado tem como objetivo conduzir você a uma reflexão sobre um dos temas mais polêmicos e importantes deste século: as políticas imigratórias.
O texto apresenta a questão da migração em cinco países: Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha e Rússia.
Antes de iniciar a apresentação de como a questão da migração é tratada em cada um desses países, há uma discussão sobre os fatores que levam os países a facilitar ou a dificultar a entrada de imigrantes.
Nos Estados Unidos, os dois últimos presidentes (Barack Obama e Donald Trump, o presidente atual) trataram de forma distinta a questão da imigração. 
A política de proteção de fronteiras inclui, em muitos casos, construção de barreiras físicas, como muros para impedir a migração. 
O Canadá, por sua vez tem uma política favorável à entrada de imigrantes, e o Japão é um dos países que menos recebe imigrantes. Historicamente, foi um país muito fechado à imigração, mas que começa a abrir mais suas portas.
A Alemanha foi o segundo país de acolhida de imigrantes, em 2016, especialmente refugiados de guerras.
A Rússia foi o terceiro país a mais receber imigrantes em 2016, somente atrás dos Estados Unidos e da Alemanha, mas o número de refugiados na Rússia é muito baixo, somando apenas 600 pessoas ao final de 2016.
Buscando garantir os direitos a imigrantes e a refugiados em todo o mundo, a ONU e seus Estados-membros elaboraram um Pacto Global abrangente, que gerenciaria melhor a migração internacional. Depois de mais de um ano de negociações, o texto do Pacto Global por uma Migração Ordenada, Regular e Segura foi finalizado, em julho de 2018.
Leia atentamente o texto indicado a seguir e assista ao vídeo: Especial: um mundo de muros – México e Estados Unidos, que consta no texto. 
POLITIZE!
Políticas Migratórias em 5 países
Em um contexto de crise humanitária, vários países vêem milhares de pessoas adentrando seus territórios e buscam alterar suas políticas migratórias: algumas vezes em pró dos refugiados e migrantes em geral, já outras buscando evitar a chegada dessas pessoas. Que tal saber mais sobre ações de 5 países sobre migração?
LEIA MAIS POLITIZE!
A Questão de Brexit e a Irlanda do Norte
No texto indicado a seguir, você conhecerá um pouco mais sobre a Irlanda do Norte, seu surgimento, suas relações com a Inglaterra e os conflitos que lá ocorreram, especialmente, nos anos 1970, envolvendo questões religiosas e de domínio político.
O texto apresenta a questão do Brexit, que é a saída do Reino Unido da União Europeia e de que forma a Irlanda do Norte será afetada nesse processo.
A questão das fronteiras é um tema relevante neste século, especialmente, pois envolve mais do que simples linhas que separam países. Envolve relações econômicas, políticas e sociais, principalmente no caso da imigração.
Por anos, a Irlanda e a Irlanda do Norte não mantêm uma fronteira física que as divida, mas, com a proposta do Brexit, essa questão vem à tona e a busca de uma solução para isso parece ser bastante complicada.
Imagine que você pode circular livremente entre dois lugares distintos e num dado momento será impedido de passar livremente, devendo para isso portar documentos e passar por um trâmite burocrático de fronteira (como alfândega, por exemplo), que pode atrasar sua viagem.
No caso da Irlanda do Norte, do qual estamos tratando, a primeira-ministra Theresa May está numa das maiores “sinucas de bico” da história britânica. 
A reinstalação de uma fronteira entre as duas Irlanda é impraticável – e pode ser perigosa, ao ressuscitar o espírito separatista dos católicos do Norte. Dessa forma, a questão desta fronteira é um fato delicado em termos de imigração e ainda não se tem ideia de como será resolvido.
Leia atentamente o texto indicado a seguir e, se desejar, aprofunde-se no assunto realizando suas próprias pesquisas. Irlanda do Norte: entenda o calcanhar de Aquiles do Brexit.
RFI
Irlanda do Norte: entenda o calcanhar de Aquiles do Brexit
Quando a ilha da Irlanda se tornou independente do Reino Unido em 1922, formando a República da Irlanda, o extremo norte da ilha, habitado maioritariamente por protestantes de ascendência inglesa, permaneceu sob o controle do Reino Unido, com o nome de Irlanda do Norte.
LEIA MAIS RFI
EUA/Venezuela e Reino Unido
ESTADO DE MINAS
Venezuelanos já são maior grupo a pedir asilo nos EUA
Um era oficial do Exército venezuelano que havia desertado e se juntado à oposição. O outro, um ativista político que fugiu depois que forças pró-governo atacaram sua casa. Os dois acabaram nos Estados Unidos, entre milhares de compatriotas em busca de asilo naquele que parecia ser o lugar óbvio para fazê-lo.
LEIA MAIS ESTADO DE MINAS
O Refúgio
Muito embora na América Latina com muita frequência ouçamos falar em “asilo”, na verdade, em Direito Internacional a forma de proteção jurídica dada a pessoas como as mencionadas no artigo é o “refúgio”.
Refúgio e asilo, ainda que guardem algumas características comuns, não são institutos que se equivalem, sendo incorreto utilizar um termo pelo outro.
A norma que, basicamente, trata do refúgio é a Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, de 28 de julho de 1951, criada, especificamente, para tratar dos milhões de pessoas que foram obrigadas a se deslocar para outras regiões em razão dos combates e das perseguições que ocorreram na Segunda Guerra Mundial.
Essa convenção apresenta uma série de importantes características, e entre elas podemos listar as seguintes:
· Ela teve a função de consolidar diversos outros instrumentos de Direito Internacional anteriormente existentes relativos aos refugiados, buscando estabelecer, de forma mais compreensível e sistematizada, os direitos internacionais das pessoas que estão nessa situação de risco;
· Ela estabelece padrões básicos para o tratamento dos refugiados pelos diversos Estados Nacionais, contudo, não tem o poder de obrigar estes a adotarem, na íntegra, as práticas recomendadas.
Dessa forma, não há como impor a um país que receba refugiados ou que tenha uma determinada forma de tratamento para as pessoas que solicitam a entrada e permanência em seu território em razão dessas situações de risco. Em nome de sua soberania, um país tem amplos poderes de regular a entrada e permanência de estrangeiros em seu território, o que acaba por englobar a questão dos refugiados.
Considerando essas informações e as disposições da Convenção, podemos falar que o refúgio é uma forma de proteção que um país concede a um estrangeiro que ingressa em seu território, em razão de fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas. Essa proteção garante que, enquanto estiver em trâmite o processo de refúgio, não pode ocorrer a expulsão ou extradição do estrangeiro.
Pouco antes da elaboração dessa convenção foi criado um órgão da ONU, o ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados que, igualmente, deveria ter atuação focada nos refugiados na mencionada Guerra Mundial. Seu inicial mandato foi de três anos, contudo, com as crises humanitárias nas décadas seguintes, se verificou a necessidade de que essa organização internacional passasse a ser permanente, com a ampliação de seu escopo de atuação, não mais limitado à Europa, podendo agir, obedecidas as regras de Direito Internacional, em qualquer parte no globo onde houver necessidade.
Se por um ladohá todo um esforço da ACNUR, da ONU e de outros atores no cenário internacional sobre a dramática situação dos refugiados nos dias atuais, o que se observa é que há, com maior ou menor transparência, uma grande resistência de alguns países em receber essas pessoas.
Ao mesmo tempo em que guerras e perseguições de todo tipo causem um crescimento do fluxo de refugiados em todos os cantos do mundo - tal como na América Latina em razão da crise política e humanitária que vive a Venezuela - há um latente aumento da pressão de grupos sociais para que as autoridades de seus países limitem e até mesmo impeçam a entrada de estrangeiros nessas condições.
Em vários países essa questão foi tratada de forma bastante incisiva em diversas campanhas eleitorais recentes, fazendo com que, em muitos deles, somente candidatos alinhados com esse tipo de restrições fossem eleitos.
As pressões internas e externas sobre a forma como os refugiados devam ser tratados faz com que haja, em muitos casos, uma dualidade de discursos. Por um lado, para a comunidade internacional, há demonstrações de colaboração com essa questão; contudo, internamente, há uma política restritiva que dá grande ênfase ao controle de entrada de estrangeiros em geral, com especial foco no estabelecimento de severos critérios para que o refúgio seja concedido.
No final, os perseguidos continuam sendo pouco respeitados em seus direitos humanos. Apesar dos discursos, nem sempre demonstram a grande tragédia humana que estamos vivendo.
FOLHA DE S.PAULO
Europeu ou não, Reino Unido priorizará imigrante qualificado após 'brexit'
A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou nesta terça-feira (2) as novas regras em matéria de imigração no Reino Unido, que entrarão em vigor após o "brexit", e darão prioridade aos trabalhadores qualificados, com o fim da livre circulação de cidadãos europeus.
LEIA MAIS FOLHA DE S.PAULO
A Cidadania Europeia em cheque
O final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, iniciou uma profunda reflexão que envolveu diversas pessoas em vários países sobre formas de prevenir a ocorrência de novos conflitos. Essa guerra e a Primeira Guerra Mundial mostraram que havia uma clara necessidade de estabelecer mecanismos para uma paz duradoura.
Esse esforço global para a prevenção de novos conflitos armados culminou com a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Carta das Nações Unidas, que foi firmada por diversos países em São Francisco, em 26 de junho de 1945, sendo que nesse mesmo documento foi estabelecido o Estatuto da Corte Internacional de Justiça, órgão jurisdicional ligado à ONU que até hoje busca resolver conflitos entre países evitando que as tensões evoluam e possam gerar guerras.
Além de participarem da criação da ONU, os países europeus buscaram, pela via da integração regional, a diminuição das tensões e a prevenção de novos conflitos em seus territórios. Esse esforço se iniciou com a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, estabelecida em Paris em 1951, sendo composta por França, Bélgica, Alemanha Ocidental, Itália, Luxemburgo e Holanda. Essa foi a primeira organização supranacional europeia, sendo que as bases que a estabeleceram evoluíram e serviram para a criação da União Europeia – UE, sendo integrados diversos países daquele continente.
Uma das bases jurídicas de formação da União Europeia foi o Tratado de Maastricht, que recebeu o nome da cidade dos Países Baixos onde foi assinado em 7 de fevereiro de 1992. Este e outros tratados formaram o conceito de “Cidadania Europeia” que confere a quem a detém uma série de direitos e prerrogativas, em especial, a de poder livremente circular nos países que fazem parte dessa União, o que inclui o acesso ao mercado de trabalho. Para ser cidadão europeu basta ter nacionalidade reconhecida por algum dos países que integram a União Europeia.
Somente em 1973 o Reino Unido ingressou na Comunidade Econômica Europeia (nome que na época era o utilizado) passando a se integrar na formação do bloco continental. Contudo, sempre houve uma severa resistência dos britânicos para duas questões que envolviam essa adesão: a diminuição da sua soberania e a livre circulação de cidadãos europeus em seu território, particularmente, quando estes passaram a se fixar de forma definitiva e a disputar postos no mercado de trabalho.
O descontentamento de parte da população com essas e outras questões levou o Partidor Conservador a formular, em 2015, um pedido ao Parlamento do Reino Unido que, depois de aprovado, gerou a convocação de um plebiscito que consultava os cidadãos sobre a permanência na União Europeia, tendo sido esta consulta popular realizada em 23 de junho de 2016.
Por apertada margem foi aprovada saída do Reino Unido do Bloco Continental, naquilo que foi batizado de “Brexit”, uma palavra formada pela junção dos termos, em inglês, “britânico” (British) e “saída” (exit).
Muito embora essa saída não represente um rompimento com várias posturas europeias que buscam preservar a paz e a prosperidade, é certo que as tensões internas no Reino Unido mostram que a questão dos estrangeiros em seu território – particularmente no que se refere à inserção no mercado de trabalho – é um dos mais importantes temas de fundo dessa decisão. 
Dessa forma, com a saída do Reino Unido da União Europeia, o governo daquele país já anunciou que serão estabelecidas novas regras sobre o trato com os estrangeiros, europeus ou não, em uma clara restrição ao livre trânsito de cidadãos europeus em seu território. Sem dúvida, o conceito de cidadania europeia começa a perder força.

Mais conteúdos dessa disciplina