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Ana Fernanda Leal - @medicina.resume @medicina.resume B. M. F Reflexos Integrados do Tronco Encefálico Regiões do Tronco Encefálico: • Base (anterior): rica em fibras nervosas mielínicas • Tegmento: rico em núcleos → podem ser sensitivos e motores • Tecto/ Teto: parte mais posterior do me- sencéfalo (exclusivo). Contém os colículos superiores (visão) e os colículos inferiores (audição) O reflexo é uma resposta involuntária a um estí- mulo. São os constituintes do arco reflexo: • Órgão receptor que capta o estímulo (re- ceptor) • Via aferente que transmite o estímulo ao SNC • Neurônios no SNC que enviam a resposta • Via eferente que transmita o Potencial de Ação (PA) ao órgão efetor • Órgão efetor Classificação dos Reflexos do Tronco Encefálico (TE): 1. Não Vitais integrados ao TE: A. Mandibular (mentual ou mentoniano) B. Fotomotor C. Corneano (Corneopalpebral) D. Lacrimal E. Piscar (Palpebral) F. Vestíbulo-Ocular (Nistagmo → Reflexo de movimentação dos olhos por estímulos vestibulares) 2. Vitais integrados ao TE: G. Vômito, respiratório e vasomotor A. Reflexo Mandibular: • Consiste no fechamento reflexo da boca devido à ação do músculo masseter quando este é submetido a uma percus- são com a boca entreaberta. • O corpo celular não está no gânglio, está dentro do tronco encefálico no núcleo mesencefálico do nervo trigêmeo • N1: mesencéfalo → núcleo mesencefálico do trigêmeo. Relacionado a propriocep- ção da cabeça Via: 1. Abertura da boca (masseter (4) 2. Desencadeia impulsos proprioceptivos que vão ao núcleo mesencefálico do nervo trigêmeo (7) 3. Os impulsos são encaminhados aos nú- cleo (Brânquio)motor do trigêmeo (8) - na ponte 4. Fibras eferentes (motoras) do trigêmeo (V3) encaminham-se aos músculos masti- gatórios branquioméricos [no caso o mas- seter (4) ocasionando o fechamento da mandíbula (13). 5. (5) Gânglio trigeminal 6. (6) Nervo trigêmeo – V par B. Reflexo Fotomotor: • Reação de adaptação à luz • Quando o olho é exposto à luz, ocorre a constrição da pupila dos dois olhos (mio- se) Ana Fernanda Leal - @medicina.resume @medicina.resume • A constrição da pupila do mesmo olho é chamada de direta, e a do olho oposto consensual Pares de NC que apresentam fibras parassimpá- ticas: 3, 7, 9 e 10. Descrição do reflexo: 1. Estímulo luminoso é captado pela retina 2. Através do nervo óptico os impulsos são enviados até a área pré-tectal no me- sencéfalo. 3. Os neurônios da área pré-tectal enviam impulsos aos núcleos acessórios do nervo oculomotor (dir. e esq → também conhe- cidos como núcleos de Edinger- Westphal). 4. Destes núcleos, que fazem parte do complexo oculomotor (III) partem as fibras parassimpáticas que levam estímulos aos gânglios ciliares (corpo celular do neurô- nio II) 5. Em seguida seguem em direção às fibras dos músculos esfíncteres da pupila de ambos os olhos (Miose) 6. Costuma-se usar uma lanterna. Situação de Normalidade Lesão no nervo óptico → não faz miose Lesão no nervo óptico oposto ao lado avaliado. Ana Fernanda Leal - @medicina.resume @medicina.resume Lesão no nervo oculomotor do mesmo lado avaliado → anisocoria Lesão no nervo oculomotor do lado oposto ao olho avaliado. C. Reflexo Corneano ou Corneopalpebral: O leve toque da córnea com uma mecha de algodão provoca um piscar bilateral. A via afe- rente é a primeira divisão do nervo trigêmeo (V1 – nervo oftálmico). A via eferente surge a partir dos núcleos motores do nervo facial (VII) (ponte), que inervam os músculos orbiculares dos olhos. Avalia o ramo oftálmico do trigêmeo (V1) e o nervo facial (VII). A resposta é bilateral. • N1: gânglio trigeminal • N2: núcleo sensitivo • N3: núcleo motor do facial (ponte) → Lesões: A. Do nervo oftálmico (VI): aferência - ne- nhum dos dois olhos pisca B. Do nervo facial (VII): referência - o lado testado não pisca, mas o outro sim (res- posta contralateral) D. Reflexo Lacrimal: O leve toque da córnea com uma mecha de algodão provoca um piscar bilateral (já visto no reflexo corneopalpebral), além do lacrimejamen- to. A via aferente é a mesma, ou seja, primeira divi- são do nervo trigêmeo (V1 – nervo oftálmico). A via eferente, envolve o núcleo lacrimal - neurônio 1 a partir do qual surgem fibras eferentes pré- ganglionares do nervo facial (VII), que farão si- napse com o neurônio 2, presente no gânglio pterigopalatino e deste até a glândula lacrimal. Avalia o ramo oftálmico do trigêmeo (V1) e o nervo facial (VII). E. Reflexo de Piscar: Ao perceber a aproximação de um objeto em relação ao olho, a pálpebra fecha-se reflexa- mente. A via aferente envolve fibras provenientes da retina (nervo óptico - NC – II) até o colículo supe- Ana Fernanda Leal - @medicina.resume @medicina.resume rior. Deste, partem fibras para o núcleo do nervo facial (NC – VII), de onde se originam fibras efe- rentes até o músculo orbicular do olho, determi- nando o fechamento da pálpebra. F. Reflexo Vestíbulo-Ocular: Este reflexo tem por finalidade manter a fixação do olhar em um objeto de interesse, quando essa fixação tende a ser rompida por movimentos da cabeça ou do corpo. A via aferente envolve fibras provenientes do gânglio vestibular (nervo vestibulococlear - NC – VIII) até os núcleos vestibulares. Destes, partem fibras para o núcleo do nervo abducente (NC – VI) e deste para o núcleo do nervo oculomotor contralateral (NC –III) para inibí-lo. Dos núcleos do III e VI surgem fibras eferentes até os músculos retos mediais e laterais de ambos os lados. G. Reflexo do Vômito: Este reflexo pode ser desencadeado por várias causas, sendo a mais comum as que resultam de irritação da mucosa gastrintestinal. Fibras aferentes originam-se a partir de viscero- ceptores na mucosa gastrintestinal. Essas fibras formam parte do nervo vago (NC – X) e chegam até o núcleo do trato solitário. Deste, surgem fi- bras que vão para o centro do vômito, situado na formação reticular do bulbo. Do centro do vômito surgem fibras eferentes que desencadeiam o vômito. Essas fibras são as se- guintes: A. Fibras para o núcleo dorsal do vago – abertura do cárdia do estômago; B. Fibras para o núcleo do hipoglosso - pro- trusão da língua; C) Fibras que pelo trato reticulospinal chegam ao corno lateral da medula espinal e destas fibras pré-ganglionares até os gânglios celíacos. Des- tes, fibras pós-ganglionares chegam ao piloro, determinando seu fechamento; D) Fibras que pelo trato reticulospinal chegam ao corno anterior da medula espinal e deste para os músculos diafragma (via nervo frênico, que se origina da região cervical da medula espinal) e da parede abdominal (fator mais importante no mecanismo importante).
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