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Técnica� vocai� par� terapi� d� voz - SBF� @joanapoletto� SONS NASAIS técnica universal, utilizados para reduzir o esforço laríngeo e difundir a ressonância no trato vocal, podendo ser M, N, NH. Variações: Emissão em glissando ascendente e descendente ou escalas Emissão do som nasal durante mastigação Emissão do som nasal na sequência MA NA NHÁ SONS FRICATIVOS principalmente para aumentar o tempo máximo de fonação Variações: Emissão de fricativos surdos (F, S, X) e/ou sonorous (V, Z, J) Emissão em unidades fonatórias Emissão alternada surdos F...S...X ou sonoros V...Z...J Emissão alternada surdo/sonoro S...Z...S...Z... ou F...V...F...V ou X...J...X...J Emissão em glissando SONS VIBRANTES vibração de todo esqueleto laríngeo, o que proporciona relaxamento, reduzindo o esforço fonatório. Além disso, ocorre também mobilização da mucosa das pregas vocais. Variações: Vibração sonorizada de lábio ou língua ou lábio e língua, simultaneamente Emissão em tempo máximo de fonação Emissão em unidades fonatórias Vibração de lábio ou língua em glissandos, escalas e estacato SOM BASAL proporciona decréscimo da frequência fundamental. Variações: Emissão da vogal A Emissão da sílaba LA Emissão da sequência BA DA GA Fry relaxado (Pinho, 2003) Fry tenso (Pinho, 2003) SOM HIPERAGUDO emissão mais equilibrada, menos disfônica e uma maior resistência vocal Variações: Emissão do hiperagudo associado à vibração de língua Emissão do som nasal hiperagudo e a sequência MINI, MINI, MINI, também hiperaguda. Técnica da sirene (Behlau, 2005) VOZ SALMODIADA ajuste vocal na voz salmodiada é menos tenso do que o habitual promovendo, portanto, uma emissão com menor tensão e esforço, além de aumentar a resistência vocal e quebrar o padrão habitual de voz e fala Variações: Utilização de fala automática, estrofes, provérbios e poesias. Redução gradativa da fala salmodiada para a emissão habitual. Finalização da emissão com variação para o grave e para o agudo para trabalhar a extensão vocal. LEITURA SOMENTE DE VOGAIS amplificação do som produzido pelas pregas vocais Variações: Produção encadeada de frases simples, poesias e fala automática. Utilização de músicas. Associação com a técnica de voz salmodiada. SOBREARTICULAÇÃO exagerar nos movimentos fonoarticulatórios durante a emissão de frases e pequenos textos, evitando a hipercontração das estruturas laríngeas ou da cintura escapular. Usada para redução da hipertonicidade laríngea, direcionamento do fluxo aéreo para a cavidade oral, projeção vocal, precisão articulatória, resistência vocal e redução da velocidade de fala Variações: Utilização de espelho para monitoramento visual Realização do exercício com uma pequena rolha entre os dentes Realização do exercício com o dedo indicador posicionado entre os dentes durante a emissão Utilização de calor local na região dos masseteres e temporais para relaxar a musculatura antes da realização da técnica. MASTIGATÓRIA equilíbrio da qualidade vocal, redução das constrições inadequadas, aquecimento da voz e aumento da resistência vocal. Mastigar ativamente com a boca aberta e com movimentos amplos de lábios, mandíbula, língua e bochechas, emitindo sons facilitadores, evitando somente o som “iam iam iam”, devido ao seu aspecto monótono (Behlau, 2005). Variações: Utilização de goma de mascar Repetição de frases ou leituras com mastigação selvagem Contagem de números durante a realização da técnica FONAÇÃO INSPIRATÓRIA produção fonatória de uma vogal durante a inspiração, seguida da expiração com emissão de uma vogal prolongada, realiza a aproximação das pregas vocais, o afastamento das pregas vestibulares e a estimulação de onda mucosa Variações: Inspirar pelo nariz simultaneamente à emissão de uma vogal prolongada. Inspiração com produção repetida e sequencial de vogal curta. Inspirar pela boca simultaneamente à emissão de uma vogal prolongada e expirar emitindo a vogal A bem suave TÉCNICA DE SUSSURRO auxiliar o fechamento das fendas da região anterior e medial da glote membranosa, portanto, pode ser utilizada para a compensação das fendas anteriores, ou quando há ineficiência dos músculos tensores na laringe. Para a indicação desta técnica, é preciso saber qual a configuração glótica do paciente durante a execução do sussurro, para evitar eventuais iatrogenias decorrentes de uma hiperfunção fonatória. Variações: Emissão sussurrada de fala automática: dias da semana, meses do ano, contagem de números. Iniciar a emissão em sussurro e gradualmente passar à emissão soprosa, fluida, neutra. MESSA DI VOCE favorece o controle respiratório e da pressão subglótica Variações: Consiste na emissão de um som com manutenção da frequência fundamental, ressonância e qualidade vocal e variação apenas da intensidade vocal, de um pianíssimo a um fortíssimo, retornando a um pianíssimo novamente Utilização da técnica com sons fricativos, nasais e vibrantes Utilização da técnica com vogais FIRMEZA GLÓTICA emissão sonorizada e sustentada de um som, com oclusão quase total da boca por meio da fonação com canudo, trato vocal semi-ocluído (TVSO). Variações: Oclusão da boca com a palma da mão e emitir um “V ou U com discreta soprosidade associada. Emissão de um V ou U sustentado, ocluindo a boca com o dedo indicador posicionado na vertical (Finger Kazoo). Emissão do U no canudo, em diferentes freqüências SNIFF Utilizada para afastar as estruturas do vestíbulo laríngeo, particularmente as pregas vestibulares, auxiliando na coaptação adequada da glote, a técnica permite uma abertura reflexa da laringe e emissão mais suave Variações: Rápidas inspirações nasais, seguidas do bocejo Rápidas inspirações nasais, seguidas da emissão da vogal A SOPRO E SOM AGUDO iniciar soprando e depois emitir um U hiperagudo é utilizada para favorecer a coaptação glótica sem o envolvimento das estruturas supraglóticas e sem a participação dos músculos intrínsecos laríngeos. Sopro e som fino, sopro e falsete. Variações: Realização da técnica do sopro e som agudo alternando com assobio ESTALO DE LÍNGUA ASSOCIADO AO SOM NASAL O primeiro movimenta a laringe verticalmente no pescoço, favorecendo uma melhor tonicidade da musculatura para a laríngea e mantendo, consequentemente, o foco de ressonância baixo. Por outro lado, a produção do som nasal reduz o esforço laríngeo e promove a difusão da ressonância no trato vocal. Variações: Associar à rotação de ombros. Associar à técnica de mudança de postura de cabeça. “B” PROLONGADO eficiente para alteração da posição vertical da laringe no pescoço, além disso, proporciona uma melhor coaptação glótica. A emissão após o uso dessa técnica é mais estável, com frequência fundamental mais grave e com tempo máximo de fonação aumentado. Há também aumento da amplitude de vibração das pregas vocais. Variações: prolongamento da oclusão da consoante “b”. emitida de forma suave, seguida de emissão da vogal “a”. (Behlau, 2005). Emissão do som do “b” com o queixo em direção ao peito. Emissão do “b” prolongado, seguido da emissão de uma palavra ou frase encadeada. ESFORÇO consistem em emissões realizadas concomitantemente à execução de uma série de socos no ar com os punhos cerrados ou como postura de mãos enganchadas, ou ainda empurrando-se uma superfície (mesa, parede, cadeira). Tais técnicas promovem a aproximação das pregas vocais na linha média Variações: Emissão de sílabas iniciadas por consoantes plosivas (BA, DA, GA, PA, TA, KA) simultaneamente à emissão de socos no ar Emissão de vogais empurrando-se simultaneamente uma mesa ou parede ou empurrando as palmas das mãos. Emissão de uma vogal com as mãos enganchadas. SONS DISPARADORES utilizados para eliciar a produção vocal Variações: Pigarrear, seguido de emissão de vogal, fricativo, nasal ou vibrante Tossir, seguido de emissão de vogal, de som fricativo, nasal ou vibrante Bocejar e produzir um som nasal Manipular cabeça, pescoço, laringe e pedir ao pacientepara tossir. MUDANÇA DE POSIÇÃO DE CABEÇA COM SONORIZAÇÃO são indicadas para se analisar em qual posição de cabeça o paciente apresenta uma melhor produção vocal Variações: Ao invés de utilizar a rotação da cabeça, esta pode ser inclinada para direita ou para a esquerda em direção aos ombros Usar diferentes sons associados, como sons nasais, fricativos e vibrantes MANIPULAÇÃO DIGITAL DA LARINGE massagem da musculatura para laríngea para, principalmente, relaxar a musculatura supra-hióidea e a membrana tireo-hióidea comprometida, devido à disfonias ligadas à síndrome de tensão muscular. Como consequência, a posição da laringe pode ser rebaixada e posteriorizada, favorecendo a aproximação das pregas vocais. Variações: Realização da massagem após aplicação de calor local. Massagem associada à emissão de sons nasais ou a bocejos ROTAÇÃO DE LÍNGUA NO VESTÍBULO emissão de um som facilitador associada à rotação da língua no vestíbulo oral de forma lenta e com os lábios ocluídos, o mesmo número de vezes em cada sentido. O objetivo é reduzir as constrições no trato vocal, reposicionar a língua e a laringe, além de ampliar a faringe, aumentando, desta forma, a ressonância oral. Variações: Substituir o movimento de rotação no vestíbulo pelo de varredura de palato.