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NOVA CRUZ - RN 2021 IRANILSON PORFIRIO DA SILVA SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL “SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DE UMA FÁBRICA DE PAPEL”. NOVA CRUZ - RN 2021 “SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DE UMA FÁBRICA DE PAPEL”. Trabalho de Produção textual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de Manejo de Unidades de Conservação; Ecologia e Biodiversidade; Recursos Naturais e Fontes de Energia; Educação Ambiental; Sistemas de Gestão Ambiental e Auditoria Ambiental Orientador: Francielle Pereira da Silva IRANILSON PORFIRIO DA SILVA SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3 2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................... 4 2.1 Manejo de Unidades de Conservação .......................................................... 4 2.2 Ecologia e Biodiversidade ............................................................................ 4 2.3 Recursos Naturais e fontes de energia ........................................................ 6 2.4 Educação ambiental ...................................................................................... 7 2.5 Sistemas de Gestão Ambiental e Auditoria Ambiental. .............................. 8 3 CONCLUSÃO ............................................................................................... 10 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 11 3 1 INTRODUÇÃO A necessidade das indústrias gerenciarem aspectos relacionados ao meio ambiente não é algo novo, pois o uso dos recursos naturais e a disposição dos resíduos da produção sempre ocorreram, desde a instalação das primeiras fábricas. Nas últimas décadas, entretanto, as indústrias começaram a modificar o estilo do seu gerenciamento ambiental e muitas delas decidiram implantar seu sistema de gestão ambiental, como ocorreu nas indústrias de papel. Esta implantação, porém, exige várias adequações no gerenciamento ambiental, que se não for bem conduzida, pode deixar muitas lacunas, comprometendo o objetivo da gestão ambiental, que é identificar, avaliar e controlar os impactos ambientais de uma empresa. Este trabalho buscou sistematizar conhecimentos sobre a implantação de um sistema de gestão ambiental em indústrias de papel. . 4 2 DESENVOLVIMENTO . 2.1 MANEJO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Na área destinada à formação do Parque Ecológico pode-se transformar em uma Unidades de Conservação de Uso Sustentável Conforme a Lei nº 9.985/2000, o objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parte dos seus recursos naturais. Entende-se como “uso sustentável” a exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável. Se enquadrandando como Área de Relevante Interesse Ecológico. Geralmente de pequena extensão, são áreas com pouca ou nenhuma ocupação humana, exibindo características naturais extraordinárias ou que abrigam exemplares raros da biota regional, tendo como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza. 2.2 ECOLOGIA E BIODIVERSIDADE A sucessão ecológica é o processo gradual de mudanças da estrutura e composição de uma comunidade. Representa um processo ordenado de mudanças no ecossistema, incluindo alterações no ambiente físico pela comunidade biológica, até alcançar o fase de clímax. Durante a sucessão ecológica, as comunidades mais simples vão com o passar do tempo sendo substituídas por comunidades mais complexas. A sucessão ecológica passa por três fases: 5 a ecese, seral e clímax. A ecese representa a comunidade pioneira. São os primeiros organismos a se instalarem no ambiente, como líquens, gramíneas e insetos. A seral é a comunidade intermediária. Representada pela vegetação de pequeno porte, arbustiva e herbácea. Nessa fase ocorrem mudanças significativas na comunidade. A última fase é o clímax, a comunidade estabilizada. A comunidade atinge elevado número de espécies, os nichos ecológicos são ocupados e apresenta grande quantidade de biomassa. A comunidade tende a evoluir até clímax, quando é formada por populações em equilíbrio com o meio. A sucessão ecológica pode ser classificada em dois tipos: - Sucessão Primária: ocorre em ambientes que nunca antes foram ocupados por uma comunidade. Como exemplo desse tipo de sucessão, podemos citar o surgimento de vida em afloramentos rochosos e lavas vulcânicas solidificadas (veja figura acima). Nesse tipo de sucessão, observa-se um ambiente de difícil estabelecimento de organismos. Surgem, nesse cenário, as espécies pioneiras, que possuem capacidade de se estabelecer em locais com condições severas. Um exemplo clássico de espécie pioneira são os líquens, organismos formados pela associação de algas ou cianobactérias com fungos. Esses seres são capazes, por exemplo, de se estabelecerem em rochas, onde lançam ácidos capazes de formar uma pequena camada de solo por meio da desagregação da rocha. A partir desse solo, é possível o desenvolvimento de novos seres e, consequentemente, o estabelecimento de outras comunidades. - Sucessão Secundária: ocorre em ambientes em que já existiu uma comunidade anteriormente. Nesse caso, o desenvolvimento de uma nova comunidade já conta com a presença de matéria orgânica, uma vez que a biota original foi apenas parcialmente alterada. Entre os exemplos desse tipo de sucessão, podemos citar as áreas desmatadas e clareiras. 6 2.3 RECURSOS NATURAIS E FONTES DE ENERGIA Para reduzir o desperdício de energia a fabrica de papel necessita ao longo do processo implementar estratégias eficientes. Uso de enzimas eficientes A fase de preparo da massa é responsável por cerca de 30% do consumo de energia na fabricação do papel. Uma das razões é a necessidade de digestão e branqueamento. Esta etapa requer o uso de enzimas específicas para a quebra da lignina. Por esse motivo, uma das formas de aumentar a eficiência energética é usar enzimas de melhor qualidade. Além de reduzir o consumo de energia, o uso de enzimas eficientes traz como benefícios: Incremento da capacidade de refino, pois promove maior vazão de massa; Aumento da vida útil dos discos; Melhor formação da folha; Menos danos nas fibras. Faça a regulagem dos equipamentos Uma primeira medida a ser realizada, antes mesmo da opção por novos equipamentos ou produtos enzimáticos para o refino de papel e celulose, é realizar regulagem dos equipamentos atuais. Com o uso, as máquinas se desgastam e se desregulam, o que pode causar perdas significativas de eficiência energética. Quanto maior o custo de produção, menor a margem de lucro. Substitua motores e lâmpadas Em grande parte das plantas de produção de papel e celulose do Brasil e da indústria como um todo, há quantidades significativas de equipamentos obsoletos. Além da perda de eficiência que ocorre naturalmente com o tempo, máquinas antigas não têm peças de reposição e, acima disso, não foram projetadas para serem eficientes. O mesmo vale para lâmpadas. Existem modelos hoje que, aindaque possam ser mais caros, compensam a aquisição pela redução no consumo de energia que elas trazem. Assim, avalie a situação das máquinas 7 atualmente e tome providências para atualizar os equipamentos e, assim, trazer maior eficiência para a fábrica. Escolha bons produtos para a limpeza dos equipamentos A etapa de limpeza periódica dos equipamentos de uma fábrica de celulose é um enorme empreendimento. Durante as paradas na produção, grandes quantidades de produtos de limpeza específicos são utilizados. Além das enzimas utilizadas para tratamento de efluentes que saem da fábrica, há compostos para a adequação da água de processo em circuito fechado. Em ambas as situações, o uso de produtos de boa qualidade e biodegradáveis melhora tanto a produtividade quanto a sustentabilidade da empresa. A limpeza dos equipamentos assegura, também, a qualidade do produto final. No caso do papel, a brancura é essencial para assegurar seu valor de mercado. Por essa razão, é necessário manter devidamente higienizado todo o processo produtivo, eliminando quaisquer restos de amido ou lignina que possam ter ficado para trás na digestão ou despolpação. Assim, é possível reduzir o consumo de energia ao mesmo tempo que se usam materiais mais eficientes e ambientalmente menos agressivos. Além de reduzir os custos com manutenção, enzimas de boa qualidade otimizam a produção e melhoram o fluxo de trabalho na fábrica de papel. Com isso, a empresa também irá melhorar seus indicadores ambientais e reduzirá sua pegada ambiental. 2.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 1. Curso de férias A programação do curso de férias é exclusiva para crianças e adolescentes entre 8 e 13 anos com objetivo de despertar o interesse e o espírito de proteção e preservação da natureza, por meio de aulas interativas sobre preservação e manejo de animais silvestres, meio ambiente. As lições são dadas de forma divertida e descontraída, fazendo com que os participantes entendam a importância e necessidade de se preservar o meio ambiente e não poluir o ar, rios, parques e 8 principalmente respeitar as outras formas de vida. 2. Passeio noturno educativo O objetivo da atividade é proporcionar a oportunidade de os participantes conhecerem o comportamento dos animais de hábitos noturnos e curiosidades sobre o meio ambiente. 3. Dinâmicas e vivências para atividades de percepção, interpretação e sensibilização ambiental Sensibilizar para a estimulação da percepção auditiva relacionada aos sons e ruídos que existem em nossas paisagens. Desdobramento para a sensibilização de outras percepções: visual, olfativa etc. 2.5 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL E AUDITORIA AMBIENTAL. Deve-se estabelece o sistema de gestão ambiental da organização e, assim: Avalia as conseqüências ambientais das atividades, produtos e serviços da organização; Atende a demanda da sociedade; Define políticas e objetivos baseados em indicadores ambientais através da organização que podem retratar necessidades desde a redução de emissões de poluentes até a utilização racional dos recursos naturais; Implicam na redução de custos, na prestação de serviços e em prevenção; É aplicada às atividades com potencial de efeito no meio ambiente; É aplicável à organização como um todo. A ABNT NBR ISO 14001 especifica os requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental e permite a uma organização desenvolver uma estrutura para a proteção do meio ambiente e rápida resposta às mudanças das condições ambientais. A norma leva em conta aspectos ambientais influenciados pela organização e outros passíveis de serem controlados por ela. A implementação dessa norma deve ser buscada por empresas que desejam estabelecer ou aprimorar um Sistema de Gestão Ambiental, estar seguras sobre políticas ambientais praticadas ou demonstrar estar de acordo com práticas sustentáveis a clientes e a organizações externas. Para implementar o sistema de gestão ambiental e obter 9 certificação ISO 14001, a indústria deverá aplicar medidas para atender aos requisitos da norma internacional. A legislação em relação ao Direito Ambiental no Brasil não é simples e é necessário fazer um levantamento detalhado da situação da indústria. Por isso, o certificado da ISO 14001 pode ser um pouco mais trabalhoso do que obter o certificado ISO 9001, por exemplo. Para implantar a ISO 14001 sua indústria leva em média de 10 a 18 meses de acordo com empresas especializadas. No final, o tempo de implementação depende bastante do tamanho da empresa, do grau de envolvimento da direção e dos recursos humanos disponíveis para o trabalho. Primeiro sua indústria deve contratar uma consultoria para fazer uma auditoria interna e adequar seus processos as exigências da ISO. Aqui estão algumas dicas para implementar a ISO 14001 na sua fábrica: • 1º dica: estude sobre o assunto. É importante estar por dentro dos impactos que a sua indústria pode causar ao meio ambiente e também formas de eliminá-los sem perder rentabilidade. Também é importante estudar a norma para saber pelo que sua indústria irá passar. • 2º dica: envolva seus colaboradores e sócios no projeto, é ideal que todos abracem a causa para resultados mais rápidos e efetivos. • 3º dica: complementando a segunda dica, ofereça treinamentos e incentivos para sua equipe. Assim você poderá até mesmo auditores internos que irão acelerar a implementação e facilitar a manutenção da certificação. • 4º dica: use o benefício comercial da norma para melhorar a imagem da sua indústria. Mostre para clientes, parceiros e possíveis clientes que você tem credibilidade e preocupação com o meio ambiente. • 5º dica: defina uma equipe focada na implantação. Dessa forma você garante que o processo siga de forma continua e estável. • 6º dica: Busque ajuda de uma empresa especializada. Como falei anteriormente, a ISO 14001 tem a implementação mais complicada do que outras normas, por isso é importante a participação de especialistas capacitados. 10 3 CONCLUSÃO Para as organizações, o crescimento da preocupação com a preservação do meio ambiente se constitui em desafio constante. A questão ambiental, crescentemente incorporada aos mercados e às estruturas regulatórias da sociedade, passou a ser vista cada vez mais como um elemento essencial a ser considerado no processo de gestão. A pressão de regulamentações, acionistas, investidores e bancos para que as empresas reduzam seus riscos ambientais e a pressão dos consumidores e entidades exigindo produtos que causem menores impactos ao ambiente têm motivado as empresas a buscar novas formas de relacionamento com o meio no qual estão inseridas. 11 REFERÊNCIAS ASSUMPÇÃO, R.M.V.et al. Tecnologia de Fabricação da Pasta Celulósica. 2ª ed., v. I, São Paulo, S.P., SENAI/IPT, 2018. 559 p. D’ALMEIDA, M. L. O. Tecnologia de Fabricação da Pasta Celulósica. 2ª ed., v. I, São Paulo, S.P., SENAI/IPT, 2016. 559 p. JORDÃO, M.C.S . Tecnologia de Fabricação da Pasta Celulósica. 2ª ed., v. I, São Paulo, S.P., SENAI/IPT, 2015. 559 p PIOTTO, C. Eco-eficiência na Indústria de Celulose e Papel - Estudo de Caso 28 2017 Disponível em: http://www.teclim.ufba.br/site/material_online/teses/tese_zeila_c piotto.pdf Ascesso em : 05 mar.2021
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