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Relatorio Imonologia Clinica

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Relatório de aulas práticas 
 
 
 
 
 
 
Imunologia clínica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: Farmácia 
NOME DO ALUNO: Renata Antoniolli Reis 
R.A: 2055737 
POLO: Lapa 
 
 
 
1. Introdução 
Segundo Abbas (2015), o termo imunidade é derivado do latim imunitas, que 
se refere à proteção oferecida aos senadores romanos durante seus mandatos, contra 
processos legais. Historicamente, a imunidade significa proteção contra doenças 
(principalmente doenças infecciosas). As células e moléculas responsáveis pela 
imunidade formam o sistema imune, e sua resposta coletiva e coordenada à entrada 
de substâncias estranhas é denominada resposta imune. A função fisiológica do 
sistema imune é a defesa contra microrganismos infecciosos. No entanto, mesmo 
agentes estranhos não infecciosas podem elicitar respostas imunes. 
A Imunologia Clínica é a especialidade da medicina que permite o diagnóstico 
e o tratamento das doenças que afetam o funcionamento do sistema imunológico. Se 
atém à análise de processos relativos à defesa do organismo contra agentes 
estranhos e, dessa forma, permite a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de 
doenças e de alergias. 
Neste relatório serão abordadas diversas técnicas de análises laboratoriais 
como: Visualização de Células Sanguíneas; Técnicas de Diluição; Aglutinação; 
Aglutinação – Hemaglutinação; Enzimático – ELISA para HIV e Discussão de Casos 
Clínicos, quesitos de extrema importância para a Imunologia Clínica. 
 
2. Aula 1 - Roteiro 1 - Visualização de Células Sanguíneas 
 
2.1 Aspecto gerais 
As células sanguíneas fazem parte dos diversos tipos de células que compõem 
o corpo humano. Cada uma delas possui uma função específica e um ciclo de vida. 
A hematopoiese, ou seja, o processo de produção e maturação dos diversos 
tipos celulares sanguíneos, ocorre na medula óssea, encontrada na cavidade interna 
dos ossos. Nesse sítio são encontradas as células-tronco hematopoiéticas, formas 
precursoras de todos os tipos celulares. 
Depois que o elemento sanguíneo desempenhou a sua função e fica “velho”, 
ele sofre a morte celular espontânea, denominada apoptose. Esse ciclo acontece 
durante toda a vida de uma pessoa saudável. 
O sangue é composto pelo plasma, constituído de água, açúcares, gorduras, 
sais minerais e proteínas, e três tipos de células sanguíneas básicas: as hemácias, 
responsáveis pelo transporte de oxigênio, os leucócitos, células de defesa e as 
plaquetas, responsáveis pelo processo de coagulação. 
A pesquisa de células sanguíneas pode ser realizada através da utilização de 
um esfregaço de amostra de sangue em lâmina, que após a devida coloração, permite 
a visualização em microscópio, 
 
2.2 Objetivo 
Proporcionar a identificação dos elementos figurados do sangue e a 
diferenciação das principais células de defesa do sistema imune presentes na 
circulação sanguínea. Fazer correlação da morfologia com a função dessas células. 
 
2.3 Procedimento 
1. O microscópio foi devidamente acomodado em superfície isenta de vibrações. 
2. A objetiva de menor aumento foi colocada na direção da luz por meio do 
movimento do revólver. 
3. Uma lâmina previamente preparada com esfregaço de sangue foi acomodada 
na platina, encaixando-a no charriot. 
4. O condensador foi encostado na lâmina e a luz foi acionada. 
5. Por meio do movimento do parafuso macrométrico, foi focalizado o esfregaço 
sanguíneo em imagem nítida. 
6. O foco foi ajustado com o parafuso micrométrico e foram observados as 
imagens e os elementos figurados que podem ser detectados nesse aumento. 
7. O processo foi repetido até a objetiva de 40x. Com essa objetiva buscou-se 
observar os glóbulos vermelhos, plaquetas e glóbulos brancos. 
8. Na objetiva 100x foi adicionada uma gota de óleo de imersão à lâmina. 
9. Nessa objetiva buscou-se identificar as diferentes morfologias entre neutrófilos, 
linfócitos, monócitos, eosinófilos. 
 
 
Foto 01 – Visão externa do microscópio 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Foto 2 – Visão microscópica, Leucócitos. 
 
Fonte: Autoria própria 
 
2.4 Resultado 
Após a análise microscópica das lâminas previamente preparadas, foi possível 
identificar os Leucócitos. 
3. Aula 1 - Roteiro 2 – Técnicas de Diluição 
 
3.1 Aspectos gerais 
 
A diluição é um processo em que através da adição de um diluente (geralmente 
água ou NaCl a 0,85%) à uma solução, ocorre o aumento do volume e a diminuição 
da concentração. Usualmente as diluições são expressas como uma unidade da 
solução original sobre o total de unidades da solução final. Portanto, uma solução com 
diluição 1/10 significa que uma unidade da solução concentrada foi diluída para um 
volume de 9 unidades de diluente, num total de 10 unidades. As diluições podem ser 
representadas como 1:10, 1:50, etc. Quando colocamos, por exemplo, 0,5 mL de NaCl 
a 0,85% em um tubo e adicionamos a essa solução 0,5 mL de soro, ficamos com uma 
diluição do soro a 1:2, pois há 0,5 mL de soro em um volume total de 1,0 mL de 
solução, portanto, uma diluição de 1:2 ou 1/2. 
Em imunologia clínica, o título indica a concentração de anticorpo no soro do 
paciente. O título de anticorpo de um soro é a diluição mais alta de soro que reage 
com o antígeno. Por exemplo, se o último tubo que demonstra reação contém um 
volume de 1 mL e o soro nesse tubo é uma parte em um total de 640 partes, o título é 
640 unidades/ml de soro. 
 
3.2 Procedimento 
 
3.2.1 Preparo de diluições seriadas 1:2 
 
1. Foram separados 5 tubos de ensaio identificados de igual volume; 
2. Em cada tubo foram pipetados 10ml de diluente (água destilada); 
3. No primeiro tubo foram adicionados 10ml de solução concentrada (corante 
concentrado); 
4. O tubo foi homogeneizado; 
5. Do primeiro tubo, foram transferidos 10ml para o segundo tubo; 
6. O tubo foi homogeneizado; 
7. Os processos 3 e 4 foram repetidos até o quinto tubo; 
8. Foram descartados 10ml do tubo cinco, para que todos os tubos ficassem com 
igual volume. 
 
3.2.2 Preparo de diluições seriadas 1:10 
 
1. Foram separados 5 tubos de ensaio identificados de igual volume; 
2. Nos tubos foram pipetados 9 ml de diluente (água destilada); 
3. No primeiro tubo, foi adicionado 1 ml de solução concentrada (corante 
concentrado); 
4. O tubo foi homogeneizado; 
5. Foi transferido 1 ml do primeiro para o segundo tubo; 
6. O tubo foi homogeneizado; 
7. O procedimento anterior foi repetido até o quinto tubo. 
8. Descartado 1 ml do tubo cinco (para que todos os tubos ficassem com igual 
volume). 
 
Foto 3 – Tubos de ensaio separados e identificados 
 
Fonte: Autoria própria 
 
 
Foto 4 – Tubos com diluições seriadas 
 
Fonte: Autoria própria 
 
3.3 Resultado 
 
Foram observadas diferentes intensidades de cor nos tubos, de acordo com a 
concentração. O primeiro tubo contendo a amostra concentrada, sem diluição, 
evidenciou maior intensidade de cor, enquanto o último, com maior diluição, 
demonstrou matizes mais suaves. 
Por analogia, se estivéssemos investigando a presença de anticorpos para uma 
determinada afecção, poderíamos concluir que o primeiro tubo possuiria maior 
concentração de anticorpos, ao passo que e o tubo de número cinco, possuiria a 
menor concentração. 
 
4. Aula 2 - Roteiro 1 - Aglutinação 
 
4.1 Aspectos gerais 
 
 Quando um anticorpo reage com um antígeno multivalente presente em uma 
partícula insolúvel, ocorre a ligação cruzada com produção de agregados. A partícula 
insolúvel pode ser um antígeno insolúvel nativo, antígenos expressos em células ou 
partículas cobertas com antígenos. As reações de aglutinação têm boa sensibilidade 
e podem ser analisadas visualmente. Entretanto, são mais suscetíveis a resultados 
falso-positivos, decorrentes da aglutinação inespecífica. 
Nas reações de aglutinação passiva ou indireta, as hemácias e as partículas 
inertes (bentonita, látex, sepharose, leveduras, gelatina) podem ser sensibilizadas poradsorção passiva. Isto pode ser feito através de contato direto com antígenos solúveis, 
por adsorção via agentes químicos solúveis, por adsorção com agentes químicos e 
por conjugação através de ligações químicas covalentes. Estes processos de 
adsorção fornecem reagentes estáveis. Devido à grande diversidade de antígenos 
que podem se ligar às células ou partículas, a aplicação dos testes de aglutinação 
passiva é muito variada. 
 
4.2 Objetivos 
 
Mostrar ao aluno reações de formação do complexo antígeno-anticorpo in vitro. 
 
4.3 Procedimento 
 
4.3.1 Teste qualitativo 
 
1. Em uma placa de fundo escuro, foram adicionados nos círculos 1 e 2, 
respectivamente, uma gota de Látex FR, e amostras de controle positivo e 
negativo; 
2. Cada círculo foi homogeneizado com o auxílio de uma espátula em toda a sua 
extensão; 
3. Com movimentos circulares as placas foram agitadas por dois minutos; 
4. Os resultados foram anotados. 
 
 
Foto 5 – Kit teste para aglutinação 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Foto 6 – Amostra sendo homogeneizada com o látex. 
 
Fonte: autoria própria 
 
Foto 7 – Resultado do teste de aglutinação. 
 
Fonte: Autoria própria. 
4.4 Resultados 
Observou-se que no círculo de número um, houve aglutinação, em 
contrapartida, o mesmo não ocorreu no círculo de número dois. 
 
5. Aula 2 - Roteiro 2 - Aglutinação – Hemaglutinação 
 
5.1 Aspectos gerais 
 
Os eritrócitos estão entre os melhores sustentáculos de antígenos para testes 
de aglutinação. Na hemaglutinação indireta, hemácias de aves são suportes para 
antígenos do Trypanosoma cruzi (agente etiológico da doença de Chagas), 
adsorvidos à sua superfície. Tais preparações, quando colocadas em contato com 
diluições de soros de pacientes chagásicos, geram reação de aglutinação passiva. 
O mesmo ocorre com hemácias de aves estabilizadas e sensibilizadas com 
antígenos totais de Toxoplasma gondii (antígenos solúveis). Ocorre aglutinação 
quando submetidas ao contato com diluições de soros com anticorpos específicos. 
 
5.2 Hemaglutinação passiva para doença de Chagas 
 
5.2.1 Objetivo 
 
Teste de hemaglutinação passiva para o diagnóstico sorológico da doença de 
Chagas e Toxoplasmose. 
 
 
 
 
5.2.2 Procedimento 
1. Em um tubo de ensaio, foi diluída a amostra 1/40 a ensaiar e os soros controle 
positivo (R3) e negativo (R4), sendo adicionados 10 ml da amostra + 04µL de 
diluente (R2A); 
2. Foi adicionado na microplaca, a partir da segunda cavidade, 50 µL de diluente 
(R2A); 
3. Foram transferidos 50 µL da amostra diluída para a primeira cavidade; 
4. Foram transferidos 50 µL da amostra diluída para a segunda cavidade, sendo 
homogeneizados e transferidos 50 µL para a terceira cavidade. O mesmo foi 
feito para a quarta cavidade e sucessivamente até a oitava cavidade, em que 
após a homogeneização, 50 µL foram desprezados; 
5. Controle positivo: foram repetidos os esquemas do item 4 até a sexta cavidade, 
em que após homogeneização 50 µL foram desprezados; 
6. Controle negativo: foram adicionados 50 µL do controle diluído nas cavidades 
sete e oito. 
7. A suspensão de hemácias (R1) foi homogeneizada por agitação delicada do 
frasco, sendo adicionados 25 µL a cada cavidade; 
8. Com leves batidas nas laterais da placa os reagentes foram homogeneizados; 
9. A placa foi deixada em repouso por 1 hora, à temperatura ambiente, e em local 
isento de vibrações; 
10. Após este período, foi efetuada a leitura final da incubação. 
 
Foto 8 – Kit para doença de chagas. 
 
Fonte: autoria própria. 
Foto 9 – Amostra sendo diluída em tubo de ensaio, com controle positivo (R3) 
 
Fonte: autoria própria. 
 
Foto 10 – Positivo sendo adiciona a placa. 
 
Fonte: autoria própria. 
 
Foto 11 – Placas com as amostras e controle positivo (R3) 
 
Fonte: autoria própria 
Foto 12 - Amostra sendo diluída em tubo de ensaio, com controle negativo (R4) 
 
Fonte: autoria própria 
 
Foto 13 – Negativo em duplicata adicionado a placa 
 
Fonte: autoria própria 
 
Foto 14 – Frasco com suspenção de hemácias (R1), após homogeneização 
 
Fonte: autoria própria. 
Foto 15 – Hemácias sendo aplicadas à cada cavidade. 
 
Fonte: autoria própria 
 
Foto 16 – Amostras em descanso, sobre papel toalha para a não evaporação 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Foto 17 – Amostras Após uma hora de descanso. 
 
Fonte: autoria própria 
5.3 Exercício proposto 
 
 
 
5.3.1 Resultados 
 
 Teste A – Chagas Teste B - Toxoplasmose 
Controle + 1:640 1:128 
Controle - OK (Não Lise) Ok (não Lise) 
Amostra 1:640 (diluição) 1:512 (diluição) 
Título 640 512 
 
Com base nos dados colhidos e testes efetuados, observou-se que ambas as 
testagens acusaram resultados positivos: 
• Teste A – Doença de Chagas – observação até 1:640, indicou que houve 
aglutinação. 
• Teste B – Toxoplasmose – observação até 1:512, manifestou a ocorrência de 
aglutinação. 
 
 
6. Aula 3 Roteiro 1 - Enzimático – ELISA para HIV 
 
6.1 Aspectos gerais 
 
O teste de ELISA (Enzyme Linked Immunosorbent Assay), ou Ensaio de 
Imunoabsorção Enzimática, é um teste imunoenzimático que permite a detecção de 
antígenos (Ag) e anticorpos (Ac) através de reações enzimáticas. Um dos reagentes 
é imobilizado na fase sólida, enquanto outro pode ser ligado a uma enzima, com 
preservação tanto da atividade enzimática como da imunológica do anticorpo. 
O teste pode identificar quantidades extremamente diminutas de antígenos ou 
anticorpos, podendo ter elevada precisão se os reagentes e os parâmetros forem 
adequadamente padronizados. 
Existem 3 tipos de testes: indireto, sanduiche e de competitivo, sendo o teste 
sanduiche mais utilizado. 
 
É largamente utilizado para a identificação de anticorpos para diversas doenças 
e antígenos como partículas virais, hormônios, proteínas tumorais e interleucinas. 
6.2 Objetivo 
 
Mostrar ao aluno reações de formação do complexo antígeno-anticorpo in vitro 
com o emprego de um teste enzimático aplicado na prática de diagnóstico e de 
triagem. 
 
6.3 Procedimento 
1. Foi estabelecido o plano de distribuição e identificação das amostras e dos 
controles; 
2. Foram pipetados 200 µL do diluente mais 10 µL dos controles positivos, 
negativos e amostra. Realizado, então, um controle branco no qual foram 
adicionados 200 µL do diluente; 
3. Os testes foram tampados com fita adesiva para não evaporarem, e com 
batidas leves nas laterais, foi feita a homogeneização; 
4. A placa foi incubada por 30 minutos a 37 °C; 
5. Após 30 minutos, o líquido de cada poço foi desprezado e lavado 5 vezes com 
tampão de lavagem, com intervalo de 1 minuto para cada lavagem; 
6. Foram distribuídos 50 µL do conjugado anti-Ig humano peroxidase; 
7. A placa foi incubada por mais 30 minutos a 37 °C e os testes foram tampados 
com fita adesiva para não ocorrer evaporação; 
8. Após 30 minutos o item 5 foi repetido; 
9. Foram distribuídos 50 µL do revelador A mais 50 µL do revelador B (uma gota 
de cada em cada um dos poços); 
10. A placa foi incubada por mais 30 minutos a 37 °C, sendo os testes tampados 
com fita adesiva para não ocorrer evaporação; 
11. Foram distribuídos 50 µL do stoper em cada poço. 
 
 
 
 
Foto 18 – Placas de Elisa 
 
Fonte: autoria própria 
 
Foto 19 – Revelador A e B 
 
Fonte: autoria própria 
 
Foto 20 – Diluente, amostra, controle positivo e controle negativo, tampadas com fita adesiva. 
 
Fonte: autoria própria 
Foto 21 – Lavagem da placa 
 
Fonte: autoria própria 
 
Foto 22 – Placas após a terceira lavagem 
 
Fonte: autoria própria 
 
Foto 23 – Pipetagem do conjugado 
 
Fonte: autoria própria 
Foto 24 – Placas após o conjugado. 
 
Fonte: autoria própria 
 
Foto 25 – Placas sobre o abrigo da luz 
 
Fonte: autoria própria 
 
Foto 26 – Branqueamento da amostra 
 
Fonte: autoria própria 
Foto 27 – Placas com alterações de cor, mudança de PH. 
 
Fonte:autoria própria 
 
6.4 Resultado 
 
 Foi observada a detecção positiva para HIV no teste de ELISA realizado. Após 
a utilização da solução ácida de parada (stopper), a coloração azul-celeste se tornou 
amarela. 
 
7. Aula 4 - Roteiro 1 - Discussão de Casos Clínicos 
 
7.1 Caso Clínico 1 
 
G.F.M.F., sexo masculino, solteiro, 43 anos, hipertenso controlado, marcou 
uma teleconsulta com seu clínico geral de confiança. Durante a consulta, relatou ao 
médico que um morador de seu prédio havia testado positivo para o novo coronavírus, 
motivo pelo qual se encontrava muito ansioso, embora não apresentasse nenhum 
sintoma respiratório ou outra queixa. 
Estava preocupado, apesar de não ter havido nenhum contato com esse 
vizinho e estivesse totalmente isolado dentro de casa há quase dois meses (se 
recordava apenas de ter saído de casa há uma semana para tomar a vacina contra a 
gripe no posto de saúde). Informou que já havia realizado, por iniciativa própria, um 
“teste rápido” em domicílio feito por um laboratório da rede particular e que o resultado 
já se encontrava disponível. O motivo principal da consulta seria para que ele pudesse 
tirar algumas dúvidas sobre o resultado desse exame sorológico. Seu médico o 
informou que, em virtude de sua história clínico-epidemiológica, não havia nenhuma 
recomendação de realização da sorologia, mas já que havia feito, solicitou então que 
mostrasse o exame. 
Para a surpresa do médico, o resultado do exame apresentava uma IgM 
reagente, com IgG não reagente. Frente a esse resultado, o paciente foi informado 
que havia a possibilidade de estar no curso de uma infecção aguda/recente pelo novo 
coronavírus. Já que se encontrava totalmente assintomático, foi orientado a 
permanecer em isolamento social domiciliar, com monitoramento periódico de sinais 
vitais. Foi solicitada uma nova sorologia em 14 dias, a fim de verificar a soroconversão. 
Foi informado sobre a necessidade de reavaliação do seu quadro clínico, em dias 
alternados, por meio de teleconsulta. 
Durante todo o período recomendado de isolamento, o paciente permaneceu 
sem sintomas respiratórios e sem queixas. Realizou então nova sorologia (“teste 
rápido”) duas semanas após o primeiro e entrou em contato com seu médico para 
mostrar o resultado. Novamente, para espanto do médico, o resultado de ambas as 
imunoglobulinas (IgM e IgG) veio não reagente. 
Qual a provável causa da reatividade transitória e isolada da IgM? Justifique 
sua resposta. 
Considerando que a primeira testagem acusou IgM reagente (sugere infecção 
aguda) e IgG não reagente (indica que paciente não apresentou infecção anterior), a 
segunda testagem negativa para ambas imunoglobulinas (indica que não há infecção 
aguda e que não apresentou infecção anterior), e que o paciente não apresentou 
sintomas, sugere-se que não houve infecção. Aparentemente o igM positivo tratou-se 
de resultado falso positivo (possivelmente por reação cruzada com outros vírus, como 
outros coronavírus ou vírus Influenza), sugerindo baixa sensibilidade do teste 
empregado. 
 
 
7.2 Caso Clínico 2 
 
P.C.F., sexo feminino, 5 anos, parda, natural e procedente de Salvador, 
católica, febre e manchas pelo corpo há 2 dias. Paciente procurou a UPA, trazida pela 
genitora, a qual referiu que há dois dias começou a apresentar febre não aferida, 
associada a exantemas que iniciaram na cabeça e que se disseminaram rapidamente 
pelos braços, pernas e tronco; dor de garganta e dor de cabeça. 
Geral: afirma febre. 
Cabeça: refere cefaleia. 
Paciente nega outros sintomas nos demais sistemas. 
Nascida de parto natural, sem intercorrências, a termo, Apgar 8, perímetro 
cefálico 33 cm, 43 cm de comprimento e 3,0 kg ao nascer. Refere ter tido catapora no 
ano anterior. Nega alergias e outras comorbidades. Não sabe informar sobre o 
calendário vacinal. 
Antecedentes familiares 
 Pai hipertenso. Mãe sem comorbidades. Avô paterno diabético e hipertenso. 
Hábitos de vida 
Compõe uma família de classe média com casa própria, água encanada, 
saneamento básico. Encontra-se matriculada na série G4, não possui animais de 
estimação. Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade. 
Exame físico geral 
Ao exame físico encontra-se em estado geral regular, lúcida, orientada, 
hidratada, mucosas coradas e febril a 38,2 ºC, temperatura axilar. Apresenta 
exantema maculopapular e puntiforme, difusamente pela face e pelo corpo, e 
linfonodos retroauriculares, occipital e cervical presentes. Orofaringe levemente 
eritematosa, sem placa de pus. Ao exame físico segmentar, apresenta: 
Cabeça e pescoço – implantação e distribuição dos cabelos normais; linfonodos 
palpáveis em cadeias retroauricular, occipital e cervical posterior. 
Sistema cardiovascular – bulhas rítmicas, normofonéticas, em dois tempos e 
sem sopros. 
Sistema respiratório – murmúrios vesiculares bem distribuídos e sem ruídos 
adventícios. 
Abdome – flácido, globoso e simétrico; som timpânico à percussão abdominal. 
Extremidades – sem deformidades, bem perfundidas e sem edemas. Foi 
orientada a necessidade de isolamento social em domicílio e prescrita medicação para 
dor e febre. Sugerida realização de exames laboratoriais para confirmação de 
hipótese diagnóstica. 
Os exames solicitados foram: sorologia para algumas doenças exantemáticas, 
entre elas: rubéola, sarampo e dengue. Retornou ao ambulatório com os resultados 
dos exames negativos para sorologia dessas doenças, exceto o de rubéola que se 
apresentou positivo, com o valor de IgM 2,10. O tratamento recomendado foi um 
tratamento sintomático para alívio das manifestações apresentadas pelo paciente. 
 
Questões para orientar a discussão do caso 
1. Qual o quadro clínico característico da rubéola? 
Segundo a Organização Mundial da Saúde, um período prodrômico pode 
acontecer durante a segunda semana após a exposição, e consiste em febre baixa 
(menor que 39oC), mal-estar, conjuntivite leve, Linfoadenomegalias (podem ser 
retroauricular, occipital e cervical), antecedendo o exantema no período de cinco a 
dez dias. 
Posteriormente, o quadro clínico é caracterizado por exantema maculopapular, 
eritematoso e pruriginoso, (ocorrem em 50% a 80% das pessoas infectadas), com 
início na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para o tronco 
e os membros, com duração de um a três dias. Sintomas articulares podem ocorrer, 
geralmente de curta duração. Estudos sorológicos demonstraram que 20% a 50% de 
todas as infecções por rubéola não apresentam sintomas. 
 
2. Quais os possíveis diagnósticos diferenciais para esse caso clínico? 
É recomendada a investigação de outras doenças exantemáticas febris agudas 
como: sarampo, exantema súbito (herpes vírus 6), dengue, eritema infeccioso 
(parvovírus B19), febre de chikungunya, vírus Zika, enteroviroses e riquetsiose, 
considerando-se a situação epidemiológica em evidência. 
3. Quais exames podem ser solicitados para o diagnóstico de rubéola? 
O diagnóstico laboratorial é realizado por meio de sorologia, utilizando-se a 
técnica de ensaio imunoenzimático (ELISA) para detecção de anticorpos IgM 
específicos, soroconversão ou aumento na titulação de anticorpos IgG. O vírus 
também pode ser identificado pela técnica RT-PCR, em amostras de orofaringe, 
nasofaringe, urina, líquor ou em outros tecidos do corpo (em caso de óbito). 
4. Qual o motivo do isolamento social? 
Como a transmissão ocorre através da inalação de aerossóis infectados e 
possui um período de incubação que varia de 12 a 23 dias, é importante o isolamento 
de pacientes. O vírus se replica inicialmente nas células da nasofaringe, bem como 
nos linfonodos e após cinco a sete dias da inoculação tem-se início a viremia. 
5. Qual o tratamento para rubéola? 
Como a maioria das viroses, não há tratamento específico para a Rubéola. O 
tratamento é sintomático, com uso de antitérmicos e analgésicos,e antibióticos caso 
ocorram infecções bacterianas secundárias. 
 
7.3 Caso Clínico 3 
 
Paciente com 21 anos, sexo masculino. Procurou Unidade de Pronto-
atendimento após notar o aparecimento de uma lesão no pênis, próximo à glande há 
aproximadamente 15 dias. 
Segundo ele, a lesão teve início como um pequeno caroço (sic) na pele, que 
depois de 4 dias progrediu com características de uma úlcera com bordas endurecidas 
não dolorosa, negou a presença de qualquer outro sintoma. 
O paciente afirma ter vida sexual ativa e relacionamento estável, mas revelou 
ter mantido relações sexuais desprotegidas com outra pessoa enquanto a parceira 
estava em uma viagem de intercâmbio. Busca o auxílio médico, pois sua namorada 
está retornando de viagem e ele teme que ela descubra a traição. 
Exame físico: Paciente lúcido, orientado em tempo e espaço. Bom estado 
geral. Sinais vitais: FC: 80 bpm; FR: 14 irpm; PA: 120 x 80 mmHg, temperatura: 36,5 
ºC. Pele, fâneros e mucosas: pele corada e mucosas coradas, unhas e pelos sem 
alterações. Apresenta lesão ulcerosa com características de cancro no pênis próximo 
à glande. 
 Cabeça e pescoço: linfonodo submentoniano palpável sem características de 
malignidade. Sem mais alterações. 
Sistema respiratório: tórax simétrico com expansibilidade preservada, frêmito 
toracovocal normal, som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular preservado 
sem roncos ou sibilos. 
Sistema cardiovascular: tórax simétrico sem abaulamentos, ictus cordis 
palpável no 5º EIC LMCE. Ritmo cardíaco regular. Pulsos simétricos de amplitude 
normal. 
Aparelho gastrointestinal: abdome plano, sem lesões de pele, cicatrizes, 
circulação colateral ou herniações. Pulsações arteriais e peristalse não identificáveis 
à palpação. Peristalse normal, presente nos quatro quadrantes e ausência de sopros 
em focos arteriais abdominais à ausculta. 
 Hepatimetria medindo cerca de 10 cm (lobo direito) e 6 cm (lobo esquerdo). 
Traube livre. Abdome timpânico. Sem visceromegalias e sinais de irritação peritoneal. 
Exames complementares 
Exame de campo escuro positivo 
(Presença de várias espiroquetas em esfregaço da base de um cancro) 
 
 
 
Questões para orientar a discussão do caso. 
1. Pela história da moléstia atual, exames físicos e exames complementares, qual 
a suspeita de diagnóstico? 
A hipótese diagnóstica é de Sífilis Primária. A microscopia de campo escuro 
detectou o Treponema pallidum e a presença de cancro duro no exame físico, 
corroboram o diagnóstico. 
2. Quais são os tipos mais comuns de apresentação dessa doença? 
A Sífilis é dividida em fases: primária, secundária, latente, terciária e 
Sífilis congênita – quando ocorre passagem pela placenta. 
3. Quais os diagnósticos diferenciais mais comuns? 
Podemos citar como diagnósticos diferenciais: Herpes, Donovanose, 
Linfogranuloma Venéreo (LGV) e Cancro Mole (Haemophilus ducreyi). 
4. Qual o tratamento indicado para esse paciente? 
O tratamento de escolha Sífilis Primária: Penicilina Benzatina 2.400.000 UI IM 
(1.200.000 UI em cada nádega). Para pacientes alérgicos a penicilinas e não 
gravídicas deve-se utilizar Doxiciclina (via oral) ou Ceftriaxone (intramuscular). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Referências Bibliográficas 
 
1. Ferreira WA, Ávila SLM. Sorologia: Importância e parâmetros. In: Ferreira WA, 
Ávila SL, eds. Diagnóstico Laboratorial das Principais Doenças Infecciosas e 
Auto-Imunes. 2ª Ed. Rio de Janeiro (RJ), Guanabara Koogan, 2001. 
2. Abbas AK et al. – Cellular and Molecular Immunology, 9ª ed, Elsevier, Copyright 
2017. 
3. Lorenzi, TF. - Manual de Hematologia – Propedêutica e Clínica. São Paulo, 
Guanabara Koogan, 4a. ed., 2006. 
4. ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H. & POBER, J.S. Imunologia celular e 
molecular. 5a ed., Rio de Janeiro, Elsevier, 2005. 
5. DELVES, P.; MARTIN, S.J; BURTON, D.R.; ROITT, I.M. Fundamentos de 
Imunologia. 12ª Edição - GUANABARA KOOGAN. 2013. 
6. BAZZO, M. L. Avaliação do uso de teste treponêmico imunoenzimático 
competitivo na triagem sorológica da sífilis em 23.531 soros de uma população 
de baixa prevalência. Dissertação de Mestrado. 1999. 99p. Dissertação 
(Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. 
7. Voltarelli, J. C. Imunologia Clínica na Prática Médica – Ed. Atheneu. São Paulo, 
2009.

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