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Relatorio Estagio

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25
CENTRO REGIONAL UNIVERSITÁRIO 
 DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL
UNIPINHAL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA 
Letícia Maria Rabelo
RA: 170041
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I
EM BIOMEDICINA
Espírito Santo do Pinhal - SP
2019
Letícia Maria Rabelo
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I
 EM BIOMEDICINA 
Relatório de estágio curricular supervisionado apresentado ao CENTRO REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL UNIPINHAL como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel (a) em Biomedicina.
Área de habilitação: Patologia Clínica
Local de estágio: IBELAB
Supervisor no local de estágio: Biomédico Thiago de Mello Moura
Supervisores no UNIPINHAL: Prof.ª M.Sc. Thaís Louise Soares Patto e Prof.ª Dra Daniela Peixoto Ferro
Espírito Santo do Pinhal
2019
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Veias utilizadas para coleta no braço e mão ...............................................7
Figura 2 Teste validado e teste positivo de HIV ........................................................9
Figura 3 Resultado positivo e negativo de Sífilis ......................................................11
Figura 4 Teste HBsAg validado e positivo ................................................................12
Figura 5 Teste βhCG validado e positivo...................................................................14
Figura 6-Teste HCV validado.....................................................................................16
Figura 7-Interpretação tipagem sanguínea................................................................17
SUMÁRIO
41.
INTRODUÇÃO
62
CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
73
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
73.1
COLETA de sangue
83.2
HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana)
103.3
Sifilis e vdrl(veneral disease research laboratory)
113.4
HBSAG (antígeno de superfície da Hepatite B)
123.5
PCR (PROTEÍNA C REATIVA)
133.6 βHCG (Gonadotrofina coriónica humana)
153.7- HCV (vírus da hepatite C)
163.8 Tipagem Sanguinea
183.9-EXAME DIRETO A FRESCO
193.10 Coproteste
214
CASOS CLÍNICOS
214.1 Caso Clinico Imunologico
214.2 caso clinico parasitologico
214.3 CASO CLINICO BIOLOGIA MOLECULAR
225
SÍNTESE FINAL
236
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO 
 “Nenhum ser vivo é capaz de sobreviver e reproduzir-se independentemente do outro” (NEVES, 2003 p.7). O parasita precisa do seu hospedeiro para obtenção de alimento, reprodução e alojamento. O parasitismo representa a forma de associação mais estreita e profunda entre os seres vivos, já que parasita e hospedeiro criam laços metabólicos. O parasita retira do seu hospedeiro grande parte, ou todo o material que precisa para sobreviver (REY, 2002). As infecções parasitarias são encontradas em todo o mundo, com um grau enorme de variação de acordo com a situação do pais (DE CARLI, 2001). Acredita-se que o parasitismo surgiu quando um organismo menor se sentiu beneficiado com a evolução de outro organismo, tanto pela proteção quanto pela obtenção de alimento (NEVES,2003). É importante para o biomédico realizar estágio na área de parasitologia, pois a maioria das parasitoses intestinais são diagnosticadas através dos exames de fezes (CARLI,2001). O biomédico deve ser capaz de reconhecer a morfologia do parasito e saber executar os métodos de diagnostico (CARLI, 2001).
Outra área abordada no estagio foi a Imunologia. A imunologia era um ramo da microbiologia e se desenvolveu a partir de estudos sobre doenças infecciosas e a resposta do organismo em relação à doença. (STITES; TERR; PARSLOW,2000). “A função fisiológica do sistema imunológico é a defesa contra organismos infecciosos” (ABBAS; LICHTMAN, 2003 p.3). O meio ambiente possui uma grande variedade de agentes infecciosos e como e como os microorganismos se apresentam de formas muito diferentes, é preciso uma ampla variedade de respostas imunes para combater cada tipo de infecção (ROITT; BROSTOFF; MALE,1999). Existem dois tipos de imunidades: adaptativa e inata. A principal diferença entre as duas é que a resposta adaptativa é especifica para um dado patógeno. As principais células do sistema imune são: macrófagos, neutrófilos, eosinófilos, linfócito T e linfócito B (ROITT; BROSTOFF; MALE,1999). No laboratório, métodos sorológicos são empregados como auxilio no diagnóstico de uma ampla variedade de doenças. Um diagnóstico sorológico é obtido após o fato, na maioria das infecções agudas bastante tarde para que a terapia antimicrobiana altere o processo da doença. Ao realizar determinações é importante seguir o procedimento rigorosamente (MOURA, 1998).
 A biologia molecular é o estudo integrado das células, por meio de todo arsenal técnico disponível é um assunto amplo e está ligado a quase todos os outros ramos da ciência (JUNQUEIRA e CARNEIROS, 2012).A biologia molecular promoveu diversos avanços para a ciência como: descobrimento da estrutura do DNA, técnicas de RNA recombinante e novas técnicas e equipamentos (OSADA,COSTA;2006).Além desses avanços,a biologia molecular estuda o comportamento dos genes e suas alterações (ZATZ,2002).As tecnologias que contribuem na biologia molecular são: imunocitoquímica, cromatografia, eletroforese e radioautografia (JUNQUEIRA, CARNEIRO; 1997).
É importante realizar o estagio, pois é onde o aluno tem o primeiro contato como é a rotina de um laboratório de analises clinicas. É possível tirar duvidas observar técnicas e até mesmo realiza-las. Além de aprender a trabalhar em equipe, resolver problemas comuns de laboratório e recepcionar pacientes.
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
O Ibelab (Instituto Biomédico de exames laboratoriais) foi fundado em 2009 e em 2012 com a aquisição de novos aparelhos se especializou em exames hormonais e sorológicos. Hoje além de atender a cidade de Poços de Caldas, o laboratório atende cidades vizinhas. O Ibelab conta com profissionais capacitados para realizar qualquer tipo de exame tanto nas áreas clinicas quanto nas áreas de genética, patologia e citologia. O laboratório é um dos mais procurados em Poços de Caldas para a realização de exames toxicológicos.
O laboratório situa-se na Rua Ceará, 171, Poços de Caldas, Minas Gerais. O estágio foi realizado nas áreas de parasitologia e imunologia no período de 02/01/2019 a 01/02/2019, 8 horas por dia.
Os supervisores do estágio foram o farmacêutico Marcelo Durante e o biomédico e responsável técnico Thiago de Mello Moura
O laboratório contém:
· Sala de microbiologia
· Bancada de parasitologia
· Bancada de urinálise
· Sala de coleta
· Sala de hemograma e bioquímica.
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
3.1 COLETA de sangue
A coleta de sangue é um procedimento realizado diariamente nos laboratórios de análises clínicas. O sangue coletado serve para diversos exames: imunológicos, bioquímicos, hormonais, hematológicos etc. Para a maioria dos exames se utiliza o sangue venoso que é obtido pela punção das veias mais acessíveis. A veia preferida para exames rotineiros é a veia cubital (ALMEIDA et al, 1998). (Figura 1).
Figura 1-Veias utilizadas para coleta no braço e mão. Fonte: Prefeitura de Campo Grande-MS (2017).
O garrote deve ficar o menos tempo possível no braço do paciente, já que se permanecer por muito tempo pode ocorrer hemólise. A maneira que a amostra é acondicionada no tubo também é importante para evitar a hemólise (ZAGO et al., 2001).
A coleta deve ser realizada com agulhas e seringas estéreis e descartáveis ou por meio de tubo a vácuo (ZAGO et al., 2001).
Os materiais utilizados foram:
· Agulha
· Algodão
· Álcool 70%
· Garrote
· Seringa
· Tubo para coleta
· Descarpack
Colocou-se o garrote no braço do paciente cerca de dois dedos acima do local da punção.A agulha foi colocada na seringa e o embolo foi movimentado para retirar o ar.Foi feito uma antissepsia da pele no local da punção com algodão e álcool 70%.Após o álcool ter secado, a agulha foi introduzida com o bisel para cima.Foi aspirado aproximadamente 10 ml de sangue.Durante a punção o garrote foi retirado do braço do paciente.O local da punção foi comprimido com algodão.Opaciente foi orientado a manter o braço estendido.A agulha foi separada da seringa e depois descartada no Descarpack, o sangue foi transferido para o tubo de ensaio apropriado para o tipo de exame que vai ser realizado (ZAGO et al.,2001).
3.2 HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana)
Um dos testes mais utilizados para o diagnostico do HIV é o teste rápido. É utilizada a amostra do soro ou sangue total do paciente juntamente com algumas gotas do diluente (varia de fabricante a quantidade de gotas, soro e sangue). Os testes rápidos não detectam o vírus do HIV, mas sim os anticorpos produzidos na resposta á infecção (Ministério da saúde, 2010).
Para que o diagnostico do teste rápido seja eficaz, é preciso considerar o tempo da “Janela Imunológica”, período correspondente entre o início da infecção e a detecção de um marcador do HIV (antígeno ou anticorpo ou genoma viral) pelos testes laboratoriais. Durante a janela imunológica os testes não detectam a infecção. Assim, os resultados serão negativos, mesmo se a pessoa estiver infectada pelo vírus (Ministério da saúde, 2010).
Os materiais utilizados foram:
· Kit HIV CIK Biotech
· Soro humano 
· Suspensão antigênica 
· Pipeta
· Ponteiras de pipeta
O tubo com sangue do paciente foi centrifugado por 10 minutos a 3400 rpm.A ponteira foi colocada na pipeta.Foram adicionados 10 μl de soro no cassete.Foram adicionados 3 gotas da suspensão antigênica no cassete.Foram aguardados 20 minutos até a conclusão do resultado
Para a validação do teste, após alguns minutos é preciso aparecer uma linha vermelha na frente do “C”, isto significa que o teste esta funcionando corretamente.Se o resultado for negativo, o teste irá apresentar apenas a linha do “C”. Se o resultado for positivo, o teste ira apresentar uma segunda linha no 1 ou 2 (BIOCLIN,2016) (Figura 2).
(A) 
(B)
Figura 2:Teste validado (a) e teste positivo(b).Fonte:Arquivo pessoal(2019).
3.3 Sifilis e vdrl(veneral disease research laboratory)
 
“O diagnóstico laboratorial da sífilis e a escolha dos exames laboratoriais mais adequados deverão considerar a fase evolutiva da doença” (AVELLEIRA; BOTTINO, 2006 p.116-117). O VDRL (Veneral Disease Research Laboratory) substitui todas as reações utilizadas no passado no diagnostico da sífilis como as provas de Kahn, Kline, Meinecke entre outros (MOURA et al ,1999 ).Um dos testes mais utilizado no diagnostico e acompanhamento da sífilis é o VDRL. Ele detecta anticorpos específicos para os antígenos do T.pallidum. 
A respeito do VDRL, o Manual técnico para Diagnostico da Sífilis (2016) declara:
“O VDRL baseia-se em uma suspensão antigênica composta por uma solução alcoólica contendo cardiolipina, colesterol e lecitina purificada e utiliza soro inativado como amostra. Nesses testes de floculação são detectados anticorpos IgM e IgG contra o material lipídico liberado pelas células danificadas em decorrência da sífilis e possivelmente contra a cardiolipina liberada pelos treponemas.”
“Nos pacientes portadores de sífilis primária o exame do VDRL torna-se positivo entre quatro a sete dias após o aparecimento do cancro duro e é capaz de estabelecer o diagnóstico em 85% dos casos nessa fase“(SARACENI,2005 p 4).
O VDRL é usado também no rastreamento neonatal, sendo realizado na primeira consulta do pré-natal e se repetindo entre 32 e 36 semanas em gestantes com riscos de contrair sífilis (COUTO et al.,2006).
“Nos indivíduos recém-infectados, o VDRL pode ainda ser negativo, configurando um quadro de exame falso-negativo. Na sífilis secundária e na latente precoce (até um ano de duração), a positividade pode alcançar 100%“(SARACENI,2005 p 4).
Os materiais utilizados foram:
· 50 µL de suspensão antigênica
· Pipetas automáticas
· 50 µL de soro do paciente
· Placa de Kline
· Microscópio
Foram pipetados 50 µL do soro do paciente em uma cavidade da placa de Kline.Foram pipetados 50 µL da suspensão antigênica sobre o soro. A placa foi agitada manualmente por 7 minutos.O resultado foi observado no microscópio utilizando o aumento de 100x (MINISTERIO DA SAÚDE,2016).
A primeira parte do diagnostico é feita a olho nu, observando o aspecto na placa. Quando o resultado é positivo as partículas de antígeno floculam na placa. Quando o resultado é negativo o aspecto é homogêneo. A segunda parte é feita no microscópio, para maior confirmação do resultado. Quando é positivo podem-se observar agregados médios e grandes. Se for negativo, possui ausência de agregados (MINISTERIO DA SAUDE,2016). (Figura 3)
Figura 3-Resultado positivo e negativo, respectivamente.Fonte:Biomedicina Padrão (2016).
3.4 HBSAG (antígeno de superfície da Hepatite B)
O HBsAg é o antígeno especifico que corresponde a camada externa do HBV (Vírus da hepatite B). Ele foi o primeiro componente a ser descoberto e a ser utilizado na clinica para fins diagnósticos. Ele surge de 1 a 6 semanas antes do aparecimento de sintomas (MILLER; GONÇALVES, 1999).
Geralmente, o HBsAg é detectado na fase aguda da doença e a sua presença por mais de 6 meses é indicativo de infecção crônica. Além da hepatite B, o antígeno já foi detectado em outras doenças como síndrome de Down e anemia aplastica de Fanconi (MILLER; GONÇALVES,1999).
Os testes rápidos de HBsAg são testes imunocromatograficos, que detectam o antígeno no soro, plasma ou sangue total humano (VIKIA,2018).
Os materiais utilizados foram:
· Pipeta capilar
· Soro humano
· Kit teste rápido HBsAg
Métodos:
O tubo com sangue foi centrifugado a 3400 rpm por 7 minutos. A pipeta de plástico foi introduzida no tubo e sugou um pouco de soro. Foram pingadas 3 gotas de soro no cassete (VIKIA,2018).
O teste deve apresentar uma linha no “C” que confirma que o teste esta funcionando corretamente. Se o resultado for positivo, o teste deve apresentar uma segunda linha no “T”. Se o teste apresentar apenas uma linha no “T” o resultado não pode ser validado (VIKIA, 2018). (Figura 4)
Figura 4-Teste HBsAg validado e positivo, respectivamente. Fonte: VIKIA (2018)
3.5 PCR (PROTEÍNA C REATIVA)
 
A proteína C reativa é uma proteína anormal, ela não aparece no soro de pessoas saudáveis. Essa proteína aparece na fase aguda das infecções e desaparece com a cura (MOURA 1999). A PCR é uma proteína sintetizada pelo fígado em resposta às citocinas (LIMA et al,2007).
Segundo Koenig et al (1999) citado por Lima et al (2007) elevações modestas nas concentrações plasmáticas de PCR podem prever futuros eventos coronarianos.
Uma das técnicas mais utilizadas para detectar a proteína C é por meio de aglutinação com látex PCR. As partículas de látex são sensibilizadas com globulinas purificadas anti-PCR e é realizada em lâmina ou placa (MILLER; GONÇALVES, 2007).
Os materiais utilizados foram:
· Placa de fundo escuro 
· 50 μl de soro humano
· 50 μl do látex
· Pipeta
· Ponteiras de plástico
A ponteira foi introduzida na pipeta. Foram pipetados 50 μl de soro humano na placa. Com outra ponteira, foram pipetados 50μl do látex na placa. O soro foi misturado com o látex com as costas da ponteira. Foi efetuado um movimento rotatório com a placa na horizontal durante 2 minutos (LIMA et al,2007).
Se ocorrer aglutinação nítida, o resultado é positivo. O resultado pode ser expresso em título ou mg/L.Para encontrar o título é necessário fazer a diluição da amostra. Na ausência de aglutinação, o resultado é negativo. O resultado deve ser expresso como menos que 6 mg/L (LIMA et al, 2007).
3.6 βHCG (Gonadotrofina coriónica humana)
βhCG (Gonadotrofina coriônica humana) é uma glicoproteína produzida nas células de Langhans na placenta e é secretada na urina e no sangue (MOURA,1999).No inicio da gravidez a quantidade de hCG no sangue é aumentada, fazendo com que o hormônio seja um bom marcador para testes de gravidez. Além de confirmar a gravidez, o hormônio pode indicar o estagio que esta a gestação(LABNILSON,2015).
Além de detectar a gravidez, o βhCG é útil para diagnóstico de neoplasias femininas e tumores testiculares (MOURA,1999).
Os testes rápidos de gravidez são imunoensaios cromatográficos que utilizam uma combinaçãode anticorpos para detectar o nível elevado de βhCH.Para a realização do teste pode-se utilizar soro ou urina (ECO DIAGNOSTICOS,2016).
Os materiais utilizados foram:
· Fita do teste rápido βhCG
· Soro humano
A fita de βhCG foi retirada da embalagem e introduzida no tubo com soro. Foi respeitado o limite de onde o soro pode molhar demarcado na fita.Após alguns segundos, a fita foi retirada e foram aguardados 10 minutos para a conclusão dos resultados (ECO DIAGNOSTICOS,2016).
Para o resultado ser valido, é necessário ter pelo menos uma linha. Isso significa que a fita esta funcionando corretamente e que o resultado é negativo. Se a fita apresentar duas linhas, o resultado é positivo (ECO DIAGNOSTICOS,2016).(Figura 5)
(A) (B)
Figura 5-Teste βhCG validado(a) e positivo (b).Fonte:Arquivo pessoal(2019).
3.7- HCV (vírus da hepatite C)
O teste rápido de HCV é um teste imunocromatográfico que consiste na detecção dos anticorpos da Hepatite C (IgG, IgM, IgA) no soro ou plasma. Os kits possuem um conjugado que se liga aos anticorpos anti HCV presente na amostra. Métodos de ensaio alternativo (s) devem ser considerados para confirmar o resultado do teste obtido por este dispositivo (ECOTIRAS,2016).
Para confirmação diagnóstica de hepatite C aconselha-se a determinação qualitativa do RNA-VHC, de preferência pelo método da PCR (Reação em cadeia da Polimerase) (STRAUSS,2001).
Os materiais utilizados foram:
· Tubo de vidro
· Soro humano
· Fita do Kit HCV
· Solução antigênica
· Pipeta
· Ponteiras da pipeta
Foi adicionada 1 gota da solução antigênica no tubo de vidro.Foram adicionados 40 ul do soro.A fita foi introduzida no tubo.Foram aguardados 15 minutos até a conclusão do resultado.A fita deve apresentar pelo menos 1 tira, que significa que ela esta funcionando corretamente. Se ao passar os 15 minutos ainda continuar com 1 tira,o resultado é negativo. Se fita apresentar duas tiras, o resultado é positivo (ECOTIRAS,2016).(Figura 6)
Figura 6-Teste HCV validado.Fonte: Arquivo pessoal (2019)
3.8 Tipagem Sanguinea
A tipagem sanguínea é o processo da análise do sangue do paciente para descobrir qual tipo sanguíneo ele pertence. É feita por meio de aglutinação direta (FAMESP,2018).
O sistema antigênico mais importante é o sistema ABO, representados pelos quatro tipos: A, B,AB e O (Biomedicina Brasil,2016).
As hemácias tipo A, tem o antígeno tipo A e o plasma sanguíneo possui anticorpos que atacam o tipo B. As hemácias tipo B tem o antígeno tipo B e o plasma sanguíneo possui anticorpos que atacam o tipo A.As hemácias tipo O,não tem os antígenos A e B,portanto o plasma possui anticorpos que possui antígenos que atacam os tipos A e B.As hemácias com os antígenos A e B,não possui anticorpos entre eles.Sendo assim,o tipo sanguíneo é o AB(MOURA,1999).
É importante saber o tipo sanguíneo para doações de sangue, transfusões entre outros procedimentos (FAMESP,2018).
Os materiais utilizados foram:
· Lâminas
· Sangue humano
· Anti-A
· Anti-B
· Anti-D
· Canudo de plástico
Com o canudo foram aplicadas duas gotas na primeira lâmina e uma gota na segunda.Na primeira gota da primeira lâmina, foi aplicada uma gota do Anti-A.Na segunda gota da primeira lâmina, foi aplicada uma gota do Anti-B.Na outra lâmina, foi aplicada uma gota do Anti-D (FAMESP,2018).
.O Anti-D determina se o sangue é Rh positivo ou negativo (Figura 9).
Aglutinação com fator A: Tipo sanguíneo A
Aglutinação com fator B:Tipo sanguíneo B
Aglutinação com fator A e B: Tipo sanguíneo AB
Sem aglutinação com fatores A e B:Tipo sanguíneo O
Aglutinação com fator D: Rh positivo
Sem aglutinação com fator D:Rh negativo (FAMESP,2018).
Figura 7-Interpretação tipagem sanguínea. Fonte:Biomedicina Brasil (2016)
3.9-EXAME DIRETO A FRESCO 
O exame direto consiste em analisar as fezes no microscópio entre a lâmina e a lamínula. Podem ser analisadas tanto fezes formadas quanto liquidas (MOURA et al,1999).É um procedimento simples e eficiente, porém se o número de parasitas no organismo for pouco, o exame direto pode não ser adequado. O exame utiliza aproximadamente 2mg de fezes (CARLI,2001).
O lugol é usado para corar a lâmina e deixar o protozoário ou helminto imóvel (MOURA et al,1999).
Os materiais utilizados foram:
· Lâmina de vidro
· Lamínula de vidro 
· Água destilada 
· Lugol
· Palito de sorvete
Na lâmina de vidro foram colocadas 2 gotas de solução salina. Com o palito, tocou-se em varias partes das fezes, transferindo uma pequena porção para lamina e foi feito um esfregaço no meio da lamina. Foi pingada uma gota de Lugol.A Lamínula foi colocada e a lâmina foi levada ao microscópio (CARLI,2001).
A lâmina deve conter fezes em toda parte coberta pela lamínula e não deve ser concentrada apenas em um ponto.Para a analise é utilizada as objetivas de 10X ou 20X.Quando são encontrados parasitas ,utiliza-se as objetivas de 40X ou 100X para maiores detalhes e identificação.A lâmina deve ser inteira corrida pelo microscópio para se certificar que não tem nenhum parasita.Se nenhum parasita foi encontrado,o resultado não pode ser considerado negativo,já que foi analisado apenas uma pequena porção das fezes e não ela inteira.O resultado no laudo deve ser emitido como “nenhum parasita encontrado nessa amostra” (MOURA et al ,1999).
Não foi encontrado nenhum parasita nas lâminas feitas no estagio.
3.10 Coproteste
O Coprotest é capaz detectar ovos e larvas de helmintos e cistos, oocistos de protozoários. O métodos é uma modificação do método de Ritchie,sendo uma associação das técnicas de centrifugação e sedimentação.(MENDES;et al,2005)
O Coproteste possui conservantes capazes de preservar a amostra por até 30 dias sem a necessidade de refrigeração. O método minimiza o contato com as fezes além de conter conservantes que ajudam a minimizar o odor. O sedimento fica mais limpo facilitando a identificação dos parasitas (LABHOUSE,2018).
Os materiais utilizados foram:
· Frasco coletor Coprotest
· Lâminas
· Lugol
A amostra do frasco original foi coletada com a pá e transferida para o frasco do Coprotest.O frasco é fechado e agitado por 2 minutos para homogeneizar. A tampa do coproteste foi retirada.Com o bico do frasco,foi pingado diretamente na lâmina,duas gota da amostra.Foi adicionada uma gota de Lugol (CARLI,2001).
A lâmina deve ser analisada inteira, movendo para trás e para frente ou para cima e para baixo.
A liberação do laudo segue o mesmo padrão para todos os tipos de exame de fezes. (LABHOUSE,2018).
Não foi encontrado nenhum parasita nas lâminas feitas no estagio.
4 CASOS CLÍNICOS
4.1 Caso Clinico Imunologico 
Paciente P.H,sexo masculino, 48 anos, apresentava náuseas, aumento de gânglios na região do pescoço, perda de peso, palidez e diarreia. Por ter uma vida sexual ativa a muitos anos sem parceira (o) definida(o), o médico suspeitou de HIV e encaminhou o pedido para o laboratório. O sangue venoso foi coletado com o tubo contendo o ativador de coagulo. O tubo foi para a centrifuga a 3400 rpm a 7 minutos. O exame foi realizado com os testes rápidos da marca ECO e CIK.O resultado foi positivo e a amostra de soro foi encaminhada para um laboratório de apoio para confirmação do resultado.
4.2 caso clinico parasitologico 
Paciente F.M,sexo masculino,71 anos de idade, se queixava de náuseas, dores abdominais e diarreias. O médico suspeitou de parasitose intestinal, já que o paciente relatou que bebia água de uma mina sem tratamento adequado próximo a casa dele. O médico fez o requerimento de 3 amostras de fezes de dias diferentes para a realização do exame. Foi realizado o exame de fezes com o Coprotest com as três amostras. Nas três amostras foi encontrado cistos de Giardia lamblia.
4.3 CASO CLINICO BIOLOGIA MOLECULAR
Paciente B.S,sexo feminino,63 anos de idade, com dores ósseas, fadiga ,perda de apetite e fraqueza. O pai da paciente foi diagnosticado com Mieloma Multiplo 20 anos atrás, portanto o médico suspeitou que a paciente estivesse com o câncer. O médico solicitou o exame de Eletroforese paraconfirmar a suspeita. Ela foi encaminhada para o laboratório, onde o sangue venoso foi coletado e o tubo foi para centrífuga a 3400 rpm a 7 minutos. Ó teste consiste em pesquisar qualquer imunoglobulina anormal. Uma imunoglobulina anormal foi encontrada e em seguida, foi realizada a imunoeletroforese para determinar o tipo exato do anticorpo anormal. O anticorpo anormal IgM foi encontrado e a paciente foi encaminhada para outro laboratório para realização de mais testes para confirmar o resultado positivo.
5 SÍNTESE FINAL
O estágio foi bem aproveitado, podendo ser realizadas várias técnicas.
Na primeira semana não foram realizadas muitas atividades, pois o intuito era observar e realizar anotações. A partir da segunda semana, foi possível realizar as atividades com orientação e supervisão dos superiores.
Além do aprendizado das técnicas foi possível acompanhar o dia a dia de um laboratório de analises clínicas, como lidar com situações adversas e como passar orientações aos pacientes sobre a coleta.
Todos do laboratório foram receptivos e pacientes, demonstrando vontade de ensinar.
6 REFERÊNCIAS
ABBAS, A.K; LICHTMAN, A.H.Imunologia celular e molecular,5 ed.Rio de Janeiro ,Editora Saunders elsevier,2003
AVELLEIRA, J,C,R; BOTTINO, G. Sífilis: diagnóstico, tratamento e controle. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 81, n. 2, p. 116-117, mar. /abr. 2006
BIOMEDICINA BRASIL.Tipagem e grupos sanguíneos. Disponível em https://www.biomedicinabrasil.com/2016/08/tipagem-e-grupos-sanguineos.html Acesso:24/02/2019
CARLI,G,A.Parasitologia Clinica:seleção de métodos e técnicas de laboratório para o diagnostico de parasitoses humanas.1 ed.São Paulo.Editora Atheneu,2001. 
CARNEIRO, J.; JUNQUEIRA, L.C. Biologia celular e molecular.6 ed Rio de Janeiro.Editora Guanabara Koogan,1997 p20-28.
COUTO, J,C.F; ANDRADE, GMQ; TONELLI, E. Infecções Perinatais. 1 ed, Rio de Janeiro,Editora Guanabara Koogan, 2006.
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