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1 Relatório de aulas práticas Farmacotécnica CURSO: Farmácia NOME DO ALUNO: Renata Antoniolli Reis R.A: 2055737 POLO: Lapa 2 Sumário 1. Introdução ................................................................................................................ 4 2. Procedimento 1 – Cálculos em Farmacotécnica e Diluição de Soluções. Preparo de soluções intermediarias ......................................................................... 4 2.1 Objetivo .................................................................................................................. 4 2.2 Diluição de Soluções ............................................................................................ 5 2.3 Preparo de soluções intermediárias ................................................................... 9 3. Procedimento 2 – Estabilidade de Preparações Farmacêuticas ..................... 12 3.1 Aspectos gerais ................................................................................................... 12 3.2 Objetivo ................................................................................................................ 13 3.3 Estabilidade de soluções de Vitamina C .......................................................... 13 4. Procedimento 3 – Preparo de solução ................................................................ 17 4.1 Considerações gerais ......................................................................................... 17 4.2 Objetivo ................................................................................................................ 18 4.3 Solução alcoólica de PVPI ................................................................................. 18 4.4 Função farmacotécnica de cada componentes. .............................................. 21 5. Procedimento 4 - Preparo de solução ................................................................ 21 5.1 Objetivo ................................................................................................................ 21 5.2 Enxaguatório bucal ............................................................................................. 21 5.3 Funções farmacotécnicas dos componentes .................................................. 24 6. Procedimento 5 – Preparo de solução ................................................................ 25 6.1 Objetivo ................................................................................................................ 25 6.2 Solução de ácido fólico ...................................................................................... 25 7. Procedimento 6 - Preparo de soluções. ............................................................. 28 7.1 Objetivo ................................................................................................................ 28 7.2 Lagrima Artificial ................................................................................................. 28 3 7.3 Água boricada. .................................................................................................... 30 7.4 Errino Isotônico ................................................................................................... 32 8. Procedimento 7 – Preparo de soluções .............................................................. 35 8.1 Objetivo ................................................................................................................ 35 8.2 Enema de Fosfato ............................................................................................... 35 8.3 Emoliente de cerume .......................................................................................... 37 8.4 Saliva artificial ..................................................................................................... 39 8.5 Solução antisséptica. ......................................................................................... 42 9. Procedimento 8 - Preparo de soluções .............................................................. 45 9.1 Objetivo ................................................................................................................ 45 9.2 Álcool etílico 70% (p/p) ....................................................................................... 45 9.3 Álcool canforado (espírito de cânfora) ............................................................. 46 9.4 Solução adstringente e antisséptica ................................................................. 47 Referências ................................................................................................................ 50 4 1. Introdução Segundo de Matta e Batistuzzo (2021), a Farmacotécnica (ou Farmácia Galênica como ainda conhecida em alguns países) pode ser definida como um setor das ciências farmacológicas que estuda a preparação dos medicamentos, ou seja, a transformação dos fármacos e/ou drogas em medicamentos. Através das “operações farmacêuticas”, essas transformações resultam em formas farmacêuticas (aparência sob a qual o medicamento é ministrado, que podem ser comprimidos, cápsulas, pomadas, xaropes, entre outros). A Biofarmacotécnica é o campo de estudo das inter-relações da forma farmacêutica, da fórmula (seus componentes) e da técnica de preparação com o efeito farmacológico observado após a administração do fármaco. Vários fatores podem influir no efeito farmacológico, entre os quais a natureza do medicamento, o estado físico, a participação ou não de adjuvantes e seus tipos, e a forma farmacêutica. Em suma, a Biofarmacotécnica é o estudo dos fatores que influenciam a biodisponibilidade do fármaco no homem e nos animais. Neste relatório serão abordados diversos procedimentos farmacotécnicos como: Cálculos em farmacotécnica e diluição de soluções; preparo de soluções intermediárias; Estabilidade de preparações farmacêuticas e preparo de soluções. 2. Procedimento 1 – Cálculos em Farmacotécnica e Diluição de Soluções. Preparo de soluções intermediarias 2.1 Objetivo Praticar cálculos utilizados em farmacotécnica, preparar soluções diluídas e soluções intermediárias. 5 2.2 Diluição de Soluções 2.2.1 Solução de corante verde a 5% (Solução A) Foram preparados 60 ml de uma solução de corante verde 5% (p/v), através dos seguintes passos: 1. Foram pesados 3g (cálculo abaixo) de corante verde a 0,5%, com o auxílio de papel para pesagem e balança analítica, para uma solução final de 60 ml; 2. Após pesagem, o corante foi transferido para um cálice de vidro, sendo completado seu volume para 60 ml com água destilada. Cálculo: 5g 100 ml Massa para solução (m) 60ml m = 3g Foto 1 – Corante verde a 5% Fonte: autoria própria 6 2.2.2 Solução de Corante verde 0,5% (Solução B) Foram preparados 50 ml de uma solução de corante verde 0,5% a partir de uma solução do mesmo corante a 5% (cálculo abaixo). Com auxílio de uma proveta, foram transferidos 5 ml da solução de corante verde (solução A) para um cálice de vidro, tendo seu volume completado para 50ml. Cálculo: C1 x V1 = C2 x V2 5% x V1 = 0,5% x 50ml V1 = 5 ml Foto 2 – Solução A sendo transferido 5 ml para a proveta. Fonte: autoria própria Foto 3 – Solução transferida para o cálice de vidro e completado seu volume para 50 ml Fonte: autoria própria 7 2.2.3 Solução de Hipoclorito de sódio a 2% (solução C) Foram preparados 100 mL de uma solução de hipoclorito de sódio a 2% a partir de uma solução a 12%. Com o auxílio de uma pipeta graduada e pera, foram transferidos 17 ml de hipoclorito de sódio a 2% para um cálice de vidro, completando seu volume para 100 ml. Cálculo: C1 x V1 = C2 x V2 12% x V1 = 2% x 100 ml V1= 17 ml Foto 4 – Hipoclorito sendo transferido para o cálice de vidro, com auxílio da pipeta graduada e pera. Completado seu volume Fonte: autoria própria 2.2.4 Líquido de Darkin (Solução D) O Líquido de Darkin é um Antisséptico local, para curativos de feridas e úlceras. Utilizado em odontologia, na irrigação de canais desvitalizados. Para seu preparo foi utilizado o seguinte procedimento: 8 1. Foram preparados 20 ml de uma solução de bicarbonato de sódio 5% (p/v): pesou-se 1g de bicarbonato de sódio, transferindo-o para um cálice de vidro e adicionando 20 ml de água destilada; 2. Foram transferidos 25 ml da solução C (Hipoclorito de sódio a 2%) para o mesmo cálice contendo a solução de bicarbonato de sódio, completando seu volume com 75 ml de água destilada; 3. O cálice foi homogeneizado; 4. Com o auxílio de uma pipeta contendo a solução de bicarbonato de sódio, com pequenas gotas, o pH da solução foi ajustado para 10; 5. A solução foi filtrada, com auxílio do suporte universal, funil e papel de filtro; 6. O conteúdo foi então transferido para um vidro âmbar e rotulado. Foto 5 – Cálice contendo bicarbonato de sódio, com adição de água destilada, homogeneização e ajuste de volume. Foto: autoria própria Foto 6 – Ajuste de pH da solução. Solução de Darkin finalizada. Fonte: autoria própria 9 2.3 Preparo de soluções intermediárias Soluções intermediárias são formulações com funções específicas dentro de outras formulações. Podemos citar como exemplo, as soluções preparadas nesse procedimento. As soluções de metilparabeno e propilparabeno apresentam a função de conservante, dentro de outras formulações (por exemplo, na solução de ácido fólico, formulação final para uso clínico). 2.3.1 Solução conservante de metilparabeno (solução A) A solução de metilparabeno é utilizada para conservação de substâncias aquosas. Para o preparo da solução conservante de metilparabeno (hidrofílica) seguimos a seguinte proporção: Metilparabeno............................................... 15% p/v Propilenoglicol q.s.p..................................... 20 ml Pode-se calcular, então, as massas (em gramas) de cada componente, para uma solução de 20 mL: Metilparabeno............................................... 3 g (p/v) Propilenoglicol q.s.p..................................... 20 g O seguinte procedimento foi seguido: 1. Em um béquer foram adicionados 3 g de metilparabeno (15% em massa em uma solução de 20 mL) pesados previamente em papel para pesagem, e 15 g de propilenoglicol pesados em vidro de relógio (considerando a densidade do propilenoglicol de 1,0 g/cm3, a massa é equivalente a 15 mL); 2. O béquer foi acondicionado no bico de Bunsen, para completar a solubilização; 3. Após o resfriamento, a solução foi transferida para um cálice de vidro, tendo seu volume completado até 20 mL com propilenoglicol; 4. A solução foi homogeneizada com auxílio do bastão de vidro; 10 5. A amostra foi transferida para um vidro âmbar e rotulada. Foto 7 – Metilparabeno e propilenoglicol, adicionados em béquer. Béquer com as soluções em aquecimento. Solução finalizada. Fonte: autoria própria 2.3.2 Solução conservante de propilparabeno (solução B) A solução de propilparabeno é utilizada para conservação de substâncias oleosas. Para o preparo da solução conservante de propilparabeno (hidrofóbica) seguimos a seguinte proporção: Propilparabeno............................................... 5% p/v Propilenoglicol q.s.p..................................... 20 ml Pode-se calcular, então, as massas (em gramas) de cada componente, para uma solução de 20 mL: Propilparabeno............................................... 1 g (p/v) Propilenoglicol q.s.p..................................... 20 g O seguinte procedimento foi seguido: 1. Em um béquer, foi adicionado 1 g de propilparabeno (5% em massa de uma solução de 20 ml), previamente pesado em papel para pesagem, sendo adicionados 15 g de propilenoglicol, previamente pesado em vidro de relógio (equivalentes a 15 mL); 11 2. O béquer foi acondicionado no bico de Bunsen, para completar a solubilização; 3. Após o resfriamento, a solução foi transferida para um cálice de vidro, sendo completado seu volume até 20 mL com propilenoglicol; 4. A solução foi homogeneizada com auxílio do bastão de vidro. Foto 8 – Metilparabeno e propilenoglicol, adicionados em béquer Fonte: autoria própria 2.3.3 Solução de Cloreto de Benzalcônio 10:1000 (solução C) A solução de cloreto de benzalcônio é um germicida altamente eficaz contra uma série de patógenos como bactérias, fungos e leveduras. Para o preparo de 100 mL da solução 10:1000, foi seguido o seguinte procedimento: 1. Foi pesado 1 g de Benzalcônio (calculado na proporção 10:1000, temos 1:100, ou seja, 1 g para 100 mL) e adicionado ao béquer. 2. O conteúdo foi dissolvido em água destilada a q.s.; 3. O volume foi ajustado para 100 mL; 4. A solução foi homogeneizada e reservada. 12 Foto 9 – Solução de Benzalcônio Foto: autoria própria Foto 10 – Solução A (metilparabeno), B (propileno) e C (benzalcônio) finalizadas Fonte: autoria própria 3. Procedimento 2 – Estabilidade de Preparações Farmacêuticas 3.1 Aspectos gerais Segundo a Organização Mundial de Saúde (1994), a estabilidade farmacêutica pode ser definida como a capacidade do produto farmacêutico manter a suas propriedades químicas, físicas, microbiológicas e biofarmacêuticas, dentro dos limites especificados em seu prazo de validade. A perda da estabilidade de um fármaco pode estar diretamente relacionada a prejuízos do efeito terapêutico ou com a geração de produtos de degradação potencialmente tóxicos. 13 3.2 Objetivo Avaliar a estabilidade de soluções de ácido ascórbico frente aos fatores extrínsecos. 3.3 Estabilidade de soluções de Vitamina C 3.3.1 Solução de Vitamina C (solução 1) A solução 1 de vitamina C foi preparada seguindo a seguinte formulação: Vitamina C...........................................40 mg/mL Água purificada q.s.p.......................... 30,0 mL Pode-se calcular, então, as massas (em gramas) para uma solução de 30 mL: Vitamina C...........................................1,2 g Água purificada q.s.p.......................... 30,0 mL O seguinte procedimento foi realizado: 1. Foram dissolvidos, em cálice de vidro, 1,2 g de vitamina C (calculados na concentração de 40 mg/mL, temos em uma solução de 30 mL, 1200 mg, ou então 1,2 g) em pequena quantidade de água destilada; 2. Após dissolução, o volume foi ajustado para 30 ml com água destilada; 3. Foram transferidos 10 mL da solução, com auxílio de uma proveta, a dois tubos de ensaio previamente identificados (tubo A - 10 ml e tubo B - 10 ml); 4. Ao tubo B, foi adicionado 1 mL de água oxigenada; 5. Os tubos A e B foram levados a autoclave, a 120 °C, por 30 minutos; 6. Após 30 minutos, os resultados foram anotados. 14 Foto 11– Vitamina C sendo dissolvida, com q.s.q de água destilada. Ajustado seu volume. Fonte: autoria própria Foto 12 – Transferindo 10 ml da solução para proveta Fonte: autoria própria Foto 13 – Tubo A vitamina C diluída e Tubo B com Vitamina c e água oxigenada Fonte: autoria própria 15 3.3.2 Solução de Vitamina C (solução 2) A solução 2 de vitamina C foi preparada seguindo a seguinte formulação: Vitamina C............................................4% Bissulfato de sódio................................0,8% (p/v) Água purificada q.s.p.......................... 30,0 mL Pode-se calcular, então, as massas (em gramas) de cada componente, para uma solução de 30 mL: Vitamina C............................................4 g Bissulfato de sódio................................1,2g (p/v) Água purificada q.s.p.......................... 30,0 mL O seguinte procedimento foi realizado: 1. Em um cálice foram dissolvidos 0,24 g de bissulfito de sódio (pela formulação temos 0,8% de Bissulfato de sódio em 100 mL, e portanto, em uma solução de 30 mL chegamos ao valor de 0,24 g) em 20 mL de água destilada, adicionado na solução 1,2 g de vitamina C (calculados através da proporção de 4% de 30 mL), após a homogeneização o volume foi ajustado para 30 mL; 2. Com auxílio do suporte universal, funis de vidro e filtro de papel, a solução foi filtrada; 3. Dois tubos de ensaio foram previamente separados e identificados (Tubo C e Tubo D); 4. Ao tubo D foi adicionado 1 mL de peroxido de hidrogênio 10 V, sendo o tubo agitado; 5. Os tubos foram levados a autoclave, por 30 minutos, a 120 °C; 6. Após 30 minutos os resultados foram anotados. 16 Foto 14 – Solução de Vitamina C homogeneizada com adição de bissulfito Fonte: autoria própria Foto 15 – Tubos prontos para autoclavar Fonte: autoria própria 3.3.3 Resultado e interpretação. Observou-se que nos tubos A e C, que continham apenas o agente antioxidante (Vitamina C), não houve modificação de coloração. No entanto, nos tubos B e D, ocorreu alteração de coloração, sugerindo fortemente que ocorreu ação oxidante do peróxido de hidrogênio adicionado às amostras. A amostra presente no tubo B sofreu maior alteração de coloração em relação ao tubo D, o que pode estar relacionado a fatores extrínsecos como tempo e temperatura, além da presença do bissulfito de sódio na amostra do tubo D, substância também com ação antioxidante. 17 Foto 16 – Tubos após autoclave Fonte; autoria própria Quadro 01: Demonstração de resultados Tubo A (Vit. C) Padrão Tubo B (Vit. C + H2O2) Tubo C (Vit. C + Bissulfito) Padrão Tubo D (Vit. C + Bissulfito + H2O2) Incolor Amarelo Incolor Amarelo claro Fonte: autoria própria Quadro 02 – Função farmacotécnica de cada componente Vitamina C Água oxigenada Bissulfito de sódio Água destilada Antioxidante Oxidante Antioxidante Veículo Fonte: autoria própria 4. Procedimento 3 – Preparo de solução 4.1 Considerações gerais As soluções antissépticas que contém iodo, são de importante relevância para a prática clínica. Atuam contra microrganismos como bactérias, fungos e vírus. No entanto, o Iodo é um sólido pouco solúvel em água, tendo maior solubilidade em substâncias orgânicas como etanol, clorofórmio, tetracloreto de carbono, entre outras. 18 Além disso, a solubilidade desse elemento pode aumentar drasticamente através da complexação, na presença de reagentes que formam complexos com o ânion ou cátion do precipitado. 4.2 Objetivo Preparar uma solução antisséptica tópica, utilizando a complexação para aumentar a solubilidade do fármaco. 4.3 Solução alcoólica de PVPI Para o preparo da solução foi utilizada a seguinte formulação: Iodo...........................................................1,0% (p/v) Iodeto de sódio..........................................3,0% (p/v) P.V.P..........................................................9,0% (p/v) Glicerina ....................................................1,0% (p/v) Água purificada...........................................50,0% (v/v) Álcool etílico q.s.p........................................60 mL Em uma solução de 60 mL, podemos determinar a massa de cada componente e o volume de água purificada: Iodo...........................................................0,6g Iodeto de sódio..........................................1,8g P.V.P..........................................................5,4g Glicerina .....................................................0,6g Água purificada...........................................30 mL Álcool etílico q.s.p........................................60 mL 19 O seguinte procedimento foi realizado: 1. Em um gral de vidro, 0,6 g de iodo foi pulverizado com q.s de álcool etílico; 2. Em um béquer, 1,8 g de iodeto de sódio foi solubilizado com q.s de água destilada. O conteúdo foi transferido para o gral contendo o iodo e o álcool (solução 1); 3. Em um gral de vidro, foram dispersados 5,4 g de PVP (Polivinilpicrolidona) com q.s de álcool etílico, mais 0,6 g de glicerina e água destilada até a dissolução total dos grumos. (Solução 2); 4. A solução 1 e 2 foram transferidas para um cálice, sendo completado seu volume com álcool etílico até 60 ml; 5. A solução foi filtrada, acondicionada em vidro âmbar e rotulada. Foto 17 – Solução 1 e solução 2 Fonte: autoria própria Foto 18 – Iode sendo solubilizado em gral de vidro. Fonte: autoria própria 20 Foto 19 – As soluções 1 e 2, sendo misturadas Fonte: autoria própria Foto 20 – Solução de PVP, álcool, glicerina e água destilada, sendo homogeneizada Fonte: autoria própria Foto 21 – Adição da solução de iodo com a solução de PVP, solução alcoólica de PVP finalizada Fonte: autoria própria 21 4.4 Função farmacotécnica de cada componentes. O quadro a seguir delimita as funções farmacotécnicas de cada um dos componentes: Quadro 03 – funções farmacotécnicas dos componentes Componentes Função Iodo Antisséptico Iodeto de sódio Complexação P.V.P Viscosidade Glicerina Umectante Água purificada Veículo Álcool etílico Veículo Fonte: autoria própria Devemos ressaltar a importância da pulverização do iodo para diminuir o tamanho das partículas e auxiliar na dissolução. Além disso, o processo de solubilização do iodo é amplificado por complexação. 5. Procedimento 4 - Preparo de solução 5.1 Objetivo Preparar uma solução antisséptica tópica para uso bucal, utilizando tensoativo para aumento de solubilidade. 5.2 Enxaguatório bucal Para o preparo de enxaguatório bucal, foi utilizada a seguinte formulação: Cloreto de cetilpiridínio........................................100,0 mg Ácido cítrico......................................................... 0,10% (p/v) Polisorbato 80..................................................... 0,30% (p/v) 22 Óleo essencial de menta..................................... 0,10 mL Álcool etílico.........................................................10,0% (v/v) Sorbitol (sol 70%) ................................................ 20,0% (v/v) Corante verde 0,1%* ........................................... q.s. Água purificada q.s.p........................................... 100,0 mL Podemos calcular as massas (em gramas) e volumes (em mL) de cada componente: Cloreto de cetilpiridínio........................................ 0,1 g Ácido cítrico......................................................... 0,1 g Polisorbato 80..................................................... 0,3 g Óleo essencial de menta..................................... 0,10 mL Álcool etílico......................................................... 10 mL Sorbitol (sol 70%) .................................................20 mL Corante verde 0,1%* ........................................... q.s. Água purificada q.s.p........................................... 100,0 mL O seguinte procedimento foi seguido: 1. Em um béquer foram dissolvidos 0,1 g de cloreto de cetilpiridino e 0,1 g de ácido cítrico em aproximadamente 60 mL de água destilada (Solução 1); 2. Foram solubilizados em cálice de vidro, 0,1 mL de óleo essencial de menta, 0,3 g de polisorbato 80 e 10 mL de álcool etílico. A solução foi posteriormente homogeneizada. (solução 2); 3. As soluções 1 e 2 foram misturadas e homogeneizadas; 4. Foram adicionados 20 mL de sorbitol e q.s de corante verde (previamente preparado no procedimento 1) à solução. Realizada homogeneização; 5. O Volume foi completado com água destilada até 100 mL; 6. A solução foi filtrada,acondicionada em vidro âmbar e rotulada; 23 Foto 22 – Cloreto de cetilpiridino e ácido cítrico sendo dissolvidos em água. Fonte: autoria própria Foto 23 – Essência de menta sendo adicionada no cálice de vidro, com auxílio do pão duro. Solução contendo óleo essencial de menta, polisorbato e álcool etílico, sendo homogeneizada. Fonte: autoria própria Foto 24 – Soluções 1 e 2 sendo homogeneizadas. Fonte: autoria própria 24 Foto 25 – Adição do sorbitol. Fonte: autoria própria Foto 26 – Adição do corante. Solução finalizada. Fonte: autoria própria 5.3 Funções farmacotécnicas dos componentes O quadro a seguir delimita as funções farmacotécnicas de cada um dos componentes do enxaguante bucal: 25 Quadro 04 – Componentes do Enxaguante Bucal Componentes Função Cloreto de cetilpiridínio Antisséptico Ácido cítrico Controle pH (acidificante) Polisorbato 80 Conservante (viscosidade) Óleo essencial de menta Antisséptico natural Álcool etílico Cossolvente Sorbitol (sol 70%). Umectação Corante verde 0,1% Cor Água purificada Veículo Fonte: autoria própria 6. Procedimento 5 – Preparo de solução 6.1 Objetivo Preparar uma solução de ácido fólico (vitamina B9), utilizando o aumento do pH para aumentar a solubilidade do fármaco. 6.2 Solução de ácido fólico O ácido fólico, uma das vitaminas do complexo B, tem importante participação na prevenção de malformações no tubo neural, durante o período periconcepcional. Além disso, apresenta funções neuroprotetoras e diminui o risco de doenças cardiovasculares. A solução de ácido fólico é indicada para o tratamento da deficiência dessa vitamina. Para o preparo da solução, seguimos a seguinte formulação: Ácido fólico........................................................... 0,2 mg/mL Metilparabeno*..................................................... 0,15% Propilparabeno**...................................................0,05% 26 Ácido ascórbico.................................................... 0,1% (p/v) Metabissulfito de sódio......................................... 0,5% (p/v) Sorbitol................................................................. 40,0% (v/v) Aroma de baunilha ou morango........................... q.s. Solução de hidróxido de sódio 1 N...................... q.s. pH 8-9 Água purificada q.s.p........................................... 30,0 mL Pode-se calcular, então, as massas (em gramas) e volumes (em mL) de cada componente, para uma solução de 30 mL: Ácido fólico.......................................................... 6 mg (0,006 g) Metilparabeno*..................................................... 2 gotas Propilparabeno**..................................................2 gotas Ácido ascórbico.................................................... 0,3 g Metabissulfito de sódio......................................... 0,15 g Sorbitol................................................................. 12 g Aroma de baunilha ou morango........................... 1 gota Solução de hidróxido de sódio 1 N...................... q.s. pH 8-9 Água purificada q.s.p........................................... 30,0 mL O seguinte procedimento foi seguido: 1. Foi pesado 0,006 g de ácido ascórbico em papel para pesagem, sendo transferido para um cálice de vidro e dissolvido em 15 mL de água destilada; 2. Utilizando o papel para pesagem, foi aferido 0,15 g de metabissulfito de sódio e transferido para o cálice de vidro; 3. Foram adicionadas ao cálice de vidro, 2 gotas de metilparabeno. Com auxílio de bastão de vidro, a solução foi homogeneizada; 4. Foram adicionadas ao cálice de vidro, 2 gotas de propilparabeno. Com auxílio de bastão de vidro, a solução foi homogeneizada; 27 5. Utilizando o papel para pesagem, foi pesado 0,13 g de ácido fólico, sendo transferido para o cálice de vidro. Utilizando bastão de vidro, a solução foi homogeneizada; 6. Foram adicionados ao cálice e homogeneizados, 12 g de sorbitol; 7. Foram adicionadas 2 gotas de flavorizante, sendo novamente o conteúdo homogeneizado; 8. Com algumas gotas de solução de hidróxido de sódio, o pH foi ajustado para 9; 9. Foi completado o volume com água destilada até 100 ml; 10. A solução foi filtrada, com auxílio do suporte universal e papel de filtro; Foto 27 – Ácido ascórbico sendo homogeneizado com água destilada. Adição do metabissulfito Fonte: autoria própria Foto 28 – Adição de metilparabeno, propilparabeno e ácido fólico. Fonte: autoria própria 28 Foto 29 – Processo de adição do sorbitol, com auxílio do pão duro; ajuste de pH; ajuste de volume; solução sendo filtrada. Fonte: autoria própria 7. Procedimento 6 - Preparo de soluções. 7.1 Objetivo Preparar soluções oftálmicas e nasal. 7.2 Lagrima Artificial Para o preparo da lágrima artificial, foi utilizada a seguinte formulação: Carbometilcelulose............................................0,5% (p/v) Cloreto de benzalcônio*................................... 0,1 mg/mL Água purificada estéril** q.s.p..........................30 mL Pode-se calcular, então, as massas (em gramas) de cada componente, para uma solução de 30 mL: Carbometilcelulose............................................ 0,15 g Cloreto de benzalcônio*................................... 2 gotas Água purificada estéril** q.s.p..........................30 mL 29 O seguinte procedimento foi seguido: 1. Foi pesado 0,15 g de Carbometilcelulose. Em um béquer, foram adicionados 0,15 g de Carbometilcelulose e 15 mL de água destilada. O conteúdo foi levado a aquecimento em bico de Bunsen, em constate agitação; 2. Após o resfriamento, foram adicionadas 2 gotas de cloreto de benzalcônio, sendo a amostra homogeneizada. 3. O volume foi completado para 30 mL com água destilada. 4. A solução foi filtrada, com auxílio do suporte universal e papel filtro. Foto 30 – Adição do carbometilcelulose e água destilada ao béquer. Béquer em aquecimento. Fonte: autoria própria Foto 31 – Adição do Cloreto benzoico. Transferência da solução, para o cálice de vidro. Solução sendo filtrada. Fonte: autoria própria 30 7.2.1 Função farmacotécnica de cada componentes O quadro a seguir delimita as funções farmacotécnicas de cada um dos componentes: Quadro 05 - Função farmacotécnica de cada componente. Componentes Função Cloreto de benzalcônio Agente de viscosidade Carboximetilcelulose Antibactericida Água destilada Veículo Fonte: autoria própria 7.3 Água boricada. Para o preparo da água boricada, foi utilizada a seguinte formulação: Ácido bórico......................................................... 2,0% (p/v) Água purificada estéril* q.s.p............................... 100,0 mL Pode-se calcular, então, a massa (em gramas) de ácido bórico, para uma solução de 30 mL: Ácido bórico......................................................... 1 g (p/v) Água purificada estéril* q.s.p............................... 100,0 mL O seguinte procedimento foi seguido: 1. Com o auxílio de um gral, foi pulverizado 1 g de ácido bórico e transferido para um béquer de 100 mL; 2. Foram adicionados 50 mL de água destilada ao béquer, sendo ele levado para aquecimento em bico de Bunsen, para total solubilização do fármaco; 3. Após o resfriamento, a solução foi transferida para um cálice de vidro; 4. O volume foi ajustado para 100 mL; 31 5. A solução foi filtrada, com auxílio do suporte universal e papel filtro. Foto 32 – Processo de adição do ácido bórico e água destilada ao béquer; aquecimento no bico de Bunsen. Fonte: autoria própria Foto 33 – Ajuste do volume, em cálice de vidro. Solução sendo filtrada no suporte universal com auxílio do cone de vidro e papel filtro.Fonte: autoria própria 7.3.1 Função farmacotécnica de cada componente O quadro a seguir delimita as funções farmacotécnicas de cada um dos componentes: 32 Quadro 06 - Função farmacotécnica de cada componentes. Componentes Função Ácido bórico Antibactericida Água destilada Veículo Fonte: autoria própria 7.4 Errino Isotônico Para o preparo Errino Isotônico, foi utilizada a seguinte formulação: Cloreto de sódio............................... X g Cloreto de benzalcônio*................... 0,01% (p/v) Água purificada q.s.p........................ 100,0% Para calcular a massa (em gramas) de NaCl, para uma solução de 30 mL, seguimos os seguintes passos: E = 𝑀𝑀 𝑁𝑎𝐶𝑙 𝑖 𝑁𝑎𝐶𝑙 . 𝑖 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑀𝑀 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 Sendo: i substância – Índice de dissociação MM – Massa Molar Considerando: MM NaCl i NaCl MM cloreto de benzalcônio i cloreto de benzalcônio 58,5 g/mol 1,8 360 g/mol 1,8 Chegamos ao valor de E = 0,163 g. 33 0,9 g NaCl 100 ml X 30 ml X= 0,27 g (NaCl) Portanto: Cloreto de sódio 0,9% Cloreto benzalcônio 0,27g 0,003g Fórmula: Relação do cloreto de sódio para o cloreto benzalcônio 0,163 NaCl 1g X 0,003 X = 0,00048g Subtraindo: NaCl = 0,27 − 0,00048 = 0,26952 NaCl = 0,27 g (Massa de cloreto sódio) Cloreto de sódio............................... 0,27g Cloreto de benzalcônio*................... 0,003g (p/v)....2 gotas Água purificada q.s.p........................ 100,0% Após realização de cálculos, o seguinte procedimento foi seguido: 1. Foi dissolvido, em cálice de vidro, 0,27 g de cloreto de sódio, em parte da água destilada; 2. Foram adicionadas a solução, 2 gotas de cloreto de benzalcônio (solução preparada no procedimento 1); 3. O volume foi ajustado para 30 mL com água destilada; 4. A solução foi filtrada, com auxílio do suporte universal e papel filtro; 34 Foto 34 – Cloreto de sódio pesado em papel para pesagem e transferido para o béquer. Realizada adição de água destilada. Fonte: autoria própria Foto 35 – Solução homogeneizada e transferida para o cálice de vidro. Fonte: autoria própria Foto 36 – Adição do cloreto de benzalcônio, ajuste do volume e filtragem da solução. Fonte: autoria própria 35 7.4.1 Função farmacotécnica de cada componente O quadro a seguir delimita as funções farmacotécnicas de cada um dos componentes: Quadro 07 – Função farmacotécnica de cada componente. Componente Função Cloreto de sódio Conservante Cloreto benzalcônio Antibactericida Água destilada Veículo Fonte: autoria própria 8. Procedimento 7 – Preparo de soluções 8.1 Objetivo Preparar soluções retal, otológica e bucal. 8.2 Enema de Fosfato Solução indicada para prisão de ventre e esvaziamento do intestino antes da colonoscopia. Através da promoção de desequilíbrio eletrolítico, ocasiona a permanência de água na luz do intestino. Para o preparo do enema de fosfato, foi utilizada a seguinte formulação: Fosfato de sódio monobásico............. 16,0% (p/v) Fosfato de sódio dibásico................... 6,0% (p/v) Água purificada q.s.p.......................... 100 mL 36 Pode-se calcular, então, as massas (em gramas) de cada componente, para uma solução de 100 mL: Fosfato de sódio monobásico............. 8 g (p/v) Fosfato de sódio dibásico................... 3 g (p/v) Água purificada q.s.p.......................... 100 mL O seguinte procedimento foi seguido: 1. Foram pesados 8 g de fosfato de sódio monobásico e 3 g de fosfato de sódio dibásico em papel de pesagem. Os fosfatos foram adicionados a um cálice de vidro; 2. Ao cálice, foram adicionados 70 mL de água destilada, sendo o conteúdo homogeneizado com bastão de vidro; 3. A solução foi filtrada, com auxílio do suporte universal, cone de vidro e papel de filtro. Foto 37 – Fosfato monobásico e fosfato dibásico, após pesagem. Homogeneização em água destilada. Fonte: autoria própria Foto 38 – Solução sendo filtrada. Fonte: autoria própria 37 8.2.1 Função farmacotécnica de cada componente O quadro a seguir delimita as funções farmacotécnicas de cada um dos componentes: Quadro 08 - Função farmacotécnica de cada componente Componentes Funções Fosfato de sódio monobásico Ativo de desequilíbrio Fosfato de sódio dibásico Ativo de desequilíbrio Água destilada Veículo Fonte: autoria própria 8.3 Emoliente de cerume Solução indicada para remoção de cera do canal auditivo. Para o preparo emoliente de cerume, foi utilizada a seguinte formulação: Trietanolamina ................................... 5,0% (p/v) Carbonato de sódio............................ 10,0% (p/v) Glicerina............................................. 10,0 mL Água purificada................................... 10,0 mL Pode-se calcular, então, as massas (em gramas) de cada componente, para uma solução de 100 mL: Trietanolamina ................................... 2,5 g (p/v) Carbonato de sódio............................ 50 mL (p/v) Glicerina............................................. 5 g mL Água purificada................................... 10,0 mL 38 O seguinte procedimento foi seguido: 1. Em um cálice, foram adicionados 2,5 g de trietanolamina, previamente pesados e 20 ml de água destilada; 2. Ao cálice, foram adicionados 50 mL de carbonato de sódio para dissolução e 5g de glicerina. A solução foi homogeneizada; 3. O volume foi ajustado com 10 ml de água destilada; 4. A solução foi filtrada, com auxílio do suporte universal, cone de vidro e papel de filtro. Foto 39 – Adição de trietanolamina, com auxílio do pão duro e água destilada. Adição do carbonato de sódio ao béquer. Fonte: autoria própria Foto 40 – Ajuste do volume com glicerina e filtragem. Fonte: autoria própria 39 8.3.1 Função farmacotécnica de cada componente O quadro a seguir delimita as funções farmacotécnicas de cada um dos componentes. Quadro 9 - Função farmacotécnica de cada componente Componentes Funções Trietanolamina Basificante Carbonato de sódio Amolecedor Glicerina Umectante Água destilada Veículo Fonte: autoria própria 8.4 Saliva artificial Para o preparo saliva artificial, foi utilizada a seguinte formulação: Cloreto de potássio..................................... 0,1% (p/v) Cloreto de sódio.......................................... 0,07%(p/v) Cloreto de magnésio.......................... 0,01% (p/v) Cloreto de cálcio......................................... 0,01% (p/v) Fosfato de potássio monobásico................ 0,03% (p/v) Carboximetilcelulose sódica........................ 0,2% (p/v) Solução de sorbitol a 70%............................2,4% (p/v) Solução conservante de metilparabeno...... 1% (p/v) Solução conservante de propilparabeno........1% (p/v) Flavorizante de menta...................................q.s. 40 Solução de ácido cítrico (25% a 50%) q.s. pH 6-7 Água purificada q.s.p.................................. 100 mL Pode-se calcular, então, as massas (em gramas) de cada componente, para uma solução de 100 mL: Cloreto de potássio..................................... 0,1 g (p/v) Cloreto de sódio.......................................... 0,07 g (p/v) (p/v) Cloreto de magnésio.......................... 0,01 g (p/v) Cloreto de cálcio......................................... 0,01 g (p/v) Fosfato de potássio monobásico................ 0,03 g (p/v) Carboximetilcelulose sódica........................ 0,2 g (p/v) Solução de sorbitol a 70%............................2,4 g (p/v) Solução conservante de metilparabeno...... 1 mL (p/v) Solução conservante de propilparabeno........1 mL (p/v) Flavorizante de menta...................................q.s.Solução de ácido cítrico (25% a 50%) q.s. pH 6-7......10% Água purificada q.s.p.................................. 100 mL O seguinte procedimento foi seguido: 1. Em béquer foram dissolvidos: 0,1 g de cloreto de potássio, 0,07 g cloreto de sódio, 0,01 g de cloreto de magnésio, 0,01 g de cloreto de cálcio, e 0,03g de fosfato de potássio monobásico, em 20 mL de água destilada; 2. Ao cálice, foram adicionadas 2,4g de solução de sorbitol a 70%, 1 mL da solução de conservante de metilparabeno, 1 mL da solução de conservante de propilparabeno; 3. Em um gral de vidro, foram dispersos 0,2 g de carboximetilcelulose sódica em 30 mL de água destilada e adicionados ao béquer; 4. A solução foi aquecida, para a dissolução total; 41 5. Após resfriamento, a solução foi transferida para um cálice de vidro, e foram adicionados q.s de flavorizante de menta. 6. Foram adicionados 80 mL de água destilada; 7. O pH da solução foi verificado; 8. O volume foi ajustado para 100 mL com água destilada. 9. A solução foi filtrada, com auxílio do suporte universal, cone de vidro e papel de filtro. Foto 41 - Béquer contendo KCl, NaCl, MgCl2, CaCl2, e o KH2PO4 em água destilada. Adição das soluções conservantes. Béquer em aquecimento. Fonte: autoria própria Foto 42 – Adição do flavorizante de menta. Verificação do pH da solução. Fonte: autoria própria 42 Foto 43 - Ajuste do volume. Solução sendo filtrada. Fonte: autoria própria 8.5 Solução antisséptica. Esta solução é indicada para tratamento de aftas, estomatites e faringites. Para o preparo da solução antisséptica, foi utilizada a seguinte formulação: Mentol................................................. 0,5% (p/v) Iodo..................................................... 2,5% (p/v) Iodeto de potássio.............................. 5,0% (p/v) Água purificada................................... 15% (v/v) Glicerina q.s.p..................................... 30,8 mL Pode-se calcular, então, as massas (em gramas) de cada componente, para uma solução de 100 mL: Mentol................................................. 0,2 g (p/v) Iodo..................................................... 1 g (p/v) Iodeto de potássio.............................. 2 g (p/v) Água purificada................................... 6 mL (v/v) Glicerina q.s.p..................................... 30,8 mL 43 O seguinte procedimento foi seguido: 1. Em um primeiro gral de vidro, foi triturado 1 g de iodo, e adicionados 2 g de iodeto de potássio e q.s de água destilada para melhor dissolução; 2. No segundo gral de vidro, foi triturado 0,2 g de mentol, solubilizado com q.s de glicerina. O conteúdo foi transferido para um cálice de vidro; 3. A solução do primeiro gral foi adicionada ao cálice de vidro, e o conteúdo foi homogeneizado com bastão de vidro; 4. Seu volume foi completado com aproximadamente 30,8 mL de glicerina; Foto 44 – Primeiro gral de vidro, com o iodo e iodeto de potássio, solubilizados em água destilada. Fonte: autoria própria Foto 45 – Segundo gral de vidro, com mentol, solubilizado com glicerina. Fonte: autoria própria 44 Foto 46 – Solução do gral sendo adicionada ao cálice de vidro com iodo e iodeto de potássio. Volume ajustado com glicerina. Fonte: autoria própria 8.5.1 Funções farmacotécnicas de cada componente O quadro a seguir delimita as funções farmacotécnicas de cada um dos componentes: Quadro 10 - Função farmacotécnica de cada componente. Componentes Funções Mentol Antisséptico Iodo Antisséptico Iodeto de potássio Complexador de iodo Água destilada Solvente Glicerina Veículo Fonte: autoria própria 45 9. Procedimento 8 - Preparo de soluções 9.1 Objetivo Preparar líquidos espirituosos, saneante domissanitário, antisséptico e adstringente. 9.2 Álcool etílico 70% (p/p) Álcool etílico 77 °GL ou 77% (v/v). Esta solução pode ser utilizada como saneante (para desinfetar superfícies e objetos) e como antisséptico (a ser aplicado sobre a pele). Para o preparo do álcool etílico, foi utilizada a seguinte formulação: Álcool etílico 96 °GL........................... 81,3 mL Água purificada q.s.p.......................... 100 mL Fórmula: X = 𝑣.𝑏 𝑎 Na qual: X = quantidade de álcool a ser aferido V = o volume de álcool desejado b = Grau alcoólico desejado a = grau alcoólico real do álcool etílico (corrigido na tabela B1 a 15°C) Portanto, obtivemos o seguinte resultado; X = 500.77 99,5 X = 387 ml (quantidade de álcool a ser aferido) 46 Álcool etílico 99,5 °GL.........................387 mL Água purificada q.s.p.......................... 500 mL O seguinte procedimento foi seguido: 1. Com auxílio de uma proveta foram medidos 387 mL de álcool etílico 99,5 GL; 2. Foi completado o volume para 500 mL com água destilada; 3. Com o auxílio do bastão de vidro, a solução foi homogeneizada; 4. Foi determinado o grau alcoólico ou título alcoômetrico, utilizando o alcoômetro centesimal; Foto 47 – Proveta e álcool etílico 99,5 GL, transferência do álcool para a proveta. Determinação do grau alcoólico ou titulo alcoométrico, com o alcoômetro centesimal. Fonte: autoria própria 9.3 Álcool canforado (espírito de cânfora) Solução utilizada no tratamento sintomático de mialgias e artralgias, e para o alívio de pruridos. Para o preparo do álcool canforado, foi utilizada a seguinte formulação: Cânfora............................................... 10% (p/v) Álcool etílico 96 °GL q.s.p.................. 100 mL Pode-se calcular, então, as massas (em gramas), para uma solução de 50 mL: 47 Cânfora............................................... 5 g (p/v) Álcool etílico 96 °GL q.s.p.................. 50 mL O seguinte procedimento foi seguido: 1. Foram pesados 5 g de canfora e pulverizados em gral de vidro; 2. Foram acrescentados q.s de álcool até ocorrer a dissolução; 3. A solução foi transferida para um cálice de vidro; 4. O volume foi completado para 50 mL de álcool etílico; 5. A solução foi filtrada com auxílio do suporte universal, cone de vidro e papel de filtro. Foto 48 – Canfora em gral de vidro. Solução transferida para o cálice de vidro e ajuste de volume. Fonte: autoria própria 9.4 Solução adstringente e antisséptica Solução utilizada como adstringente e antisséptico local no tratamento de impetigo, piodermites e ferimentos. Para o preparo solução adstringente e antisséptica, foi utilizada a seguinte formulação: Sulfato cúprico.................................... 1% (p/v) Sulfato de zinco.................................. 3,5% (p/v) Álcool canforado................................. 1% (v/v) 48 Água purificada q.s.p.......................... 100 mL Pode-se calcular, então, as massas (em gramas) de cada componente, para uma solução de 100 mL: Sulfato cúprico.................................... 1 g (p/v) Sulfato de zinco.................................. 1 g (p/v) Álcool canforado................................. 3,5 g (v/v) Água purificada q.s.p.......................... 100 mL O seguinte procedimento foi seguido: 1. Em gral de vidro foram pulverizados 1 g de sulfato de cobre e 1 g de sulfato de zinco, com q.s de água destilada; 2. A solução foi transferida para um cálice de vidro, sendo adicionados 10 mL de álcool canforado; 3. A solução foi filtrada com auxílio do suporte universal, cone de vidro e papel de filtro; 4. O volume da solução foi ajustado para 100 ml com água destilada. Foto 49 – Gral de vidro contendo sulfato de cobre e sulfato de zinco. Solução diluída em água, e transferida para o cálice de vidro. Adição do álcool canforado. Fonte: autoria própria 49 Foto 50 – Solução sendo filtrada, e finalizada com ajuste de volume.Fonte: autoria própria 9.4.1 Função farmacotécnica de cada componente O quadro a seguir delimita as funções farmacotécnicas de cada um dos componentes: Quadro 11 - Função farmacotécnica de cada componente Componentes Funções Sulfato cúprico Adstringente Sulfato de zinco Adstringente antisséptico Álcool canforado Antisséptico Água destilada Veículo Fonte: autoria própria 50 Referências 1. DE MATTA, V.O.C.; BATISTUZZO, J.A.O. Helou, Cimino e Daffre: Farmacotécnica. 2 ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2021, 504 p. 2. ANSEL, H.C.; POPOVICH, N. G.; ALLEN JR, L.V. Farmacotécnica: formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 6 ed. São Paulo: Premier, 2000, 568p. 3. ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Farmacopéia Brasileira. 3 ed. São Paulo: Andrei. 799 p. 4. VIRTUAL QUIMICA. Concentração de soluções. Disponível em: http://www.virtualquimica.hpg.ig.com.br/concentacao.html Acesso em: 3 jul 2021 5. FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia prático da Farmácia magistral. 4.ed. rev. ampl. São Paulo: Pharmabooks, 2010. v.1. xxii, 736 p. il. ISBN 978-85- 8973-145-4. 6. VILLANOVA, Janaina Cecília Oliveira; SÁ, Vania Regina de. Excipientes: guia prático para padronização: formas farmacêuticas orais sólidas e líquidas. 2. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2009. xv, 417 p. ISBN 85-89731-31-6. 7. ANSEL, Howard C; PRINCE, Shelly J. Manual de cálculos Farmacêuticos. Tradução Elenara Lemos Senna. Porto Alegre: Artmed, 2005. vi, 300 p. Tradução de: Pharmaceutical calculations: the pharmacist's handbook. ISBN 978-85-363-0525-7. 8. WHO Guidelines on stability testing of pharmaceutical products containing well- established drug substances in conventional dosage forms, 1994.
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