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Gestão da Inovação 
nas Organizações
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Enrico D’Onofrio
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Processo de Gestão da Inovação
• Introdução;
• Planejamento Estratégico para Implantação 
dos Processos de Gestão da Inovação;
• O Conceito de Inovação para a Empresa;
• Processo de Gestão da Inovação;
• Considerações Finais.
• Identifi car oportunidades para a inovação;
• Compreender as etapas para a inovação;
• Conhecer as principais técnicas de gestão da inovação.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Processo de Gestão da Inovação
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Processo de Gestão da Inovação
Introdução
Ao pensarmos na perpetuação e sobrevivência da raça humana, percebemos 
que está relacionada à capacidade de mudança. Dito de outra forma, as espécies 
mais fortes e que se adaptam são aquelas que conseguem sobreviver, já aquelas que 
não se adaptam ao ambiente acabam morrendo.
Podemos perceber que esses mesmos conceitos se aplicam às organizações. Se 
a empresa não mudar e não oferecer produtos com qualidade, durabilidade, resis-
tência e, principalmente, valor agregado, corre um sério risco de morrer.
O ambiente altamente competitivo traz à tona a importância para a gestão da 
inovação que se dá por meio do conhecimento dos processos.
As oportunidades para a inovação estão relacionadas desde o aperfeiçoamento 
dos processos até a inauguração de um novo mercado, de modo que alguns ganhos 
com a inovação podem ser observados na seguinte Figura:
NOVOS FATORES DE 
COMPETIÇÃO
Alterar a base de 
competição (de preço 
para qualidade) pode 
render vantagens sobre 
os rivais.
Ganhos com
a Novidade
HORA CERTA
Inaugurar um mercado 
consolida sua marca 
antes da chegada da 
concorrência.
MAIOR 
COMPLEXIDADE
Um produto ou serviço 
mais elaborado torna a 
cópia mais difícil para a 
concorrência.
NOVIDADES 
LUCRATIVAS
Um processo de 
produção mais e�ciente 
pode trazer vantagens 
imediatas.
PROTEÇÃO 
INTELECTUAL
Novas marcas e 
patentes podem gerar 
receita como taxas de 
licenciamento.
AUTORIA DAS
 REGRAS
Se a proposta for 
totalmente nova, você 
estará abrindo um 
mercado inexplorado.
PIONEIRO NO SETOR
A oferta de um produto 
que ninguém mais 
oferece permite atuar 
sem competição.
Figura 1 – Ganhos com a novidade 
Fonte: Bessant e Tidd (2009)
8
9
Alguns dos elementos a serem observados na busca para se tornar uma empresa 
inovadora são os seguintes:
Quadro 1 – Bases para a inovação
Pista certa Contramão
Apoiar a criatividade em toda 
a sua empresa Desprezar as boas ideias
Investir em pesquisa 
e desenvolvimento
Criar tecnologias sem se certificar 
de que são válidas
Ouvir os clientes para saber 
o que o mercado deseja
Não procurar oportunidades 
de criar nada inédito
Construir forte infraestrutura 
interna de inovação
Não dar ouvidos ao que vem 
de fora da empresa
Usar a tecnologia para 
aperfeiçoar produtos, 
processos e serviços
Separar tecnologia da inovação
Fonte: Bessant e Tidd (2009)
Planejamento Estratégico para 
Implantação dos Processos 
de Gestão da Inovação 
O Planejamento Estratégico para implantação dos processos de gestão da inovação 
são alvos de estudos de teóricos e profissionais de mercado, porém, não existe evidência 
confirmada da melhor forma de gerenciar e organizar a inovação. 
A estratégia de inovação deve estar alinhada com a da organização, desenvol-
vida e implementada pela alta direção e cabendo à organização definir metas para 
posteriormente avaliar o retorno do investimento em inovação.
A disseminação na organização acerca da inovação é um dos elementos-chave 
ao sucesso da gestão da inovação, tendo como premissa atuar na mudança da cul-
tura organizacional e realização da manutenção dessa nova cultura.
Os processos devem avaliar como é realizado o processo de geração e imple-
mentação de novas ideias, verificando também as parcerias com as fontes externas 
de captação de novas ideias tais como Institutos de Pesquisa e Universidades.
Podemos definir o planejamento estratégico para a implantação dos processos 
de gestão da inovação basicamente em quatro dimensões.
Diagnóstico Conceito do Inovação Indicadores Metas
Figura 2 – Planejamento Estratégico para implantação dos processos de gestão da inovação
 Fonte: Freitas Filho (2013)
9
UNIDADE Processo de Gestão da Inovação
Diagnóstico
Para que a organização utilize a inovação como forma de aumentar a sua van-
tagem competitiva para iniciar o planejamento estratégico de inovação, temos o 
diagnóstico, que avalia a capacidade de inovação da organização. Para analisá-lo de 
forma mais eficiente, podemos dividir o diagnóstico em cinco elementos, vejamos: 
1. Capacidade de inovação: está relacionada aos recursos humanos, infra-
estrutura e estratégias de inovação. Tais elementos representam o tripé da 
capacidade de inovação, porém, para que fique mais clara, deve-se observar 
alguns elementos que retratam com maior nitidez esta capacidade, a saber: 
• Visão e missão: devem estar inclinadas às questões de inovação. Os co-
laboradores devem conhecer e compreender a visão e missão da empresa 
e as metas departamentais devem estar atreladas à missão e aos valores;
• Estilo de liderança: o estilo de liderança dos gestores deve encorajar a parti-
cipação e autonomia dos funcionários, fazendo com que o ambiente seja aber-
to, amplo e receptivo, servindo de acolhimento aos processos de inovação;
• Ambiente de inovação: deve ser propício, servindo de suporte para ideias 
inovadoras; ou seja, os processos devem ser estruturados para que as ideias 
inovadoras sejam desenvolvidas;
• Qualificação dos colaboradores: está relacionada à capacitação formal 
dos times de trabalho, processo realizado por pessoas preparadas que esti-
mulam a criação e inovação. A formação dos profissionais pode ser Gradu-
ação, Pós-Graduação, Mestrado, Doutorado e cursos específicos que propi-
ciem, por meio de atividades técnicas, científicas e de pesquisa a formação 
de novas ideias;
• Desenvolvimento pessoal: este elemento é instituído para todos os ní-
veis, devendo-se realizar o acompanhamento do investimento, dos resulta-
dos e das ações corretivas nesseprocesso;
• Foco no cliente: este item compreende o quanto a empresa é orientada 
a atender às necessidades do cliente. Uma das características importantes 
é perceber se as necessidades e expectativas do cliente são identificadas e 
conhecidas por toda a organização, pois isto possibilitaria que todos con-
tribuíssem para a inovação;
• Envolvimento multifuncional: aqui é avaliada a participação efetiva de to-
das as áreas e o grau de compartilhamento entre os times. Os projetos de-
vem ser desenvolvidos por equipes multifuncionais e representantes de todas 
as áreas da empresa;
• Envolvimento dos colaboradores: pode ser determinado pelo grau de par-
ticipação e opinião de todos nos processos de decisão. Alguns mecanismos 
podem ser utilizados para que a contribuição seja estimulada, evitando a re-
preensão. Neste elemento, o envolvimento e a participação do colaborador 
tornam-se importantes ao processo de inovação e criação;
10
11
• Envolvimento de parceiros externos: tratam-se de fornecedores, universi-
dades, consultores e clientes, todos integrados no desenvolvimento de pro-
jetos, aspecto valiosíssimo à geração de ideias e inovação. A parceria deve 
ser compreendida e reconhecida por todos;
• Relacionamento com fornecedores: a organização deve manter um re-
lacionamento de confiança com os seus fornecedores, o que propicia o 
desenvolvimento de tecnologias inovadoras às pesquisas realizadas inter-
namente, bem como aos centros de pesquisa e universidades.
2. Inteligência competitiva: é a capacidade que a organização tem de desen-
volver tecnologias inovadoras no seu ambiente interno e, também, em par-
ceria com centros de pesquisa e instituições de ensino nos seguintes níveis:
• Investimento em tecnologia: este item representa a estratégia da organi-
zação para implantar novas tecnologias em seus processos para que possa 
melhorar os seus níveis de qualidade, custo e serviço;
• Estratégia da tecnologia de produtos: diz respeito às competências es-
senciais que a organização tem acerca da compreensão e domínio de suas 
competências, bem como de seus concorrentes;
• Geração de conceitos de produtos inovadores: trata-se de como a or-
ganização estrutura o processo de geração de novas ideias com base no 
atendimento das necessidades de seus clientes. Os produtos inovadores 
são desenvolvidos constantemente para a busca de patentes, bem como 
a ininterrupta realização de adaptação às melhores práticas de mercado;
• Obtenção de novas tecnologias: o planejamento integrado para tal inclui 
análises técnica, jurídica e de impacto nas áreas e negócio. São avaliadas 
alternativas de desenvolvimento interno, de aquisição e/ou de parceria;
• Sistemas de informação: devem ser integrados, atendendo às necessidades 
da organização para possibilitar uma gestão proativa, dinâmica e simples;
• Infraestrutura em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D): deve ser adequada 
às necessidades da empresa quanto ao grau de modernização e atendimento;
• Relação com universidades e centros de pesquisa: a organização deve bus-
car se relacionar com centros de pesquisa e universidades de forma sistemática 
e abrangente, objetivando obter resultados reconhecidos e consistentes.
3. Desenvolvimento de produtos: avalia as ferramentas e os processos 
utilizados pela empresa para desenvolver novos produtos de inovação; 
assim, conta com:
• Planejamento do ciclo de vida do produto: este item avalia se os produtos 
são desenvolvidos como uma família ou se são isolados como, por exemplo, 
a elaboração de produtos de forma modular, podendo, assim, apresentar 
um planejamento mais eficaz quanto ao ciclo de vida orientado pelo merca-
do. Este item também auxilia na continuidade do produto;
11
UNIDADE Processo de Gestão da Inovação
• Ferramentas de apoio a novos produtos: a metodologia de gerencia-
mento de projeto é muito eficaz neste elemento, pois é importante à me-
lhoria de processos no desenvolvimento de novos itens. Os projetos po-
dem ser organizados em times multifuncionais e com o envolvimento de 
diversas áreas;
• Ferramentas de resolução de problemas: são oriundas de sistemas japo-
neses de administração, tais como seis-sigma e lean manufacturing; são 
utilizadas para a solução de problemas, bem como para detectar as suas 
respectivas causas;
• Ferramentas de projeto de produto: estão relacionadas ao uso de softwares 
de simulação, de modelagem tridimensional (3D) e sistemas de informação ao 
desenvolvimento, assim como de projetos;
• Projeto para produção, uso e descarte: a organização deve possuir um 
processo estruturado, que integre todo o ciclo de vida do produto até o 
descarte final após a vida útil desse. Tais elementos podem estar integrados, 
tal como o sistema de gestão ambiental e atrelados à Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS);
• Retorno de campo: este item trata dos times de projeto que estão em 
contato com os clientes e se utilizam de informações de forma estruturada 
e incorporada no desenvolvimento de novos produtos, auxiliando na ava-
liação dos indicadores e das metas de inovação.
4. Monitoramento: está relacionado com os seguintes indicadores e metas 
de inovação:
• Medidas de desempenho: avaliam a amplitude dos indicadores que a em-
presa utiliza, tais como custos, financeiro, qualidade, pós-lançamento, ino-
vação, saúde, segurança, meio ambiente social, entre outros;
• Monitoramento dos indicadores: é realizado por meio de sistemas de in-
formação; já os planos de ações corretivas são aplicados sempre que qual-
quer indicador não esteja conforme o esperado;
• Metas: as suas avaliações devem ser definidas, disseminadas e compreen-
didas por todos, de modo que são transformadas em metas operacionais e 
subdivididas em departamentais e individuais.
5. Desempenho em inovação: avalia os resultados sobre os seguintes aspectos:
• Participação no mercado: este elemento deve mensurar a participação 
da empresa no mercado e as avaliações de tendência com os lançamentos 
de novos produtos, fazendo com que a empresa tenha real ideia da parti-
cipação no mercado acerca da inovação;
• Desempenho funcional de produtos: esta avaliação deve ser realizada de 
forma sistemática para a verificação dos requisitos estipulados no projeto, mas 
principalmente a performance em relação aos produtos da concorrência;
• Nível de satisfação dos colaboradores: a avaliação do clima e moral dos 
funcionários é um item importante no processo de desempenho em inova-
ção. As pesquisas são realizadas periodicamente e os planos de ação são 
executados com o objetivo da melhoria contínua;
12
13
• Resultados da inovação: este item avalia se a proporção de vendas é 
oriunda de produtos de inovação, bem como o grau de inovação em pro-
cessos e serviços. Existem diversos métodos para se obter tal avaliação, 
porém, os elementos podem ser aplicados por meio de pesquisa ao con-
sumidor para obter os dados mais refinados e entender os elementos, tais 
como o custo envolvido no tempo de ciclo, a qualidade e o atendimento 
– estes sendo os aspectos mais evidentes;
• Lançamento de novos produtos: a avaliação de novos produtos deve ser 
realizada para que a organização consiga aplicar os lançamentos de forma pe-
riódica e planejada. As mudanças significativas nas linhas e produtos devem ser 
observadas com cautela, de modo que por meio de instrumentos de avaliação e 
de pesquisa possam ser introduzidas de forma cautelosa e sistemática;
• Plano de investimento: este item avalia os planos de investimento de longo 
prazo e os processos decisórios sobre o investimento;
• Nível de satisfação do cliente: além do grau de satisfação do cliente, ava-
lia se as suas expectativas foram atendidas, superadas ou não atendidas;
• Tempo de introdução de novos produtos ou processos: este elemento 
avalia a velocidade da inovação da empresa e a capacidade de desenvol-
vimento e implantação de um novo produto ou processo, bem como o 
atendimento das metas de custo, prazo e qualidade. É considerado, nesta 
fase, desde aconfecção do protótipo até a sua liberação para produção;
• Qualidade da produção inicial de um novo produto: este item busca 
avaliar o desempenho da produção inicial de um novo produto, obser-
vando os níveis esperados de qualidade. 
O Conceito de Inovação para a Empresa 
Neste item a empresa deve definir o que é considerado como produto, serviço ou 
processo inovador. Para se ter um conceito do que é uma empresa inovadora, são 
necessários observar alguns aspectos como o grau de atratividade para o consumidor 
ou seja a inovação envolve trazer um diferencial e que seja percebido como algo posi-
tivo para aqueles que irão usufruir e o grau de retorno ao acionista tais como margem 
bruta, margem líquida e as contribuições da inovação.
Indicadores de Inovação
Os indicadores de inovação são fundamentais para que a organização possa ava-
liar se tudo o que foi investido em inovação se obteve o retorno, avaliando separada-
mente o investimento e retorno.
13
UNIDADE Processo de Gestão da Inovação
Metas
Os indicadores pré definidos poderão ser instrumentos para o acompa-
nhamento de algumas metas do tipo:
• Obter 30% do faturamento com produtos inovadores;
• Obter retorno de 10% acima da média referente aos produtos inovadores.
Processo de Gestão da Inovação
O processo de gestão da inovação se dá sequencialmente conforme as etapas de 
levantamento, seleção, definição de recursos e implementação.
Reconhecimento
e Recompensa Criatividade
Proposta 
de ideias
Oportunidade(s) 
e Estratégia(s) 
De�nidas
Recursos para
implementar
Inovação introduzida 
ou implementada
Capacitação Comunicação
1
Levantamento
5
Aprendizagem
2
Seleção
4
Implementação
3
De�nição de Recursos
Figura 3 – Processo de gestão da inovação
 Fonte: Carvalho, Cavalcante e Reis (2011)
1. Levantamento: está relacionado à busca e às oportunidades de inovação 
– ideias. Para obter as informações nesta etapa é importante: 
• Perceber os canais de marketing e as praças para a realização da distri-
buição dos produtos;
• Observação dos concorrentes, o que pode indicar mudança no comporta-
mento do mercado;
• Identificar sinais que apontem mudanças no perfil do consumidor;
• Explorar as tecnologias disponíveis;
• Observar ameaças e oportunidades.
2. Seleção: envolve entender as competências da organização e definir a estraté-
gia de inovação mais adequada. Ademais, as ações ligadas à seleção são:
• Definir a estratégia de inovação;
• Entender o diferencial da organização;
• Analisar opções e oportunidades de inovação;
14
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• Escolher uma ou mais opções de oportunidades de inovação;
• Disseminar a visão do novo produto ou processo para a equipe;
• Envolver todos os colaboradores nas etapas do processo de inovação;
• Envolver fornecedores, parceiros e colaboradores desde o início ao fim do 
processo de inovar.
3. Defi nição e recursos: nesta etapa ocorre a defi nição dos recursos, tais 
como humanos, fi nanceiros e tecnológicos, todos necessários para im-
plantar a inovação selecionada. As principais ações são as seguintes:
• Definição de recursos conforme a demanda;
• Subcontratação;
• Formação de pessoas;
• Parcerias com empresas, centros de pesquisa e universidades.
4. Implementação: envolve defi nir o estabelecimento de: 
• Datas e formas de acompanhamento;
• Alinhar os processos de introdução com marketing e vendas, bem como 
as ações comerciais;
5. Aprendizagem: neste último elemento é aplicada uma refl exão sobre todo 
o processo com o intuito de revisar etapas, ações e registrar um banco de 
dados com todo o aprendizado realizado. Esta fase conta com refl exões 
sobre as lições aprendidas e, principalmente, as mudanças necessárias a 
partir do aprendizado adquirido, gerando, assim, um processo de retroa-
limentação ou reinovação. A observação das necessidades é importante 
aqui, pois pode levar, por meio do processo criativo, à escolha de produtos 
que possam despontar no mercado.
No processo evolutivo de uma empresa figuram os estágios de consciência, es-
tratégia e gestão da inovação, tornando-se, por fim, inovadora.
Empresa
Inovadora
Gestão da Inovação
Estratégia
Consciência
Acompanhamento
Capacidade de Inovar
Processo e Gestão na Inovação
Estruturação
Parceria
Inovação como Estratégia
Disseminação
Conscientização
Figura 4 – Estágios rumo à empresa inovadora
Fonte: Carvalho, Cavalcante e Reis (2011)
15
UNIDADE Processo de Gestão da Inovação
Podemos melhor observar cada estágio e a sua respectiva descrição de forma 
mais detalhada no seguinte Quadro:
Quadro 2 – Estágios rumo à empresa inovadora
Estágio Descrição
Conscientização A empresa percebe a importância da inovação para os seus negócios. Neste momento, convence-se de que a inovação é necessária à sua sobrevivência.
Disseminação A empresa já entendeu os conceitos e está em condições de disseminá-los entre os seus colaboradores.
Inovação como estratégia
A empresa já está incorporando em seu planejamento e no dia a dia questões 
correlacionadas com a inovação. Deverá pensar de forma proativa e voltada a 
gerar inovações, de forma permanente, de produtos, serviços, processos, métodos 
organizacionais e de marketing.
Parcerias 
A empresa já estabelece cooperação com outras organizações, universidades, institutos 
etc. Trata-se do estágio em que tem consciência de que as suas chances de crescimento 
aumentam significativamente quando desenvolve inovações nas mais diferentes 
formas de parceria, principalmente com os próprios clientes e com 
os seus colaboradores.
Estruturação
A empresa tem definição clara quanto à sua infraestrutura, recursos financeiros – ou 
a forma de acesso aos quais –, gerenciais e humanos necessários para a inovação, 
mesmo que não totalmente de forma organizada.
Processo e gestão da inovação
A empresa entende claramente o papel de cada uma das etapas do processo de 
inovação e estabelece formas de funcionamento e sistematização. Executa esse 
processo e as práticas de estímulo à inovação de modo sistemático e contínuo.
Capacidade de inovar
A empresa já “roda” um processo formalizado, organizado e, portanto, tem condições 
de aprender e aprimorar a sua capacidade de inovação. Neste estágio, já consegue 
estabelecer condição permanente de inovar e lançar produtos e serviços novos com 
significativa regularidade.
Acompanhamento A empresa já está em condições de identificar com clareza os seus esforços e resultados obtidos com inovação. É o estágio no qual o processo está implantado e é gerenciado.
Fonte: Carvalho, Cavalcante e Reis (2011)
Considerações Finais
O processo de identificação de oportunidades para inovação se dá na observação 
do ambiente externo e por meio da identificação dos recursos, da capacidade e estra-
tégia de cada organização, tornando possível determinar a etapa em que a empresa 
se encontra rumo a ser inovadora.
Assim, as técnicas e os processos de gestão da inovação são fundamentais para 
que esse fluxo ocorra de forma eficiente por meio do planejamento estratégico à 
inovação, tornando factível organizar, dirigir e controlar os elementos relacionados 
à gestão da inovação.
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Inovação – bloco 1
https://youtu.be/uUDyycEX0QA
Inovação – bloco 2
https://youtu.be/a3SX94pAltk
 Leitura
Modelos para a gestão da inovação: revisão e análise da literatura
https://goo.gl/rJQ8P4
Gestão da inovação de produto: proposição de um modelo integrado
https://goo.gl/TM1r4Q
17
UNIDADE Processo de Gestão da Inovação
Referências
BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e empreendedorismo. Porto Alegre, RS: 
Bookman, 2009.
CARVALHO, H. G. de; CAVALCANTE, M. B.; REIS, D. R. dos. Gestão da inovação. 
Curitiba, PR: Aymará, 2011. 
FREITAS FILHO, F. L. Gestão da inovação: teoria e prática para implantação. 
São Paulo: Atlas, 2013.
18

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