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Sistema Público de Escrituração Fiscal e Certi�cação Digital Prof. Sidmar Roberto Vieira Almeida Descrição O processo de criação e a evolução do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), a Escrituração Contábil Digital (ECD), a Escrituração Fiscal Digital (EFD), o funcionamento e a operacionalização do eSocial. Propósito Compreender os processos organizacionais com ênfase nas mudanças ocorridas no ambiente contábil por meio do Sistema Público de Escrituração Fiscal e da Certificação Digital. Objetivos Módulo 1 Criação e evolução Reconhecer o processo de criação e a evolução do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Módulo 2 Escrituração Analisar a Escrituração Contábil Digital (ECD) e a Escrituração Fiscal Digital (EFD). Módulo 3 eSocial Analisar o funcionamento e a operacionalização do eSocial e suas validações informatizadas. Os registros contábeis são insumos necessários a partir dos quais são produzidas informações. Com base nessas informações, as organizações adquirem conhecimentos que subsidiam o processo de tomada de decisões. A evolução da Tecnologia da Informação (TI) encurtou as percepções de tempo e distância, e, em relação ao contador, passou a requerer a dedicação à contabilidade voltada para a gestão da informação, na perspectiva do planejamento estratégico. É inegável que esse processo digital propiciou maior eficiência das ações fiscais, possibilitada pelo acesso mais rápido às informações e pela padronização dos arquivos eletrônicos. Neste conteúdo, vamos aprender sobre o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), desde a sua criação e implementação até suas vantagens já identificadas. Em seguida, trataremos da Escrituração Contábil Digital (ECD) e da Escrituração Fiscal Digital (EFD). Introdução 1 - Criação e evolução Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer o processo de criação e a evolução do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) O simples registro dos fatos que afetam o patrimônio não possibilita uma visão plena e consolidada da situação patrimonial da entidade, de modo a subsidiar o processo decisório do administrador. Para que isso Será enfatizada a melhoria na qualidade da informação e, consequentemente, na garantia da autenticidade, da integridade e da validade jurídica da prova. Por fim, apresentaremos as noções de funcionamento e operacionalização do SPED e suas validações informatizadas. Bons estudos! ocorra, são necessárias técnicas contábeis que possibilitem a elaboração periódica de relatórios financeiros sobre o estado do patrimônio e o efeito da gestão administrativa sobre este ao longo do tempo. Esse processo culmina com a elaboração das demonstrações contábeis. Segundo a Lei nº 6.404/76, ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e, se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. Essas demonstrações financeiras compilam todas as movimentações ocorridas na empresa durante o exercício social de maneira cronológica. Por meio das demonstrações financeiras, é possível efetuar uma avaliação da situação real do patrimônio, no que se refere à capacidade financeira, ao desempenho operacional, à sobrevivência da entidade e às suas possibilidades de expansão e desenvolvimento. Essas decisões são tomadas por intermédio da análise das demonstrações contábeis. As contas são representações contábeis dos elementos patrimoniais de natureza igual ou semelhante utilizadas para controlar o patrimônio da entidade. Elas são criadas para registrar os fatos nos livros contábeis e representam os elementos do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Cada conta possui uma natureza (credora ou devedora). Ao final do período, após todos os lançamentos contábeis, a diferença entre o que foi debitado e o que foi creditado determinará qual será o saldo da conta. Entenda melhor com o esquema a seguir: Valor superior Se o valor dos débitos for superior ao valor dos créditos, a conta terá um saldo devedor. Valor inferior Se o valor dos débitos for inferior ao valor dos créditos, a conta terá um saldo credor. O conjunto do agrupamento de contas, de forma organizada e sistematizada, compõe o plano de contas que será utilizado no processo contábil. Quanto mais detalhado for o plano de contas, a tendência é que seja maior o custo de processamento e geração das informações. Na montagem do plano de contas, deve-se levar em conta as necessidades de informação da administração da empresa, de modo que esse plano seja compatível com as necessidades da organização. Atenção A técnica utilizada para o registro dos fatos contábeis é chamada de escrituração. Vale ressaltar que a técnica corresponde ao conjunto de métodos organizados de forma sistemática, desenvolvidos e postos em execução com o propósito de se p ç p p alcançar determinado fim. Segundo a Lei nº 6.404/76, a escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. Ainda segundo a lei, a companhia observará, exclusivamente, em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes, ou determinem registros, lançamentos ou ajustes, ou a elaboração de outras demonstrações financeiras. As Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica (NBCT 2.8) estabelecem critérios e procedimentos para a escrituração contábil em forma eletrônica e a sua certificação digital, validação perante terceiros, manutenção dos arquivos e responsabilidade do contabilista. A referida norma estabelece ainda que o registro contábil deve conter o número de identificação do lançamento relacionado ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, elementos que comprovem ou evidenciem os fatos e a prática de atos administrativos. A evolução da Tecnologia da Informação encurtou as percepções de tempo e distância e, em relação ao contador, passou a exigir a adaptação às mudanças da legislação do mercado e o aperfeiçoamento de tarefas tradicionais com o fornecimento de informações com mais agilidade. Nesse cenário, foi criado pelo governo federal o Sistema Público de Escrituração Digital, com o intuito de permitir que todas as informações contábeis e fiscais de uma empresa, que antes eram registradas em livros, possam ser mantidas em arquivos digitais padronizados. Esse sistema tem como objetivo unificar as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo único, computadorizado, de informações. O governo demonstrou empenho em tentar melhorar seus serviços fornecendo, por meio da Tecnologia da Informação e Comunicação, novos sistemas de relacionamento com o contribuinte. A nova visão da função da contabilidade aumentou a importância dos profissionais da área e deu novo significado aos negócios, que passaram a utilizar sistemas automatizados. O avanço tecnológico propiciou uma redução substancial na quantidade de documentos em papel. Isso ocorreu, em boa parte, porque os órgãos públicos passaram a exigir que as empresas forneçaminformações em meio digital. Saiba mais O SPED teve como origem a Emenda Constitucional nº 42, que determinou que as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios atuassem de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais. A atuação de forma integrada facilita o processo de fiscalização. O SPED faz parte do Projeto de Modernização da Administração Tributária e Aduaneira (PMATA), que consiste na implantação de novos processos apoiados por sistemas de informação integrados, Tecnologia da Informação e infraestrutura logística adequada, e do Programa de Aceleração do Crescimento 2007- 2010 (PAC), mais especificamente no tópico referente ao Aperfeiçoamento do Sistema Tributário, a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). Esse programa buscou reduzir obstáculos administrativos e burocráticos ao crescimento econômico, por meio da modernização dos processos de interação entre a administração pública e as empresas em geral, dando sustentação à criação do SPED. Nota Fiscal Eletrônica. Outro fato a ser considerado é o Decreto nº 6.022, que preconizou a utilização da certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos em um processo de modernização da sistemática do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, cujo objetivo é o de garantir a validade jurídica. A rapidez no acesso às informações possibilita uma troca de informações entre os próprios contribuintes, viabilizando o aumento da produtividade do auditor por meio da eliminação dos passos para coleta dos arquivos. O SPED está dividido em três grandes grupos: Escrituração Contábil Digital Escrituração Fiscal Digital NF-e - Ambiente Nacional O SPED representa uma iniciativa integrada das administrações tributárias nas esferas federal, estadual e municipal, possibilitando parcerias fisco-empresas, planejamento e identificação de soluções antecipadas no cumprimento das obrigações acessórias, em face das exigências a serem requeridas pelas administrações tributárias. O SPED possibilita a efetiva participação dos contribuintes no atendimento às obrigações tributárias acessórias exigidas pela legislação tributária, além de servir como um instrumento de legitimidade social, baseado na transparência mútua, com reflexos positivos para toda a sociedade. A implementação de recursos de informática acarreta na redução de custos com a emissão e armazenagem de documentos em papel físico, o que colabora para a preservação do meio ambiente. De acordo com a Receita Federal, inúmeros são os benefícios identificados com a implementação do SPED. Por exemplo: Benefício I A redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas, com o aperfeiçoamento do combate à sonegação, associado ao fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as administrações tributárias. Benefício II A uniformização das informações impacta diretamente a redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias, ampliando as possibilidades de seleção de contribuintes, o que gera expressiva redução no tempo de execução da auditoria. Benefício III E, por fim, a simplificação e a agilidade nos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária reduzem o tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do contribuinte. A Receita Federal apresenta, ainda, de maneira clara, os objetivos do SPED: Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores. Promover a integração dos fiscos, mediante a padronização e o compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais, aumentando o compartilhamento de informações e contribuindo para a redução de custos para o t ib i t Além dos benefícios e objetivos, é importante identificar quem são os usuários do SPED. Nesse sentido, há um decreto que apresenta uma listagem desses usuários: I - a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda; II - as administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante convênio celebrado com a Secretaria da Receita Federal; e III - os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e indireta que tenham atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas. (Decreto nº 6.022) O referido decreto também estabelece que compete à Secretaria da Receita Federal: I - adotar as medidas necessárias para viabilizar a implantação e o funcionamento do SPED; II - coordenar as atividades relacionadas ao SPED; contribuinte. Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com cruzamento de dados e auditoria eletrônica. Essa celeridade propicia uma melhora no ambiente de negócios para as empresas no país, eliminando a concorrência desleal com o aumento da competitividade entre as empresas. III - compatibilizar as necessidades dos usuários do SPED; e IV - estabelecer a política de segurança e de acesso às informações armazenadas no SPED. (Decreto nº 6.022) A Contabilidade Pública utiliza o SIAFI, que é um sistema informatizado, gerenciado pela STN, que processa e controla, por meio de terminais instalados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da administração pública federal, das autarquias, fundações, empresas públicas federais e sociedades de economia mista. O SIAFI propicia rapidez, qualidade e precisão na informação, além de agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do Tesouro Nacional, por meio da unificação dos recursos de caixa do governo federal na Conta Única no Banco Central. Conceitos e Escrituração Assista ao vídeo para saber mais sobre a criação do SPED e sua importância: Falta pouco para atingir seus objetivos. V i l i ? Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Em relação ao SPED, são competências da Secretaria da Receita Federal todas as alternativas, exceto: Parabéns! A alternativa C está correta. A punição não está entre as competências e atribuições da Secretaria da Receita Federal. Questão 2 Corresponde a um benefício oriundo da implementação do SPED: A Adotar as medidas necessárias para viabilizar a implantação e o funcionamento do SPED. B Coordenar as atividades relacionadas ao SPED. C Punição para quem cometer fraude. D Compatibilizar as necessidades dos usuários do SPED. E Estabelecer a política de segurança e de acesso às informações armazenadas no SPED. A Aumento de custos com dispensa de emissão e armazenamento de documentos em papel. B Aumento da poluição do meio ambiente, em decorrência da demanda pelo consumo de Parabéns! A alternativa D está correta. Houve a redução de custos com dispensa de emissão e armazenamento de documentos em papel, bem como a redução da poluição do meio ambiente, em decorrência da menor demanda pelo consumo de papel; redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias, e agilidade no acesso às informações. 2 - Escrituração Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar a Escrituração Contábil Digital (ECD) e a papel. C Aumento de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias. D Aperfeiçoamento do combate à sonegação. E Burocracia no acesso às informações. p ç g Escrituração Fiscal Digital (EFD). A Tecnologia da Informação influencia a Contabilidade e o trabalho do contador. Essa tecnologia engloba um conjunto de atividades e de soluções suportadas por recursoscomputacionais e de comunicação, tendo como objetivo obter, armazenar, acessar e gerenciar dados e informações. Nesse contexto, falaremos da Escrituração Contábil Digital e da Escrituração Fiscal Digital. Escrituração Contábil Digital A Escrituração Contábil Digital (ECD) é parte integrante do projeto SPED e tem por objetivo a substituição da escrituração em papel pela escrituração transmitida via arquivo, em versão digital, dos seguintes livros: I - Livro Diário e seus auxiliares, se houver; II - Livro Razão e seus auxiliares, se houver; III - Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos. Segundo o art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.420/2013, estão obrigadas a adotar a ECD, em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014: As pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no lucro real. I As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita. As pessoas jurídicas imunes e isentas que, em relação aos fatos ocorridos no ano calendário, tenham sido obrigadas à apresentação da Escrituração Fiscal Digital das Contribuições, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012. As Sociedades em Conta de Participação (SCP), como livros auxiliares do sócio ostensivo. Fica facultada a entrega da ECD às demais pessoas jurídicas. A obrigatoriedade informada anteriormente não se aplica aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas, e, tampouco, às pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional). Curiosidade Vale mencionar que as pessoas jurídicas do segmento de construção civil dispensadas de apresentar a Escrituração Fiscal Digital (EFD) e obrigadas a escriturar o livro Registro de Inventário devem apresentá-lo como um livro auxiliar na ECD.” O prazo de entrega da ECD está fixado pelo art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.420/2013, que estabelece a transmissão anual ao SPED até o último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano- calendário a que se refira à escrituração, encerrando às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia fixado para entrega da escrituração. A exceção engloba os casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, que, neste caso, II III IV estipula que essas pessoas terão até o último dia útil do mês subsequente ao do evento. Em casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de janeiro a abril do ano da entrega da ECD para situações normais, o prazo será até o último dia útil do mês de maio do referido ano. Escrituração Fiscal Digital (EFD) A Escrituração Fiscal Digital (EFD) corresponde a um arquivo digital, assinado digitalmente e transmitido, via Internet, ao ambiente SPED. Essa escrituração engloba um conjunto de escriturações de documentos fiscais a serem utilizadas pelas pessoas jurídicas de direito privado na escrituração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, nos regimes de apuração não cumulativo e/ou cumulativo. A EFD é responsável por informações de interesse dos Fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte. Os documentos e as operações da escrituração, representativos de receitas auferidas e de aquisições, custos, despesas e encargos incorridos serão relacionados no arquivo da EFD-Contribuições em relação a cada estabelecimento da pessoa jurídica, sendo essenciais para a apuração de possíveis créditos no regime da não cumulatividade. Por meio da Lei nº 12.546/2011, a EFD-Contribuições passou a abarcar a escrituração digital da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, incidente nos setores de comércio, serviços e indústrias, para auferir receitas referentes aos CNAE, às atividades, aos serviços e aos produtos (NCM) nela relacionados. Saiba mais A escrituração das contribuições sociais e dos créditos, bem como da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, será efetuada de forma centralizada, em arquivo único mensal, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica. A Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012 estabelece quem está obrigado à Escrituração Fiscal Digital: I Em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores id ti d 1º d j i d 2012 j ídi j it à t ib t ã d ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real. II Em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado. III Em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, e na Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983. IV Em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, convertida na Lei nº 12.546, de 2011. V Em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos §§ 3º e 4º do art. 7º e nos incisos III a V do caput do art. 8º da Lei nº 12.546, d 2011 Em caso de informação errada, inconsistente ou para atualização, a pessoa jurídica poderá retificar os arquivos originais da EFD-Contribuições em 5 (cinco) anos contados do 1º (primeiro) dia do exercício seguinte àquele a que se refere a escrituração, sem penalidade. Todavia, a retificação não será validada pela Receita Federal nos casos que contemplem alteração de créditos já objeto de exame em procedimento de fiscalização ou objeto de análise de PERDComp; casos de alteração de débitos em relação aos quais a pessoa jurídica tenha sido intimada de início do procedimento fiscal, ou, ainda, casos que contemplem redução de débitos que já tenham sido encaminhados à PFN e que tenham sido objeto de auditoria interna ou de procedimento de fiscalização. Funcionamento e operacionalização da Escrituração Fiscal Digital O primeiro passo para a Escrituração Fiscal Digital consiste na pessoa jurídica declarante gerar um arquivo digital no padrão estabelecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), anexando todos os documentos fiscais e demais operações com repercussão no campo de incidência das contribuições sociais e dos créditos da não cumulatividade, bem como da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, referentes a cada período de apuração das respectivas contribuições. O programa validador permite a digitação, alteração, assinatura digital da EFD- Contribuições, transmissão do arquivo, exclusão de arquivos, geração de cópia de segurança e sua restauração. O programa gerador de escrituração permite a importação do arquivo no formato da EFD-Contribuições definido pela RFB. Nesta ocasião, é permitido criar uma nova escrituração, validar o conteúdo da de 2011. escrituração indicando possíveis erros, emitir relatórios da escrituração e, por fim, gerar o arquivo digital para assinaturae transmissão ao SPED, incluindo o certificado digital. Lembrando sempre que a transmissão do arquivo ocorre no ambiente SPED. Atenção O cumprimento do prazo é extremamente relevante e deverá ser cumprido por todos. A periodicidade de apresentação do arquivo da EFD-Contribuições é mensal, devendo ser transmitido, após a sua validação e assinatura digital, até o 10º (décimo) dia útil do segundo mês subsequente ao de referência da escrituração. Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) tem como objetivo substituir os documentos fiscais em papel por meio eletrônico, com a dispensa do uso do Emissor de Cupom Fiscal e da intervenção técnica, abrindo espaço para o uso de novas tecnologias de mobilidade (emissão em tablet e smartphones). Essa substituição possibilita a transmissão em tempo real ou on-line da NFC-e, reduzindo, de maneira significativa, os gastos com papel e os custos de obrigações acessórias aos contribuintes, além de aumentar o controle fiscal pelas administrações tributárias. Além da redução de custos, os contribuintes não precisarão mais lançar todas as informações contidas nas notas fiscais emitidas e recebidas pela empresa manualmente, uma vez que esses lançamentos serão feitos eletronicamente, por meio da obtenção dos dados contidos nos arquivos das Notas Fiscais Eletrônicas. Isso propicia ao consumidor final o aumento na transparência das informações, por ser mais ágil a conferência da validade e autenticidade do documento recebido, além da integração de plataformas de vendas físicas e virtuais. É possível a expansão de pontos de vendas nos períodos de alto movimento do comércio, sem necessidade de autorização prévia do Fisco. Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) Os volumes de transações e os montantes de recursos movimentados têm crescido de forma exponencial. Esse aumento está diretamente associado aos custos inerentes à necessidade do Estado em detectar e prevenir a evasão tributária. Houve a necessidade de redução dos custos e entraves burocráticos, objetivando o cumprimento das obrigações tributárias, com o maior controle de pagamento de impostos e contribuições. A nota fiscal é um documento que evidencia a circulação da mercadoria e o contador à escritura em livros obrigatórios. Neste contexto, a Nota Fiscal Eletrônica busca documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços ocorrida entre as partes. Trata-se de um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente. Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente e pela autorização de uso fornecida pelo Fisco, antes da ocorrência do fato gerador. Saiba mais Esse processo promove um aprimoramento do intercâmbio e compartilhamento de informações entre os fiscos, fortalecendo o controle e a fiscalização, além de reduzir os custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela fiscalização de mercadorias em trânsito, a consequente diminuição da sonegação e o aumento da arrecadação. Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) A Nota Fiscal de Serviços Eletrônica consiste em um documento de existência digital, gerado e armazenado eletronicamente em Ambiente Nacional pela Receita Federal do Brasil, buscando a padronização e melhora da qualidade das informações. Essa nota tem como objetivo racionalizar os custos, além de aumentar a competitividade das empresas brasileiras pela racionalização das obrigações acessórias. Sua geração é realizada por meio de serviços informatizados disponibilizados aos contribuintes. Comentário A responsabilidade pelo cumprimento da obrigação acessória de emissão da NFS-e e pelo correto fornecimento dos dados à secretaria, para a geração dela, é do contribuinte. e-Financeira A e-Financeira é constituída por um conjunto de arquivos digitais referentes ao cadastro, à abertura, ao fechamento e aos auxiliares, englobando o módulo de operações financeiras. A e-Financeira foi instituída pela Instrução Normativa RFB nº 1571/2015 que disciplinou a obrigatoriedade de prestação de informações relativas às operações financeiras de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). A e- Financeira também é transmitida ao SPED. A e-Financeira também é transmitida ao SPED. Estão obrigados a adotar a e-Financeira: I As pessoas jurídicas autorizadas a estruturar e comercializar planos de benefícios de previdência complementar. As pessoas jurídicas autorizadas a instituir e administrar Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi). As pessoas jurídicas que tenham como atividade principal ou acessória a captação, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, incluídas as operações de consórcio, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia de valor de propriedade de terceiros. As sociedades seguradoras autorizadas a estruturar e comercializar planos de seguros de pessoas. Sistema Público de Escrituração e Certi�cação Digital Assista ao vídeos para descobrir mais sobre a Escrituração Contábil Digital (ECD) e a Escrituração Fiscal Digital (EFD). I II III IV Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 A Escrituração Contábil Digital (ECD) é parte integrante do projeto SPED e tem por objetivo a substituição da escrituração em papel pela escrituração transmitida via arquivo. Estão obrigados(as) a adotar a ECD, em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014: A As pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional). B As Sociedades em Conta de Participação (SCP), como livros auxiliares do sócio ostensivo. C Os órgãos públicos. D As autarquias e as fundações públicas. E As pessoas jurídicas inativas. Parabéns! A alternativa B está correta. Estão obrigadas a adotar a ECD: I - as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no lucro real; II - as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita; e as Sociedades em Conta de Participação (SCP), como livros auxiliares do sócio ostensivo. Questão 2 O prazo de entrega fixado pelo art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.420/2013 para a ECD é: Parabéns! A alternativa A está correta. O art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.420/2013 estabelece até o último dia útil do mês de maio do A Até o último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração. B Até o último dia útil do mês de junho do ano-calendário a que se refira a escrituração. C Até o último dia útil do mês de dezembro do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração. D Até o último dia do mês de maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração. E Primeira quinzena do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração. ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração. 3 - eSocial Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar o funcionamento e a operacionalização do eSocial e suas validações informatizadas. Chegamos ao último módulo deste conteúdo, e nossa missão é discutir o eSocial. Este módulo está baseado no Manual de orientação do eSocial, disponibilizado pelo governo federal. Apresentação, conteúdo e princípios do eSocial Dentro do estudo da Contabilidade, temos diversos termos técnicos que precisam ser entendidos para que a contabilização/escrituração dos eventos seja efetuada de maneira correta. Toda a contabilização impacta o patrimônio da entidade. Essas informações financeiras são úteis atoda tomada de decisões. O projeto do eSocial é uma ação conjunta da Secretaria da Receita Federal do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do g ( ) Ministério do Trabalho (MTb). Caixa Econômica Federal. O eSocial tem como objetivo estabelecer a forma pela qual devem ser submetidas as informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais relativas à contratação e à utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício, e de produção rural. Atenção É importante ressaltar que o eSocial não é uma nova obrigação tributária acessória, mas uma nova forma de cumprir obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias já existentes, dando maior efetividade à fruição dos direitos fundamentais trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores e eliminando a redundância nas informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas obrigadas. Não há qualquer alteração nas legislações específicas de cada área. O eSocial somente cria uma maneira única e mais simplificada de atendê-las, racionalizando e simplificando o cumprimento de obrigações previstas na legislação pátria, relativa a cada matéria. O eSocial é um projeto do governo federal, instituído pelo Decreto nº 8.373. Esse decreto teve por objetivo desenvolver um sistema de coleta de informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias, armazenando-as em um Ambiente Nacional Virtual, a fim de possibilitar aos órgãos participantes do projeto, na medida da pertinência temática de cada um, a utilização de tais informações para fins trabalhistas, previdenciários, fiscais e para a apuração dos tributos e da contribuição para o FGTS. Esse projeto visa aprimorar a qualidade das informações referentes às relações de trabalho, previdenciárias e fiscais. A prestação das informações englobadas pelo eSocial substitui, na forma disciplinada pelos órgãos e entes partícipes, o procedimento do envio das mesmas informações por meio de diversas declarações, formulários, termos e documentos relativos às relações de trabalho. A seguir, você verá, de maneira resumida, a sintetização das principais emendas constitucionais, leis complementares, atos declaratórios executivos e portarias. Emenda Constitucional nº 72/2017 Altera a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais. Lei Complementar nº 150/2015 Dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico; altera as Leis nº 8.212, de 24 de julho de 1991; nº 8.213, de 24 de julho de 1991; e nº 11.196, de 21 de novembro de 2005; revoga o inciso I do art. 3º da Lei no 8.009, de 29 de março de 1990; do art. 36 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991; da Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972; e do inciso VII do art. 12 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995; e dá outras providências. Decreto nº 8.373/2014 Institui o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas Emendas constitucionais Leis complementares Decretos (eSocial), e outras providências. Ato Declaratório Executivo Su�s nº 5/2013 Aprova e divulga o layout do Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial. Ato Declaratório Executivo Codac nº 14/2014 Credencia as instituições financeiras para comporem a Rede Arrecadadora dos documentos de arrecadação emitidos pelo portal do esocial. Portaria SEPRT nº 716/2019 Dispõe sobre o cronograma de implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Quem está obrigado a enviar informações pelo eSocial? Após discutir seus objetivos e princípios, é importante ter em mente que todo aquele que contratar um prestador de serviço pessoa física e possuir alguma obrigação trabalhista, previdenciária ou tributária, em função dessa relação jurídica de trabalho, inclusive se tiver natureza administrativa, conforme a legislação pertinente, estará obrigado a enviar informações decorrentes desse fato por meio do eSocial. Atos declaratórios executivos Portarias O obrigado pode figurar nessa relação como empregador, nos termos definidos pelo art. 2º da CLT, ou como contribuinte, conforme delineado pela Lei nº 5.172, de 1966 (CTN), na qualidade de empresa, inclusive órgão público, ou de pessoa física equiparada à empresa, conforme prevê o art. 15 da Lei nº 8.212, de 1991. Excetuam-se dessa obrigação: A pessoa física que, no início da obrigatoriedade do eSocial, encontra-se na situação “Sem Movimento”, enquanto esta perdurar; O MEI sem empregado que não possua obrigação trabalhista, previdenciária ou tributária; E os fundos de investimento, os quais não são revestidos de personalidade jurídica e, portanto, não podem contratar. As informações devem ser prestadas pela instituição financeira administradora do fundo. Ambientes do eSocial e declarantes Basicamente, existem duas espécies de ambientes no eSocial, a saber: Produção Ambiente de processamento e apuração das informações do declarante que produz todos os efeitos jurídicos. Produção restrita Ambiente de teste no qual as informações não produzem efeitos jurídicos. Acerca da identificação dos declarantes: Pessoa jurídica É identificada apenas pelo CNPJ. Pessoa física É identificada apenas pelo CPF. Curiosidade O identificador-chave para as pessoas jurídicas é o CNPJ-Raiz/Base de oito posições, exceto se a natureza jurídica for de administração pública federal, situação em que o campo deve ser preenchido com o CNPJ completo com 14 posições. De maneira geral, o eSocial foi elaborado com o intuito de modernizar o modelo brasileiro das relações de trabalho. Essa plataforma digital objetiva garantir os direitos dos trabalhadores, sejam previdenciários ou trabalhistas. Para consolidar seus conhecimentos sobre sua obrigatoriedade de utilização e sobre os órgãos e as entidades do governo federal que contribuíram para esse processo. Acesso ao eSocial – Certi�cação Digital O certificado digital utilizado no sistema eSocial deve ser emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela ICP-Brasil. Esse cerificado deverá pertencer à série “A”, do tipo A1 ou A3. Certificados digitais de tipo A1 ficam armazenados no próprio computador a partir do qual ele é utilizado. Certificados digitais do tipo A3 são armazenados em dispositivo portátil inviolável do tipo smart card ou token, que possui um chip com capacidade de realizar a assinatura digital. Os certificados digitais são exigidos em dois momentos distintos: Antes de ser iniciada a transmissão de solicitações ao sistema eSocial, o certificado digital do solicitante (e-CPF (e-PF) ou e-CNPJ (e-PJ)) é utilizado para garantir a segurança do tráfego das informações. Para os declarantes pessoas jurídicas: Os eventos podem ser gerados por qualquer estabelecimento do declarante ou seu procurador, mas o certificado digital assinante destes deve pertencer à matriz, ao representante legal desta ou ao procurador substabelecido, outorgado por meio de procuração eletrônica ou não eletrônica. Para os declarantes pessoas físicas: Os eventos devem ser gerados pelo próprio declarante ou seu procurador ou, ainda, pelo procurador substabelecido, outorgado por meio de procuração eletrônica ou não eletrônica, assinados, em todos os casos, por meio de certificado digital. No caso de órgãos públicos, os eventos podem ser gerados pelo representante autorizado para efetuar a transmissão das respectivas unidades administrativas. Os certificados digitais utilizados para assinar os eventos enviados ao eSocial devem estar habilitados para a função de assinatura digital, respeitando a Política do Certificado. eSocial Doméstico A implementação do eSocial engloba a garantia aos diretos previdenciários e trabalhistas, racionalizando e simplificando o cumprimento de obrigações e, consequentemente,melhorando a qualidade das informações das relações de trabalho, previdenciárias e tributárias. Transmissão Assinatura de documentos Os principais benefícios do eSocial doméstico abarcam a folha de pagamento, ao permitir a confecção, a edição e o fechamento das remunerações dos trabalhadores, incluindo diversas rubricas, impressão de recibos de salário e geração de guia para pagamento. Por fim, é possível o rápido e fácil acesso dos trabalhadores ao informe de rendimentos, facilitando a elaboração da declaração anual de ajuste do Imposto de Renda. Dica No caso de reajuste de salário, é possível efetuar a alteração do salário contratual com o preenchimento de apenas dois campos (novo salário e data do reajuste). eSocialT Assita ao vídeo sobre a criação do eSocial, sua finalidade e aplicações. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Antes de ser iniciada a transmissão de solicitações ao sistema eSocial, o certificado digital do solicitante é utilizado para garantir a segurança do tráfego das informações na Internet. Esse procedimento é denominado: Parabéns! A alternativa D está correta. O certificado digital utilizado no sistema eSocial deve ser emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela ICP-Brasil. Os certificados digitais são exigidos em dois momentos distintos. O primeiro é na transmissão que corresponde exatamente à afirmativa. Questão 2 São princípios do eSocial, exceto: A eSocial. B Validação. C Armazenamento. D Transmissão. E Assinatura de documentos. A Dar maior efetividade à fruição dos direitos fundamentais trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores. Parabéns! A alternativa E está correta. A alternativa E corresponde a uma das duas espécies de ambientes no eSocial, e que, mesmo assim, estabelece que todos os efeitos jurídicos são produzidos pelo declarante. Considerações �nais A Contabilidade é uma ciência social aplicada que tem como objeto de estudo o patrimônio da empresa, auxiliando no controle e na tomada de decisão. Nesse processo, as demonstrações contábeis são fundamentais ao fornecer informações sobre a posição patrimonial, financeira e do desempenho da entidade que sejam úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores. Com o aprimoramento das atividades comerciais, associado à diversificação da economia global, as B Racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações previstas na legislação pátria, relativa a cada matéria. C Eliminar a redundância nas informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas obrigadas. D Aprimorar a qualidade das informações referentes às relações de trabalho, previdenciárias e fiscais. E Gerar um ambiente destinado ao processamento e à apuração das informações do declarante que produz sem os efeitos jurídicos. inovações tecnológicas são inevitáveis, tendo a Ciência Contábil que se adaptar ao novo cenário, cercado de competitividade mercadológica, exigindo grande capacidade de adequação por parte do profissional contábil. A Tecnologia de Informações está inserida no âmbito do trabalho contábil, de forma indispensável, com a utilização de softwares que agilizam e organizam as obrigações da contabilidade. A Escrituração Fiscal Digital (EFD), também chamada de SPED Fiscal, é parte integrante do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e compõe-se da totalidade das informações, em meio digital, necessárias à apuração dos impostos referentes a operações e prestações praticadas pelo contribuinte. A implantação dessa escrituração foi uma revolução dentro do ambiente contábil, substituindo os livros em papel por livros digitais, que trouxeram uma melhoria na qualidade e rapidez às informações, além de reduzir os custos com a emissão e o armazenamento de documentos em papel, a uniformidade das informações que o contribuinte presta às diversas unidades federadas, entre outros benefícios. O alto custo despendido pelas empresas brasileiras para a prestação de informações contábeis e fiscais às administrações tributárias e aos órgãos reguladores é fator que contribui para o aumento do “custo Brasil”. Essa distorção implica a perda de competitividade econômica, prejudicando, sobremaneira, o desenvolvimento do país. Para minimizar esse custo, é necessária a integração das administrações tributárias, com foco na eliminação de informações redundantes. A informação é um ativo que as organizações devem gerenciar como recurso estratégico que impactará o processo de tomada de decisão. Por fim, é importante mencionar que a adequação das empresas para implementação e utilização do SPED acarreta em custos com uma mão de obra qualificada e uma ampla estrutura tecnológica capaz de suportar as operações. A empresa deverá realizar um investimento no aperfeiçoamento permanente do profissional e de sua equipe com estudos constantes e investimentos em treinamento. Podcast No podcast a seguir, serão abordados os seguintes temas: a criação do SPED; vantagens e benefícios para as empresas e para a sociedade; a escrituração Contábil Digital; a Escrituração Fiscal Digital; e a relação do SPED com as oportunidades no mercado de trabalho. Referências BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Brasília, 1976. Consultado na Internet em: 5 jul. 2021. BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Brasília, 2007. Consultado na Internet em: 5 jul. 2021. ESOCIAL. Manual de orientação do eSocial. Consultado na Internet em: 5 jul. 2021. GELBCKE, E. R.; SANTOS, A.; IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018. SECRETARIA DA FAZENDA E PLANEJAMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Legislação. Consultado na Internet em: 5 jul. 2021. SECRETARIA DA FAZENDA E PLANEJAMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Sobre o SPED. Consultado na Internet em: 5 jul. 2021. SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DO ESTADO DO PARANÁ. Sistema Público de Escrituração Digital. Consultado na Internet em: 5 jul. 2021. SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DO ESTADO DO PARANÁ. Escrituração Fiscal Digital - EFD. Consultado na Internet em: 5 jul. 2021. SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL. Legislação. Consultado na Internet em: 5 jul. 2021. Explore + Para saber mais sobre o Sistema Público de Escrituração Fiscal e Certificação Digital, recomendamos a leitura do artigo Vantagens e desvantagens da implementação do sistema público de escrituração digital em uma grande empresa industrial, dos autores Alex Eckert, Eveline Cordova Dos Santos, Marlei Salete Mecca e Roberto Biasio, publicado na Revista de Contabilidade e Controladoria, v.3, n.3 , p. 82-93, set./dez. 2011.
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