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Sustentabilidade no canteiro de obras 13 de janeiro de 2014 Prevenção e mitigação dos impactos ambientais causados pelas atividades da construção civil É sabido que as atividades da construção civil são responsáveis por grandes impactos negativos no meio ambiente, devido ao consumo representativo de recursos naturais, à geração de resíduos e às modificações físicas causadas no terreno e seu entorno. Por isso, para a sustentabilidade de uma edificação, é necessário implantar medidas nos canteiros de obras para a redução dos impactos e do desperdício de materiais. Muitas vezes negligenciado pelas construtoras, o canteiro de obras é fundamental para a eficiência técnica e financeira de uma edificação em construção. Embora as vantagens do planejamento adequado do canteiro sejam mais visíveis no caso de obras de maior complexidade, seus benefícios quanto ao aproveitamento de recursos e materiais e redução do desperdício são aspectos comuns a todas as construções, devendo as recomendações envolvendo sustentabilidade serem implantadas universalmente. O planejamento das etapas da construção deve ser elaborado considerando seus impactos no leiaute do canteiro, tais como áreas de circulação, movimentação de equipamentos e funcionários, área de armazenagem de materiais e de resíduos gerados pela obra. Além disso, é fundamental que seja elaborado um Plano de Sustentabilidade Ambiental, de modo a prever as diferentes fases da construção, o treinamento dos colaboradores e a atribuição das responsabilidades. No Plano de Sustentabilidade Ambiental para o canteiro do empreendimento devem ser observados aspectos como: – efeitos provenientes de atividades envolvendo a movimentação e o descarte de solo, erosão, sedimentação e assoreamento de cursos d’água; – geração de poeira e poluição do ar; – interferências na fauna e flora local, como, por exemplo, supressão da vegetação; – contaminação do solo e de cursos d´água; – geração de ruído e de vibração; – impactos no tráfego local, no entorno e na vizinhança. Uma vez identificados os impactos críticos pertinentes a uma determinada obra, é necessário determinar as estratégias de prevenção; bem como avaliar as potenciais fontes de poluição relevantes, que possam prejudicar a qualidade do ar, das águas descartadas e do solo. Uma providência pertinente é prever sistemas de drenagem de águas pluviais provisória, com indicação das soluções para retenção e remoção de resíduos sólidos, sedimentos e poluentes, antes de seu lançamento na rede pública. Também recomenda-se coletar informações sobre qualidade da água presente no terreno, incluindo pontos de destinação para onde deve escoar a água ou o seu aproveitamento (tais como: lava-rodas, lava-bicas e sistema de irrigação). Nos acessos do canteiro de obras, é recomendável que sejam previstos gradis junto à via de circulação de veículos, para evitar a circulação e a contaminação do solo devido a resíduos e sujeiras impregnadas nos mesmos. Como forma de evitar a propagação de poeira, uma prática eficiente é a aspersão de água, processo que deve priorizar a utilização de água de reúso. O controle dos fluxos de circulação deve ser elaborado, inclusive considerando a instalação de placas de sinalização indicando saídas, acessos, vias de circulação de veículos e limites de velocidade. Todos os acessos ao canteiro de obras que envolvam a circulação devem ser estabilizados com brita, piso de concreto, ou materiais similares. Outro aspecto importante para a redução dos impactos ambientais negativos do canteiro é a gestão dos materiais. O local de produção de materiais em obra (por exemplo: argamassa, concreto) deve ser isolado do contato direto com o solo. Produtos químicos e derivados de petróleo devem ser estocados em local seguro contra vazamentos, de modo a evitar o contato direto com o solo. Para casos de contaminação, deve ser definido um procedimento de emergência, em caso de detecção de focos de contaminação. Produtos tóxicos e perigosos devem ser armazenados em áreas de estocagem impermeáveis, corretamente dimensionadas e capazes de reter eventuais vazamentos. Além disso, procedimentos de conferência e armazenamento adequados contribuem para a redução de perdas. Materiais potencialmente sujeitos à dispersão pela ação dos ventos e das chuvas, como a areia e a brita, e potencialmente geradores de poeira, devem ser armazenados em locais cobertos e ao abrigo dos ventos e das chuvas. A gestão das águas pluviais também é crítica para o controle dos impactos ambientais do canteiro. Para tal, é necessário instalar proteção física nas beiradas do talude onde as atividades de construção estão ocorrendo, a fim de evitar o carreamento de sedimentos para o sistema de drenagem pluvial do terreno e, consequentemente, para áreas vizinhas. Quanto à estabilização do solo e proteção de encostas e taludes, deve ser elaborado um planejamento das atividades de construção, para que as áreas nas quais a camada superficial foi removida não fiquem expostas e sem atividades por longos períodos. Nas áreas sujeitas a cortes e aterros com solo exposto, deve ser providenciada proteção, por meio do plantio de vegetação temporária ou da instalação de lonas ou mantas geotêxteis. Também o entorno do canteiro deve ser mantido em condições adequadas de limpeza. Assim, ruas e calçadas sujas pelas atividades de obra devem ser imediatamente limpas, a fim de evitar a propagação dos sedimentos e resíduos. Caminhões contendo solo, brita ou entulhos precisam ser cobertos com lona plástica para evitar a dispersão de sedimentos em vias públicas. Além disso, o perímetro da obra deve ser protegido para evitar o escoamento de sedimentos. Para o controle de poluentes, equipamentos movidos a gasolina ou a diesel devem ser operados somente em área ventilada. Além disso, especificar materiais de acabamento com índice de compostos orgânicos voláteis (COV) controlado. O armazenamento de produtos químicos deve ser feito em local ventilado e com as embalagens identificadas e tampadas imediatamente após o uso. Finalmente, os materiais absortivos precisam receber cuidados para seu armazenamento, de modo a evitar que sejam expostos à umidade e a poluentes. Medidas simples, como a proteção de bueiros, conferem eficiência à obra (crédito: Libercon) Gestão Ambiental de Resíduos da Construção Civil Um dos principais aspectos de um sistema de gestão de sustentabilidade para o canteiro é o gerenciamento dos resíduos da construção civil (RDC). Para tal, é necessário manter a segregação dos resíduos gerados e manter a organização e a limpeza do canteiro de obras, de modo a possibilitar a reciclagem dos materiais. Para a redução das perdas e para que se evite a pressão sobre os aterros sanitários resultante do descarte de resíduos, é pertinente adotar soluções para sua reciclagem e, quando possível, o reaproveitamento de materiais, tanto no próprio canteiro quanto por http://www.sh.com.br/wp-content/uploads/blog-portalea1.jpg meio da adoção de logística reversa, quando o material é reencaminhado novamente para o processo industrial. Também deve ser prevista, delimitada e identificada no planejamento do canteiro uma área designada para a armazenagem temporária dos resíduos de obra. O transporte e encaminhamento deve ser feito apenas por empresas licenciadas pelos órgãos competentes, devendo ser emitido para cada viagem efetuada um comprovante de transporte e destinação de solo ou um controle de transporte de resíduos . Todo tipo de resíduo gerado na obra deve ser armazenado e descartado conforme a Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a qual dispõe sobre triagem, acondicionamento, transporte e destinação (CONAMA, 2002). Além disso, Resíduos sólidos perigos precisam ser identificados, armazenados e descartados de acordo com a NBR 12.235: Armazenamento de resíduos sólidos perigosos (ABNT, 1992). É necessário preservar cursosd´água, galerias pluviais e bueiros, não devendo ser feita armazenagem de resíduos próxima a estes elementos. Resíduos perigosos precisam ser acondicionados separadamente, em locais ventilados e protegidos de intempéries, de modo a evitar que reajam entre si. Também deve ser objeto de planejamento a desmobilização correta das instalações provisórias, de modo a permitir a desconstrução de seus componentes e a recuperação das áreas ocupadas. Para o sucesso do sistema de gestão de resíduos, é necessário que sejam adotadas medidas para o controle da destinação dos resíduos da obra, monitorando e registrando as quantidades que foram encaminhadas para reciclagem. O maior volume possível de resíduos deverá ser reutilizado ou reciclado, evitando assim impactos em aterros e sistemas de incineração. Se não for possível o reúso, deve ser avaliada a possibilidade de encaminhar o material novamente ao processo industrial, por meio da prática da logística reversa. Gestão de resíduos no canteiro de obras – o caso da Arena Castelão Como um exemplo da gestão sustentável de resíduos da construção civil, podemos avaliar as estratégias implantadas na Arena Castelão, em Fortaleza, cuja consultoria para a certificação LEED esteve a cargo da OTEC. O projeto obteve 97% de aproveitamento na gestão de resíduos da construção civil. Aproximadamente 1/4 do anel do estádio, identificado como setor 3, foi demolido. É nesta parte que estão os vestiários, áreas de imprensa e áreas VIP. O estádio também é constituído por 2 lances de arquibancadas. O lance inferior foi totalmente demolido para alteração na inclinação para melhoria na visibilidade do público. O campo também teve que ser rebaixado com o mesmo intuito. O resíduo proveniente da demolição de estruturas e alvenarias foi triturado e encaminhado ao aterro da área de estacionamento Abaixo as principais destinações dadas aos resíduos da construção civil gerados pela obra. Tipo de material – destinação Sobras de gesso acartonado – fabricação de nervuras de forro acartonado Gypsum aramado (FGA) Chapas de vidro – reúso Resíduos da construção civil classe A (entulho) – aterro da área de estacionamento da Arena Castelão e de outros empreendimentos imobiliários Madeira – reúso, reciclagem (reformas de pallets e elaboração de estrutura de sofás para baixa renda) e utilização como biomassa e fabricação de brikets Plásticos – reciclagem PVC – reciclagem PET – reciclagem Papel e papelão – reciclagem Componentes de hidráulica – reúso Gradis – reúso Longarinas das arquibancadas – reúso em outros estádios Revestimentos acústicos – reúso no auditório da Secretaria dos Esportes Blocos intertravados – reúso na Academia Estadual de Segurança Pública de Fortaleza Cadeiras de fibra de vidro – reúso em outros estádios Por isso, é necessário que haja conscientização, por parte das incorporadoras e construtoras, quanto à importância de que o Plano de Sustentabilidade seja elaborado e colocado em prática anteriormente ao início das atividades de terrapleno.Uma dificuldade comum observada nos canteiros é relacionada à equipe de terrapleno, usualmente a primeira a entrar na obra e frequentemente desvinculada das demais atividades do canteiro. Trata-se de um processo crítico, se considerarmos o impacto ambiental das atividades desta fase no entorno, em áreas de preservação e em cursos d’água, devido à elaboração de cortes e aterros e às dimensões das áreas sujeitas à movimentação de terra. Embora fundamental para a eficiência da obra, a implantação efetiva dos critérios de sustentabilidade apresenta desafios e, em alguns casos, mudança de mentalidade quanto às práticas adotadas pela indústria da construção civil. Desafios para a gestão sustentável do Canteiro O alto índice de reciclagem obtido nesse caso permite que sejam pleiteados os dois pontos do crédito MRc 2 da certificação LEED para novas construções e mais um ponto por desempenho exemplar. Também é necessário designar responsáveis pelo gerenciamento do programa e oferecer treinamento à mão-de-obra do canteiro sobre a triagem e o manejo adequado dos resíduos, bem como estabelecer uma rotina diária de limpeza e fiscalização. Para tal, é pertinente adotar um Programa de Educação Ambiental destinado à informação e ao treinamento dos operários da construção civil, no qual serão abordados no mínimo os seguintes temas: consumo consciente, gestão de resíduos, reciclagem, consumo de recursos naturais, água e energia, qualidade do ar, entre outros. O treinamento deve se dar de forma contínua, pois, conforme a obra evolui, novas equipes são incorporadas ao canteiro e precisam de treinamento, orientação e supervisão. Além disso, equipes terceirizadas também devem ser envolvidas no plano de sustentabilidade e receber treinamento e supervisão para assegurar o impacto ambiental reduzido de suas atividades. Ana Judite G. Limongi França Diretora Técnica da OTEC – Otimização Energética para a Construção Ltda Certificação LEED e seus principais níveis 3 de fevereiro de 2022 SUSTENTABILIDADE A certificação LEED, sigla para Leadership in Energy and Environmental Design (em tradução livre Liderança em Energia e Design Ambiental) é um dos selos ambientais mais populares do Brasil. Criada pelo United States Green Building Council (USGBC) em 1993, a documentação visa guiar as construções civis para um caminho mais sustentável. No Brasil, a certificação é concedida pelo Green Building Council – Brasil (GBC), entidade sem fins lucrativos criada em 2007. A certificação já é a maior referência de sustentabilidade no setor de construção civil. Então além de garantir que a empresa é sustentável, inúmeros benefícios e ganhos são obtidos pela adoção das práticas e conceitos ambientalmente corretos. Além destes benefícios, este artigo vai apresentar os níveis, tipologias e a classificação necessária para obter o selo. Tipologias O Brasil é, atualmente, o 4º país com maior número de edificações certificadas. Além disso, mais de 70 mil profissionais já foram capacitados por meio do Programa Nacional de Educação da entidade. A certificação LEED possui quatro https://cte.com.br/blog/category/sustentabilidade/ https://cte.com.br/sustentabilidade/certificacoes-e-selos/ https://cte.com.br/blog/sustentabilidade/gestao-sustentavel/ https://cte.com.br/blog/sustentabilidade/certificacoes-dao-enfase-a-saude-e-a-qualidade-de-vida-dos-ocupantes/ tipologias, que consideram as diferentes necessidades para cada tipo de empreendimento. São elas: • Building design + Construction – voltada para novas construções e grandes reformas • Interior Design + Construction – o foco aqui são escritórios comerciais lojas de varejo • Operation & Maintenance – orientada para empreendimentos existentes • Neighborhood – direcionada para bairros Essas tipologias analisam 8 áreas: • Localização e transporte • Espaço sustentável • Eficiência no uso da água • Energia e atmosfera • Materiais e recursos • Qualidade ambiental interna • Inovação e processos • Créditos de prioridade regional Níveis de certificação e pontuação Para se submeter ao selo LEED, o empreendimento precisa atingir uma pontuação mínima. Ou seja, quanto maior o esforço, maior a pontuação e o nível do certificado. Já os créditos são as ações focadas em performance de desempenho, sugeridas pelo LEED. Portanto a cada ação assumida, o empreendimento ganha uma pontuação. O número total de pontos possíveis em todas as tipologias são 110. Eles são conquistados conforme o empreendimento aplica os créditos sugeridos pelo LEED. Existem quatro níveis de certificação, definidos conforme a quantidade de pontos adquiridos. São eles: • CERTIFIED – 40 a 49 pontos https://cte.com.br/qualidade-e-desempenho/ • SILVER – 50 a 59 pontos • GOLD – 60 a 79 pontos • PLATINUM – 80 + pontos Benefícios da certificação LEED Os benefícios de um empreendimento com certificadoLEED são inúmeros e extrapolam o aspecto ambiental. O GBC classifica os benefícios em três tipos: econômicos, sociais e ambientais. Econômicos: • Diminuição dos custos operacionais • Redução dos riscos regulatórios • Valorização do imóvel para revenda ou arrendamento • Aumento na velocidade de ocupação • Aumento da retenção • Modernização e menor obsolescência da edificação Sociais: • Melhora na segurança e priorização da saúde dos trabalhadores e ocupantes • Inclusão social e aumento do senso de comunidade • Capacitação profissional • Conscientização de trabalhadores e usuários • Aumento da produtividade de funcionários, alunos e outros • Incentivo a fornecedores com maiores responsabilidades socioambientais • Aumento da satisfação e bem-estar dos usuários • Estímulo a políticas públicas de fomento à Construção Sustentável Ambientais: • Uso racional e redução da extração dos recursos naturais • Redução do consumo de água e energia • Implantação consciente e ordenada • Mitigação dos efeitos das mudanças climáticas • Uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental • Redução, tratamento e reuso dos resíduos da construção e operação Além de diminuir gastos, a adoção de medidas sustentáveis também garante mais segurança e conforto aos usuários do local. Outro ponto favorável é o fato de edifícios sustentáveis terem um aumento de valor de mercado. Com todos esses benefícios, a certificação LEED tem sido cada vez mais valorizada e levada em conta por clientes e empresários. 11 PRÁTICAS SIMPLES PARA UM CANTEIRO DE OBRAS SUSTENTÁVEL Adotar um canteiro de obras sustentável é fundamental para as construtoras, porque, além de reduzir os impactos que o setor construtivo causa ao meio ambiente, ações de promoção a iniciativas ESG têm atraído cada vez mais clientes e investidores para as empresas do setor. Não é à toa que o estudo Global Consumer Pulse, promovido pela Accenture Strategy, identificou que 83% dos brasileiros optam por consumir de instituições alinhadas com fatores ambientais. Já uma pesquisa feita pela empresa americana Union + Webster constatou que 87% da população do país prefere consumir produtos e serviços de empresas sustentáveis. Por esses e outros tantos benefícios é fundamental que você comece agora a adotar práticas sustentáveis na construção civil. Por isso, listamos as 11 melhores práticas para tornar o seu canteiro mais sustentável. Obras sustentáveis: o que você precisa saber sobre o canteiro de obras Por definição, o canteiro de obras é um espaço destinado à construção, podendo ser provisório ou permanente. Essa área é destinada ao suporte administrativo e para a execução do projeto arquitetônico. Por lei, é preciso que o local tenha abrigo, local para descanso e para que os funcionários possam realizar as suas refeições. Sua dimensão depende da quantidade de funcionários e do porte da obra. O canteiro deve se adequar às normas de segurança, definidas pelo Ministério do Trabalho, entre elas a Norma Regulamentadora nº 18, chamada de NR-18, que trata de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Existem três tipos de canteiros: restrito (área delimitada), amplo (construções em grandes áreas) e linear (com perímetro restrito, geralmente estreito). Licenciamento ambiental em obras: por que você vai precisar? O licenciamento é uma etapa importante da sua obra porque estabelece boas práticas no canteiro de obras para reduzir os danos ao meio ambiente, de forma que haja também o fomento ao desenvolvimento econômico e social do país. Ou seja, promove o desenvolvimento econômico levando em conta a sustentabilidade. A intenção ao solicitar esse instrumento é evitar que haja a degradação do meio ambiente. O licenciamento ambiental pode ser solicitado no município, estado ou na União, sendo o empreendimento licenciado por apenas um desses entes. Na esfera federal, o órgão executor responsável pelo licenciamento é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Confira as etapas do processo de licenciamento ambiental na União: • Entrada no processo; • Triagem; • Delimitação de escopo; • Estudo ambiental; • Solicitação de licença; • Avaliação técnica; • Decisão; • Pagamento; • Monitoramento. 11 práticas para um canteiro de obras sustentável De acordo com o Conselho Internacional da Construção (CIB), a construção civil consome 1/3 de todo o recurso natural do Brasil e 50% da energia gerada no país. http://www.pcc.usp.br/latinamericancib/sobreocib.html Além disso, o mercado de construção é um dos que mais produzem resíduos, sendo responsável por 50% dos entulhos gerados. Atualmente, o Brasil está na 5ª posição no ranking mundial dos países com o maior número de projetos sustentáveis. Confira algumas práticas que você pode adotar no seu projeto de canteiro de obras sustentável: 1. INVISTA NA GESTÃO DE RESÍDUOS Investir em uma gestão de resíduos de qualidade permitirá separar e categorizar os materiais que não serão mais utilizados em seu projeto de canteiro de obras sustentável a fim de realizar o descarte consciente de cada um deles, inclusive possibilitando sua reciclagem. Para realizar a gestão de resíduos de forma eficiente, é preciso seguir o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), um documento que avalia os resíduos gerados no canteiro e define a melhor maneira de descartar cada um, de acordo com sua categoria, que são: Categoria A: alvenaria em concreto, cimento, argamassa, cerâmica etc.; Categoria B: recicláveis, a exemplo de vidros, papéis, madeira, plásticos etc.; Categoria C: gesso e correlatos; Categoria D: materiais químicos, como solventes e tintas. 2. FAÇA O USO DE ENERGIA CONSCIENTE Outra prática importante em um canteiro de obras sustentável é o uso consciente da energia. Por isso, uma boa maneira de reduzir o custo com a energia é a instalação de lâmpadas de LED, também podendo ser usados sensores que identificam a presença de pessoas no local. Assim, quando um cômodo estiver vazio, a luz é desligada, economizando a conta elétrica. https://www.projetasustentavel.com/o-que-e-o-plano-de-gerenciamento-de-residuos-solidos-da-construcao-civil https://www.projetasustentavel.com/o-que-e-o-plano-de-gerenciamento-de-residuos-solidos-da-construcao-civil https://www.foxlux.com.br/blog/dicas/contribuicoes-led-meio-ambiente/ Outra prática que pode ser adotada é o uso de fontes renováveis, como a instalação de painéis fotovoltaicos, ou ainda usar materiais que promovam o isolamento térmico, o que evita o uso de aquecedor ou de ar-condicionado, por exemplo. 3. OPTE PELA CONSTRUÇÃO A SECO As construções a seco são muito econômicas, porque, como o próprio nome diz, elas não fazem uso de recursos hídricos, o que ajuda a economizar água. Ao optar por uma construção modular, a obra se torna mais produtiva, porque os itens são fáceis de instalar e remover. Outra maneira de deixar o seu canteiro de obras sustentável é utilizar lavadoras de alta pressão, que ajudam a economizar até 80% da água que seria consumida em uma obra. 4. PLANEJE O USO DE MATERIAIS Um dos passos principais para tornar um canteiro de obra sustentável é o planejamento, a escolha dos materiais adequados e a quantidade a fim de que não haja excessos nem falta de material. Ao fazer a escolha dos materiais, é fundamental levar em consideração a sua qualidade. 5. INSTALE TUBOS METÁLICOS Uma construção de edifício com muitos andares gera muito entulho e poeira, que acabam indo para o ar, tornando-se nocivos ao meio ambiente, podendo prejudicar a saúde dos moradores ao redor e dos próprios trabalhadores. Para combater esse tipo de ação, uma alternativa é a instalação de tubos metálicos nos andares do edifício, que ficam ligados às caçambas, localizadas na parte térrea da obra. https://www.lafaetelocacao.com.br/artigos/isolamento-termico/https://www.lafaetelocacao.com.br/produtos/modulos-habitacionais/ https://www.lafaetelocacao.com.br/artigos/planejamento-de-obras/ 6. UTILIZE ISOLANTES TERMOACÚSTICOS EM SUAS INSTALAÇÕES Para promover o conforto termoacústico, recomenda-se a instalação de vidros nas janelas com películas com controle solar. Outra opção é pintar o telhado de branco, o que ajuda a manter o controle do ambiente. 7. MANTENHA CUIDADO COM O SOLO Uma forma de cuidar do solo na construção civil é utilizar uma lona para evitar que os materiais se deteriorem com o sol ou com a chuva. Além disso, a lona evita que restos de óleos e outras substâncias nocivas cheguem ao solo. 8. REALIZE UM TREINAMENTO CONSCIENTE DOS COLABORADORES De nada adianta realizar as ações citadas acima se você não tiver uma equipe treinada e que esteja habilitada para operar todos os processos. Por isso, treine e realize ações educativas, promovendo aos colaboradores práticas sustentáveis na construção civil a serem realizadas por eles. Algumas das informações imprescindíveis a serem transmitidas são normas de segurança e como fazer o descarte correto de resíduos. Outro ponto importante é promover a conscientização do uso de água e energia nas obras, além de salientar que as obras com práticas sustentáveis têm sob controle os riscos de acidente no trabalho. 9. OPTE POR UM ESTACIONAMENTO ÚNICO PARA CARGA E DESCARGA É comum que haja um alto fluxo de trabalhadores e veículos transitando no canteiro, o que pode atrasar a evolução da obra. Para evitar esse tipo de ocorrência, opte por um estacionamento exclusivo para carga e descarga. Ou ainda, caso seja necessário, você pode alugar um estacionamento em um local próximo ao canteiro. 10. FAÇA USO DA NR-18 Quando se fala em construção civil, é importante se lembrar de seguir o que estabelece a NR-18, que é a melhor maneira de tornar a sua obra mais sustentável. Isso porque a norma estabelece as Condições de Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Por isso, ser sustentável é convergir com o que se estabelece como as melhores condições para a prática da construção civil. 11. UTILIZE A TECNOLOGIA BIM O uso dessa tecnologia ajuda a prever possíveis erros na elaboração do projeto, permitindo adotar medidas preventivas para resolver o problema identificado com precisão e de forma rápida, evitando gastos desnecessários com recompra de materiais. Para quem não sabe, BIM é a sigla para building information modeling, isto é, modelagem de informação da construção. Nada mais é do que uma tecnologia inovadora que integra todos os processos de um projeto, fornecendo informações relevantes, como os prazos, os materiais usados e o orçamento disponível. https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-18-nr-18
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