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APOSTILA DE NIVELAMENTO

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Ensino Fundamental e Médio. 
Cada série em um semestre. 
EJA APOSTILA DE 
NIVELAMENTO ENSINO 
FUNDAMENTAL 
 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
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FRAÇÕES 
 Números Racionais 
 Consideremos a operação 4 : 5 = ? onde o dividendo não é múltiplo 
do divisor. Vemos que não é possível determinar o quociente dessa divisão no 
conjunto dos números naturais porque não há nenhum número natural que 
multiplicando por 5 seja igual a 4. 
 A partir dessa dificuldade, o homem sentiu a necessidade de criar um outro 
conjunto que permite efetuar a operação de divisão, quando o dividendo não 
fosse múltiplo do divisor. Criou- se, então, o conjunto dos Números Racionais. 
 
Conceito de Fração: 
 
 Se dividirmos uma unidade em partes iguais e tomarmos algumas dessas 
partes, poderemos representar essa operação por uma fração. 
 
 
 O número que fica embaixo e indica em quantas partes o inteiro foi dividido, chama- se 
DENOMINADOR. O número que fica sobre o traço e indica quantas partes iguais foram 
consideradas do inteiro, chama-se NUMERADOR. 
 
 Leitura e Classificações das Frações 
 Numa fração, lê-se, em primeiro lugar, o numerador e, em 
seguida, o denominador.
MATEMÁTICA 
 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
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a) Quando o denominador é um número natural entre 2 e 9, a sua leitura é feita do 
seguinte modo: 
 
 
 
 
 
b) Quando o denominador é 10, 100 ou 1000, a sua leitura é feita usando-se as palavras 
décimo(s), centésimo(s) ou milésimo(s). 
 
 
 
c) Quando o denominador é maior que 10 (e não é potência de 10), lê-se o número 
acompanhado da palavra "avos". 
 
 
 
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 Frações Equivalentes/Classe de Equivalência. 
 
 Números Mistos 
Os números mistos são formados por uma parte inteira e uma fração na própria 
 
 
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Extração de Inteiros 
 
É só dividir o numerador pelo denominador. O quociente será a parte inteira. O 
resto será o numerador e conserva-se o mesmo denominador. 
 
 
 Transformação de Números Mistos em Frações Impróprias 
 
 
 
 
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Resumidamente, procede-se assim: Multiplica-se a parte inteira pelo 
denominador e adiciona-se o numerador ao produto obtido, mantendo-se o denominador. 
 
 Simplificação de Frações 
 
Simplificar uma fração significa transforma-la numa fração equivalente 
com os termos respectivamente menores. Para isso, divide-se o numerador e 
o denominador por um mesmo número natural (diferente de 0 e de 1). 
 
 
^ Quando uma fração não pode mais ser simplificada, diz-se que ela 
é IRREDUTÍVEL ou que está na sua forma mais simples. Nesse caso, o numerador 
e o denominador são primos entre si. 
 
 Redução de Frações ao mesmo Denominador 
 
Reduzir duas ou mais frações ao mesmo denominador significa 
obter frações equivalentes às apresentadas e que tenham todas o mesmo 
número para denominador. 
Exemplo: 
 
 
 
Para reduzirmos duas ou mais frações ao mesmo denominador, 
seguimos os seguintes passos: 
1° - Calcula-se o m.m.c. dos denominadores das frações que será o menor 
denominador comum. 
2° - Divide-se o m.m.c. encontrado pelos denominadores das frações dadas. 
 
3° - Multiplica-se o quociente encontrado em cada divisão pelo numerador da 
respectiva fração. O produto encontrado é o novo numerador. 
 
 
 
 
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 Comparação de Frações 
 
Comparar duas frações significa estabelecer uma relação de igualdade ou 
desigualdade entre elas. 
Frações com o mesmo Denominador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Então se duas ou mais frações tem o mesmo denominador, a maior é 
a que tem maior numerador. 
 
 
 
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Então se duas ou mais frações tem o mesmo denominador, a maior é a 
que tem maior numerador. 
 
 
 
 
Frações com o Mesmo Numerador 
 
Então: Se duas ou mais frações tem o mesmo numerador, a maior é a 
que tem menor denominador. 
 
 
TRIÂNGULOS 
 Definição: Figura geométrica plana formada por três pontos, chamados vértices 
e a união das semi-retas que unem esse três pontos. Em resumo, é uma figura de três 
lados e que possui três ângulos. 
 Classificação dos triângulos quanto aos lados 
 Equilátero: possui os três lados (e consequentemente os três ângulos) iguais 
(congruentes); 
 Isósceles: possui dois lados iguais. O terceiro lado é chamado base. Os 
ângulos formados pela base com os lados são iguais. 
 Escaleno: não possui nenhum lado (consequentemente nenhum ângulo) igual. 
 
 
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 Classificação dos triângulos quanto aos ângulos 
 Acutângulo: Possui três ângulos internos agudos; 
 Obtusângulo: Possui um ângulo interno obtuso; 
 Retângulo: Formado por um ângulo interno reto. O lado oposto ao ângulo reto 
é chamado hipotenusa e os outros dois lados são chamados catetos. 
 
 Propriedades 
 A soma dos ângulos internos de todo e qualquer triângulo é 180º; 
 A soma dos ângulos externos de qualquer triângulo é 360º; 
 Todo ângulo externo de um triângulo é igual a soma dos seus dois ângulos 
internos não adjacentes; 
 O maior lado do triângulo se opõe (“vê”, “está de frente”) ao maior ângulo e o 
menor lado se opõe ao menor ângulo; 
 Desigualdade triangular: a, b, c formam um triângulo se, e somente se, |a – b| 
< c < a + b. 
 
 
 
CIRCUNFERÊNCIA 
 
 Definição 
 O conjunto de todos os pontos que estão a exatamente uma determinada 
distância de um ponto dado do mesmo plano chama-se circunferência. 
Elementos 
 Corda: Qualquer segmento interno a circunferência com extremidades em dois 
pontos pertencentes à mesma. Na figura ao lado, AB e CD são cordas da 
circunferência. 
 
 
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 Diâmetro: Qualquer corda da circunferência que contenha o centro da mesma. 
É a maior corda da circunferência. CD representa um diâmetro da circunferência 
na figura. 
 
 
 Raio: Qualquer segmento que liga o centro a um ponto qualquer da 
circunferência. PC é raio da circunferência ao lado. Note que o raio é metade do 
diâmetro! (D = 2.R) 
 Arco: É uma parte da circunferência, definida por um ângulo central ma(AB) e 
um comprimento m(AB) (determinado por dois pontos da circunferência). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS 
 
 Triângulos 
 
 Losango 
 É um caso especial de paralelogramo, onde além da disposição 
paralela os lados são iguais. E, ainda, as diagonais são perpendiculares, 
porém os lados não paralelos não são perpendiculares entre si. 
 
 
 
 
 
 Círculo 
 O conjunto de todos os pontos que estão até uma determinada 
distância de um ponto dado do mesmo plano chama-se círculo. 
 Retângulo 
A área do retangulo e dada: 
 
 
 
 
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 Quadrado 
Figura fechada e plana formada por quatro lados congruentes 
(possuem a mesma medida) 
 
 
CONVERSÃO DE UNIDADES DE COMPRIMENTO 
 
 A unidade fundamental do SI para a grandeza comprimento é o metro, 
que corresponde à distância percorrida pela luz no vácuo em 1/299 792 458 
de segundo. 
 Para representar grandes distâncias utilizamos os múltiplos do metro e 
para pequenos comprimentos têm-se os submúltiplos, conforme a tabela a 
seguir. 
 
 Vale lembrar que essas não são as únicas unidades, mas sim as mais 
utilizadas. 
 Por exemplo, se eu quero saber quanto 19 cm representa em metros, 
faço a conversão a seguir. 
 19 cm = 19 x 0,01 m = 0,19 m 
 Você também pode escrever em notação científica, pois 0,01 m é a 
mesma coisa que 10-2 m. O expoente (-2) significa que devemos “andar” com a 
vírgula 2 casas para esquerda. 
 19 cm = 19 x 10-2 m = 0,19 m 
 
 
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 Outra forma de converter as unidades de comprimento é utilizando o 
quadro a seguir. 
 Note que se você quiser converter metro (m) paramilímetro (mm) é 
necessário multiplicar por 10 três vezes. 
 Exemplo: 
4 m → mm 
4 x 10 x 10 x 10 = 4 x 1000 = 4000 mm 
Já para converter metro (m) em quilômetro (km) é necessário dividir a medida 
por 10 três vezes. 
 Exemplo: 
6000 m → km 
6000 : 10 : 10 : 10 = 6000 : 1000 = 6 km 
 
 
 
 
 
 
PROPRIEDADES DO AR 
 Não se pode pegar ou ver o ar, mas sabemos que ele existe. Através de suas 
propriedades, é possível comprovar a sua existência. 
 O ar é matéria e ocupa todo o espaço do ambiente em que não exista outra 
matéria. Por exemplo, em uma garrafa com água pela metade, o ar ocupa a outra 
metade (superior) desta garrafa. 
 O ar tem massa. Na Terra, tudo o que tem massa também tem peso, ou seja, 
é atraído pela gravidade terrestre, que é a força que puxa todas as coisas para o seu 
centro. 
 O ar é compressível. Apresenta então compressibilidade. É a propriedade que 
o ar tem de diminuir de volume quando comprimido. Podemos demonstrar esta 
propriedade fazendo a experiência da seringa. Quando tapamos o seu orifício fica 
difícil de empurra o êmbolo até o fim. Mas podemos ver que o ar dentro da seringa 
diminui de volume, comprovando a sua compressibilidade. 
 O ar tem elasticidade. Quando tapamos o orifício da seringa e depois soltamos 
o êmbolo, observamos que este êmbolo tende a voltar à posição inicial. Então, o ar 
volta ao seu volume inicial e assim está comprovada a elasticidade do ar. Ou seja, 
CIÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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elasticidade é a propriedade que o ar tem de voltar ao seu volume inicial, quando para 
a compressão. 
 O ar se expande. Possui a propriedade da expansibilidade. Quando uma 
substância volátil (que se transforma em gás) entra em contato com o ar, sentimos 
seu cheiro. Isto ocorre porque essa substância se expande e mistura com o ar 
atmosférico ocupando um volume maior. 
 A expansibilidade do ar é a propriedade que o ar tem de aumentar de volume, 
ocupando todo o lugar disponível. 
 O ar exerce pressão. A massa de ar atmosférico exerce pressão sobre a 
superfície da Terra, que é a pressão atmosférica. Em geral, não sentimos os efeitos 
da pressão atmosférica porque o ar atmosférico penetra no nosso organismo. Dos 
pulmões ele passa para o sangue e outros líquidos do corpo, exercendo de dentro 
para fora uma pressão igual à pressão atmosférica. 
 Experiências históricas 
 No século XVII, foram feitas duas experiências históricas sobre os efeitos da 
pressão atmosférica: hemisfério de Magdeburgo e a experiência de Torricelli. 
 O prefeito da cidade alemã de Magdeburgo, Otto von Guericke, realizou uma 
experiência pública para comprovar que existe a pressão atmosférica. Mandou 
construir dois hemisférios de cobre, com meio metro de diâmetro cada um. Uniu os 
dois hemisférios de cobre, formando uma esfera oca e, com uma bomba tirou quase 
todo o ar do seu interior. 
 Antes de tirar o ar, os hemisférios eram facilmente separados porque a pressão 
era a mesma, dentro e fora. Mas quando o ar foi reduzido, a pressão no seu interior 
ficou menor que a pressão atmosférica que atuava externamente. Essa diferença de 
pressão uniu de tal maneira os dois hemisférios que foram necessários 16 cavalos 
(oito de cada lado) para separá-los. 
 
 Ainda neste século, o físico italiano Torricelli construiu um barômetro, que é um 
dispositivo capaz de medir a pressão atmosférica. Pegou um tubo de 
 
 
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aproximadamente 1m de comprimento, fechado numa das extremidades. Encheu-o 
de mercúrio (Hg, metal líquido e denso). Tapou com o dedo a outra ponta e inverteu 
o tubo, mergulhou-o num recipiente que também continha mercúrio. 
 Retirando o dedo, ele notou que o metal não desceu completamente do tubo 
porque a pressão atmosférica exercida sobre a superfície do mercúrio contido no 
recipiente não permitiu que todo o mercúrio saísse do tubo. A experiência foi realizada 
no nível do mar, então ficou convencionado: 
1atm = 76cm Hg = 760mmg Hg 
 
 
 
 
 Pressão e altitude 
 Uma pessoa que está no nível do mar (na praia, por exemplo) está com uma 
quantidade maior de ar sobre ela do que uma pessoa que está a 800m acima do nível 
do mar. 
 Então, quanto maior a altitude, menor é a pressão atmosférica exercida sobre 
ela. E quanto menor a altitude, maior é a pressão atmosférica. O mesmo aparelho, 
 
 
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que serve para medir a pressão atmosférica é usado para medir a altitude. 
O barômetro, então é usado também como altímetro. 
 Ventos 
 Vento é o ar em movimento. Uma camada de ar aquecida pelo Sol se expande, 
ficando menos densa e sobe. Uma camada de ar frio vai ocupar o seu lugar. Esse ar 
frio também é aquecido e sobe. 
 Assim, formam-se as correntes de ar, que constituem os ventos. Nas regiões 
mais quentes (ar menos denso), a pressão atmosférica é menor do que nas regiões 
mais frias (ar mais denso). Por isso, o vento sempre vai das regiões de alta pressão 
para as de baixa pressão. 
 A velocidade dos ventos varia de acordo com diferença de pressão entre duas 
regiões e da distância entre elas. Conforme a velocidade, o vento recebe nome 
diferente: brisa, ventos alísios, ciclones e furacões. 
 A brisa é um vento fraco e agradável. Pode ser marítima ou terrestre. A brisa 
marítima ocorre de dia e se desloca do mar para a terra. A brisa terrestre ocorre de 
noite e se desloca da terra para o mar. 
 O vento alísio é brando e persistente. Atua nas camadas mais baixas da 
atmosfera, sobre extensas regiões, a partir de regiões de alta pressão junto aos pólos, 
dirigindo-se para regiões equatoriais. Ele favorece a navegação marítima. Podem ser 
de nordeste (hemisfério norte) e de sudeste (hemisfério sul). 
 Os ciclones ou tufões têm velocidade acima de 100Km/hora. Furacão também 
é um ciclone, porque atinge velocidade superior a 300km/hora. Apresentam um 
movimento de rotação, que formam correntes de ar em espiral (redemoinhos). 
 
 Os ventos podem ser utilizados para a navegação (barco a vela) e em moinhos 
(como fonte de energia elétrica). 
CLASSIFICAÇÃO DA MATÉRIA 
 A matéria pode ser classificada como substância pura ou misturas. As 
substâncias puras são aquelas formadas por unidades químicas iguais, sejam elas 
átomos ou moléculas, apresentando, assim, propriedades químicas e físicas próprias. 
 
 
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As substâncias puras podem, por sua vez, ser classificadas como simples ou 
compostas. As substâncias simples são formadas por um ou mais átomos de um 
mesmo elemento químico (He, O2, O3, P4, etc.), enquanto as substâncias compostas 
são moléculas formadas por dois ou mais elementos químicos distintos (CO2, NH4, 
H2O, etc.). 
 Já as misturas são formadas por duas ou mais substâncias ou componentes. 
Como exemplo temos o ar, que é uma mistura de diversos gases, a água do mar, que 
é uma mistura de água e sal (cloreto de sódio), dentre outros. As misturas podem ser 
classificadas em homogêneas, quando se apresentam em uma única fase (água e 
açúcar), ou heterogêneas, quando se apresentam em duas ou mais fases (água e 
óleo). 
 Estados Físicos da Matéria 
 A matéria pode se apresentar em três estados físicos, dependendo do maior 
ou menor grau de agregação entre elas: sólido, líquido e gasoso. Cada um desses 
três estados físicos irá apresentar suas próprias características, como a forma, o 
volume e a densidade, que podem ser modificadas por meio da alteração da 
temperatura e/ou da pressão. 
 Ao alterar o estado físico de uma substância, ocorrem alterações não apenas 
em suas características macroscópicas, como a forma, o volume e a densidade, mas 
também em suas características microscópicas, como o arranjo das partículas. Sua 
composição, no entanto, não é modificada. 
 A mudança do estado sólido para o líquido é denominada fusão, do estado 
líquido para o gasoso é chamado vaporização, do estado gasoso para o líquido é 
liquefação ou condensação, já do líquido para o sólido é denominado solidificação. 
Por fim, a mudança do estadodireto do sólido para o gasoso ou do gasoso para o 
sólido é conhecido como sublimação, conforme vemos no diagrama abaixo. 
 
 
 Transformações da Matéria 
 Quando a matéria sofre qualquer tipo de mudança, dizemos que ocorreu um 
fenômeno, que pode ser físico ou químico. 
 
 
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 Os fenômenos físicos são aqueles que alteram apenas a aparência, a forma, o 
tamanho e o estado físico da substância, sem que ocorra alteração na composição da 
matéria. Por exemplo, quando derretemos o gelo, a água continua sendo água, 
quando amassamos ou cortamos um pedaço de papel, o papel continua sendo papel, 
quando quebramos um copo de vidro, o vidro continua sendo vidro, quando 
dissolvemos o açúcar em água, o açúcar continua sendo açúcar e a água continua 
sendo água. 
 
 Os fenômenos químicos são aqueles em que ocorre alteração da natureza da 
matéria, ou seja, da sua composição, dando origem a novas substâncias. Como 
exemplo temos a queima de um pedaço de papel, que é formado a partir da celulose. 
Após a queima, essa celulose se transforma em carvão e há a liberação de vapor 
d’água e gás carbônico na forma de fumaça. 
 
 As mudanças que são visualizadas na matéria durante um fenômeno químico 
são: mudança de cor, liberação de um gás (efervescência), formação de um sólido, 
aparecimento de chama ou luminosidade. Algumas reações, porém, podem ocorrer 
sem que nenhuma dessas evidências visuais seja detectada. Neste caso, a mudança 
é constatada por meio da variação das propriedades físico-químicas da substância. 
 
 
 
 
 
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FORMAÇÃO DO SOLO 
 O solo é definido como um corpo natural composto por substâncias orgânicas 
e inorgânicas presente na superfície terrestre e oriundo da desagregação das rochas. 
O processo que dá origem à formação do solo é chamado de intemperismo, ou seja, 
a desagregação das partículas das rochas e minerais que altera suas propriedades 
químicas. 
 Preparo do solo para o cultivo agrícola. 
 São fatores que contribuem para a formação do solo o material originário (rocha 
matriz ou rocha mãe), o clima, a atividade biológica, ligada aos organismos vivos 
presentes no lugar de origem do solo, o tempo, a hidrografia e a topografia da área. 
Todos esses elementos agem em conjunto ao promoverem a separação das 
partículas das rochas. 
 Assim o solo é formado por meio de processos que fazem a desintegração de 
partículas, promovendo sua evolução e seu crescimento. Esses processos levam em 
conta a infiltração de água ou a descompactação de partículas por outros elementos 
físicos ou químicos, e, assim, o solo vai aumentando, crescendo, desenvolvendo-se, 
pois, quanto mais profundo é o solo, mais desenvolvido ele é. Para saber mais sobre 
esse processo, acesse: Formação dos solos. 
Esquema representativo do processo de evolução dos solos. 
 Tipos de solo 
 Os tipos de solo variam de acordo com a localização, seu processo de formação 
e as condições do ambiente onde ele se formou. Alguns tipos mais comuns são: 
 Solos arenosos: com muita presença de areia e pouca umidade, são comuns em 
regiões tropicais. Micro-organismos e plantas vivem com mais dificuldade neles 
devido à ausência de água. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/clima.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/agua-1.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/formacao-dos-solos.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/formacao-dos-solos.htm
 
 
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 Solos argilosos: são menos arejados e mais compactados, portanto, são mais 
úmidos, pois a água fica retida por mais tempo neles devido à sua lenta infiltração. 
 Solos siltosos: apresentam alta concentração de silte e são erosíveis, pois não se 
apresentam estáveis ou compactados. Suas partículas são bastante leves, 
pequenas e soltas. 
 Composição do solo 
 A composição do solo é variável de um tipo de solo para outro, pois 
os elementos químicos presentes na sua composição variam por meio de fatores 
como: umidade, Sol, vento, organismos vivos, clima e até a presença de 
biodiversidade. No entanto, encontra-se na composição dos solos, de modo geral, 
45% de elementos minerais, 25% de ar, 25% de água e 5% de matéria orgânica. 
 O solo é composto por três fases distintas: sólido, que compreende matéria 
orgânica e inorgânica; líquido, que é a solução do solo ou água do solo; e gasoso, que 
é o ar do solo. As matérias orgânica ou inorgânica compreendem partículas minerais 
do solo, originadas do intemperismo da rocha, ou seja, da sua desintegração. Há 
também materiais orgânicos provenientes de animais e plantas, que entram em 
decomposição e formam a camada de húmus (primeira camada do solo). 
 Cada horizonte dos solos possui composições diferentes, observe: 
 Horizonte O – Camada com alta presença de matéria orgânica, água, animais 
e plantas. 
 Horizonte A – Mais escura por possuir matéria orgânica, água e sais minerais. 
 Horizonte B – Acumula sais minerais e materiais dos horizontes O e A, possui 
presença maior de ar. 
 Horizonte C – Constituído por fragmentos de rochas desintegradas do horizonte 
D; grande presença de ar. 
 Horizonte D ou R – Rocha matriz ou originária do solo. 
 
 
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Camadas dos solos. 
 O líquido compreende a água infiltrada, escoada ou presente no lençol freático. 
Geralmente as plantas retiram do solo a quantidade de água necessária à sua 
sobrevivência. Nem toda água que chega ao solo fica disponível às plantas, pois ela 
pode continuar a infiltrar, abastecendo outros mananciais d’água. O gasoso é 
constituído pelo ar presente nos poros dos solos; à medida que há maior presença de 
argila no solo, menor é essa porosidade. 
 Classificação do solo 
 No Brasil há o predomínio de três tipos de solos, os latossolos, argissolos e 
neossolos, que juntos abrangem cerca de 70% do território nacional, segundo o 
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) - IBGE. Os latossolos e 
argissolos ocupam aproximadamente 58% da área e são solos mais profundos, 
altamente intemperizados, ácidos e de baixa fertilidade natural. Em certos casos, 
também ocorrem solos de média a alta fertilidade, em geral pouco profundos em 
decorrência de seu baixo grau de intemperismo. Estes se enquadram principalmente 
nas classes dos neossolos, luvissolos, planossolos, nitossolos, chernossolos e 
cambissolos. 
 
 
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 Os solos apresentam grande variedade química, física e biológica em sua 
composição. São 13 classes contidas no sistema de solos brasileiro. São exemplos: 
 Argissolos 
 Cambissolos 
 Chernossolos 
 Esposossolos 
 Gleissolos 
 Latossolos 
 Luvissolos 
 Neossolos 
 Notssolos 
 Organossolos 
 Planossolos 
 Plintossolos 
 Vertissolos 
 Importância do solo 
 O solo corresponde à camada superficial da crosta terrestre e é muito 
importante para o desenvolvimento de praticamente todas as atividades humanas. Ele 
é a base para todos os objetos técnicos oriundos das relações dos seres humanos 
com a natureza. Sua função não se resume à base da agricultura ou do plantio, 
pensando no aspecto do cultivo de culturas. 
 O solo é aproveitado para diversas atividades econômicas, como a exploração 
de recursos minerais e energéticos, pois é dele que retiramos minerais, rochas e 
minérios usados no dia a dia e que servem de matéria-prima para a atividade 
industrial, da construção civil e para a produção de objetos do nosso uso diário. 
 O solo também é um importante armazenador de água, pois é por meio dele 
que ocorre o processo de infiltração e, consequentemente, o abastecimento dos 
lençóis freáticos, dos aquíferos e o surgimento de nascentes. 
 Por promover uma interação completa com a hidrografia, a atmosfera, as 
rochas e os minerais e até os organismos vivos, é um consenso que a qualidade de 
vida dos solos influencia diretamente na qualidade de vida de todos os fatores bióticos 
(vivos) e abióticos (não vivos) do planeta Terra. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/crosta-terrestre.htmhttps://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/hidrosfera.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/atmosfera-terrestre.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/planeta-terra.htm
 
 
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 Sendo assim, há um debate diário sobre o processo de manutenção e cuidado 
em relação aos impactos ambientais no solo, no qual se discute políticas públicas de 
preservação do solo e de seus recursos, por tratar-se de algo essencial à vida e ao 
planeta de modo geral. 
 
A DESCOBERTA DOS ANTIBIÓTICOS 
 A descoberta dos antibióticos foi, sem dúvidas, um dos principais 
acontecimentos que ocorreram na medicina. Antes da descoberta dessas 
substâncias, muitas pessoas morriam por não ser possível tratar infecções causadas 
por bactérias. 
 O uso de antibióticos mudou os rumos da medicina. 
 O primeiro antibiótico, produzido por seres vivos e de ampla utilização, 
foi descoberto pelo médico inglês Alexander Fleming e chamado de penicilina. 
Fleming descobriu a penicilina quando estudava a bactéria Staphylococcus 
aureus, a qual era responsável por causar infecções graves em ferimentos em 
soldados. Seus estudos iniciaram-se em 1928, logo após Fleming voltar da Primeira 
Guerra Mundial, sendo ele motivado a estudar essas bactérias a fim de reduzir o 
sofrimento dos feridos em guerra. 
 Fleming, após longo período de estudo, resolveu dar uma pausa nas pesquisas 
por alguns dias. Ele então esqueceu algumas culturas de bactéria expostas ao meio 
ambiente, o que provocou a contaminação por fungos. Apesar da situação 
problemática, esse descuido foi essencial para a descoberta do famoso antibiótico. 
 Ao retornar do seu período de descanso, verificou que seu material deveria ser 
descartado devido à contaminação. Entretanto, ao observá-lo mais atentamente, viu 
que, nos locais onde o fungo estava presente, a bactéria não se desenvolvia. O 
médico então chegou à conclusão, após analisar o material, de que o fungo que fora 
desenvolvido ali era do gênero Penicillium e era capaz de secretar uma substância 
que impedia o crescimento de bactérias: a penicilina. 
 Apesar da descoberta, a penicilina foi somente isolada em 1938, e o seu uso 
no primeiro paciente humano foi feito em 1940. 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/a-descoberta-penicilina.htm
 
 
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 Classificação dos antibióticos 
 Os antibióticos podem ser classificados em dois grandes grupos: bactericidas 
e bacteriostáticos. Os bactericidas são antibióticos responsáveis por causar a morte 
de bactérias, enquanto os bacteriostáticos atuam impedindo a multiplicação delas. 
 Existem diferentes tipos de antibióticos sendo comercializados. O seu uso, no 
entanto, só deve ser feito se recomendado por um médico. 
 Os antibióticos naturais e semissintéticos podem ser classificados ainda em 
β-lactâmicos, tetraciclinas, peptídicos cíclicos, aminoglicosídeos, estreptograminas, 
macrolídeos, entre outros. Já os de origem sintética podem ser classificados em 
sulfonamidas, fluoroquinolonas e oxazolidinonas. 
 O grupo dos antibióticos naturais e semissintéticos é o mais utilizado no 
tratamento de doenças, sendo os antibióticos β-lactâmicos um dos mais receitados. 
Esse se destaca por agir na parede celular bacteriana, impedindo sua correta 
formação. 
 Mecanismo de ação dos antibióticos 
 Os antibióticos atuam nas bactérias causando sua morte ou então impedindo 
sua multiplicação. Para isso, eles atuam de diferentes formas nesses micro-
organismos. Alguns dos principais mecanismos de ação observados nos 
antibióticos são: 
 Inibição da síntese de proteína; 
 Alteração da parede celular bacteriana; 
 Alterações na membrana plasmática; 
 Inibição da síntese de RNA; 
 Bloqueio da replicação e reparo do DNA. 
 
 Antibióticos e resistência bacteriana 
 A resistência bacteriana aos antibióticos é um problema de saúde grave nos 
dias atuais. Esse fenômeno é responsável por um considerável aumento do número 
de mortes, uma vez que se torna difícil encontrar um medicamento que seja eficiente 
contra bactérias resistentes. 
 O processo de resistência bacteriana ocorre devido à pressão seletiva 
exercida pelos antibióticos, sendo esse processo natural. No entanto, o que vem 
sendo observado é um uso inadequado desses medicamentos, o que tem contribuído 
para o aumento dos níveis de resistência. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/parede-celular.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sintese-proteica.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/membrana-plasmatica.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/rna.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/dna.htm
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
25 
 Quando falamos em uso inadequado, um enfoque deve ser dado, 
principalmente, ao uso excessivo desse medicamento. Pesquisas comprovam que 
países que fazem menor consumo desses medicamentos apresentam menores casos 
de resistência, sendo o oposto demonstrado em países em que o uso ocorre de 
maneira recorrente. Muitas vezes esse uso excessivo está relacionado com 
a prescrição de antibióticos sem a certeza do diagnóstico e a insistência de 
pacientes pela utilização de alguns medicamentos. 
 Não podemos esquecer-nos ainda do uso incorreto desses remédios, como 
a sua interrupção antes do tempo indicado pelo médico ou dentista. Quando iniciamos 
o tratamento, as bactérias mais frágeis começam a ser eliminadas; as mais fortes, no 
entanto, continuam vivas por mais tempo, e, caso o uso do medicamento seja 
suspenso, essas bactérias, que ainda não morreram, multiplicam-se. Nisso os 
sintomas podem retornar e aquele medicamento pode não ser mais suficiente para 
tratar o problema. 
 
ÓRGÃOS REPRODUTORES DA FLOR 
 A flor é um ramo modificado presente nas angiospermas. Essa estrutura é 
constituída por apêndices especializados, geralmente dispostos em círculos, 
denominados verticilos. Mais externamente na flor, podem ser encontrados os 
verticilos inférteis (cálice e corola), cujo conjunto denomina-se perianto. Mais 
internamente, encontram-se os verticilos férteis, os quais contêm as partes férteis da 
flor. Essas partes são: 
 
→ Androceu: é o órgão reprodutor masculino e é constituído por estames. Eles são 
constituídos por um filete em cuja extremidade encontra-se uma antera bilobada que 
contém sacos polínicos. Os estames produzem os grãos de pólen, que darão origem 
aos gametas masculinos; 
→ Gineceu: é o órgão reprodutor feminino e é constituído por carpelos. O carpelo é 
formado por estigma, estilete e ovário. O ovário é a porção basal do carpelo, onde se 
encontram os óvulos. O gineceu pode ser formado por um único carpelo (gineceu 
unicarpelar) ou por vários carpelos (gineceu pluricarpelar). 
https://www.biologianet.com/botanica/flor.htm
https://www.biologianet.com/botanica/angiospermas.htm
https://www.biologianet.com/botanica/flor.htm
https://www.biologianet.com/botanica/estames.htm
https://www.biologianet.com/botanica/estames.htm
 
 
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26 
 As flores podem ser classificadas quanto ao tipo de verticilo fértil que 
apresentam. Assim, elas podem ser: 
 Perfeita, hermafrodita ou monóclina: apresenta os dois verticilos férteis 
(androceu e gineceu); 
 Imperfeita, unissexuada ou díclina: apresenta apenas um dos verticilos férteis 
(androceu ou gineceu). Se a flor apresentar apenas androceu, é denominada de 
estaminada, e se apresentar apenas o gineceu, é denominada pistilada. 
 A planta que apresenta flores estaminadas e pistiladas em um mesmo indivíduo 
é denominada monoica; quando apresenta flores estaminadas e pistiladas em 
indivíduos diferentes, ela é denominada dioica 
 
 
FUNÇÕES INORGÂNICAS 
 
 As funções inorgânicas são os grupos de compostos inorgânicos que 
apresentam características semelhantes. 
 Uma classificação fundamental em relação aos compostos químicos é: os 
compostos orgânicos são aqueles que contêm átomos de carbono, enquanto 
os compostos inorgânicos são formados pelos demais elementos químicos.Há exceções como, por exemplo, CO, CO2 e Na2CO3, que embora apresentem o 
carbono na fórmula estrutural, possuem características de substâncias inorgânicas. 
 As quatro principais funções inorgânicas são: ácidos, bases, sais e óxidos. 
Essas 4 funções principais foram definidas por Arrhenius, químico que identificou íons 
nos ácidos, nas bases e nos sais. 
 Ácidos 
Ácidos são compostos covalentes, ou seja, que compartilham elétrons nas suas 
ligações. Eles têm a capacidade de ionizar em água e formar cargas, liberando o 
H+ como único cátion. 
 Classificação dos ácidos 
 Os ácidos podem ser classificados de acordo com a quantidade de hidrogênios 
que são liberados em solução aquosa e ionizam-se, reagindo com a água formando o 
íon hidrônio. 
Número de hidrogênios ionizáveis 
Monoácidos: possuem apenas um hidrogênio ionizável. 
Exemplos: HNO3, HCl e HCN 
Diácidos: possuem dois hidrogênios ionizáveis. 
Exemplos: H2SO4, H2S e H2MnO4 
Triácidos: possuem três hidrogênios ionizáveis. 
Exemplos: H3PO4 e H3BO3 
Tetrácidos: possuem quatro hidrogênios ionizáveis. 
https://www.biologianet.com/botanica/flor.htm
https://www.biologianet.com/botanica/flor.htm
https://www.biologianet.com/botanica/flor.htm
https://www.biologianet.com/botanica/flor.htm
https://www.todamateria.com.br/acidos/
 
 
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27 
Número de hidrogênios ionizáveis 
Exemplos: H4P7O7 
 
A força de um ácido é medida pelo grau de ionização. Quanto maior o valor de mais 
forte é o ácido, pois: 
 
 
 
 
 
 
Os ácidos podem conter ou não o elemento oxigênio na sua estrutura, sendo assim: 
Presença de oxigênio 
Hidrácidos: não apresentam átomos de oxigênio. 
Exemplos: HCl, HBr e HCN. 
Oxiácidos: O elemento oxigênio está presente na estrutura do ácido. 
Exemplos: HClO, H2CO3 e HNO3. 
 
 
Características dos ácidos 
 
As principais características dos ácidos são: 
 Têm sabor azedo. 
 Conduzem corrente elétricas, pois são soluções eletrolíticas. 
 Formam o gás hidrogênio quando reagem com metais, como magnésio e zinco. 
 Formam gás carbônico ao reagir com carbonato de cálcio. 
 Alteram para uma cor específica os indiciadores ácido-base (papel de tornassol azul 
fica vermelho). 
Principais ácidos 
 
Grau de ionização 
Fortes: possuem grau de ionização superior a 50%. 
 
Moderados: possuem grau de ionização entre 5% e 50%. 
 
Fracos: possuem grau de ionização inferior a 5%. 
 
 
 
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28 
Exemplos: acido clorídrico (HCl), ácido sulfúrico (H2SO4), ácido acético (CH3COOH), 
ácido carbônico (H2CO3) e ácido nítrico (HNO3). 
 
 Embora o ácido acético seja um ácido da Química Orgânica, é importante 
conhecer a sua estrutura devido a sua importância. 
 
 Bases 
 Bases são compostos iônicos formados por cátions, na maioria das vezes de 
metais, que se dissociam em água liberando o ânion hidróxido (OH-). 
 Classificação das bases 
 As bases podem ser classificadas de acordo com o número de hidroxilas 
liberadas em solução. 
Número de hidroxilas 
Monobases: possuem apenas uma hidroxila. 
Exemplos: NaOH, KOH e NH4OH 
Dibases: possuem duas hidroxilas. 
Exemplos: Ca(OH)2, Fe(OH)2 e Mg(OH)2 
Tribases: possuem três hidroxilas. 
Exemplos: Al(OH)3 e Fe(OH)3 
Tetrabases: possuem quatro hidroxilas. 
Exemplos: Sn(OH)4 e Pb(OH)4 
 As bases geralmente são substâncias iônicas e a força de uma base é medida 
pelo grau de dissociação. 
https://www.todamateria.com.br/bases/
 
 
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 Quanto maior o valor de mais forte é a base, pois: 
 
 
 
 
 
 
 
Solubilidade em água 
Solúveis: bases de metais alcalinos e amônio. 
Exemplos: Ca(OH)2, Ba(OH)2 e NH4OH. 
Pouco solúveis: bases de metais alcalinos terrosos. 
Exemplos: Ca(OH)2 e Ba(OH)2. 
Praticamente insolúveis: demais bases. 
Exemplos: AgOH e Al(OH)3. 
 
 
 Características das bases 
 
 A maioria das bases são insolúveis em água. 
 Conduzem corrente elétrica em solução aquosa. 
 São escorregadias. 
 Reagem com ácido formando sal e água como produtos. 
 Alteram para uma cor específica os indiciadores ácido-base (papel de tornassol 
vermelho fica azul). 
 
 Principais bases 
 
 As bases são muito utilizadas em produtos de limpeza e também em processos 
das indústrias químicas. 
Grau de dissociação 
Fortes: possuem grau de dissociação praticamente 100%. 
Exemplos: 
 Bases de metais alcalinos, como NaOH e KOH. 
 Bases de metais alcalino-terrosos, como Ca(OH)2 e Ba(OH)2. 
 Exceções: Be(OH)2 e Mg(OH)2 
Fracos: possuem grau de dissociação inferior a 5%. 
Exemplo: NH4OH e Zn(OH)2. 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
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 Exemplos: hidróxido de sódio (NaOH), hidróxido de magnésio (Mg(OH)2), 
hidróxido de amônio (NH4OH), hidróxido de alumínio (Al(OH)3) e hidróxido de cálcio 
(Ca(OH)2). 
 
 Sais 
 
 Sais são compostos iônicos que apresentam, no mínimo, um cátion diferente 
de H+ e um ânion diferente de OH-. 
Um sal pode ser obtido em uma reação de neutralização, que é a reação entre um 
ácido e uma base. 
 A reação do ácido clorídrico com hidróxido de sódio produz cloreto de sódio e 
água. 
 O sal formado é composto pelo ânion do ácido (Cl-) e pelo cátion da base (Na+). 
 
 Classificação dos sais 
 A seguir, temos as principais famílias de sais que podem ser classificadas de 
acordo com a solubilidade em água e alteração do pH da solução da seguinte forma: 
Solubilidade em água dos sais mais comuns 
Solúveis 
Nitratos 
Exceções: 
 
Acetato de prata. 
Cloratos 
Acetatos 
https://www.todamateria.com.br/caracteristicas-e-principais-tipos-de-sais/
 
 
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Solubilidade em água dos sais mais comuns 
Cloretos 
Exceções: 
 
Brometos 
Iodetos 
Sulfatos Exceções: 
 
Insolúveis 
Sulfetos 
Exceções: 
 
Sulfetos de metais alcalinos, 
alcalino-terrosos e amônio. 
Carbonatos Exceções: 
 
Os de metais alcalinos e amônio. Fosfatos 
 
 Características dos sais 
 
 São compostos iônicos. 
 São sólidos e cristalinos. 
 Sofrem ebulição em temperaturas altas. 
 Conduzem corrente elétrica em solução. 
 Têm sabor salgado. 
Principais sais 
 
Exemplos: nitrato de potássio (KNO3), hipoclorito de sódio (NaClO), fluoreto de sódio 
(NaF), carbonato de sódio (Na2CO3) e sulfato de cálcio (CaSO4). 
 
 Óxidos 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
32 
 
 Óxidos são compostos binários (iônicos ou moleculares), que têm dois 
elementos. Possuem oxigênio na sua composição, sendo ele o seu elemento mais 
eletronegativo. 
 A fórmula geral de um óxido é, onde C é o cátion e sua carga y se transforma 
em índice no óxido formando o composto. 
 
 Características dos óxidos 
 
 São substâncias binárias. 
 São formados pela ligação do oxigênio com outros elementos, exceto o flúor. 
 Óxidos metálicos, ao reagir com ácidos, formam sal e água. 
 Óxidos não metálicos, ao reagir com bases, formam sal e água. 
Principais óxidos 
Exemplos: óxido de cálcio (CaO), óxido de manganês (MnO2), óxido de estanho 
(SnO2), óxido de ferro III (Fe2O3) e óxido de alumínio (Al2CO3). 
 
 
 
 
 
 
 
DÍGRAFOS 
 Entendemos que dígrafo não se há de confundir dígrafo ou diagrama com 
encontro consonantal. Dígrafo é o emprego de duas letras para a representação 
gráfica de um só fonema: passo (cf. paço), chá (cf. xá), manhã, palha, enviar, mandar. 
 Há dígrafos para representar consoantes e vogais nasais. Os dígrafos para 
consoantes são os seguintes, todos inseparáveis, com exceção de rr e ss, sc, sç, xc: 
ch: chá xs: exsudar ‘transpirar’ 
lh: malha rr: carro 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
https://www.todamateria.com.br/oxidos/
 
 
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33 
nh: banha ss: passo 
sc: nascer qu: quero 
sç: nasça gu: guerra 
xc: exceto 
Para as vogais nasais: 
am ou an: campo, canto 
em ou en: tempo, vento 
im ou in: limbo, lindo 
om ou on: ombro, onda 
um ou un: tumba, tunda 
 
 Bechara(2004) afirma que letra diacrítica é aquela que se junta a outra para 
lhe dar valor fonético especial e constituir um dígrafo. Em português as letras 
diacríticas são h, r s, c, ç, u para os dígrafos consonantais e m e n para os dígrafos 
vocálicos: chá, carro, passo, quero, campo, onda. 
 Observação: Daí se tiram as seguintes conclusões aplicáveis à análise fonética: 
1ª) Não há ditongo em quero; 
2ª) M e n são aqui fonemas consonânticos nasais em caMpo, oNda, mas há autores 
que os classificam como consoantes, por não aceitarem a existência das vogais 
nasais (Matoso Câmara). 
3ª) Qu e gu se classificam como /k/ e /g/, respectivamente. 
 Percebemos que dígrafo é o encontro de duas letras em uma mesma sílaba 
representando um único fonema, as letras podem estar na mesma sílaba como em 
sílabas diferentes. 
 
DIVISÃO SILÁBICA 
 
 A divisão silábica é a separação das diferentes sílabas que formam uma 
palavra. Uma sílaba é um pequeno conjunto de fonemas emitidos em uma única 
emissão de voz. 
 No português, a vogal é o núcleo da sílaba. Assim, cada vogal corresponde a 
uma sílaba, não havendo sílabas sem vogais. A divisão silábica é usada na 
translineação, ou seja, na partição de uma palavra para que se faça a mudança de 
linha. 
Regras para a divisão silábica 
 A separação das sílabas é feita principalmente por soletração, mas existem 
diversas regras para a correta divisão das sílabas das palavras. É preciso 
compreender quando alguns grupos consonantais e vocálicos se separam e quando 
ficam na mesma sílaba. Não se separam, permanecendo na mesma sílaba 
 Ditongos e tritongos: 
 aumento (au-men-to) 
 pinheiro (pi-nhei-ro) 
 água (á-gua) 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
34 
 outros (ou-tros) 
 coisas (coi-sas) 
 iguais (i-guais) 
 Paraguai (Pa-ra-guai) 
 quaisquer (quais-quer) 
 saguões (sa-guões) 
 Dígrafos LH, CH, NH, GU, QU: 
 maravilha (ma-ra-vi-lha) 
 chuva (chu-va) 
 carinho (ca-ri-nho) 
 guindaste (guin-das-te) 
 quente (quen-te) 
 Encontros consonantais PUROS (BL, CL, GL, PL, FL, BR, CR, DR, GR, 
PR, TR, FR, VR): 
 bloco (blo-co) 
 claridade (cla-ri-da-de) 
 glóbulo (gló-bu-lo) 
 planeta (pla-ne-ta) 
 flamingo (fla-min-go) 
 Brasil (Bra-sil) 
 cravo (cra-vo) 
 dragão (dra-gão) 
 gravidade (gra-vi-da-de) 
 praticamente (pra-ti-ca-men-te) 
 trevas (tre-vas) 
 francês (fran-cês) 
 livre (li-vre) 
 Grupos consonantais iniciais (PS, MN, PN, GN,...): 
 psicólogo (psi-có-lo-go) 
 mnésico (mné-si-co) 
 pneumático (pneu-má-ti-co) 
 gnóstico (gnós-ti-co) 
 Separam-se, ficando em sílabas diferentes 
 Hiatos: 
 moeda (mo-e-da) 
 saída (sa-í-da) 
 saúde (sa-ú-de) 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
35 
 poesia (po-e-sia) 
 navio (na-vi-o) 
 dia (di-a) 
 Dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC, XS: 
 carro (car-ro) 
 pássaro (pas-sá-ro) 
 nascer (nas-cer) 
 nasço (nas-ço) 
 exceção (ex-ce-ção) 
 exsudativo (ex-su-da-ti-vo) 
 Encontros consonantais disjuntos: 
 advogado (ad-vo-ga-do) 
 afta (af-ta) 
 alface (al-fa-ce) 
 força (for-ça) 
 magnético (mag-né-ti-co) 
 objeto (ob-je-to) 
 desmentir (des-men-tir) 
 Por motivos estéticos e de clareza na transmissão da mensagem, privilegia-se 
que não se deixe apenas uma vogal sozinha de um dos lados da translineação, ou 
seja, no fim da linha ou no início da linha seguinte 
 Os ditongos são classificados em orais quando, durante a sua pronúncia, a 
passagem do ar é feita exclusivamente pela boca. São classificados em nasais 
quando a passagem do ar é feita tanto pela boca como pelo nariz. 
 Os ditongos orais podem ser pronunciados com timbre aberto ou fechado. 
Exemplos de ditongos orais: 
ai, ia, iu, ui, eu, éu, ue, ei, éi, ie, oi, ói, io, au, ua, ao, oa, ou, uo, oe, eo, ea. 
FONEMA 
 O que é Fonema: 
 Fonema é a menor unidade sonora do sistema fonológico de uma língua. 
Fonologia é a disciplina que estuda cada um dos sons da voz. 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
36 
 Cada fonema tem a função de estabelecer uma diferença de significado entre 
uma palavra e outra. Por exemplo, na linguagem oral as palavras “manto” e “canto” se 
distinguem apenas pelos fonemas “m” e “c”. 
 Em português, por exemplo, os sons "p" e "b" em "pala" e "bala" são dois 
fonemas diferentes, enquanto na palavra "dedo" o som do primeiro e do segundo "d" 
são alofones. O fone é a concretização do fonema enquanto que os alofones 
consistem em variações fônicas. 
 Em muitas palavras, o fonema corresponde a uma letra. No entanto, é 
importante lembrar que o fonema é a representação sonora, enquanto a letra é a 
representação gráfica. 
 Nas palavras do primeiro exemplo, manto (m-ã-t-o) e canto (c-ã-t-o), devido à 
nasalização das vogais, cada palavra possui 5 letras e apenas 4 fonemas. 
 O mesmo fonema também pode ser representado por diferentes letras do 
alfabeto. É o caso do fonema “z” (som de z) nas palavras: azedo, asilo, exigente. 
 Por outro lado, uma mesma letra pode representar um ou mais fonemas. Um 
desses casos é a letra “x” que é pronunciada como: 
z (exame) 
s (texto) 
ks (toxina) 
ch (enxame) 
 Um estudo mais aprofundado dos fonemas permite a classificação dos mesmos 
em: vogais (o fonema é produzido sem nenhum obstáculo à sua passagem), 
semivogais (ditongos i e u) e consoantes (o fonema é produzido após passar 
obstáculos como lábios, língua, dentes, palato, véu palatino e úvula). 
SEPARAÇÃO SILÁBICA 
 A Separação Silábica, também chamada de divisão silábica, é a delimitação 
das palavras em sílabas, cuja ação é marcada pelo hífen. 
Vale lembrar que não existe sílaba sem vogal, visto ela ser a base da sílaba, ou seja, 
a vogal é um elemento obrigatório. Como separar as sílabas? 
Confira abaixo as regras para a separação das sílabas. 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
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Separam-se: 
 Vogais idênticas 
ca-fe-ei-ra 
fri-ís-si-mo 
ál-co-ol 
co-o-pe-ran-te 
em-pre-en-de-dor 
vo-o 
 Hiatos 
di-a 
sa-ú-de 
ru-im 
vo-ar 
fi-el 
ru-í-na 
 
 Dígrafos rr, ss, sc, sç, xc 
ter-ra 
vas-sou-ra 
as-si-na-lar 
des-ci-da 
des-ça 
ex-ce-der 
 
 
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 Não se separam: 
 Ditongos 
i-dei-a 
cha-péu 
prai-a 
noi-te 
a-ni-mais 
pa-pa-gai-o 
Tritongos 
U-ru-guai 
a-ve-ri-guei 
en-xa-guei 
sa-guão 
i-guais 
quão 
 Dígrafos ch, lh, nh, qu, gu 
cha-ve 
fo-lhe-ar 
ar-ra-nhar 
quei-jo 
qui-lo 
guei-xa 
 Encontros Consonantais Perfeitos 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
39 
blu-sa 
pre-to 
a-tlân-ti-co 
li-vra-ri-a 
bi-bli-o-te-ca 
bru-ta 
 
 Translineação das Palavras 
 A translineação é a separação de uma palavra dentro de um texto, que ocorre 
na mudança de linha. 
 Nem sempre a translineação respeita as regras da separação silábica. 
 Regras 
1) Não deixar uma vogal sozinha no início ou no fim da palavra. 
Exemplos: 
palavra: ideia 
separação silábica: i-dei-a 
translineação: não é possível. 
palavra: atlântico 
separação silábica: a-tlân-ti-co 
translineação: atlân-/tico ou atlânti-/co 
2) O hífen deve iniciar a linha quando a translineação coincidir com o hífen da palavra 
na linha anterior. (Vale lembrar que antes no Novo Acordo Ortográfico a repetição do 
hífen era opcional). 
Exemplos: 
pré-/-história 
 
 
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pós-/-graduação 
vice-/-versa 
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
 A formação de palavras tem diferentes processos de combinação de morfemas 
para formar novas palavras. Os principais processos de formação são a derivação e 
a composição. 
 Palavras primitivas: são palavras que servem como base para a formação de 
outra e que não foram formadas a partir de outro radical da língua. 
Exemplos: pedra, flor, casa. 
 Palavras derivadas: são palavras formadas a partir de outros radicais. 
Exemplos: pedreiro, floricultura, casebre. 
 No português, os principais processos para formar palavras novas são dois: 
derivação e composição. 
 Derivação 
 É a formação de palavras a partir da anexação de afixos à palavra primitiva. 
Exemplos: inútil= prefixo in + radical útil. 
 O processo de derivação pode ser prefixal, sufixal, parassintético, regressivo e 
impróprio. 
 Derivação Prefixal 
 Faz-se pela anexação de prefixo à palavra primitiva. 
Exemplos: desfazer, refazer. 
 Derivação Sufixal 
 Faz-se pela anexação de sufixo à palavra primitiva. 
Exemplos: alegremente, carinhoso. 
 Os sufixos são divididos em nominais, verbais e adverbiais. 
 Sufixos nominais são os que derivam substantivos e adjetivos; 
 Sufixos verbais são os que derivam verbos; 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
41 
 Sufixo adverbial é o que deriva advérbio, esse existe apenas um: -mente 
 Derivação Parassintética 
 Faz-se pela anexação simultânea de prefixo e sufixo à palavra primitiva. 
Exemplos: desalmado, entristecer. 
 A derivação parassintética só acontece quando os dois morfemas (prefixo e 
sufixo) se unem ao radical simultaneamente. Note que na palavra desalmado houve 
parassíntese. É fácil perceber, pois não existe a palavra desalma, da qual teria vindo 
desalmado, da mesma forma não existe a palavra almado, da qual também teria vindo 
desalmado. Portanto, ocorreu anexação de prefixo e sufixo ao mesmo tempo. 
 Derivação Regressiva 
 Faz-se pela redução da palavra primitiva. 
Exemplos: trabalho (trabalhar), choro (chorar). 
 O processo de derivação regressiva produz os substantivos deverbais, esses 
são substantivos derivados a partir de verbos. 
 Derivação Imprópria 
 Forma-se quando uma palavra muda de classe gramatical sem que a forma da 
primitiva seja alterada. 
Exemplos: O infeliz faltou ao serviço hoje. (adjetivo torna-se substantivo). 
 Não aceito um não como resposta. (advérbio torna-se substantivo, o artigo um 
substantiva o advérbio). 
 Composição 
 O processo de composição forma palavras através da junção de dois ou mais 
radicais. 
Exemplos: guarda-roupa, pombo-correio. 
Há dois tipos de composição: aglutinação e justaposição. 
 Composição por Aglutinação 
 Ocorre quando um dos radicais, ao se unirem, sofre alterações. 
Exemplos: planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora). 
 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
42 
 Composição por Justaposição 
 Ocorre quando os radicais, ao se unirem, não sofrem alterações. 
Exemplos: pé-de-galinha, passatempo, cachorro-quente, girassol. 
Outros processos 
Hibridismo: Ocorre quando os elementos que formam a palavra são de idiomas 
diferentes. 
Exemplos: automóvel (auto= grego, móvel= latim), televisão (tele= grego, visão=latim). 
Onomatopeia: Acontece nas palavras que simbolizam a reprodução de determinados 
sons. 
Exemplos: tique-taque, zunzum. 
Redução ou Abreviação: Esse processo se manifesta quando uma palavra é muito 
longa, pois forma novas palavras a partir da redução ou abreviação de palavras já 
existentes. 
Exemplos: pornô (pornográfico), moto (motocicleta), pneu (pneumático). 
Neologismo: É a criação de novas palavras para atender às necessidades dos falantes 
em contextos específicos. 
Veja os neologismos num trecho do poema Amar, de Carlos Drummond de Andrade: 
Que pode uma criatura senão, 
senão entre criaturas, amar? 
amar e esquecer, 
amar e malamar, 
amar, desamar, amar? 
sempre, e até de olhos vidrados, amar? 
Classificação de palavras 
 A classificação das palavras é conteúdo de uma das partes gerais da língua 
portuguesa, a Morfologia, que é o estudo da estrutura, da formação e da classificação 
das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas 
isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia está 
agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
43 
São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, 
Preposição, Conjunção e Interjeição. 
substantivo (nomeiam); 
adjetivos (caracterizam); 
artigos (acompanham os substantivos, indefinindo ou definindo-os); 
numerais (quantificam e posicionam); 
pronomes (substituem ou acompanham termos); 
verbos (materializam ações, estados, fenômenos); 
advérbios (circunstanciam); 
interjeições (expressam sensações humanas); 
conjunções (unem palavras e orações, coordenando ou subordinando-as); 
preposições (conectam termos). 
 As classes de palavras são categorias gramaticais que visam organizar o 
vocabulário de acordo com as funções e estrutura das palavras. 
Tipos de classes de palavras 
 Palavras variáveis 
Os substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes e verbos são palavras 
variáveis, pois têm a constituição modificada para marcar alguns elementos 
gramaticais, como o 
gênero (masculino/feminino); 
número (singular/plural); 
pessoa (primeira, segunda e terceira); 
tempo (pretéritos, presente, futuros); 
modo (indicativo, subjuntivo, imperativo). 
 Palavras invariáveis 
Os advérbios, as preposições, as conjunções e as interjeições são palavras 
invariáveis, já que não comportam transformações em suas formas. 
 Substantivo 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
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Substantivo é uma classe gramatical cuja função é nomear os seres em geral. Apesar 
de essa conceituação estar presente em vários locais, há que se destacar a sua 
incompletude, já que o substantivo pode também ser responsável por denominar: 
ações (abraço, chute); 
postulados físicos (inércia); 
aspectos emocionais e psicológicos (covardia, esquizofrenia, ansiedade, amor, ódio); 
elementos socioculturais (pobreza, inteligência), entre outros. 
 Classificações dos substantivos 
Comum: é responsável por nomear a generalidade dos seres da mesma espécie, dos 
elementos abstratos, dos objetos e dos fenômenos da natureza. 
Exemplos: casa, ódio, neve. 
Próprio: faz referência a um ser específico. 
Exemplos: Maria, Panela de Barro Restaurante (no caso, panela de barro identifica 
um restaurante determinado). 
Primitivo: termos que não se originaram de outros existentes na mesma língua. 
Exemplos: maçã, porta, livro. 
Derivado: palavras que provêm de outras. 
Exemplos: macieira (árvore) – maçã (fruta), portaria – porta, livreiro – livro. 
Simples: são constituídos por apenas um radical (parte da palavra que carrega o 
sentido principal dela). 
Exemplos: garrafa, tênis, feijão. 
Compostos: têm mais de um radical em sua estrutura. 
Exemplos: beija-flor, passatempo (verbo passar + substantivo tempo). 
Concreto: nomeiam seres de existência própria, isto é, figuras independentes que 
fazem parte de um universo real ou imaginário. 
Exemplos: caneta, vampiro (entidade), São Paulo (cidade), Ministério da Saúde 
(instituição). 
Abstrato: designam qualidades, ações, sentimentos, estados, sensações. 
Exemplos: soberba, riso, solidão, juventude, conforto. 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
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Veja também: Substantivos coletivos – substantivos que correspondem a um 
agrupamento de elementos semelhantes 
ARTIGO 
O artigo é a palavra que precede os substantivos a fim de determiná-los, tanto de 
maneira particular, por meio do uso de o, a, os, as, quanto de modo vago, ao utilizar 
um, uma, uns, umas. 
 Classificações dos artigos 
Definido: individualiza o substantivo, ou seja, leva o interlocutor a saber do que se 
trata especificamente. 
Exemplos: 
- O amor de Antônia era forte (não é qualquer amor, sabe-se que é um específico). 
- A história revelará a verdade (refere-se à história da humanidade). 
- Os bandidos atacaram novamente (sabe-se que são as mesmas pessoas que 
cometeram os crimes). 
- As rosas do jardim estão secas (o sujeito que fez tal afirmação fez menção a 
determinadas flores). 
Indefinido: generaliza o substantivo. 
Exemplos: 
- Falta um cantor para completar o espetáculo (pode ser o João, o José, o Miguel, 
qualquer um que cante). 
- Gostaria de saber se há uma lanchonete na região (no caso, a pessoa não 
especificou qual a lanchonete, podendo ser a do João, a da Maria, entre outras) 
- Em cima da mesa, estão uns biscoitos (a informação impossibilita saber a marca, o 
tipo das bolachas). 
- Seria ótimo conhecer umas atrizes famosas (nãose sabe quais atrizes são). 
ADJETIVO 
O adjetivo é uma palavra ou locução (iniciada por preposições: de, em, com, sem) que 
confere características, estados, qualidades aos seres. Também pode instituir 
relações de tempo, de espaço, de finalidade, de procedência com o substantivo. 
Exemplos: 
- Banca de revistas (locução adjetiva) 
 
 
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- Avaliação semanal (tempo) 
NUMERAL 
O numeral é responsável por quantificar, de forma exata, os seres (pessoas, objetos, 
entre outros). Além disso, também tem a função de identificar a posição ocupada por 
um ser em um contexto específico. 
Exemplos: 
- Encontrei apenas um lápis no estojo. 
- Na sala de cirurgia, havia uma enfermeira e quatro médicos. 
PRONOME 
O pronome, além de estabelecer quais são os seres que fazem parte diretamente da 
interlocução (1ª e 2ª pessoas), ainda são empregados para indicar os demais 
presentes no discurso (3ª pessoa), ou seja, essa classe gramatical faz referência a 
quem fala, com quem se fala e a de quem ou do que se fala. Diante dessa 
característica, normalmente substituem os substantivos. 
Exemplo: 
Luíza (substantivo) comprou um carro. Agora, ela (pronome) chega mais rapidamente 
aos lugares. 
A informação não foi enviada a eles. 
VERBO 
Os verbos são palavras que expressam uma ação, um estado, um fenômeno, os quais 
se encontram situados cronologicamente. Essa classe de palavras é uma das que 
mais flexiona, pois se adapta à pessoa, ao número, ao tempo, ao modo, além de 
conter as formas nominais. 
Exemplo: Nadar é um ótimo esporte. 
 Victor está caminhando. 
ADVÉRBIO 
São palavras que se conectam aos verbos a fim de apresentar uma circunstância 
relativa à ação, estado, fenômeno verbal. Além disso, podem associar-se aos 
adjetivos, conferindo uma determinação das qualidades expressas por eles. Por fim, 
são capazes de se juntar a outros advérbios, o que desencadeia uma intensificação 
dos sentidos ali presentes. 
Exemplos: bem, mal, assim, depressa, devagar, tranquilamente, facilmente. 
 
 
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47 
 Rosana pegou rapidamente a vassoura. 
CONJUNÇÃO 
Conjunção é um elemento gráfico, sonoro e semântico que estabelece uma união 
entre orações ou entre palavras, desde que estas exerçam idênticas funções 
sintáticas e estejam na mesma oração. Essa classe de palavras pode ser dividida em: 
Exemplo: Fui ao cinema e comi pipoca. 
Exemplo: Independência ou morte! (D. Pedro) 
PREPOSIÇÃO 
A preposição é o termo que conecta duas outras palavras, construindo relações de 
sentido e dependência entre elas. 
Exemplos: a, ante, contra, de, entre, sob, sobre. 
 A agenda está sobre a mesa. 
INTERJEIÇÃO 
São as palavras ou um grupo delas que marcam, de maneira forte e abrupta, as 
reações, os sentimentos, as emoções. 
Exemplos: 
- Puxa! 
- Cuidado! 
Sufixo 
 Sobre o que representa o sufixo, é possível dizer que é um morfema 
adicionado às palavras para integrar aspectos semânticos diferentes do original. 
 O sufixo é um morfema que não ocorre de forma independente na língua 
portuguesa 
 Sufixo nominal 
 É aquele que se une ao radical para dar origem a um substantivo ou a um 
adjetivo. 
 Sufixo aumentativo -alhão grandalhão 
 Sufixo diminutivo -ino pequenino 
 
 
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48 
 Sufixo que forma substantivo -ada papelada 
a partir de outro substantivo 
 Sufixo que forma substantivo -(i)dão gratidão 
a partir de adjetivo 
 Sufixo que forma substantivo -ismo realismo 
 
a partir de substantivo e de adjetivo 
 Sufixo que forma substantivo e -ista realista 
adjetivo a partir de outro substantivo e adjetivo 
 Sufixo que forma substantivo -ança lembrança 
a partir de verbo 
 Sufixo que forma adjetivo a -aco maníaco 
partir de substantivo 
 Sufixo que forma adjetivo a -ante tolerante 
partir de verbos 
 Sufixo verbal 
 É aquele que se une ao radical para dar origem a um verbo. 
 Sufixo adverbial 
Em língua portuguesa, há apenas um sufixo adverbial, -mente, que se une à forma 
feminina de um adjetivo para formar um advérbio. 
EXPRESSÃO NUMÉRICA 
 Podemos dizer que a expressão numérica é uma forma de expressar ou 
descrever quantidade ou noção numérica por extensão numa oração. 
Exemplo: É o segundo livro 
 Está na vigésima linha 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
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 Há duas pessoas ? 
VOZ PASSIVA 
 A categoria de voz é uma perspectiva de como se fala, é dividida em Voz 
Passiva, Voz Ativa e Voz Reflexiva. Elas estão diretamente ligadas na forma como o 
verbo se apresenta na oração em relação ao sujeito; se é ele quem pratica ou recebe 
a ação. 
 Voz passiva é uma construção sintática em que um objeto direto passa a ocupar 
a posição de sujeito, ou seja, é a maneira de como o verbo se expressa em relação 
ao sujeito, que no caso da passiva, ele sofre a ação. 
 Abaixo, alguns exemplos: 
 Os filhotes foram descobertos pelo jardineiro. 
 Os filhotes: sujeito que recebe a ação verbal 
 Foram descobertos: verbo na voz passiva 
 O bolo foi comprado pelos funcionários. 
 O bolo: sujeito que recebe a ação verbal 
 Foi comprado: verbo na voz passiva 
 A casa da mãe foi reformada pelo filho. 
 A casa da mãe: sujeito que recebe a ação verbal 
 Foi reformada: verbo na voz passiva 
 A voz passiva, também, pode expressar a mudança de perspectiva de uma 
cena, ocultando os responsáveis por uma determinada ação. Esse tipo de construção 
faz com que os culpados não sejam comprometidos. Exemplo: 
 O banco foi roubado. 
 Os remédios foram manipulados. 
 A criança foi arranhada. 
 A bicicleta de João foi encontrada. 
 Existem dois tipos de estruturas da voz passiva: 
 Voz passiva analítica 
 
 
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 Quando é formada por verbos compostos ou locação verbal. Ela segue a 
seguinte estrutura – verbo auxiliar SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: 
 Os treinos serão executados (Verbo SER + PARTICÍPIO) pelos veteranos. 
 A professora será homenageada (Verbo SER + PARTICÍPIO) pelos alunos. 
 Além do verbo SER, existem outros verbos auxiliares que podem aparecer na 
voz passiva analítica. Por exemplo: 
 O museu ficou deteriorado (Verbo AUXILIAR + PARTICÍPIO) com o tempo. 
 Fernando estava protegido (Verbo AUXILIAR + PARTICÍPIO) pela máscara de 
rosto. 
 A cantora foi premiada (Verbo AUXILIAR + PARTICÍPIO) no evento de 
abertura. 
 A casa foi decorada (Verbo AUXILIAR + PARTICÍPIO) pela arquiteta. 
 Voz passiva sintética 
 Quando é formada com o verbo na 3ª pessoa + o pronome apassivador SE. 
Neste caso, o sujeito se transforma no pronome apassivador. Por exemplo: 
 Alugam-se (VERBO NA 3ª PESSOA + PRONOME APASSIVADOR) casas. 
 Consertou-se (VERBO NA 3ª PESSOA + PRONOME APASSIVADOR) o 
celular. 
 Nesta cidade, não se vê (PRONOME APASSIVADOR + VERBO NA 3ª 
PESSOA) ninguém depois das 21hs da noite. 
 Comeu-se (VERBO NA 3ª PESSOA + PRONOME APASSIVADOR) a bolacha 
na madrugada. 
 Clarice maquiou-se (VERBO NA 3ª PESSOA + PRONOME APASSIVADOR) 
para a festinha. 
ORAÇÃO 
 A oração é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado linguístico cuja 
estrutura caracteriza-se, obrigatoriamente, pela presença de um verbo. Na verdade, 
a oração é caracterizada, sintaticamente, pela presença de um predicado, o qual é 
introduzido na língua portuguesa pela presença de um verbo. Geralmente, a oração 
apresenta um sujeito, termos essenciais, integrantes ou acessórios. 
 Exemplos: – Corra! 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
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 – Esses doces parecem muito gostosos. 
 Oração sem sujeito 
 Oração sem sujeito é aquela que contém verbos impessoais, que são os 
seguintes: 
 Verbo HAVER com o sentido de existência ou acontecimento. Exemplo: Há 
umano não aparece; 
 Verbo FAZER (e outros) quando indica tempo ou fenômeno natural. Exemplo: 
Faz tempo que isso aconteceu; 
 Outros verbos que indicam FENÔMENOS DA NATUREZA, tais como: 
anoitecer, chover, trovejar. Exemplo: Chove como nunca! 
 Como podemos verificar nas orações acima, não existe relação entre sujeito e 
verbo, ou seja, o sujeito é inexistente. 
 Exemplos 
 Havia tanto por dizer… 
 Houve muita gente elogiando. 
NUMERAIS CARDINAIS & ORDINAIS 
 Os números naturais são usados para contar e ordenar as coisas. Em todo caso 
eles podem ser conhecidos de diferentes formas. 
 Os números cardinais 
 Quando usamos os números naturais para contar os elementos de um 
determinado conjunto os chamamos de números cardinais. Imagine que você tem um 
conjunto de biscoitos como o mostrado na imagem abaixo. Se você fizer o processo 
de contagem vai concluir que há oito biscoitos no total. Dizemos então que o cardinal 
do conjunto é oito, isso porque esse número representa a quantidade de elementos 
que têm o conjunto. 
 Números ordinais 
 Muitas vezes é necessário ordenar as coisas: a classificação final de uma 
corrida ou os andares de um edifício por exemplo. Quando usamos os números 
naturais para este propósito os chamamo 
 
 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
52 
 
 
 
 A Geografia é uma ciência humana que estuda o espaço geográfico e suas 
composições, analisando a interação entre sociedade e natureza. No âmbito desse 
mérito, essa área do conhecimento utiliza, em suas abordagens, uma série de 
conceitos que são considerados como basilares para a fundamentação de seus 
estudos. Trata-se das chamadas categorias da Geografia. Os principais conceitos da 
Geografia, nesse sentido, são: lugar, paisagem, região e território. 
SOLO 
 A litosfera, é a camada superficial e sólida da Terra, ela é composta por rochas, 
que, por sua vez, são formadas pela união natural entre os diferentes minerais. Assim, 
em razão do caráter dinâmico da superfície, através de processos como o tectonismo, 
o intemperismo, a erosão e muitos outros, existe uma infinidade de tipos de rochas. 
Dessa forma, foram elaborados vários tipos de classificação das rochas. A forma mais 
conhecida concebe-as a partir de sua origem, isto é, a partir do processo que resultou 
na formação dos seus diferentes tipos. 
 Nessa divisão, existem três tipos principais: as rochas ígneas ou magmáticas, 
as rochas metamórficas e as rochas sedimentares. 
1) Rochas ígneas ou magmáticas: são aquelas que se originam a partir da 
solidificação do magma ou da lava vulcânica. Elas costumam apresentar uma maior 
resistência e subtipos geologicamente recentes e de formações antigas. Elas dividem-
se em dois tipos: 
1.1) Rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas: são aquelas que surgem a partir do 
resfriamento do magma expelido em forma de lava por vulcões, formando a rocha 
na superfície e em áreas oceânicas. Como nesse processo a formação da rocha é 
rápida, ela apresenta características diferentes das rochas intrusivas. Um exemplo 
é o basalto. 
1.2) Rochas ígneas intrusivas ou plutônicas: são aquelas que se formam no interior 
da Terra, geralmente nas zonas de encontro entre a astenosfera e a litosfera, em 
um processo constitutivo mais longo. Elas surgem na superfície somente através 
de afloramentos, que se formam graças ao movimento das placas tectônicas, como 
ocorre com a constituição das montanhas. Exemplo: gabro. 
2) Rochas metamórficas: são as rochas que surgem a partir de outros tipos de rochas 
previamente existentes (rochas-mãe) sem que essas se decomponham durante o 
processo, que é chamado de metamorfismo. Quando a rocha original é transportada 
para outro ponto da litosfera que apresenta temperatura e pressão diferentes do seu 
local de origem, ela altera as suas propriedades mineralógicas, transformando-se em 
rochas metamórficas. Exemplo: mármore. 
GEOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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53 
3) Rochas sedimentares: são rochas que se originam a partir do acúmulo de 
sedimentos, que são partículas de rochas. Uma rocha preexistente sofre com as 
ações dos agentes externos ou exógenos de transformação do relevo, desgastando-
se e segmentando-se em inúmeras partículas (meteorização); em seguida, esse 
material (pó, argila, etc.) é transportado pela água e pelos ventos para outras áreas, 
onde se acumulam e, a uma certa pressão, unem-se e solidificam-se novamente 
(diagênese), formando novas rochas. Esse tipo de constituição rochosa, em certos 
casos, favorece a preservação de fósseis, que, por esse motivo, só podem ser 
encontrados em rochas sedimentares. Além disso, nas chamadas bacias 
sedimentares, é possível a existência de petróleo, recurso mineral muito importante 
para a sociedade contemporânea. Exemplo: calcário. 
MONTANHAS 
 Montanhas são grandes elevações da superfície terrestre. Apresentam 
altitudes superiores a 300 metros e paisagem acidentada. Formam-se por meio de 
acidentes geográficos. Montanhas são formas de relevo que se caracterizam por suas 
elevadas altitudes quando comparadas a outros tipos de superfícies, sendo então 
consideradas os pontos mais altos do planeta. Possuem encostas íngremes, 
paisagem acidentada e normalmente apresentam vales profundos, localizando-se 
geralmente em áreas de intensa atividade tectônica e vulcânica. 
POPULAÇÃO 
 População é o conjunto de todos os habitantes de determinado local, ou 
indivíduos de mesma espécie que coexistem em um mesmo lugar ou região. A 
Geografia estuda as populações de forma a analisar estatisticamente a quantidade de 
seres humanos que habitam as diferentes localidades da Terra. 
 A expressão "densidade populacional" é usada para se referir a quantidade de 
indivíduos que existem em uma determinada área predefinida. Alguns dos principais 
sinônimos de população são: residentes; indivíduos; moradores; habitantes; cidadãos; 
público; povo; massa; multidão e amostra. 
 População absoluta e população relativa 
A Demografia é o ramo de estudo que analisa as populações humanas. Neste 
contexto, a população costuma ser classificada em duas categorias: população 
absoluta e relativa. 
 A população absoluta consiste no número total de habitantes de um lugar (país, 
estado, região, etc). Atualmente, por exemplo, a população absoluta mundial 
está na média de 7,5 bilhões de pessoas. 
 A população relativa, por outro lado, corresponde ao número de habitantes por 
área. Este tipo de população também é conhecido por densidade demográfica 
ou densidade populacional. 
Para obter a população relativa é necessário dividir a população absoluta de 
determinado local pela área, normalmente em km2. 
 
 
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54 
População do Brasil 
A população brasileira tem uma média de 207,6 milhões de habitantes, com previsão 
que alcance aproximadamente 230 milhões de pessoas até 2040. De acordo com o 
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população do Brasil não deverá 
ultrapassar os 230 milhões de habitantes. A expectativa é que haja um equilíbrio na 
taxa de natalidade, fazendo com que a população se mantenha entre 220 e 225 
milhões de pessoas a partir de 2050. 
RIOS 
 Os rios são grandes reservatórios que contribuem para a sobrevivência da vida 
na Terra. Eles estão distribuídos de forma desigual pelo planeta, o que nos faz pensar 
na sua importância no cenário mundial, considerando que muitas sociedades 
percorrem quilômetros de distância para chegar até a água doce, sendo 
imprescindíveis para a vida, procura-se preserva-los. 
 Com aproximadamente sete mil quilômetros de extensão e mais de mil 
afluentes, o rio Amazonas é considerado o segundo rio mais extenso do planeta. Antes 
de chegar no Brasil, ele passa pelo Peru e pela Colômbia. Sua enorme bacia 
hidrográfica inclui outros países, como Bolívia, Equador, Venezuela e Guiana 
 O rio Reno com seus 1300 km de jornada, da nascente até o mar, é considerado 
o rio mais importante e simbólico da Europa. Seu nome é de origem celta e significa"fluir". Nasce nos Alpes suíços e deságua no mar do Norte. Atravessa, de sul a norte, 
a Suíça, a Áustria, a França, a Alemanha e os Países Baixos, além do pequeno 
Liechtenstein; todos eles países da Europa ocidental. O rio possui nove afluentes 
sendo eles: rio Aar, rio Ahr, rio Lippe, rio Meno, rio Lahn, rio Neckar, rio Mosela, rio 
Ruhr e rio Sieg, tendo o rio Lippe a maior extensão de todos, com 1.017,45 
quilômetros. 
PLANETA TERRA 
 Denominado também de Planeta Azul ou Mundo, a Terra é o maior entre os 
quatro planetas mais densos e telúricos. A sua composição se dá por diversos gases, 
sendo 78% da atmosfera terrestre constituído por nitrogênio, 21% por oxigênio, isso 
sem falar na composição de argônio. A Terra é conhecida também como Planeta Azul 
pois, em média, 70% da sua superfície é composta por água. A esse espaço dá-se o 
nome de hidrosfera (esfera de água). E é justamente a existência dessa substância 
em estado líquido, junto com o oxigênio, que faz a vida ser possível de existir nesse 
planeta. 
CONTINENTES 
 Os continentes são grandes extensões de terra emersas, limitadas pelas águas 
de mares e oceanos. Somados os seis continentes (África, América, Antártida, Ásia, 
Europa e Oceania) possuem extensão territorial de 149.440.850 quilômetros 
quadrados, dimensão que representa 29,1% da superfície do planeta. 
 
 
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55 
 A América é o maior continente em extensão norte–sul localizado no 
Hemisfério Ocidental e compreende uma área total de 42.189.120 km2. O continente 
é habitado por cerca de 902.892.047 pessoas, e nele são faladas diversas línguas, 
como espanhol, inglês, português, francês, irlandês e línguas nativas. O continente é 
constituído por 35 países e 18 territórios independentes. Os países são banhados 
pelos oceanos Atlântico e Pacífico. 
 Esse enorme território é dividido em subcontinentes: América do Norte, 
América Central e América do Sul. Alguns estudiosos e organizações, como a 
Organização das Nações Unidas (ONU), consideram apenas a divisão em América 
do Norte e América do Sul, considerando que ambas são ligadas por um istmo 
(estreita faixa de terra que liga duas áreas de maior extensão). Outra divisão da 
América é conhecida como América Latina, uma região que corresponde aos países 
que falam as línguas derivadas do latim, como o português e o espanhol. 
Basicamente, a América Latina abrange a região dos países pertencentes à América 
Central e à América do Sul colonizados pelos portugueses e espanhóis. 
 A Europa é um dos seis continentes do mundo, sendo em extensão territorial 
o segundo menor. O continente é banhado, ao norte, pelo Mar Ártico; ao sul, pelo Mar 
Mediterrâneo e o Mar Negro; a oeste, pelo Oceano Atlântico; e, a leste, pelo Mar 
Cáspio. A Europa é também conhecida como o “Velho Mundo” e considerada o berço 
da cultura ocidental. A Europa limita-se territorialmente com a Ásia, a leste, sendo 
considerada então um prolongamento da massa continental do continente asiático, 
formando, assim, a Eurásia (massa continental formada pela Europa e pela Ásia).
 Os dois continentes são separados pela cordilheira chamada Montes Urais. 
Devido ao seu contorno bastante irregular, o continente europeu apresenta, além de 
várias penínsulas e ilhas, muitos países com costa litorânea. 
 Vários fatores influenciam o clima europeu; latitude, relevo, correntes marítimas 
(corrente do Golfo) e ventos da região Ártica, do Saara e principalmente do Oceano 
Atlântico. O clima de maior ocorrência na Europa é o temperado continental. Na 
porção norte ocorre clima subpolar; na porção sul, clima mediterrâneo; no litoral 
ocidental, clima temperado oceânico; nas areas de dobramentos modernos, clima frio 
de montanha. No clima temperado continental, a amplitude térmica é maior que no 
temperado oceânico. Essa diferença decorre da maritimade, que mantém as 
temperaturas mais constantes ao longo do ano no clima temperado oceânico. 
 Com superfície relativamente pequena e relevo pouco uniforme, a Europa não 
possui rios do porte do Amazonas (Brasil) ou do Mississipi (Estados Unidos). Apenas 
na grande planície russa os cursos percorrem maiores distâncias. Apesar disso, a 
rede hidrográfica europeia, bem como seus mares e oceanos, tem sido fundamental 
na história e na economia do continente. Apresenta uma grande quantidade de rios, 
que desaguam ora diretamente no oceano, ora em lagos, mares ou outros rios. Desse 
emaranhado fluvial, destacam-se as bacias do rio Reno, do rio Danúbio e do rio Volga, 
merecem menção ainda, por passarem em capitais ou cidades importantes da Europa, 
os rios Tâmisa ou Tamisa, Elba, Mosela, Vístula, Sena, Loire, Ródano, Pó, Tibre, 
Douro, Tejo, Ebro, Dnieper, Ural, entre outros. 
 
 
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 Em todo o continente europeu existem cerca de 26 mil km de hidrovias 
consolidadas, sendo que perto de 10 mil km desta extensão se deve a interligações e 
a canais construídos entre diferentes bacias hidrográficas. 
 
 
 
 É chamado de história o conhecimento que estuda as ocorrências do passado, 
a ação dos seres humanos através do tempo, investigando seus comportamentos e 
suas consequências. A disciplina é fundamental em nosso cotidiano, já que seu 
estudo é continuo. Há de se ter a consciência que sofremos e interferimos diretamente 
na história, de que seu estudo é vivo e tem impacto em nossas vidas. Desde roupas 
que usamos, idioma que falamos, músicas que escutamos, filmes que assistimos etc. 
Tudo está ligado pela história. Portanto, estudar história é de suma importância para 
compreender não apenas o passado, mas também para entender o presente e seus 
impactos no futuro. 
CULTURA 
 Cultura é um conceito amplo que representa o conjunto de tradições, crenças 
e costumes de determinado grupo social. Ela é repassada através da comunicação 
ou imitação às gerações seguintes. Dessa forma, a cultura representa o patrimônio 
social de um grupo sendo a soma de padrões dos comportamentos humanos e que 
envolve: conhecimentos, experiências, atitudes, valores, crenças, religião, língua, 
hierarquia, relações espaciais, noção de tempo, conceitos de universo. 
PERÍODOS 
 A periodização é o estudo da História Geral da Humanidade que costuma dividir 
a história humana em uma linha do tempo, em torno de cinco períodos, épocas ou 
idades chamadas de “periodização clássica da história”: a Pré-história, a Idade Antiga, 
a Idade Média, a Idade Moderna e a Idade Contemporânea. As ocorrências 
significativas para a História Geral, tomando como referência a Europa, e que 
delimitaram essa divisão são a invenção da escrita (4000 a.C.); a queda do Império 
Romano (476); a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos e o fim da Guerra 
dos Cem Anos na Europa (1453); e a Revolução Francesa (1789). 
PRÉ-HISTÓRIA 
 A Pré-História é o período que acompanha o rastro humano, a partir do 
momento em que o homem descobre o uso da pedra como ferramenta. Este acaba 
com o surgimento da escrita, que aconteceu entre 3.500 a.C. e 3.000 a.C. É 
basicamente, dividida entre Paleolítico, Mesolítico (período intermediário) e Neolítico. 
Ao longo dele o homem é capaz de elaborar novas ferramentas. 
 O período Paleolítico é conhecido também como Idade da Pedra Lascada e 
esse nome faz referência aos objetos que eram utilizados pelo homem para sua 
HISTÓRIA 
 
 
 
EJA- COLÉGIO HAGNOS 
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sobrevivência, que eram produzidos exatamente de pedra lascada. É um período em 
que o homem sobrevivia da coleta e da caça, sendo fundamental, no caso da caça, a 
elaboração de ferramentas para auxiliá-lo na obtenção do alimento. Por depender da 
caça e coleta, o homem era nômade e mudava de lugar quando os recursos do local 
que estava instalado ficavam escasso. Esse período estendeu-se de 3 milhões de 
anos atrás a 10.000 a.C. 
 O Mesolítico é uma fase intermediária entre o Paleolítico e o Neolítico que 
aconteceu em determinadas partes do mundo. Os especialistas em Pré-História 
destacam que o Mesolítico aconteceu, sobretudo, em

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