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FACULDADE DAS AMÉRICAS – FAM Amanda Mozini Vasconcelos RA: 163657 Michele Gonçalves RA: 228586 Nayara Ramos De Lima RA: 343654 Ressonância Magnética na Investigação da Cabeça de Cães. DISCIPLINA: Clínica complementar ao diagnóstico por imagem DOCENTE: Gustavo Tiaen São Paulo, outubro de 2022. A ressonância magnética mudou a medicina e supera a tomografia computadorizada pela sua capacidade de distinguir as diferenças mais sutis dos tecidos moles, sendo também a técnica de geração de imagem mais adequada para obter o diagnóstico de diversas doenças, principalmente do sistema nervoso central. Para a medicina veterinária a IRM é de grande interesse, entretanto, o seu custo elevado dificulta a utilização do equipamento. No artigo utilizado para o presente resumo, foram realizados dez exames completos na cabeça de cadáveres de cães normais, para a confecção de um atlas que conta com todas as partes da cabeça, explicando as diferenças entre as densidades de cor nas imagens de ressonância magnética afim de identificar as estruturas da mesma. Para isso os materiais utilizados para a obter as imagens foram o tomógrafo de ressonância magnética nuclear de corpo inteiro, os dez cadáveres de cães pesando entre 10 à 30kg, que foram obtidos no Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo e a bobina para cabeça humana em sequencia de pulso spin-eco em T1, DP e T2. Os cadáveres foram colocados sobre uma prancha de madeira na posição de decúbito dorsal, com as orelhas presas com fita adesiva, seus membros torácicos imobilizados e paralelos um ao outro. Após obter as imagens, foram recortadas e escaladas em cinza, e após analise dos exames, um foi selecionado para a confecção do atlas. Para a obtenção de imagens é necessário que haja prótons na mesma, quando há ausência ou baixa densidade dos prótons, não ocorre troca de energia e, com isto, também não há coleta de sinal para a imagem ser construída no computador, ocasionando em uma imagem preta, denominada hipointensa. Durante o exame foi calculado o tempo necessário para o exame completo da cabeça, resultando em uma média de 74,5 minutos, este tempo mostra que é uma técnica demorada, a qual demonstra a necessidade de anestesia preparada, para que o animal se mantenha imóvel mesmo com o tempo e o som que é emitido pela máquina durante o funcionamento. As imagens feitas durante o estudo identificaram diversas estruturas do sistema nervoso central, as quais não são tão fáceis de localizar com um exame menos aprofundado, sendo algumas delas a fossa rombóidea, giro ectossilviano, fórnix, giro rostral de Sylvius, entre várias outras. Algumas das imagens apresentaram o líquido cefalorraquidiano hiperintenso e alta conspicuidade com relação a calota craniana, que mostrou hipointensidade. As diferenças de contrastes apontam a identificação dos sulcos e giros cerebrais, facilitando o estudo da região. As imagens obtidas neste estudo foram de ótima qualidade, possibilitando também a identificação de vários músculos e estruturas ósseas, possibilitando sua identificação em diversos ângulos e proximidades. Além destas, foi observada a presença de ar nas estruturas do seio frontal e traqueia, e na medula óssea a presença de gordura e prótons. Apesar de todos os benefícios relatados sobre a IRM, ela deve ser utilizada em casos em que a ultrassonografia e a radiografia não tiveram sucesso para obter diagnósticos completos e não há suspeita de corpo ferromagnético, pois o mesmo pode ser atraído pelo aparelho e causar maiores problemas e lesões. E para visualização das estruturas de vasos, a antirressonância ainda é a mais eficaz e indicada, pois possibilita melhor visibilidade vascular. Em conclusão, as imagens realizadas nas sequencias de T1, DP e T2 foram complementos para o estudo dos aspectos anatômicos da cabeça de cães, com explicação de diversos detalhes. Mesmo com maior necessidade de tempo para realizar o exame, ele é compatível para uso em animais vivos, desde que sejam devidamente contidos e anestesiados, para que os resultados sejam bem aproveitados e sem alterações. Com os resultados obtidos por este trabalho, podem ser reproduzidos e desta forma corroborar para estudos em animais vivos e para investigação de doenças, principalmente as de origem neurológica, pois esta técnica é irrepreensível para a visualização do encéfalo.
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