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PÉ E TORNOZELO

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PÉ E TORNOZELO 
 
“O tálus é o segundo maior osso do tarso e fica localizado 
superiormente ao calcâneo. É o único osso do tarso que se 
articula com os ossos da perna, medialmente com a tíbia e 
lateralmente com a fíbula. Recebe todo o peso do corpo e 
o transfere ao calcâneo.” 
“Calcâneo é o maior osso do pé humano, um dos sete que 
constituem o tarso, estrutura anatômica e funcional da 
parte superior do pé, próxima ao tornozelo. É o calcâneo 
que dá forma ao calcanhar.” 
O osso do Tálus é o único osso que se articula com os ossos 
da perna, fíbula mais lateralmente e tíbia medialmente em 
que se tem por meio de ligamentos. É por esse motivo que 
ao lesionar algum desses ossos, o gesso vai até a porção do 
pé e tornozelo a fim de imobilizar também os movimentos 
do Tálus que pode vir a provocar rotação ou translação dos 
ossos da perna e perder a estabilidade necessária para que 
se tenha uma consolidação da fratura. 
 
O movimento de flexão plantar e de dorsoflexão são feitos 
por meio do tornozelo, mais especificamente por meio da 
articulação tíbio talar, ou seja que reúne a tíbia e o tálus do 
tarso. Obviamente a dorsoflexão é mais limitada do que a 
flexão plantar, sendo o ângulo máximo de 20º enquanto a 
flexão plantar chega de 30º a 50º. 
 
EVERSÃO: dorsoflexão do tornozelo + pronação + abdução 
do antepé (dedos para fora). Apenas 5º. 
INVERSÃO: flexão plantar do tornozelo + supinação + 
adução do antepé (dedos para dentro). Cerca de 20º. 
PÉ TORTO CONGÊNITO 
O próprio nome já diz sobre a doença, é uma deformidade 
que ocorre em crianças recém-nascidas em que se tem um 
quadro de deformidade de todas as estruturas do pé e do 
tornozelo seja de ligamentos, articulações, tendões, ossos, 
vasos e nervos. Sendo o osso mais prejudicado o Tálus já 
que apresenta o colo encurtado e a superfície medial bem 
diminuída. 
A deformidade consiste em palavras simples quando essas 
crianças possuem um dos pés voltados para dentro, com 
os dedos para dentro. Em palavras técnicas, consiste em 
um quadro de inversão do pé, com flexão plantar além de 
adução do médio e antepé. O pé se apresenta cavo devido 
a justamente flexão plantar e dorso extensão. 
- Inversão da subtalar; 
- Flexão plantar do tornozelo + pé cavo; 
- Adução do médiopé e antepé; 
O pé torto congênito pode não apresentar uma causa, em 
que se tem o PTC idiopático, como também pode ter casos 
de pé torto postural que se resolve com manipulações, os 
neurológico e sindrômico que estão relacionados a outras 
anomalias congênitas. 
O sexo masculino é o mais afetado, sendo de 0,93 a cada 
1000 nascidos, não tão comum. Pode ocorrer bilateral ou 
unilateral, quando unilateral, tem prevalência pela direita. 
O diagnóstico é essencialmente clínico já que os exames de 
imagem, em especial o Raio-X não são úteis visto que nas 
grandes maiorias das vezes é muito difícil posicionar o pé 
de maneira correta para realizar o exame. Deve-se fazer a 
dorsoflexão do pé, realizar uma eversão forçada máximo 
que conseguir e estabilizar o pé com algum peso ou apoio 
da própria criança. 
Os exames de imagem são mais utilizados a fim de se ter 
os dados necessários para comprovação da evolução desse 
tratamento ao longo do tempo, traçando ângulos segundo 
se tem o avanço do tratamento para notar diferenças nas 
crianças. 
 
O quadro clinico se apresenta com um pé torto inversão da 
articulação subtalar, flexão plantar do antepé e retropé e 
um pé cavo e adução do antepé e médiopé com os dedos 
para dentro. É denominado de pé equino também. 
O tratamento consiste na tentativa de retornar aquele pé 
para as condições normais, sem que se tenha alongamento 
ou comprometimento das estruturas danificadas, além de 
comprometimento funcional. O tratamento conservador 
mais utilizado é o uso de gesso seriado a fim de ir tendo a 
melhora gradualmente da posição do pé ao longo tempo 
assim como pode-se utilizar outras técnicas como órtese e 
máquina de mobilização passiva. 
O tratamento cirúrgico é reservado quando se tem falhas 
no tratamento conservador, especialmente do gesso, em 
que não é possível reduzir as deformidades ou acabam se 
tendo um comprometimento funcional importante desse 
paciente. 
 
O tratamento cirúrgico consiste na colocação de pinos de 
preferência extraósseos para que se tenha possibilidade 
de ajustes conforme o tempo. Lembrando sempre que um 
cuidado essencial com problemas funcionais das estrutura 
deformadas. 
 As complicações tratamento conservador são decorrentes 
de um excesso de força (hiperpressão) e de uma técnica 
inadequada durante a manipulação. Quando a correção do 
equino é tentada antes da correção da adução e do varo, 
pode instalarse deformidade em "mata-borrão" sendo que 
excesso de pressão na superfície articular pode ocasionar 
rigidez e deformidade. 
As complicações inerentes ao tratamento cirúrgico são a 
lesão do feixe vasculonervoso, necrose de pele e a infecção 
no trajeto dos pinos. Além dessas, podemos encontrar as 
deformidades residuais, recidivas em até 25% dos casos, 
fraqueza muscular, hipercorreção e joanete dorsal. 
 
ALTERAÇÕES DE ARCO PLANTAR 
Todo pé é formado por uma abobada plantar, conjunto de 
todos os elementos do pé, ossos, ligamentos, tendões, as 
articulações, vasos e nervos associados em harmonia em 
que se tem o papel de amortecer a marcha por meio de 03 
arcos: anterior, externo e interno. 
 
“Existem 3 arcos que compõe a planta do pé e que são os 
arcos uteis nos movimentos da pisada. Esses arcos do pé 
que compõe a abóboda são formados por três pontos entre 
si: o ponto C onde se localiza na região do calcâneo, local 
em que se tem maior quantidade de pressão na pisada, o 
ponto A localizado no primeiro metatarso e o ponto B que 
é localizado no quinto metatarso. O primeiro arco que é o 
arco interno é formado no ponto C com o ponto A, segundo 
arco é formado do ponto C com o ponto B chamado externo 
e o arco anterior consiste no ponto A e ponto B. Esses 03 
arcos são responsáveis pela formação da abóboda e pisada 
do pé, garantindo estabilidade e dissipação igual de carga” 
Algumas pessoas podem ter alterações nesses arcos do pé 
e consequentemente na abobada plantar, o que prejudica 
a marcha, forçando mais de um lado do pé, podendo em 
longos períodos trazer consequências que levem a piores 
condições clínicas, desgaste de articulações e problemas 
ósseos. Aqueles que possuem redução dos arcos, possuem 
os pés mais planos, denominados de pé chatos. Existem os 
outros como os nenês com pé torto congênito que devido 
a inversão e flexão plantar possuem um pé com os arcos 
do pé mais avantajados são denominados pé cavo. 
 
Existem ainda diferentes tipos de pisadas, que também são 
responsáveis por alterações da marcha, assim como causar 
sobrecargas em determinadas estruturas que podem vir a 
ser lesionadas ao longo do tempo: aqueles indivíduos que 
possuem uma marcha com apoio da porção externa do pé 
próxima ao dedo mindinho apresenta uma pisada supina 
ou supinada, enquanto aqueles que possuem uma pegada 
com a porção interna do pé apresenta uma pisada pronada 
ou pronação. 
 
Observe que na pisada pronada, a porção medial do osso 
calcâneo é a que sofre maior sobrecarga possível, mas que 
se apresenta mais lateralizada do que as outras pisadas, já 
na pisada supinada a porção mais medial em comparação 
a pisada normal apresenta uma sobrecarga, como se fosse 
um triangulo de pisada. Quando mais interno, menor será 
o ângulo de pisada, quanto mais externo ou lateralizado do 
pé for, maior será o ângulo. 
O diagnóstico de alterações no formato dos arcos é feito 
por meio do podoscopio que avalia o desenho da planta do 
pé do paciente, a fim de determinar se possui pé chato, pé 
cavo ou pé normal. O mesmo ocorre com as passadas. 
 
- PÉ NORMAL: é aquele no qual a largura mínima do istmo 
não chega à metade dalargura máxima do antepé. 
- PÉ PLANO DE 1º GRAU: a largura mínima do istmo é 
maior ou igual à metade da largura máxima do antepé. 
- PÉ PLANO DE 2º GRAU: há contato da borda interna do 
pé com o solo, mas a abóbada é mantida. É como se o arco 
interno tivesse cedido, mas a abóbada não tivesse caído. 
- PÉ PLANO DE 3º GRAU: desaparecimento completo da 
abobada plantar. 
- PÉ PLANO DE 4º GRAU: corresponde ao pé em balanço. 
A largura do apoio é maior na parte central que na anterior 
e posterior 
 
As complicações incluem Síndrome do Túnel do Tarso, as 
Tendinites por excessiva força nos tendões, disfunções de 
postura, alterações de marcha, desvios posturais de joelho 
e coluna, artrose de joelho, quadril e coluna espinhal. Em 
mente sempre que os efeitos são sempre em cascata. 
O tratamento do PÉ PLANO consiste em fortalecer fibular 
longo, flexor comum dos dedos, flexor próprio do quinto 
dedo. Andar no bordo externo dos pés, andar na ponta dos 
pés, elevação do corpo na ponta dos pés, puxar um pano 
com a ponta dos pés, andar na areia fofa. 
Os tratamentos do PÉ CAVO consistem em fortalecer a 
musculatura flexora dorsal do pé (fibular anterior, 
extensor comum dos dedos, tibial anterior). Andar no 
bordo interno dos pés, flexão dorsal do pé, alongamento 
com o antepé apoiado no espaldar, andar para traz com o 
apoio dos calcanhares. 
“O tratamento consiste sempre em voltar o pé na posição 
que seria ideal, ou seja, se no caso do pé cavo apresenta-
se um pé com flexão dos dedos, flexão plantar e utilização 
dos músculos fibulares longo e curto. Deve-se realizar os 
movimentos contrários e fortalecer os músculos que faz 
esses movimentos: extensão dos dedos, fortalecer então os 
extensores dos dedos, dorsoflexão do pé responsável do 
musculo tibial anterior e fibular anterior, fortalecendo 
esses músculos portanto.” 
ENTORSE DE TORNOZELO 
Estima-se que cerca de 10.000 pessoas sofram com algum 
entorse de tornozelo a cada dia, sendo que 85% desse tipo 
de entorse ocorre lateralmente com inversão do pé ou de 
supinação provocando rotura dos ligamentos laterais dos 
tornozelo acometido. 
Os principais ligamentos acometidos são os ligamentos do 
fibulo-talar, calcâneo talar anterior e posterior ou ainda as 
fraturas de avulsionamento com traço horizontal maléolo 
fibular. Lembrando que rompimento dos ligamentos pode 
ser parcial ou total e que os ligamentos são estruturas do 
corpo responsáveis por unir um osso ao outro. 
Nos casos de entorse lateral que corresponde a maioria do 
casos de torção ligamentar, na região medial em que teve 
uma flexão ocorre preservação do ligamento deltoide e em 
casos mais raros pode ocorrer lesão do maléolo tibial ou 
maléolo medial. 
 
Lembrando que o ligamento deltoide é um forte ligamento 
que impede ocorrência de movimentos de eversão em que 
se pode ter fraturas. Estabiliza a região medial tornozelo. 
Em casos de lesão por eversão ou pronação que são muito 
mais raros os casos ocorrem lesões preferencialmente nos 
ligamentos mediais, em especial no ligamento deltoide o 
que não ocorre nos entorses laterais. Podem ocorrer ainda 
fraturas por avulsão do traço horizontal do maléolo tibial 
ou maléolo medial. 
No lado lateral quando acometido é mais grave, podendo 
ocorrer prejuízo das articulações e fraturas importantes no 
local conforme a posição da sindesmose acometida. Nos 
casos em que a fratura for supra-sindesmal a sindesmose 
estará lesada. Quando a fratura for infra-sindesmal a 
sindesmose estará íntegra. Quando a fratura for trans-
sindesmal a sindesmose pode ou não estar lesada. Para 
uma fratura supra-sindesmal com a sindesmose íntegra o 
trauma é direto sem a incidência torcional. 
 
“A sindesmose é o termo usado em anatomia para uma 
articulação composta por dois ossos ligados por uma faixa 
de tecido fibroso ou membrana. No organismo, temos 
algumas sindesmoses entre os ossos da tíbia e fíbula, por 
exemplo. Na sindesmose tibiotársica, encontramos vários 
ligamentos, que fazem essa articulação” 
O entorse como já dito consiste no rompimento parcial ou 
total dos ligamentos podendo ser classificado conforme os 
graus da lesão, sendo o grau I correspondente a quadros 
em que se tem apenas distensão ligamentar, grau II onde 
se tem ruptura parcial dos ligamentos e grau III quando se 
tem ruptura completa do ligamento. 
 
O quadro clínico de um entorse representa edema elevado 
com muita dor associada, impotência funcional e quadros 
de deformidades. Pode aparecer ainda hematomas devido 
ao sangramento e acometimento de vasos. E na maioria 
das vezes o tratamento é conservador com gelo no local e 
imobilização sendo que a maioria se resolve espontânea 
principalmente os ligamentos laterais. 
Em 10% a 30% dos pacientes apresentam sintomas crônico 
como sinovite e tendinite persistente, dor e edema, além 
de rigidez do tornozelo, fraqueza muscular, limitação dos 
movimentos e instabilidade crônica. Nesses casos pode-se 
recomendar o tratamento cirúrgico com reparto daqueles 
ligamentos laterais acometidos. No caso dos entorses por 
eversão ou pronação o deltoide se recupera bem, também 
de maneira espontânea, lesões articulares na sindesmoses 
podem ser necessários intervenção cirúrgica e colocação 
de pinos estabilizadores. 
FASCEÍTE PLANTAR 
A fasceíte plantar consiste em um processo inflamatório da 
região da aponeurose plantar, uma porção de conjuntivo 
que recobre os ossos do pé e tornozelo desde o calcâneo 
até os metatarsos. Quando um indivíduo levanta calcanhar 
para o início da marcha, o ângulo entre as diferentes parte 
do pé aumentam e a aponeurose é tracionada distalmente 
ao levantar o calcanhar. 
Durante atividades vigorosas, pode ocorrer ruptura na 
origem, que é comum à aponeurose plantar e aos flexores 
curtos dos dedos dos pés. Lesões também podem ocorrer 
durante um rápido movimento de virar-se, o que causa 
pressão marcante nos tecidos da sola do pé. 
Geralmente atletas de alto nível que apresentam cargas de 
alto peso, erro de treinamento, relevos irregulares podem 
provocar uma tensão muito grande nessa região e causar 
o rompimento do ligamento e aponeurose. Pessoas que 
são obesas por sobrecarga e impacto, idosos, pés planos e 
pés calvos por conta da distribuição desigual nos pontos de 
carga (A, B, C) e um encurtamento das cadeias musculares 
posterior. 
O diagnóstico é essencialmente clínico e leva em conta as 
particularidades dos sintomas e os fatores de risco e outros 
exames de imagem como Raio-X e USG podem ser úteis a 
fim de diagnósticos diferenciais principalmente em quadro 
de esporão de calcâneo. 
A queixa mais comum é a dor e a rigidez na parte inferior 
do calcanhar. A dor é muitas vezes matinal. O esforço físico 
durante o dia pode recorrer o desconforto. Normalmente 
este desconforto é em queimação ou facada, e pode ser 
sentido também na parte mais central da planta do pé. 
 
Lembrando que os locais mais comuns de se ter algum tipo 
de processo inflamatório é justamente a origem da fáscia 
plantar ou aponeurose, próximas ao calcâneo. Sendo por 
esse motivo que geram rigidez nessa região associada dor 
e principalmente incomodo ao realizar movimentos. 
 
O tratamento é conservador a base de analgésicos locais e 
fisioterapia com garrafas de agua, bolinhas de tênis, além 
de alongamentos com dorsoflexão do pé para fortalecer a 
região. Pode-se realizar o tratamento cirúrgico em casos 
de as medidas conservadoras não funcionarem. Sendo os 
tratamentos podendo variar de 6 a 8 semanas. 
ESPORÃO CALCÂNEO 
É um tipo de fasceíte plantar mas que se caracteriza por 
um crescimento ósseo no calcâneo, fato que não ocorria 
na fasceíte plantar. O esporão, que é o osso formado, não 
ocorre na fáscia plantar, mas sim no musculo flexor curto 
dos dedos, adjacente a fáscia. 
Apenas 50% das pessoas com fasceíte plantar tem esporão 
e 10% das pessoas sem doresna região calcâneo também 
tem esporão, assim via de regra, não há indicação cirúrgica 
para ressecção do esporão. 
O esporão do calcâneo é um resultado do crescimento 
anormal de um pequeno segmento do osso do calcanhar, 
que se forma na parte de baixo ou na região posterior 
desse osso, próximo à inserção do tendão de Aquiles. Essa 
projeção óssea anômala é causada por microtraumatismos 
que ocorrem por encurtamento da fáscia plantar ou dos 
tendões, uma vez que essas estruturas passam a exercer 
tração excessiva e permanente sobre o periósteo 
(membrana resistente que recobre a face externa dos 
ossos) do calcanhar, por longos períodos. 
Quando os sintomas se manifestam, a principal queixa 
costuma ser dor forte na região do calcanhar, que alivia 
com repouso e intensifica sob esforço. É comum que surja 
depois de um período de descanso, assim que a pessoa se 
levanta e apoia o peso do corpo sobre o pé afetado ou, 
então, depois de ficar em pé, imóvel, por muito tempo, ou 
após realizar atividades físicas intensas. Nessas situações, 
a dor chega a ser tão forte que a pessoa não consegue ficar 
em pé e caminhar. 
O esporão do calcâneo pode, ainda, estar associado à dor 
aguda e penetrante como a de uma facada, quando o 
centro do calcanhar é pressionado. Importante registrar 
que, nesses casos, o esporão não é a causa da dor nos 
pés. Ela é provocada pela inflamação crônica que se 
instalou nos tecidos ao redor da lesão óssea. 
O diagnóstico diferencial em relação a fasceíte plantar se 
dá pelo Raio-X já que muitas das vezes pode-se ter esses 
sintomas muito semelhantes em ambos os casos, já que 
o esporão não deixa de ser uma fasceíte com inflamação 
da fáscia plantar e crescimento de um osso próximo ao 
tendão de Aquiles no musculo flexor curto dos dedos. 
 
“A fascite plantar e o esporão de calcâneo são dois 
problemas distintos, mas que, por muitas vezes, são 
confundidos entre si. Isso geralmente ocorre porque as 
regiões de sintomatologias são bastante semelhantes e 
suas causas podem ser as mesmas. Apesar de ambas as 
patologias tirarem o sono de muita gente, elas não são 
exatamente a mesma coisa. 
A principal diferença é que a fascite plantar afeta o tecido 
fibroso, enquanto o esporão é um pequeno crescimento 
ósseo. Por isso, é essencial um diagnóstico correto, pois, 
dessa forma, o tratamento será muito mais eficaz, 
evitando transtornos futuros e aumentando a qualidade 
de vida dos pacientes. 
Essencialmente, a fascite plantar é a inflamação de um 
tecido fibroso chamado fáscia plantar, que recobre a 
musculatura dos pés e se estende do calcanhar até a 
ponta dos dedos do pé. Alguns de seus principais 
sintomas envolvem dores na sola do pé e calcanhar, que 
costumam ser mais intensas assim que os primeiros 
passos do dia são dados ou em situações como subir 
escadas, após a prática de atividades físicas intensas e 
após permanecer em pé por longos períodos. Além disso, 
inchaço e sensação de queimação são comuns. 
 
Já o esporão de calcâneo é um pequeno crescimento ósseo, 
em forma de espícula, que se desenvolve no osso calcâneo 
(osso do calcanhar), no local onde a fáscia se prende. Em 
relação aos sintomas, o esporão pode causar dor bem 
localizada no calcanhar, que geralmente vem 
acompanhada de dor no arco plantar e rigidez na 
musculatura da panturrilha. 
Vale ressaltar que a presença do esporão não significa, 
necessariamente, que haverá sintomas de dor. Mas, há 
casos onde o esporão pode causar uma inflamação nos 
tecidos adjacentes, ocasionando fortes dores.” 
O tratamento são os mesmos da fasceíte plantar, com uma 
fisioterapia e tratamento conservador. Lembrando que é 
importante o uso de palmilhas ou chinelos ortopédicos 
que atuam prevenindo e melhorando os resultados nesses 
casos, ambos. 
BURSITE DE TORNOZELO E PÉ 
As bursites são inflamações das bursas ou bolsas que são 
as estruturas cheias de liquido que protegem e evitam com 
que os tendões e músculos ficam raspando nos ossos a fim 
de não desgastarem essas estruturas. 
As principais bolsas nas regiões de tornozelo e pé são que 
se localizam na região do calcâneo, englobando o tendão 
mais famoso do pé que é o tendão de Aquiles do calcâneo 
e da própria pele. E outra bolsa importante é a do Hálux ou 
do dedão que protege essa região óssea, além da bolsa do 
maléolo medial ou tibial e do maléolo lateral. 
As principais bursites de tornozelo e pé encontram-se nas 
regiões do Tendão de Aquiles, causando dor na região do 
calcanhar, mais para cima, diferentemente da fasceíte ou 
do esporão e a bursite de Hálux que se apresenta como as 
saliências das regiões mediais do Hálux como se fossem os 
processos inflamatórios. 
 
 
TENDINITE DOS FIBULARES 
A tendinite ou tenossinovite dos fibulares é um processo 
inflamatório que acomete os tendões e as bainhas devido 
a pequenos traumas por meio de movimentos repetitivos 
entorses ou alterações anatômicas locais que causam essa 
lesão no tecido tendíneo. 
A etiologia pode ser inflamatórias, roturas parciais ou em 
casos mais graves roturas totais dos tendões fibulares que 
ligam os músculos fibulares longo e curto aos ossos. Essas 
lesões inflamatórias são decorrentes de alterações locais 
anatômicas, traumas de repetição ou torções de tornozelo 
que podem levar ao comprometimento tendíneo. Se caso 
essa resposta inflamatória não ser tratada, pode evoluir 
para rotura parcial ou até total dos tendões. 
O quadro clínico é de um relato de dor na região lateral do 
tornozelo e instabilidade, dor ou desconforto concentrado 
ao longo do trajeto dos fibulares é referido na palpação 
retro maleolar (maléolo lateral) e, piora com dorsoflexão 
passiva e eversão resistida do retropé. A dor também pode 
ser relatada durante o alongamento passivo desses 
tendões, flexão plantar resistida e eversão do primeiro 
raio. Edema localizado doloroso de longa duração (mais do 
que três meses) pode ser encontrado nas tendinopatias. A 
tendinopatia dos fibulares pode ser acompanhada de 
crepitação dos tendões e de inversão involuntária do pé 
durante caminhada, principalmente em solo rígido. 
O diagnóstico de uma tendinopatia pode ser demonstrada 
por ressonância magnética ou ultrassonografia, além claro 
do diagnóstico clínico. No entanto, os exames de imagem 
são fundamentais para que se possa ser visualizado quais 
estruturas foram acometidas, como por exemplo em casos 
de entorse pode acometer o ligamento fibulo-talar, ou os 
calcâneo-talar anterior e posterior. 
 
O tratamento é conservador com medicação analgésica e 
anti-inflamatória, assim como fisioterapia, repouso e gelo 
em casos de lesões agudas ou entorses. O tratamento tipo 
cirúrgico ocorre em situação de ausência de melhora ao se 
fazer o tratamento conservador. 
SÍNDROME DE TÚNEL DO TARSO 
A síndrome do túnel do tarso é semelhante a Síndrome da 
Túnel do Carpo em que ocorre compressão nervosa, nesse 
caso, do nervo tibial que liga o calcanhar a sola do pé em 
que se tem dor nos tornozelos, pés e algumas vezes, dos 
dedos. 
As causas de compressão podem ser inúmeras, tanto causa 
extrínseca como lesões por esmagamento, fraturas, lesões 
por estiramento e luxações. Assim como causas intrínsecas 
como tumores, proeminências ósseas, gânglios linfáticos e 
vasos sanguíneos anormais como varizes. Casos de pés de 
pronação exagerada durante corrida ou caminhada podem 
vir a distribuir carga maior nesse nervo, levando então aos 
compressão. 
Por ser uma neuropatia, espera-se sintomas relacionados 
aos nervos, sejam eles positivos ou negativos: além de ter 
dor localizada na região medial do tornozelo e pé pode-se 
ter alteração de sensibilidade local com formigamentos, a 
redução de sensibilidade ao toque leve e temperatura, os 
distúrbios motores com atrofia da musculatura do pé e as 
anormalidades de caminhada com hiperpronação a fim de 
aliviar as dores podem aparecer.Lembrando que as dores 
podem ser confundidas com fasceíte plantar. 
O diagnóstico é feito clinicamente por meio de testes que 
venham a testar a funcionalidade dos nervos: 
1. TESTE DE TINEL: ao realizar a batida no maléolo medial 
do paciente, este sentirá formigamento ou choque dentro 
das regiões plantares, calcanhar e dáctilos. 
2. TESTE DORSIFLEXÃO-EVERSÃO; 
3. TESTE DE TENSÃO NEURAL (NERVO TIBIAL): extensão 
do nervo ou estiramento realizando dorsoflexão e eversão 
a fim de esticar o nervo e perceber se o paciente sente dor 
ou não quando tensionado o nervo tibial no caso. 
 
 
Ao estimular o nervo tibial com movimentos de eversão e 
dorsoflexão do pé o paciente apresentará os sintomas de 
dores ou choques nas regiões dos dermátomos que são os 
correspondentes aquele nervo tibial como mostrado nessa 
imagem acima. Pode-se realizar ainda eletromiografia do 
nervo tibial para diagnóstico mais preciso, mas não sendo 
sempre disponível. 
O tratamento conservador, que é o mais usado, consiste 
em medicação analgésica e anti-inflamatória, além de se 
fazer infiltração com cortisona que melhora a inflamação 
local, repouso, palmilhas ortopédicas para corrigir casos de 
pronação e fisioterapia. 
Observa-se que ao realizar nesses casos a pronação do pé, 
obrigatoriamente se faz também a eversão e dorsoflexão, 
provocando um tensionamento do nervo tibial, piorando o 
quadro. 
 
E o tratamento cirúrgico é feito para uma maior liberação 
do ligamento “Retináculo dos Flexores”, que é a cobertura 
do túnel do tarso, e exploração do túnel com a 
descompressão do Nervo Tibial. Em casos de se ter massas 
compressivas dentro do canal, estas devem ser removidas 
e os fatores causais tratados. 
DEFORMIDADE DE HANGLUNG 
É a deformidade característica em mulheres que utilizam 
saltos por elevados períodos de tempo ou sapatos que são 
muito apertados, principalmente no calcanhar. Uma carga 
excessiva de peso nesses locais faz com que surja alteração 
do osso e tecidos no pé. 
Uma proeminência óssea na parte superior do calcanhar 
(Tuberosidade Posterior do Calcâneo) que leva ao 
desenvolvimento de uma inflamação nos tecidos à sua 
volta, entre o calcanhar e o tendão de Aquiles, podendo 
causar bursite retrocalcânea. A deformidade de Hanglung 
é semelhante ao esporão calcâneo, sendo que uma ocorre 
na porção abaixo do calcâneo e outra na tuberosidade. 
 
O diagnóstico é feito por meio do quadro clínico em que se 
observa uma proeminência no calcanhar superior próximo 
ao tendão de Aquiles e por meio do Raio-X que mostrará a 
proeminência óssea. 
O tratamento conservador consiste no uso de analgésicos 
e anti-inflamatórios, infiltração de cortisona para aliviar os 
processos inflamatórios, repouso, palmilhas ortopédicas e 
fisioterapia. Nesses casos, o tratamento cirúrgico é o mais 
indicado a partir de duas técnicas: bursectomia e ressecção 
da porção superior da tuberosidade posterior do calcâneo 
onde teve a proeminência óssea. 
 
NEUROMA DE NORTON 
O neuroma de Morton é uma doença que afeta os pés 
causando dor, sensibilidade e incômodo no local. Também 
conhecido como síndrome de Morton ou metatarsalgia de 
Morton. No neuroma de Morton, o paciente sofre um 
espessamento no tecido ao redor dos nervos dos pés, 
localizados no 3º e 4º metatarsos. 
Sapatos apertados e salto alto são fatores etiológicos 
mecânicos que causam. O neuroma é um nódulo benigno 
com a compressão nos nervos plantar medial e plantar 
lateral. 
O diagnóstico é feito por meio do Exame de ressonância 
nuclear magnética do antepé, que demonstra através de 
cortes axiais a de presença do neuroma. Imagem de 
ressonância magnética no corte axial, demonstrando, 
delimitado pelo círculo branco, neuroma interdigital no 3º 
espaço 
O quadro clínico é fortes dores na região dos metatarsos 
(ponta do pé) e pode ainda proporcionar formigamento e 
choque nos pés e nos dedos, devido a hiperpressão na 
região. 
O tratamento conservador inclui analgésicos, repouso, as 
palmilhas ortopédicas e fisioterapia. Enquanto o cirúrgico 
inclui procedimento para retirada do neuroma que está 
comprimindo os nervos. 
 
FRATURAS 
O osso do Tarso é frequentemente fraturado, sendo que 
75% das fraturas são articulares e acometem também as 
articulações. Geralmente as maiores causas são quedas de 
alturas muito elevadas, acidente de transito e trauma na 
região axial. 
O traço de fratura divide osso em 2 fragmentos principais: 
posterior-lateral e anterior-lateral e também anterior-
medial. Frequentemente pode ocorrer até 5 fragmentos 
até cominação total do osso. 
Quadro Clínico: 
- Dor 
- Calor 
- Rubor 
- Edema e Flictenas 
- Perda da Função 
 Complicações: 
- Síndrome Compartimental (10%) 
- Lesão do N. Tibial Posterior 
- Atrofia muscular 
- Osteíte 
- Distrofia Simpática Reflexa (DSR) 
 
O tratamento é bastante controverso com classificação 
inconsistente, múltiplos protocolos, falta de uniformidade 
na avaliação. Fraturas do tipo extra-articulares: possui 
melhor prognóstico em que se realiza uma avulsão da 
tuberosidade posterior com uma fixação com parafusos 
esponjosos e gesso. Já o tratamento do conservador com 
gesso por 3-4 semanas.

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