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MICOSES SUPERFICIAIS

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MICOSES SUPERFICIAIS (CERATOFITOSES) 
MICOSES SUPERFICIAIS 
As micoses são doenças provocadas pelos fungos quando 
acometem a pele do indivíduo. Essas doenças podem ainda 
serem subdividas em grandes grupos conforme o as camadas 
que eles atingem dentro da pele. Ou seja, existem aqueles que 
são mais superficiais e acometem apenas regiões superficiais 
sem adentrar nos tecidos cutâneos propriamente dito como a 
epiderme, derme e hipoderme. Esses fungos são não causam 
nenhum tipo de inflamação, provocam apenas alterações na 
coloração da pele, seja de hipercromica ou de hipocromica. 
Assim sendo, os fungos que residem apenas nas camadas mais 
superficiais são causadores das micoses superficiais ou ainda 
denominadas de ceratofitoses. O termo ceratofitoses provem 
da junção de palavras “cerato = camada córnea” e fitoses que 
significa planta ou vegetal associada a morfologia dos fungos 
em questão. Lembrando que a camada córnea é a camada do 
mais superficial da epiderme, provocando lesões que não tem 
um caráter além de estético com mudança de cor, não tendo 
a presença de prurido, dor ou sinais inflamatórios. 
PITIRÍASE VERSICOLOR 
O termo pitiríase está relacionado com a presença de eritema 
e principalmente de descamação da pele, enquanto o termo 
versicolor indica que essa doença pode se apresentar variadas 
cores, sendo alterações hipercrômicas, hipocrômicas ou ainda 
eritematosas. Também denominada de pano branco. 
O fungo causador dessa doença é a Malassezia furfur que é 
um fungo com afinidade por regiões gordurosas ou peles mais 
oleosas. Dessa maneira afeta principalmente couro cabeludo, 
face e tronco superior conhecidas como regiões sebáceas do 
corpo. Lembrando que esse fungo vive no folículo piloso dos 
seres humanos e migram para a camada córnea devido casos 
de imunossupressão. 
As lesões provocadas são máculas ou manchas dependendo 
do tamanho, que podem ser hipocromicas, hipercrômicas ou 
eritematosas. Essas pequenas lesões começam a aparecer até 
que começam a se juntar e podem formar até grandes lesões 
ou manchas com sinais de descamação da pele, por isso que 
é denominado de manchas furfurácea. Lembrando que não 
possui nenhuma grande outra comorbidades ao paciente ao 
não ser as alterações de cor. 
Existem dois sinais específicos que podem ser realizados para 
identificar a descamação (daí o nome de pitiríase) como o ato 
de esticar a pele, chamado de Sinal de Zileri ou o ato de coçar 
as lesões com a unha chamado de Sinal de Besnier. 
Um dos diagnósticos diferenciais da pitiríase versicolor para a 
hanseníase é justamente a perda de sensibilidade na lesão na 
segunda, enquanto a primeira não possui nenhuma alteração. 
O diagnóstico é essencialmente clinico, mas se necessário as 
vezes pode-se realizar exames laboratoriais como a micologia 
direta ou Luz de Wood para determinar presença do fungo na 
pele. No entanto, as lesões são bastantes características e não 
é necessário maiores investigações. 
O tratamento é tópico, já que o fungo não ultrapassa a região 
da córnea da epiderme, não provocando inflamação ou algum 
processo inflamatório, não necessitando de uso sistêmico das 
drogas. As principais escolhas são o sulfeto de selênio e ainda 
os famosos “conazóis” como Tioconazol 1%, Cetoconazol 2% 
e o Isoconazol 1% que se encontram em pomadas, loções e 
shampoos que auxiliam no tratamento, sem necessidade de 
comprimido na forma oral. 
 
TÍNEA NEGRA 
É outra micose superficial, que assim como pitiríase versicolor 
acomete a camada córnea da epiderme. Como o nome já diz 
provoca manchas negras ou hipercrômicas na pele, especial 
nas palmas das mãos, podendo acometer os dedos e também 
regiões plantares. Phaeoannellomyces werneckii 
Não apresenta nenhum outro tipo de sintoma, assintomática 
como todas as ceratofitoses. O diagnóstico é feito por meio 
da microscopia direta com raspagem para identificar o fungo 
e o tratamento é tópico com uso de agentes ceratolíticos em 
que se tem o ácido salicílico 0,1% na forma de creme. 
 
 
PIEDRA NEGRA E PIEDRA BRANCA 
Ambas as doenças são causadas por fungos ao contaminarem 
a haste dos peles, no entanto apresentam diferenças entre si 
e que são importantes de serem evidenciadas. 
A Piedra Negra é causada pelo fungo Piedraia hortai que é um 
fungo que contamina exclusivamente os cabelos, formando os 
nódulos característicos da doença ao longo das hifas cabelos 
do paciente. O diagnóstico é feito a partir da microscopia dos 
pelos infectados e o tratamento consiste em retirada cabelos 
acometidos e uso de antimicóticos como Isoconazol tópico. 
Já a Piedra Branca é mais comumente encontrada, o causador 
da doença é o fungo Trichosporum beigel que acomete áreas 
como o couro cabeludo, barbas e pelos genitais. Os nódulos 
são esbranquiçados e facilmente removidos com os dedos, o 
diagnóstico continua sendo a microscopia e o tratamento é 
realizado a retirada dos pelos acometidos, associado ao uso 
de antimicóticos tópicos, ácido salicílico e ácido benzoico e a 
boa higiene é fundamental para evitar proliferação do fungo 
e novos episódios recorrentes.

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