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Doenças Relacionadas com o Trabalho Rural - Agrotóxicos

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AIS IV - Atenção Integral à Saúde
Doenças Relacionadas com o
Trabalho Rural:
Contexto:
Condições de risco que envolvem o trabalho rural:
Ciclos de trabalho:
- Preparar a terra
• Preparo do solo para o plantio (limpeza da
área/remoção da vegetação nativa);
• Preparação das sementes, plantio, (manual ou
mecanizado);
• Controle de ervas e pragas, poda e capinagem; e se
estendem até após as operações de colheita (manual
ou mecanizada), transporte, acondicionamento e
armazenagem.
→ Concomitantemente podem ser executadas
operações de irrigação e drenagem, construção e
manutenção de estradas, cercas e estábulos.
Contexto do trabalho rural:
• Habitação: casas construídas com poucos recursos
• Nutrição muitas vezes precária
• Água: insegurança relacionada à qualidade da
água
• Instalações Sanitárias e esgotos ineficientes
• Acesso precário à educação e educação deficiente
• Comunicação e transporte deficientes
AIS IV - Atenção Integral à Saúde
Exposição a riscos:
• Físicos: calor, frio, umidade, vibração, ruído,radiação
UVA e UVB
• Ergonômicos: posturas extremas por longos
períodos, repetitividade, esforço físico excessivo.
• Biológicos: fungos, parasitos, bactérias, toxinas.
• Químicos: agrotóxicos
• Acidentes: com animais peçonhentos, choques
elétricos, colisões com motocicletas, ônibus ou
caminhões de transportes e tratores.
AGROTÓXICOS:
Os agrotóxicos são produtos químicos sintéticos
usados para matar insetos ou plantas no ambiente
rural e urbano.
Classificação toxicológica dos agrotóxicos em função
da DL50:
Venda e consumo:
• No Brasil, a venda de agrotóxicos saltou de US$ 2
bilhões para mais de US$7 bilhões entre 2001 e 2008,
alcançando valores recordes de US$ 8,5 bilhões em
2011 .
• Assim, já em 2009, o Brasil alcançou a posição de
maior consumidor mundial de agrotóxicos
• Consumo médio de 5,2 kg de veneno agrícola por
habitante/ano.
• No ano de 2011, a Bahia ocupou o 7º lugar em
consumo de agrotóxicos no país.
• No Brasil, as culturas que mais utilizaram
agrotóxicos, nesse mesmo ano, foram: soja, algodão,
milho e café, com uma área de plantio de safra de
1.833.115 ha.
Destinação:
• O agrotóxico visa alterar a composição da flora ou
da fauna, a fim de preservá-las da ação “danosa” de
seres vivos considerados “nocivos”.
• Também são considerados agrotóxicos as
substâncias e produtos empregados como
desfolhantes, dessecantes, estimuladores e
inibidores de crescimento.
• Os agrotóxicos possuem uma ampla cobertura legal
no Brasil, com um grande número de normas legais.
• O referencial legal mais importante é a Lei nº
7802/89, que rege o processo de registro de um
produto agrotóxico, regulamentada pelo Decreto nº
4074/02.
Registro:
• Os agrotóxicos, para serem produzidos, exportados,
importados, comercializados e utilizados devem ser
previamente registrados em órgão federal, de acordo
com as diretrizes e exigências dos órgãos federais
responsáveis pelos setores da saúde, do meio
ambiente e da agricultura.
• O Ibama realiza a avaliação do potencial de
periculosidade ambiental de todos os agrotóxicos
registrados no Brasil.
AIS IV - Atenção Integral à Saúde
Segundo a Lei 7.802/89, artigo 3º, parágrafo 6º, no
Brasil, é proibido o registro de agrotóxicos:
a) Para os quais o Brasil não disponha de métodos
para desativação de seus componentes,
b) para os quais não haja antídoto ou tratamento
eficaz no Brasil;
c) que revelem características teratogênicas,
carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os
resultados atualizados de experiências da
comunidade científica;
d) que provoquem distúrbios hormonais, danos ao
aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e
experiências atualizadas na comunidade científica;
e) que se revelem mais perigosos para o homem do
que os testes de laboratório, com animais, tenham
podido demonstrar, segundo critérios técnicos e
científicos atualizados;
f) cujas características causem danos ao meio
ambiente.
● A entrada dos agrotóxicos em território
nacional aumentou 236%, entre 2000 e 2007.
● Em 2008, o Brasil passou a ocupar o primeiro
lugar em consumo de agrotóxicos no mundo,
o que configura um modelo agrícola baseado
no uso intensivo desses produtos.
● Segundo a Organização das Nações Unidas
(ONU), o Brasil é o principal destino dos
agrotóxicos proibidos em outros países
(FERNANDES, 2011).
Organofosforados:
Ex: malation, azinfós, foldrin
• Compostos orgânicos derivados do ácido fosfórico,
ác. tiofosfórico e do ác. ditiofosfórico.
• Absorvidos pela via oral, respiratória e dérmica
• Atuam como inibidores da enzima colinesterase,
impedindo a ação destas sobre a acetilcolina
Sintomas: cefaleia, visão borrada, náuseas, vômitos,
tonturas, sudorese, fraqueza muscular, tremores,
paralisia de membros (temporária), dentre outros.
- Inibidores de Colinesterases:
MECANISMO DE AÇÃO:
Inseticidas Organofosforados e Carbamatos →
Inibição da Colinesterase
ACÚMULO DE ACETILCOLINA (Síndrome Colinérgica)
Muscarínicos / Nicotínicos / S.N.C.
Carbamatos
Ex: Carbofuran=Furadan; Propoxur =Baygon
• Derivados do ác. carbâmico
• Absorção oral, respiratória e dérmica
• Uso doméstico: toxicidade mais baixa
Sinais e sintomas: os mesmos que os
organofosforados.
Rodenticidas Raticidas:
Ex: Chumbinho, Warfarin, Racumin
• Derivados da hidroxicumarina e da idantiona
• Absorção por via oral
Ação: inibem a formação da protrombina e lesam a
parede dos capilares sanguíneos
• São cumulativos, levam a envenenamento grave,
após 3 a 12 dias de consumo com morte por
hemorragia interna.
AIS IV - Atenção Integral à Saúde
Epidemiologia das intoxicações
por agrotóxicos no Brasil:
Frequência de Intoxicações na Bahia notificadas no
SINAN, 2021:
Formas de Intoxicação:
Aguda - Rápido aparecimento dos sintomas,
exposição única ou por curto período a produto
extremamente ou altamente tóxico. Pode ser
acidental, ocupacional ou intencional.
Sub-aguda - Surgimento lento dos sintomas. Decorre
de exposições intermitentes ou continuadas, horas
por dia ou por período longo a substâncias altamente
ou medianamente tóxicas - sintomas são vagos e
subjetivos tais como cefaléia, fraqueza, mal estar, dor
abdominal e sonolência – geralmente são
intoxicações ocupacionais.
Crônica - Surgimento tardio de sintomas, decorrentes
de exposição ao longo de meses ou anos a produtos
medianamente ou pouco tóxicos, ou a múltiplos
produtos.
Ocasionam danos irreversíveis, tais como lesões
hepáticas, renais, neuropatias e neoplasias.
Geralmente intoxicações ocupacionais ou
ambientais.
DIAGNÓSTICO DE INTOXICAÇÃO:
Existem em geral 3 hipóteses:
• Exposição a um veneno conhecido;
• Exposição a uma substância desconhecida que
pode ser veneno;
• Agravo de etiologia desconhecida, em que o
envenenamento deve ser considerado para o
diagnóstico diferencial.
CARACTERIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO TÓXICA:
→ ANAMNESE & EXAME FÍSICO
• Nome do produto x composição ?
• Produtos Clandestinos ? Drogas ?
• Uso: Doméstico ? Agrícola ?
• Origem: Acidental ? T. suicídio ? T. homicídio?
• Apresentação ?
• Quantidade ?
• Via de exposição ?
• Duração da exposição ?
• Tempo decorrido ?
• Sintomas x Síndromes Tóxicas ?
Epidemiologia:
• Em 2012, foram registrados 2.943 casos de
intoxicações por agrotóxicos de uso agrícola, pelo
Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(Sinan), no Brasil.
AIS IV - Atenção Integral à Saúde
• Na Bahia foram registrados 125 casos, em 2012
DIVAST, SESAB, SUVISA
Grupos de maior risco de intoxicação:
• Aplicadores
• Preparadores de caldas
• Responsáveis por depósitos
• Trabalhadores que têm contato indireto com os
venenos ao realizar capinas, roçadas e colheitas.
*Este último grupo é, na verdade, o de maior risco,
uma vez que o intervalo de reentrada nas lavouras
não costuma ser respeitado e estes trabalhadores
não usam proteção. Londres, F (2011)
Grupo de Alto Risco:
➢ Crianças menores de 5 anos
➢ Idosos
➢ Alguns grupos de trabalhadores
➢ Deficientes e doentes mentais
➢ Analfabetos
➢ Portadores de doenças agudas ou crônicas
➢ Animais
TRATAMENTO DAS INTOXICAÇÕES:
• Observaçãoclínica apenas, conforme o risco
• Técnicas para diminuir a absorção
• Técnicas para aumentar a eliminação
• Tratamento de suporte
• Tratamento sintomático
• Antídotos
- TEMPO = + EFICÁCIA
Grupos de maior risco de intoxicação:
• Moradores de regiões de predomínio do
agronegócio
• Moradores de regiões onde se costuma realizar
aplicação aérea de venenos.
• Outros estudos indicam também que águas
subterrâneas estão sendo contaminadas, colocando
em risco a saúde de populações.
*Há estudos que indicam que, nestes casos, muitas
vezes apenas 30% do veneno atingem o alvo (Chaim,
2003).
Tipos de intoxicação:
Intoxicação aguda:
- Sintomas surgem rapidamente, algumas horas após
a exposição ao veneno. Normalmente trata-se de
exposição, por curto período, a doses elevadas de
produtos muito tóxicos
Os efeitos podem incluir:
• dores de cabeça,
• náuseas, vômitos
• dificuldades respiratórias
• fraqueza
• salivação
• cólicas abdominais
• tremores
• confusão mental
• convulsões
*A intoxicação aguda pode ocorrer de forma leve,
moderada ou grave, dependendo da quantidade de
veneno absorvida. Em muitos casos pode levar à
morte.
AIS IV - Atenção Integral à Saúde
Intoxicação crônica:
Os efeitos aparecem apenas após meses ou anos da
exposição pequena ou moderada a um ou vários
produtos tóxicos.
Os sintomas são normalmente subjetivos e podem
incluir:
– Perda de peso
– Fraqueza muscular
– Depressão
– Irritabilidade
– Insônia
– Anemia
– Dermatites
– Alterações hormonais
– Problemas imunológicos, efeitos na reprodução
(infertilidade, malformações congênitas, abortos)
– Doenças do fígado e dos rins, doenças
respiratórias
– Efeitos no desenvolvimento da criança
* Normalmente o diagnóstico da intoxicação crônica é
difícil de ser estabelecido. Os danos muitas vezes são
irreversíveis, incluindo paralisias e vários tipos de
câncer
Exposição múltipla a vários agrotóxicos diferentes:
Um problema muito frequente é a exposição de
agricultores a vários agrotóxicos, de grupos químicos
diferentes, e também a misturas de agrotóxicos.
- A toxicidade das misturas não é equivalente
à soma das atividades tóxicas de cada
produto. Os produtos podem interagir entre si
e produzir efeitos adversos diferentes e por
vezes mais graves.
Existe atualmente uma preocupação especial com
relação a “misturas involuntárias” entre produtos.
- Alguns venenos podem persistir no meio
ambiente por longos períodos. O agricultor
pode, no campo, ficar exposto a diferentes
produtos que tenham sido aplicados em
ocasiões distintas.
Principais dificuldades para o diagnóstico:
• Desinformação dos trabalhadores sobre o uso e os
perigos dos agrotóxicos.
• O medo do trabalhador em reconhecer em si
sintomas de intoxicação.
• Muitos não procuram assistência médica quando
sofrem os efeitos da intoxicação
• Para os casos agudos, um elemento a dificultar o
diagnóstico nas emergências dos hospitais ou postos
de saúde é o fato de os sintomas da intoxicação
serem normalmente inespecíficos: dores de cabeça,
dores abdominais, enjôos, vômitos, dermatites
(irritações de pele)...
• Interferência de empresas agrícolas para ocultar a
existência de intoxicações.
O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE COM
AGROTÓXICO (INTOXICAÇÃO AGUDA)
— Ler e seguir as instruções do rótulo, bula ou folheto
explicativo;
— Remover o acidentado para local limpo e arejado,
protegendo-o do calor e do frio;
— Lavar as partes do corpo atingidas pelo produto
com muita água e sabão;
— Retirar vestimentas contaminadas com o produto;
— Caso precise manusear objetos e roupas
contaminadas, a pessoa do acidentado deve-se usar
luvas;
— Manter o paciente calmo e confortável;
— Nunca dar leite ou medicamento sem a devida
orientação;
— Nunca provocar vômito sem antes verificar se tal
procedimento é recomendado para o produto
utilizado;
— Não provocar vômito e nem dar nada por via oral a
uma pessoa inconsciente;
— Antídotos só devem ser ministrados por pessoas
qualificadas;
AIS IV - Atenção Integral à Saúde
— Procurar assessoria do Centro Antiveneno da Bahia
- 0800 284 4343.
— Providenciar atendimento médico imediato levando
a embalagem, rótulo, bula, folheto explicativo do
produto ou a receita agronômica;
— Providenciar o preenchimento da Comunicação de
Acidente de Trabalho (CAT) para assegurar cobertura
previdenciária
Entraves:
• O Brasil ainda realiza pulverizações aéreas de
agrotóxicos
• A isenção de impostos que o país continua a
conceder à indústria produtora de agrotóxicos, um
grande incentivo ao seu fortalecimento, que vai na
contramão das medidas protetoras aqui
recomendadas.
• O Brasil permiti o uso de agrotóxicos já proibidos em
outros países.
IARC
Grupo 1 - O agente é carcinogênico a humanos.
Quando há evidências suficientes de que o agente é
carcinogênico para humanos;
Grupo 2A - O agente provavelmente é carcinogênico a
humanos.
Quando existem evidências suficientes de que o
agente é carcinogênico para animais e evidências
limitadas ou insuficientes de que ele é carcinogênico
para humanos;
Grupo 2B - O agente é possivelmente carcinogênico a
humanos.
Quando existem evidências limitadas de que o
agente é carcinogênico para humanos e evidências
insuficientes de que ele é carcinogênico para
animais ou quando não há evidências suficientes em
ambos os casos, mas há dados relevantes de que ele
possa ser carcinogênico;
Grupo 3 - O agente não é classificado como
carcinogênico a humanos.
Quando as evidências não são adequadas para
afirmar que aquele agente é carcinogênico a
humanos e animais ou quando o agente não se
encaixa em nenhum outro grupo;
Grupo 4 - O agente provavelmente não é
carcinogênico.
Quando faltam evidências de que o agente é
carcinogênico em humanos ou animais.
ALERTA:
• Em março de 2015 o IARC publicou a Monografia
volume 112, na qual, após a avaliação da
carcinogenicidade de cinco ingredientes ativos de
agrotóxicos por uma equipe de pesquisadores de 11
países, incluindo o Brasil, classificou o herbicida
glifosato e os inseticidas malationa e diazinona como
Grupo 2A
• E os inseticidas tetraclorvinfós e parationa como
possíveis agentes carcinogênicos para humanos
(Grupo 2B)
*Destaca-se que a malationa e a diazinona e o
glifosato são autorizados e amplamente usados no
Brasil, como inseticidas em campanhas de saúde
pública para o controle de vetores e na agricultura,
respectivamente.
A vigilância dos ambientes e processos de trabalho
agrícola pressupõe:
• A identificação dos fatores e situações de risco
potencial à saúde dos trabalhadores;
• O conhecimento sobre a morbidade e a mortalidade
associada ao processo de trabalho;
• A necessidade de intervenção sobre os riscos e os
determinantes dos agravos à saúde dos
trabalhadores;
• O cumprimento da legislação e das normas técnicas
nacionais e internacionais;
AIS IV - Atenção Integral à Saúde
• A orientação aos empregadores para adoção de
boas práticas relacionadas à proteção e promoção
da saúde do trabalhador.
SISTEMAS DE NOTIFICAÇÃO E REGISTRO DE
INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS:
• SINITOX
• SINAN
• NOTIVISA
SINAN:
O SINAN e as doenças e agravos relacionados Ao
Trabalho:
→ Em 2004, o Ministério da Saúde publicou a
Portaria 777, que incluiu as intoxicações por
agrotóxicos na Lista de Notificação Compulsória
(LNC). Atualmente a Portaria 1271 GM/MS ratifica as
determinações da primeira.
• Intoxicações exógenas
• Intoxicações exógenas ocupacionais
• tabnet
O que observar na bula?
• O alvo biológico do produto, ou seja, o inseto, planta,
fungo ou outro organismo que o veneno vise
controlar;
• O Intervalo de Segurança:tempo que deve
transcorrer entre a aplicação do agrotóxico e a
colheita, uso ou consumo do produto agrícola, e o
Intervalo de Reentrada de Pessoas nas Culturas e
Áreas Tratadas;
*Em caso de necessidade de reentrada, é
recomendado o uso do Equipamento de Proteção
Individual).
→ Efeitos agudos e crônicos em animais em testes
de laboratório com o produto.
Movimentos e ações de enfrentamento aos
agrotóxicos:
• Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela
Vida
• Fórum Estadual de Combate aos Impactosdos
Agrotóxicos do Estado do Rio de Janeiro
• Dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva
(Abrasco) “Um alerta sobre os impactos dos
agrotóxicos na saúde”
• Mesa de Controvérsias sobre Agrotóxicos do
Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional – Consea
• “O Veneno Está na Mesa 1 e 2”, de Silvio Tendler.
• O INCA junto com outros setores do Ministério da
Saúde incluiu o tema “agrotóxicos” no Plano de Ações
Estratégicas de Enfrentamento das Doenças Crônicas
NãoTransmissíveis no Brasil (2011-2022)
Medidas de proteção e prevenção:
1 - Adotar medidas de controle de caráter operacional
de forma a reduzir a exposição dos trabalhadores,
considerando: a observância à direção do vento,
concentração adequada dos produtos a serem
aplicados e horário adequado de aplicação;
2 - Devem ser utilizadas prioritariamente máquinas a
motor com cabinas fechadas que possuam filtros de
ar para evitar a dispersão das partículas em
suspensão no ar, nos trabalhos realizados no campo;
3 - Dar conhecimento aos trabalhadores sobre os
fatores e situações de risco a que possam estar
expostos no desenvolvimento das suas atividades, e
as medidas de prevenção e proteção coletivas e
individuais adotadas;
4 - Realizar, periodicamente, a avaliação clínica e
monitoramento biológico dos trabalhadores com
atenção especial para investigação de queixas e
sinais clínicos relacionados aos efeitos de
agrotóxicos;
AIS IV - Atenção Integral à Saúde
5 - Realizar manutenção periódica, de forma
preventiva e corretiva, nas válvulas dos aplicadores
costais de forma a evitar vazamentos, bem como nos
demais equipamentos utilizados;
6 - Substituir os agrotóxicos e insumos por outros
produtos de menor toxicidade como forma de reduzir
o impacto à saúde humana e ao meio ambiente;
ler o final do slide

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