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1 UNIVERSIDADE POTIGUAR ESCOLA DA SAÚDE CURSO DE BIOMEDICINA AMILIS FIDELIS DA ROCHA LORENA GEORGINA FERNANDES FABRICIO INTOXICAÇÃO DE ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS EM TRABALHADORES RURAIS: Uma revisão de literatura¹ NATAL 2020 Comentado [D1]: Locais? Nacionais? Mundiais? 2 AMILIS FIDELIS DA ROCHA LORENA GEORGINA FERNANDES FABRICIO INTOXICAÇÃO DE ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS EM TRABALHADORES RURAIS: Uma revisão de literatura¹ Artigo apresentado à Universidade Potiguar (UNP), como parte dos requisitos para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II. ORIENTADOR: Prof. MSc. Walter Ferreira da Silva Júnior. NATAL 2020 3 INTOXICAÇÃO DE ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS EM TRABALHADORES RURAIS: Uma revisão da literatura1 ORGANOPHOSPHORATE AND CARBAMATE INTOXICATION IN RURAL WORKERS: A literature review Amilis Fidelis da Rocha2 Lorena Georgina Fernandes Fabricio3 Walter Ferreira da Silva Junior4 RESUMO Introdução: O artigo trata dos casos de intoxicação de agrotóxicos em trabalhadores rurais, com ênfase nos organofosforados e carbamatos, que são substâncias de grande importância para a manutenção de lavouras e para a economia mundial. No entanto, a utilização dos agroquímicos nos últimos anos vem causando sérios danos à saúde dos trabalhadores, pois seu o uso ao longo dos anos pode levar a problemas irreversíveis. Objetivos: O objetivo principal dessa revisão é apresentar os riscos da manipulação de determinados tipos de agrotóxicos utilizados pelos agricultores e os riscos que eles podem causar à saúde pública.Metodologia: O presente estudo foi realizado através por meio de análises bibliográficas com base em materiais prontamente elaborados, constituído principalmente de artigos científicos publicados nos últimos dez anos em bancos de dados como Google acadêmico, Pubmed e Scielo ,além disso, ebooks, livros, homepages e materiais disponíveis em meio eletrônico. Resultados e Conclusão: A pesquisa e análise dos dados mostra em contrapartida, a importância do atendimento ágio e correto a intoxicações por organofosforados e carbamatos, corroborada pelo fato do Brasil ser o maior consumidor mundial destes produtos. A exposição continuada aos inseticidas, bem como o alto poder toxico, levam a graves complicações, sendo assim, podendo ser de caráter irreversível podendo e levar ao óbito. Palavras-chave: Agrotóxicos. Agroquímicos. Agrotóxicos x Trabalhadores rurais. Organofosforados e Carbamatos. 1 Artigo apresentado à Universidade Potiguar como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Biomedicina, em 2020. 2 Graduanda em Biomedicina pela Universidade Potiguar. E-mail: lorenageorgina@unp.br. 3 Graduanda em Biomedicina pela Universidade Potiguar. E-mail: amilisfidelis@unp.br. 4 Professor-Orientador. Mestre. Docente pela Universidade Potiguar. E-mail: walter.silva@unp.br. Comentado [D2]: Todos os realces em amarelo são sugestões de correção. Comentado [D3]: Todos os realces em vermelho sugiro retirar, pois atrapalha na compreensão. 4 5 ABSTRACT Introduction: The article deals with cases of pesticide poisoning in rural workers, with an emphasis on organophosphates and carbamates, which are substances of great importance for the maintenance of crops and for the world economy. However, the use of agrochemicals in recent years has been causing serious damage to the health of workers, as their use over the years can lead to irreversible problems. Objectives: The main objective is to present the risks of handling certain types of pesticides used by farmers and the risks they can cause to public health. Methodology: The present study was carried out through bibliographic analyzes based on readily prepared materials, consisting mainly of scientific articles published in the last ten years in databases such as Google Scholar, Pubmed and Scielo, in addition, ebooks, books, homepages and materials available in electronic media. Results and Conclusion: The research and analysis of the data shows, on the other hand, the importance of good and correct care to poisonings by organophosphates and carbamates, corroborated by the fact that Brazil is the world's largest consumer of these products. Continued exposure to insecticides, as well as high toxic power, lead to serious complications, which can be irreversible and can lead to death. Keywords: Pesticides. Agrochemicals. Pesticides x Rural workers. Organophosphates and Carbamates. 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................................................. 06 OBJETIVO................................................................................................... 07 2 METODOLOGIA........................................................................................... 07 3 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................. 07 3.1 Organofosforados e carbamatos ..................................................................... 07 3.2 Toxicocinética......................................................... ....................................... 12 3.3 Toxicodinâmica............................................................................................. 12 3.4 Sintomatologia da intoxicação........................................................................ 13 4 TRATAMENTO...................................................................................................... 14 4.1 Antídoto para o tratamento da intoxicação.................................................... 16 5 CONCLUSÃO........................................................................................................ 17 REFERÊNCIAS........................................................................................................ 19 7 1 INTRODUÇÃO Os agrotóxicos têm sido uma ferramenta de grande importância para eliminar "pragas" na agricultura, facilitando a manutenção de lavouras de monoculturas em todo o mundo, com isso, gerando um aumento na produção industrial e um alto retorno econômico. Os agrotóxicos são substâncias que causam vários problemas de saúde humana e ao meio ambiente. Por conseguinte, o tema tem sido um dos principais focos de debate da comunidade científica (CALDAS e SOUZA, 2000; LAABS et al.,2002; GRUTZMACHER et al., 2008). São classificados de acordo com sua a função (inseticidas, fungicidas, herbicidas, raticidas) ou pela composição química (organoclorados, organofosforados, carbamatos, piretroides) (MORAES, 1999). Nos últimos dez anos, o mercado mundial de agrotóxico cresceu 93%, e o mercado brasileiro cresceu 190%. Em território nacional, o maior consumidor é o estado do Mato Grosso. Percebe-se, que com o uso de agrotóxicos, ao longo do tempo as pragas agrícolas desenvolveram um mecanismo de resistência, e os agroquímicos que perderam a eficiência e não eliminam as pragas de maneira eficaz resultando no aumento da dose do veneno pelos agricultores. Consequentemente, trazendo efeitos danosos a saúde humana pelo contato com os agrotoxicos. Sendo observado ao decorrer de repetidas exposições ao toxicante, que normalmente ocorrem quando está sendo manuseado. Nessas condições os quadros clínicos são muitas vezes irreversíveis (BOMBARDI, 2011). O grande uso dos agrotóxicos começa na agricultura nos Estados Unidos da América (EUA) na década de 1950, com a “Revolução Verde”, que tratava de uma renovação da área agrícola e aumentando da produtividade. No Brasil, esse movimento chega em meados de 1960 , com a implantação do Programa Nacional de Defensivos Agrícolas (PNDA), ealavanca em 1970. O programa passa a estimular o uso dessas substâncias pela liberação de créditos agrícolas, com incentivo pelo próprio Estado (SIQUEIRA et al., 2013 ; JOBIM et al., 2010). O termo agrotóxico foi estabelecido no Brasil pela Lei Federal nº 7.802, de 89, resguadada pela prescrição nº 4.074, que trata agrotóxico como substâncias químicas destinada ao controle, exterminação ou prevenção, direta ou indiretamente, de agentes patogênicos para ervas e animais benéficos e aos indivíduos (SANTANA et al.,2013). Com o tempo, apesar do uso de agrotóxicos ter efeito úteis favorecendo Comentado [D4]: Esse período ficou desconectado desse parágrafo e do restante da introdução. Sugiro desenvolvê-lo, substitui-lo ou retirá-lo. Comentado [D5]: Apenas 1? Ou vários mecanismos de resistência? Comentado [D6]: Sugestão de nova redação. É evidente na literatura, que com o uso exacerbado de agrotóxicos, ao longo do tempo, possibilitou as pragas agrícolas vários mecanismos de resistência. Desta maneira, os agroquímicos perderam a eficiência e não eliminam mais as pragas de maneira eficaz, com isso, resultando no aumento da dose do veneno pelos agricultores. Comentado [D7]: Quais efeitos seriam possíveis? Sugiro citar. Comentado [D8]: Quais quadros clínicos? Sugiro melhorar esse período. Precisa ficar mais claro. Comentado [D9]: ????? Comentado [D10]: ?????? 8 ganhos na fabricação dos alimentos, os efeitos contrários tem sido um enorme prejuízo na saúde humana e no meio local. (RANGEL et al., 2011). Na maioria dos casos, os trabalhadores dessa área vivem no seu trabalho em situações de riscos permanentes, pelo fato dos ambientes não oferecerem segurança e possuírem múltiplos agentes causadores de riscos que podem ser: físico, químico, biológico, psicológico e antiergonômico (MENDES, 2013). Nos países em desenvolvimento, a exposição do trabalhador rural aos agrotóxicos representa um sério problema de saúde pública, por questões do difícil acesso às informações e também pela baixa escolaridade das pessoas que manipulam esses produtos, além da falta de controle sobre sua produção, distribuição e utilização. A linguagem técnica dos produtos e os manuais possuem pouca acessibilidade aos trabalhadores que trabalham com esses produtos e os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Bem como, nem sempre os EPI’s estão adequados à realidade social, cultural, econômica e ao clima que os trabalhadores rurais enfrentam, com isso, gerando o habito de não os usar. (BEDOR et al.,2009). O objetivo principal dessa revisão é apresentar os riscos da manipulação de determinados tipos de agrotóxicos utilizados pelos agricultores e os riscos que eles podem causar à saúde pública. 2 METODOLOGIA O presente estudo foi realizado através por meio de análises bibliográficas com base em materiais prontamente elaborados, constituído principalmente de artigos científicos publicados nos últimos dez anos em bancos de dados como Google acadêmico, Pubmed e Scielo , além disso, ebooks, livros, homepages e materiais disponíveis em meio eletrônico. As buscas serão foram realizadas através mediante palavras-chave relacionadas à intoxicação de trabalhadores rurais. Desta maneira, levando em considerado os seguintes critérios das publicações: data das publicações recentes, relevância do trabalho e fator de impacto na Ciência. 3 REFERECIAL TEÓRICO 3.1 Organofosforados e carbamatos Comentado [D11]: Objetivos quase sinônimos! Sugiro redigir apenas um deles. Comentado [D12]: Intoxicação de que??? Comentado [D13]: Sugiro rescrever esse tópico. Cadê a caracterização química desses compostos? O trabalho de vcs tem como área central a TOXICOLOGIA Ocupacional. 9 Os agrotóxicos são classificados em quatro classes de acordo com a nocividade que eles podem representar para aos seres humanos. Essa classificação foi feita baseada em resultados de testes em laboratórios, que têm teve como objetivo estabelecer a dosagem letal 50% (DL50), isto é, dosagem necessária para matar 50% dos animais testados em condições experimentais utilizadas. A capacidade de determinada substância causar morte ou algum efeito danoso, depende da concentração do composto no corpo, a dose letal é expressa em miligrama da substância por quilograma da massa corporal. A toxicidade de uma substância varia de acordo com a forma que é administrado, os rótulos dos produtos são identificados por meio de faixas coloridas. (BRAIBANTE,et al., 2012). Recentemente, a ANVISA (2019), atualizou o modo de classificação dos agroquímicos, com o objetivo de ter mais segurança para o mercado e facilitar no processo identificação do perigo de uso. Por meio da atualização, foram ampliadas de quatro para cinco as categorias da classificação toxicológica, além da inclusão do item “não classificado”, válido para produtos que contêm baixo potencial de dano. A classificação em função da toxicidade aguda é determinada e identificada com nomes das categorias e cores no rótulo dos produtos, respectivamente, de acordo com a tabela 1. Tabela 1- Classes Toxicológicas do GHS Fonte: Anvisa (2019) Atualmente, o registro dos dados no Brasil por intoxicação de agrotóxicos é feito por dois sistemas. O Sistema Nacional de Informações Tóxico- Farmacológicas (SINITOX), vinculado à FIOCRUZ e que tem por objetivo Comentado [D14]: Melhorar esse parágrafo. Não ficou claro as informações. 10 finalidade orientar os profissionais de saúde com relação ao protocolo de atendimento a serem seguido em casos de intoxicação. Além disso, orientar a população em caso de primeiros socorros e medidas de prevenção. Já o SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), vinculado diretamente ao Ministério da Saúde, que é responsável pelas notificações deste tipo de agravos por intoxicação por agrotóxicos. (BOMBARDI LM, 2011) A tabela 2 foi construída com base nos dados do SINITOX, referente ao período de 1999 a 2003, trouxe a relação número de casos e de intoxicação que levaram aos óbitos por uso de agrotóxicos, como mostra na tabela 2: TABELA 2 – Casos de intoxicação e óbitos por agrotóxicos TIPO DE USO CASOS/ÓBITOS Agricultura 26.721 ; 747 Doméstico 12.705 ; 56 Raticidas 20.546 ; 306 Agrotóxicos de modo geral 64.313 ; 1.148 Fonte: SOARES,2005. Foi feito um estudo, para analisar custo-benefício do uso de agrotóxicos em Minas Gerais, considerando os custos com o tratamento da intoxicação do trabalhador rural. O gasto dos agrotóxicos foi avaliado pela soma do gasto com a compra das substâncias com a despesa com tratamento da intoxicação do trabalhador, computados a partir dos dias de abstinência da atividade de trabalho, custo de medicamentos e internação hospitalar. No artigo, os autores avaliam que, se o custo com a saúde é levado em consideração, seu benefício ao usar agrotóxicos anticolinesterásicos em determinadas culturas é negativo quando comparado com o sistema não convencional de produção. Os custos com tratamento representam cerca de 42%, 25% e 25% do benefício de usar agrotóxicos na agricultura. Concluem que o uso de agrotóxicos traz efeito negativo para o meio ambiente e a saúde do trabalhador apontam a necessidade de investigação dos reais vantagem trazidos por esses produtos no Brasil (SOARES e WAGNER, 2002). Estima-se que milhões de trabalhadores sejam intoxicados por ano no mundo e que mais de 20 mil vão a óbito por consequência a exposição a agrotóxicos. A falta de legislação que de controle o uso destes produtos, bem como, o baixo nível de informação dos trabalhadores quanto aos riscos que correm a exposição contribuem para essas ocorrências. Desde Comentado [D15]: Sugestão de escrita. Um estudo realizado estado de Minas Gerais analisou o custo-benefício do uso de agrotóxicos, considerando os valores e o tratamentoda intoxicação pelo trabalhador rural. Comentado [D16]: ??????? Melhorar a escrita desse período. Comentado [D17]: Período característico de discussão. Comentado [D18]: Totalmente redundante e desconectado do tópico. Nota-se uma mistura de informações, com isso, não temos uma progressão do parágrafo. Comentado [D19]: Certeza que não existe legislação de controle? Ler: LEI Nº 7.802, DE 11 DE JULHO DE 1989. O que pode ser redigido é que apesar de termos leis, na maioria das vezes, são falhas pelos próprios órgãos de fiscalização... http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%207.802-1989?OpenDocument 11 a década de 70 os organofosforados (OF) passaram a ser os pesticidas mais utilizados no mundo, o seu consumo tem aumentado rapidamente, assim como, os relatos de casos de intoxicações em função de exposição aguda, crônica e até mesmo a baixas doses (WORLD HEALTH ,2001). Com o crescimento da agricultura no Brasil, a indústria vem criando novas tecnologias especialmente quando se trata de sementes geneticamente modificadas e insumos como os fertilizantes e os agrotóxicos. A implantação destas técnicas, infelizmente, não são sempre acompanhadas por programas de qualificação dos trabalhadores, e como consequência expõem as populações rurais a riscos ocupacionais. Os acidentes ocupacionais acontecem pelo uso prolongado de substâncias químicas como os organofosforados (OF) e carbamatos (CAR), substâncias estas altamente perigosas que são capazes de produzir desequilíbrios ambientais e diversos problemas à saúde humana (MOREIRA et al. 2002). Os OF são ésteres derivados do ácido fosfórico, são lipossolúveis, o que favorece a acumulação destes compostos no organismo (MOREAU et al. 2008). E os CAR são ésteres do ácido carbâmico e apresentam lipossolubilidade (inferior aos OF) e pouca solubilidade em água, são considerados de toxicidade aguda média, não são capazes bioacumular nos tecidos gordurosos, e sua concentração tende a ser maior nos órgãos envolvidos na sua biotransformação, como o fígado. Por possuir maior instabilidade que os OF, são menos persistentes no organismo e no meio ambiente, sendo que sua degradação ocorre mais rapidamente (OGA et al. 2008). Os (OF) e os(CAR) estão entre os principais grupos de agroquímicos que acontecem situações de intoxicações de acordo com a tabela 3. Tabela 3-Principais grupos químicos e princípios ativos causadores de intoxicação e a incidência de cada um de acordo com a circunstância. Grupo Agente Total Tentativa de Suicídio Acidente Individual Outra Circunstância Carbamato 120 64 40 16 Aldicarbe 106 63 32 11 Carbofurano 5 0 3 2 Cartape 2 0 0 2 Outros 7 1 5 1 Organofosforado 21 10 5 6 Paration 3 2 1 0 Comentado [D20]: Melhorar à redação. Muito repetitivo! Comentado [D21]: ????? Comentado [D22]: Quais técnicas? Comentado [D23]: Cadê a referência? Comentado [D24]: Os acidentes ocupacionais é pela não qualificação de mão de obra e/ou uso irracional dos compostos? Comentado [D25]: Só isso de caracterização de OF e CAR???!!! Vamos ler mais artigos e redigir um parágrafo melhor. Comentado [D26]: Parágrafo muito grande. Vamos fraciona-lo? Logo, fica melhor na fluidez da leitura. 12 Metamidofós 2 1 0 1 Diclórvos 1 0 1 0 Diazinon 1 1 0 0 Clorpirifós 2 0 1 1 Dimetoato 2 1 0 1 Outros 10 5 2 3 Fonte: REBELO, (2006). As manifestações clínicas da intoxicação por agentes anticolinesterásicos aparecem quando 50% ou mais da acetilcolinesterase (AChE) está inibida. Quando o diagnóstico é incerto, é necessário dosagem de algumas enzimas como butirilcolinesterase ou AChE eritrocitária, que aparecem em níveis diminuídos em intoxicados (ANDRADE. F.2001). Portanto, quanto menor a atividade enzimática, maior o nível de intoxicação. A butirilcolinesterase é um biomarcador indireto da inibição da AChE, portanto, é útil em indicar exposição aos OF. No entanto, não evidencia o grau de inibição da AChE nas sinapses nervosas. A determinação da AChE eritrocitária, por sua vez, reflete a inibição da AChE no sistema nervoso, sendo considerada um bom marcador de exposição aos OF. A diminuição da concentração da colinesterase plasmática pode permanecer por trinta dias e o das hemácias por noventa dias após o último contato com os fosforados orgânicos (ITHO SF,2002). Os agentes neurotóxicos organofosforados e os carbamatos tem como principal alvo a enzima a (AChE), que em condições normais controla as ações centrais e periféricas inativa a ação do neurotransmissor acetilcolina hidrolisando-o em acetato e colina. A acetilcolina é sintetizada e armazenada em vesículas no neurônio pré-sináptico, sendo que a liberação depende de alterações iônica e elétrica da membrana plasmática. A despolarização da membrana plasmática do neurônio pré-sináptico promove o influxo de Ca2+ seguida de fusão de vesículas sinápticas com a membrana plasmática. Essa fusão promove a liberação de acetilcolina na fenda sináptica e difusão até o receptor localizado na membrana plasmática do neurônio pós-sináptico. Antes que ocorra nova liberação de acetilcolina, a molécula previamente liberada deve ser hidrolisada pela acetilcolinesterase (JUNG & PARK, 2007). Em condições de intoxicação os agentes OPs inibem irreversivelmente a acetilcolinesterase, que deixa de hidrolisar a acetilcolina, levando a um acúmulo desta nas sinapses centrais e periféricas, promovendo hiperestimulação colinérgica, que Comentado [D27]: Parágrafo muito misturado. Vocês falam da clínica, diagnóstico e farmacodinâmica ao mesmo tempo??? 13 resulta em broncorreia, fasciculação muscular e cardíaca, convulsões, depressão respiratória e morte (TAFURI e ROBERTS,1987). 3.2 Toxicocinética Os inseticidas inibidores da colinesterase, por terem uma alta lipossolubilidade, são absorvidos por todas as vias: digestiva (via oral), respiratória (inalação), pele (dérmica). A presença de solventes orgânicos como veículo pode intensificar a absorção (ITHO, 2002). Os carbamatos são rapidamente distribuídos pelo corpo e sua a síntese tende a ser maior em órgãos e tecidos que fazem parte da biotransformação dos xenobióticos. Não existem evidências de bioacumulação. Os ésteres carbâmicos sofrem ataques em vários pontos da molécula, dependendo do tipo de radical acoplado na estrutura básica. Além da hidrólise do éster-carbâmico espontânea ou pelas carboxilesterases tissulares com liberação de fenol substituído, de dióxido de carbono e de metilamina, acontecem várias outras reações de oxidação e redução envolvendo o citocromo P-450. (ALONZO e CORRÊA, 2014). Os organofosforados quando são absorvidos pelo organismo, a grande maioria, são excretados parcialmente como produtos de hidrólise na urina. As esterases plasmáticas e hepáticas são responsáveis pela hidrólise dos ácidos fosfórico e fosfônico correspondentes. Contudo, os citocromos são os encarregados pela conversão dos fosforotioatos inativos contendo uma ligação fósforo-enxofre(tiono) em fosforatos, com ligação fósforo-oxigênio, resultando em sua ativação. Essas enzimas também tem o papel da inativação de agentes organofosforados e, sabe-se que diferenças alélicas afetam a velocidade de metabolização (TAYLOR, 2012). 3.3 Toxicodinâmica Os Organofosforados e carbamatos possuem a função biológica principalmente por inibição de enzimas. As esterases são o alvo, eles porque inibem a ação da colinesterase nos eritrócitos e nas sinapses químicas, e da pseudocolinesterase no plasma (ITHO, 2002). Em condições normais, a acetilcolina após ser liberada na fenda sináptica, é degradada rapidamente por um grupo de enzimas colinesterases. A inibição dessa Comentado [D28]: Colocar as informações em ordem crescente. Falar primeiro da farmacodinâmica associada a clínica e depois diagnóstico. Comentado [D29]: Quaissolventes orgânicos? Comentado [D30]: ???? Comentado [D31]: Quais??? Comentado [D32]: Certeza?? Seria bom buscar mais referências que sustente essa afirmação. 14 enzima depende muito de fatores esteáricos, do modo como os inibidores se encaixam na enzima e do tipo dos grupos presentes. Os grupos aromáticos retiram elétrons, como aqueles do paration e de compostos relacionados, intensificam a ligação à acetilcolinesterase e, sendo assim, aumentam a ototoxicidade (HOLMSTEDT, 1959). O acúmulo de acetilcolina nas junções da musculatura lisa causa estimulação contínua do sistema nervoso parassimpático, que produz sintomas como opressão torácica, salivação, lacrimejamento, sudorese, peristalse (que pode causar náuseas, vômitos, cólicas e diarreia), bradicardia e uma constrição característica das pupilas oculares. Após essa fosforilação ocorre a transformação do alvo fosforilado em uma forma envelhecida, resultado da liberação de um grupo ligado ao fósforo, sendo que um grupo fosforil, com carga negativa, permanece a junção à proteína. A reação de envelhecimento é tempo dependente e ocorre somente com organofosforados. Já os compostos carbamatos formam complexos menos estáveis, permitindo recuperação da enzima mais rápido que organofosforado. A inibição da acetilcolinesterase pelos carbamatos é frágil de modo que não acontece a reação de envelhecimento. Os organofosforados fosforilam a enzima e formando um complexo estável e irreversível (ALONZO HGA, 2014). 3.4 Sintomatologia da intoxicação O início dos sintomas varia de acordo com cada pessoa e entre os inseticidas organofosforados, entretanto, as manifestações podem ocorrer dentro de minutos ou horas, após estar exposto, dependendo da dose (ORGANOPHOSPHORUS, 2019). Os sinais e sintomas são classificados como efeitos muscarínicos e nicotínicos e podem levar a miose, lacrimejamento, salivação excessiva, alteração visual, manifestações cardíacas. Alterações neurológicas como fraqueza muscular, fasciculações, tremores, paralisia e convulsões também podem ocorrer e se devem principalmente à hiperestimulação autonômica que causa dessensibilização dos receptores colinérgicos, levando à paralisia flácida e consequente disfunção do 2° neurônio motor pode ocorrer falência respiratória, levando a morte(SECRETARIA, 2013). Sintomas agudos de intoxicação acontecem por ingestão acidental ou intencional e exposição ao uso na agricultura (BIRD,2019). Os sintomas tardios acontecem na intoxicação crônica que estão relacionados a alteração motora, a qual Comentado [D33]: Qual fosforilação? A construção desse período não tem um referencial anterior. Sugiro reescrever esse parágrafo e buscar na literatura ou vcs produzirem uma figura esquemática desse processo. Comentado [D34]: O que é uma reação de envelhecimento?? Reação adversa* Comentado [D35]: Reescrever esse parágrafo. Redação muito misturada e repetitiva. 1º) Sinais e sintomas agudos 2º) Sinais e sintomas crônicos Comentado [D36]: Esse é o sobrenome do autor? Comentado [D37]: ???? Vamos melhorar a redação. Muscarínicos e nicotínicos são receptores! Comentado [D38]: Os sinais e sintomas que levam a essa enxurrada de informações estão associados a sinalização desses receptores. Entretanto, estão misturados. Logo, sugiro melhorar esse parágrafo. 15 pode leva a insuficiência respiratória e necessidade de ventilação mecânica por vários dias (ORGANOPHOSPHORUS,2016). A neurotoxicidade tardia causada por organofosforados é um dos sintomas tardios que pode surgir entre uma semana até três semanas após a intoxicação por inibidores da enzima NTE. Esse efeito tóxico também se dá ocorre pelo “envelhecimento” da NTE fosforilada. Os sintomas são resultados de uma neuropatia sensitivo-motora ascendente nas extremidades dos membros, começa com sensação de formigamento nos dedos e logo vai se espalhando causando fraqueza nos membros superiores e marcha atáxica. A neuropatia tardia também pode causa degeneração dos axônios de fibras longas em alguns nervos periféricos e envolvimento degenerativo do sistema nervoso central (SNC). (SECRETARIA, 2013). Os efeitos agudos começam por uma única exposição e em doses altas, já os efeitos são considerados crônicos tendo a exposições em doses baixas durante um longo tempo. As intoxicações são capazes de provocar vários distúrbios apresentados na tabela 3. Tabela 4-Sintomas de intoxicação por agrotóxicos Classificação Sintomas da intoxicação aguda Sintomas da intoxicação crônica INSETICIDAS Fraqueza, cólica abdominal, vômito, espasmos musculares, convulsão, náusea, contrações musculares involuntárias, irritação das conjuntivas, espirros, excitação. Efeitos neurológicos retardados, alterações cromossomais, dermatites de contato, arritmias cardíacas,lesões renais, neuropatias periféricas, alergias, asma brônquica, irritação das mucosas, hipersensibilidade. FUNGICIDAS Tonteira, vômito, tremores musculares, dor de cabeça, dificuldade respiratória, hipertermia, convulsão. Alergias respiratórias, dermatites, doença de Parkinson, cânceres, teratogênese, cloroacnes. HERBICIDAS Perda de apetite, enjoo, vômito, fasciculação muscular, sangramento nasal, fraqueza, desmaio, conjuntivites. Indução da produção de enzimas hepáticas,cânceres,teratogênese, lesões hepáticas, dermatites de contato, fibrose pulmonar. Fonte: Peres e Moreira, 2003. 4 TRATAMENTO Comentado [D39]: Melhorar esse período da intoxicação crônica. Em um parágrafo anterior vc afirmou que “não existe evidências de bioacumulação”. Se não existe, por que se fala em sintomas tardios??? Comentado [D40]: Nome por extenso dessa enzima? 16 O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas - SINITOX - criado em 1980 - é responsável pela coleta, compilação, análise e divulgação dos casos de intoxicação e envenenamento registrados pela Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica - RENACIAT, é composta de 36 unidades localizadas em 19 estados e no Distrito Federal, fornecer informação e orienta sobre o diagnóstico, prognóstico, tratamento e prevenção das intoxicações, assim como sobre a toxicidade das substâncias químicas e biológicas e os riscos que elas podem ocasionar à saúde (RENACIAT 2005). Com relação ao tratamento a intoxicação por organofosforados e carbamatos, deve-se relacionar os sintomas com a gravidade da intoxicação, conforme a tabela 4. Tabela 5: Classificação dos casos de intoxicação por inibidores da colinesterase, quanto a sintomatologia apresentada pelos pacientes. Gravidade da Intoxicação Sintomas Intoxicação Leve Náuseas, sialorreia, discreta, fadiga, deambulação normal, mal-estar, fraqueza muscular mínima, miose, cólicas abdominais sem diarreia. Intoxicação moderada Salivação, lacrimejamento, cólicas abdominais, miose, incontinência urinária e fecal, broncorreia, tremores, broncoespasmo, fraqueza, bradicardia, não deambula, vômitos, fasciculações, sudorese, confusão mental, ansiedade, letargia. Intoxicação grave Agravamento do quadro descrito na intoxicação moderada, insuficiência respiratória, pupilas puntiformes, arritmias cardíacas, paralisias, coma, convulsões Fonte: CIATox/SC. Seguido protocolo de tratamento do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox/SC), o tratamento com sucesso depende da relação dos efeitos colinérgicos com administração rápida de doses adequadas de atropina, manutenção Comentado [D41]: Novamente a mesma informação já mencionada em um parágrafo anterior?! 17 das funções vitais e das medidas de descontaminação. No caso de exposição cutânea, ocular ou inalatória, deve remover roupas contaminadas e lavar todas áreas do corpo atingida pela substancia com água corrente e sabão por 20 minutos para que interropido absorçãona zona exposição. Outra fase do tratamento é a manutenção de uma via aérea desobstruída, ventilação adequada e a remoção de secreções brônquicas. Ademais, checar oxigenação desse paciente, tendo em vista que a morte do paciente se dá por insuficiência respiratória. Os procedimentos de descontaminação não deverão atrasar a administração de atropina no paciente grave (CIATOX/SC, 2019). Em casos de ingestão utiliza-se é realizado lavagem gástrica com uso de carvão ativado. A lavagem gástrica deve ser realizada na recuperação digestiva, utiliza entubação traqueal prévia em casos de coma, de ser usado sonda nasogástrica e soro fisiológico até retorno claro. Não é indicado provocar emese, devido a toxidade dos compostos e a existência de solvente orgânico na formula, cujo os gazes ao serem aspirado, podem causar pneumonite química. (CALDAS, 2000). Após a lavagem é utilizado o carvão ativado visto que ele vai adsociar potencial do composto. É utilizado em adultos 1g/kg de peso, em adultos acima de 50 kg, 50 gramas de carvão ativado, diluído na proporção de 1g para 8 mL de soro fisiológico por via oral (V.O.) ou sonda nasogástrica (SNG) até 1 hora após ingestão. Em crianças 30 g (1g/Kg/dose) diluídos em 200 ml de água via nasogástrica ou via oral, de 4/4h nas primeiras 12 horas, sendo 4 doses, com soro fisiológico até após 1 hora da ingestão. (CIATOX/SC 2019). 4.1 Antídoto para o tratamento da intoxicação Um do método terapêutico utilizado para reverter quadro clinico é a atropina as doses devem ser fornecidas até que se atinja o alvo terapêutico, o qual consiste no fim dos sinais e sintomas de broncorreia e bronco constrição. Taquicardia e midríase não servem como marcadores de melhora clínica, pois podem também indicar hipóxia contínua, hipovolemia ou estimulação simpática. Em pacientes graves podem ser ministrados centenas de miligramas de atropina em bolus acrescidos de infusões contínuas que podem durar vários dias. Na tabela 5 são apresentadas as doses recomendadas para cada caso. (BIRD,2019) Comentado [D42]: ????? Comentado [D43]: Tratamento ou procedimentos???? Comentado [D44]: Achei desnecessário abrir um subtópico para falar da mesma informação do tópico. 18 Tabela 6- Tratamento com antídoto. Doses de Atropina Adultos Crianças Peso <40kg Dose de Ataque Casos leves a moderados: 1 a 2 mg/dose EV em bolus, repetidos em intervalos que variam de 3 a 10 minutos até aparecimento de atropinização. Casos graves: 2 a 4 mg/dose EV em bolus, repetidos em intervalos que variam de 3 a 10 minutos até aparecimento de atropinização. 0,01 A 0,05 mg/Kg/DOSE EV Varia conforme a gravidade: Casos leves: 0,01 a 0,02 mg/kg/dose; Casos moderados: 0,02 a 0,03 mg/kg/dose; Casos graves:0,03 a 0,05 mg/kg/dose Dose de manutenção Casos leves a moderados: A dose média de manutenção deve ser de 1 a 3 mg/hora. Deve-se optar por doses de 1 a 2mg/hora para casos mais leves e 2 a 3 mg/hora para casos moderados. Casos graves: A dose média de manutenção deve ser de 3 a 4 mg/hora. Existem casos muito graves em que são utilizadas doses de manutenção bem maiores, chegando a mais de 10 mg/hora. Casos leves: 0,01 a 0,02 mg/kg/hora; Casos moderados: 0,02 a 0,03mg/kg/hora; Casos graves:0,03 a 0,05 mg/kg/hora. Fonte: CIATx- Comentado [D45]: Ano?? 19 5 CONCLUSÃO Apesar dos escassos estudos a respeito do tema, a pesquisa e análise dos dados mostra em contrapartida, a importância do atendimento ágio e correto a intoxicações por organofosforados e carbamatos, corroborada pelo fato do Brasil ser o maior consumidor mundial destes produtos, pelo fácil acesso até mesmo produtos proibido e falta de políticas públicas que promovam conscientização quanto ao manejo adequado, à restrição do acesso e medidas de cuidados e de proteção de trabalhadores agrícolas expostos, que algumas das vezes sabem protocolo de autocuidado mas por medo de contrariar seus patrão não os segui. Os agrotóxicos, embora desempenhem papel de grande importância dentro do sistema de produção agrícola vigente, têm sido alvo de crescente preocupação por parte dos diversos segmentos da sociedade, em virtude do risco ambiental e à saúde do trabalhador. Infelizmente, no Brasil, não existe uma política efetiva, de fiscaliza, controle, e de acompanhamento e aconselhamento técnico adequado na utilização dos agentes inseticidas OF. Um dado preocupante é o baixo índice de escolaridade dos trabalhadores rurais brasileiros, o que torna ainda mais difícil o entendimento das informações técnicas contidas nos rótulos dos produtos, dessa forma, essa população é altamente susceptível aos riscos de acidente com agrotóxicos. A exposição continuada aos inseticidas OF, bem como o alto poder toxico, levam a graves complicações, podendo ser de caráter irreversível podendo levar a óbito. Comentado [D46]: Que período gigante! Fiquei cansado só de ler. Vamos usar as pontuações para melhorar a fluidez na leitura. Comentado [D47]: Certeza? 20 REFERÊNCIAS ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Gerência Geral de Toxicologia. Programa de análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos (PARA): Relatório das amostras analisadas no período de 2017 a 2018. Brasília, 2019 AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Nota técnica de esclarecimentosobre o risco do consumo de frutas e hortaliças cultivadas com agrotóxicos. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/d0c9f980474575dd83f3d73fbc4c6735/ nota+tecnica+risco+consumo+frutas+e+hortalicas.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 06 de outubro de 2020. ALONZO HGA, CORRÊA CL. Praguicidas. In: Oga S, Camargo MMA, Batistuzzo JAO. Fundamentos de Toxicologia. 4th ed. São Paulo: Atheneu; 2014. p. 323-329. Bedor CNG, Ramos LO, Pereira PJ, Rêgo MAV, Pavão AC, Augusto LGS. Vulnerabilidades e situações de riscos relacionados ao uso de agrotóxicos na fruticultura irrigada. Rev. bras. epidemiol. mar. 2009 BOMBARDI. LM. A intoxicação por agrotóxicos no Brasil e a violação dos direitos humanos. In: MERLINO, T.; MENDONÇA, M.L. (Org.). Direitos Humanos no Brasil BRASIL. 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