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Educação Ambiental Introdução aos Problemas Ambientais e Atividades Correlacionadas Desenvolvimento do material Gil Leonardo Aliprandi Lucido 1ª Edição Copyright © 2022, Unigranrio Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio. Sumário Introdução aos Problemas Ambientais e Atividades Correlacionadas Para Início de Conversa... ............................................................................... 3 Objetivos .................................................................................................... 3 1. Reconhecer a Questão Ambiental Atual ............................................... 4 1.1 Meio Ambiente ....................................................................................... 4 1.2 Ecologia .................................................................................................... 5 1.3 Ética e Meio Ambiente ......................................................................... 5 2. Construir o Conceito de Meio Ambiente ............................................... 6 2.1 Pré-história Ambiental ......................................................................... 7 2.2 Pós-História Ambiental ........................................................................ 11 2.2.1 Antiguidade e Meio Ambiente ....................................................... 11 2.2.2 E na Idade Média? ............................................................................. 13 3. Identificar as Consequências das Atividades Humanas sobre o Meio Ambiente .......................................................... 18 Referências .................................................................................................... 19 Para Início de Conversa... Antes de iniciarmos nosso estudo sobre o tema principal desta unidade, seria interessante discutirmos sobre o termo educação. Afinal, o que é Educação? Existe diferença entre Educação e Educação Ambiental? A própria Educação pode ser dividida didaticamente em Educação Formal e Educação Informal. A primeira é aquela que basicamente recebemos na escola durante um período de tempo e que contempla uma série de métodos pedagógicos formalizados escritos e orais. Já a informal é aquela que aprendemos em casa, em família ou entre parentes, amigos, grupos sociais, de forma aleatória, geralmente oral. Segundo Marandino (2017), além dessas duas classificações, ainda existe um terceiro tipo de educação, chamada de Educação Não formal, em que qualquer atividade organizada fora do sistema formal de educação atenda a pessoas previamente identificadas como aprendizes e que possui objetivos bem definidos de aprendizagem. E onde se encaixa a Educação Ambiental nesse contexto? Ela poderia ser considerada tanto um tipo de Educação Formal quanto Informal ou Não Formal, mas com temática específica - meio ambiente. Então, na verdade, falar sobre Educação Ambiental é verdadeiramente falar sobre Educação de uma forma mais ampla; ou seja, não se pode discutir Educação Ambiental sem discutirmos a educação de uma maneira geral, principalmente em lugares onde essa Educação Formal é restrita ou pouco estruturada. Num contexto nacional, discutir Educação Ambiental é, na verdade, ampliar as possibilidades de ter acesso à Educação Formal. Mas também pode ser uma boa oportunidade de ampliar a Educação Informal e talvez a Não Formal. Objetivos ▪ Definir o sistema conceitual básico da educação ambiental. ▪ Reconhecer a educação ambiental das organizações. ▪ Identificar as principais tendências atuais da educação ambiental. Educação Ambiental 3 1. Reconhecer a Questão Ambiental Atual Primeiramente, é de suma importância definir o que é meio ambiente, já que o tema trata de educação voltada para as questões ambientais. 1.1 Meio Ambiente De acordo com Ibrahin (2014), o termo ambiente é composto de dois vocábulos latinos: amb, que significa ao redor, e o verbo ire (ir), que formam a palavra ambire, ou seja, “ir, olhar, caminhar ao redor”. Ainda segundo a autora, o meio ambiente é estudado por diversas áreas do conhecimento humano, como nas ciências biológicas e exatas: ecologia, biologia, química, física, geografia, assim como nas ciências humanas: direito, filosofia, economia, antropologia, sociologia, entre outras. No campo do direito, o conceito de meio ambiente foi definido na Lei 6.938/81, por meio da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA): “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (IBRAHIN, 2014). Existem outras possíveis classificações descritas por Ibrahin (2014) que vale a pena destacar no Quadro 1: Tipos Descrição Meio ambiente natural Constituído pelos elementos da fauna (animais domésticos e silvestres), flora (plantas nativas ou exóticas), fontes de água (rios, lagos, subterrânea, mares etc.), ar atmosférico e solos (planícies, montanhas, vales, cavernas etc.). Meio ambiente artificial Formado pelas edificações presentes nas áreas urbanas e espaços públicos (parques e jardins, praças, ruas, avenidas etc.), além de todo mobiliário urbano, como postes, corrimãos, escadas, guarda-corpos, passarelas, coberturas etc. Meio ambiente de trabalho Composto pelas ações de proteção ao homem no seu local de trabalho (empresas, comércio, indústrias, serviços públicos, prestação de serviços), incluindo a prevenção de acidentes, as condições e as normas de segurança, saúde e higiene da atividade laboral. Meio ambiente cultural Formado pelo patrimônio histórico (monumentos, construções etc.), artístico (estátuas, painéis, exposições etc.), arqueológico (sítios primitivos, escavações etc.), espeleológico (grutas e cavernas), cultural (tradições, danças, música etc.), paisagístico (mirantes naturais, trilhas etc.) e turístico (visitação a pontos históricos, culturais, paisagísticos etc.). Quadro 1: Classificações de meio ambiente Fonte: Ibrahin (2014). Educação Ambiental 4 Seja qual for o tipo de meio ambiente identificado, todos são importantes e complementares. Logo, quando se fala do meio ambiente e suas questões, não se deve dissociar dos diferentes tipos e, sim, levar todos os quatro tipos em consideração, ao mesmo tempo. 1.2 Ecologia Ibrahin (2014) define Ecologia como “uma ciência que estuda as relações e as interações dos seres vivos com seu meio físico e entre si”. O termo Ecologia é formado a partir das palavras gregas, oikos, que significa casa, e logos, que significa estudo, ou seja, é o estudo do local onde se vive. Em 1869, o biólogo e médico Ernst Heinrich Haechel utilizou pela primeira vez o termo Ecologia ao propor um estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem. Hoje em dia, é muito comum o emprego incorreto dos termos ecologia e meio ambiente como sinônimos, relacionando-os com temas como a conservação ambiental, a qualidade de vida, a poluição, a contaminação dos rios, entre outros. Como descrito anteriormente, o meio ambiente engloba toda a natureza “natural”, constituída por solo, ar, água, fauna, flora, assim como a natureza humana, formada por prédios, materiais, construções e alterações produzidas pelo homem. Além disso, abrange também a chamada natureza cultural, que embute os bens culturais, históricos, artísticos e paisagísticos. É importante observar que nem todos os ecossistemas são naturais, pois também existem ecossistemas sociais. A ecologia seria o estudo de todas as relações ambientais, das interações entre os seres vivos e com o seu próprio meio (IBRAHIN, 2014). 1.3 Ética e Meio Ambiente Para Ibrahin (2014), a ética ambiental é um instrumento que analisa e indica o comportamento adequado do ser humano na sua relação como meio ambiente e todos os ecossistemas naturais do qual ele depende. São incontáveis os exemplos de falta de ética do ser humano nesta relação: desde o mais simples cidadão, passando pelo comerciante, até o mais poderoso empresário, seja numa grande cidade ou numa cidade pacata do interior, pode-se observar: descarte incorreto de resíduos nas calçadas, nas praias, nos córregos ou, ainda; formação de lixões; lançamento irregular de esgotos em valões ou em rios; uso de combustíveis fósseis em veículos automotores desrregulados; comércio ilegal de animais silvestres; realização proposital de desmatamentos e queimadas como forma de limpeza do solo para cultivo; invasão de áreas de proteção ambiental para construções irregulares; exploração de áreas protegidas para exploração mineral etc. Educação Ambiental 5 São tantas as violações, que chega a ser vergonhoso. Fica claro que há uma crise ética em curso, uma verdadeira crise de valores sociais e ambientais, como descreve Ibrahin (2014). Essa crise ética é despercebida por grande parte das populações em todo o planeta, mas é ela que pode levar a espécie humana a sua extinção. Há uma necessidade premente de se formar uma consciência coletiva que supere a ignorância da maioria da população ou a ganância e o negacionismo de alguns grupos financeiros, mais interessados no presente do que no futuro. Segundo Ibrahin (2014), é por meio da Educação Ambiental que o homem pode reverter esse comportamento nefasto, criando uma consciência ambiental ética. Ela seria a ferramenta perfeita para a mudança de pensamento sobre o valor dos elementos naturais: água, ar, solo, animais, plantas etc. A capacidade que a Educação Ambiental tem de disseminar esses conceitos éticos é gigantesca, pois ela pode ser aplicada em qualquer ambiente: em casa, com a família, na comunidade, na escola, no trabalho e em todas as atividades humanas. O processo de conscientização ambiental ético passa pela necessidade explícita de aprender a lidar com as situações cotidianas mais simples, como a preservação das espécies animais e vegetais, o consumo consciente dos recursos naturais, o apoio às causas ambientais como a proteção de florestas e áreas de preservação ambiental, entre outras iniciativas. Às vezes, há situações que parecem ser intangíveis para o cidadão comum, que, por ignorância, desleixo ou até desprezo, não se vê motivado a se conscientizar. Nesse ponto, surge o fator sociopolítico da Educação Ambiental. Em uma sociedade capitalista minimamente organizada e estruturada, a participação nas decisões políticas públicas é fundamental para o exercício de um comportamento coletivo ético, ou seja, é preciso participar para se sentir responsável pelo meio ambiente (IBRAHIN, 2014). É importante lembrar que ter consciência ambiental ética não significa ser contra o progresso da sociedade, mas, sim, a favor de seu desenvolvimento de forma sustentável, ambiental, econômica e social. 2. Construir o Conceito de Meio Ambiente Historicamente, é importante descrever a trajetória do pensamento ambientalista ao longo do tempo e da evolução humana. Segundo Gomes (2008), como as sociedades primitivas eram desprovidas Educação Ambiental 6 de conhecimentos científicos, existia apenas o senso comum de aprendizagem, que se pautava muito mais pelo pavor e pela completa dependência perante os fenômenos naturais. 2.1 Pré-história Ambiental Ao longo de milhões de anos, o homem foi construindo sua história como espécie ecumêmica no planeta, conforme algumas situações: 1. Observando e entrando em contato com diferentes espécies, tanto animais, quanto vegetais, de acordo com as diferentes estações do ano, em seus diferentes nichos e ecossistemas. 2. Construindo e desenvolvendo uma linguagem falada no decorrer de milhares de anos. 3. Caçando animais como um ser nômade errante, que posterior e paulatinamente foi sendo substituído pela domesticação de animais, tanto para alimentação: aves, suínos, caprinos, bovinos, quanto para companhia: cães e gatos, e até para o trabalho: cavalos e bovinos. 4. Fazendo coleta extrativa de plantas, inicialmente, como nômade, mas depois substituindo pelo plantio de vegetais, transformando-o numa espécie sedentária, ou seja, em um agricultor e pastor. 5. Registrando os eventos de seu cotidiano por meio de escrita, primeiramente pictórica (Figura 1) e, posteriormente, alfabética (Figura 2). O homem primitivo caçava animais selvagens pequenos e médios, menores que ele, e também se arriscava a caçar animais grandes, bem maiores do que ele. Para isso, imitava as estratégias de outros animais, como os lobos e os leões. Aliás, esses eram alguns dos poucos animais que o homem pré-histórico não caçava e não queria enfrentar. Esse pode ser um dos motivos pelo qual homens primitivos e lobos se aproximaram, em uma mútua colaboração para melhorar suas possibilidades de alimentação e autoproteção. Com o passar do tempo, essa proximidade transformou-se em companhia e domesticação. (SILVA, 2011). Figura 1: Arte rupestre: o que é, história, características e particularidades. Fonte: Wikipedia. Educação Ambiental 7 Figura 2: Evolução da linguagem escrita Fonte: Wikipedia. Enquanto o ser humano manteve-se passivo e submisso às condições adversas dos fenômenos naturais, climáticos e geográficos, ainda desprovido de conhecimento suficiente e de condições materiais e psicológicas para atuar sobre o meio ambiente, sua interação com essas condições sempre foram negativas e, às vezes, fatais. A partir do momento em que ele amplia essa interação com o meio natural onde vivia, convivendo com várias espécies animais e vegetais e com novos e diferentes fenômenos naturais (por exemplo, neve ou furações), passa a adquirir cada vez mais novos conhecimentos, que, juntamente com sua capacidade de ação, tornou-o um verdadeiro agente transformador de seu habitat (GOMES, 2008). Com base em Amaro e Rodrigues (2009), o Homo Habilis e o Homo Erectus seriam os primeiros espécimes humanos a provocar impactos ambientais minimamente significativos. Eles também foram os primeiros da espécie a adotar as primeiras ferramentas fabricadas com pedras lascadas e partes de ossos. Tais utensílios aumentavam a eficiência das caçadas a grandes animais, que eram mais nutritivos e forneciam muito mais calorias do que os alimentos de origem vegetal. Dessa forma, observou-se o que foi considerado como o primeiro registro de desequilíbrio ambiental provocado pelo homem, com a sua inclusão como um novo e voraz predador na cadeia alimentar já existente. Alguns autores defendem que a história da humanidade começou verdadeiramente com um povo denominado Cromagnon (uma subespécie de humanos), cujo desenvolvimento tecnológico na obtenção de ferramentas de ossos e pedras ainda era desconhecido. Educação Ambiental 8 Figura 3: O Homem de Cro-Magnon. Fonte: No convívio com a história Assim, bandos de humanos começaram a caçar presas maiores e de diversas formas, com armas mais sofisticadas como arco e flecha, lanças e arpões, além de outras técnicas de caça como rochas rolando ladeiras abaixo ou a utilização do fogo para encurralar os animais em penhascos, onde eram forçados a se jogar. Logo, a ideia de que o homem pré-histórico consumia somente o essencial para sua sobrevivência, sem nenhum tipo de desperdício, era falsa. Alguns ambientalistas presumem que também foi nessa época que algumas espécies de animais começaram a experimentar o processo de extinção, como ocorreu com os mamutes (AMARO; RODRIGUES, 2009). Os mamutes eram animais pré-históricos, antepassados dos elefantes asiáticos, que foram extintos no período Holocênico, cerca de 6000 anos atrás, principalmente em razão das mudanças climáticas ocorridas naquele período, com o aumento das temperaturas e o derretimento dos glaciares, seu principal habitat. Sem alimento e sem habitat adequado, tornaram-se presas mais fáceisdo ser humano, que praticamente ajudou com seu processo de extinção. (SEDWICK, 2021). Ainda de acordo com Amaro e Rodrigues (2009), outro fato histórico marcante na evolução humana que direta ou indiretamente afetou o meio ambiente ocorreu há cerca de onze mil e quinhentos anos, no Oriente Médio, onde foi identificada, literalmente, a primeira comunidade humana. Os pesquisadores encontraram construções mais sofisticadas em comparação com as dos caçadores e coletores. Apesar das áridas condições climáticas da região, eles dominavam a agricultura e estocavam grãos. Isso foi considerado um grande marco no surgimento das civilizações modernas, pois indicava a interferência do homem no ciclo natural ambiental, com a seleção de plantas e a escolha daquelas que fossem mais lucrativas. Desde o aparecimento da espécie humana na superfície da Terra, suas relações com todo o ecossistema já existente, seus diferentes biomas, Educação Ambiental 9 além, claro, das outras espécies animais e vegetais, têm sido muito ambíguas: ao mesmo tempo conflitante e de inigualável aprendizado, perturbador e de extrema cumplicidade, usurpador e de intensa troca mútua. Tal evolução passou a ter maior importância a partir do momento que a espécie humana deixou de ser simplesmente mais uma entre tantas espécies animais que vagavam no planeta, em busca de alimentos e de abrigo para sobreviver, e passou a dominar elementos da natureza, como o fogo, a água, o solo, os minerais, as árvores e outros animais, respectivamente, para: se aquecer, cozinhar, proteger-se de predadores, dessedentar, fazer higiene, plantar, confeccionar ferramentas, alimentar e fazer companhia. Esse domínio sobre as demais espécies animais e vegetais foram fazendo com que a espécie humana começasse a se destacar e se distanciar das forças naturais que compunham o meio ambiente. A formação de grupos sociais, tal qual outras espécies animais (lobos, leões, golfinhos etc.), permitiu ao ser humano uma evolução ainda maior em termos de desenvolvimento social e, posteriormente, econômico. Eventualmente, esse desenvolvimento foi ficando cada vez mais dissociado das atividades naturais, apesar da eterna dependência dos elementos naturais como chuva, vento, solo, para o plantio de alimentos em escalas cada vez maiores. De acordo com Mucci e Philippi Jr. (2014), a Terra vem sofrendo alterações desde o aparecimento da forma mais primitiva de vida. Desde aquele primeiro ser unicelular que evoluiu no imenso caldo de cultura que eram os oceanos, e que, ao encontrar condições favoráveis multiplicou- se milhões de vezes, até dominar quase todo o meio aquático. A partir desse processo relativamente simples, inúmeras alterações ocorreram nos ambientes físico, químico e biológico, adequando-os cada vez mais aos organismos mais complexos que, por meio da seleção natural, conseguiram sobreviver ou desapareceram ao longo de todo esse processo evolutivo. Apesar de todas essas alterações provocadas pela evolução natural, o aparecimento da espécie humana é considerado o marco inicial da degradação ambiental do planeta. Dotado de elevada capacidade de raciocínio, forte senso de proteção e alto poder de abstração, o Homo sapiens sapiens é capaz de modificar o local onde se encontra, de forma a torná-lo cada vez mais apto a sobreviver em qualquer região do planeta. Entretanto, isso o torna, ao mesmo tempo, seu maior poluidor. Educação Ambiental 10 Realmente, hoje em dia, o ser humano consegue ocupar praticamente todas as regiões da superfície do planeta (MUCCI apud PHILIPPI Jr., 2014). 2.2 Pós-História Ambiental Na Era Antiga - que sucedeu a Pré-história e que, portanto, já faz parte da história humana registrada em documentos escritos, talhados, desenhados, pintados ou expressos através de alguma forma de comunicação oral ou visual -, surgiu a visão antropocêntrica do universo, na qual o homem está no seu centro e tudo gira ao seu redor de acordo com sua vontade e determinação. O termo antropocêntrico já descreve bem o que isso significa: antropos, homem, e centrum, no centro. Logo, nesse tipo de pensamento, o ser humano se considera superior a todos os demais seres. 2.2.1 Antiguidade e Meio Ambiente Segundo Ibrahin (2014), para o pensador e filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), graças à sua capacidade de raciocinar e discursar, o homem se posiciona no topo de uma pirâmide natural, em que a base é sustentada pelos recursos minerais, que servem aos vegetais, os quais alimentam os animais que, de uma maneira geral, sustentam o homem. Figura 4: Aristóteles: um biólogo e pensador por natureza Fonte: Wikipedia. Posteriormente, desenvolveu-se a chamada teoria heliocêntrica (helios, Sol; centrico, centro, central), na qual o centro do universo não mais seria o planeta Terra, mas, sim, o Sol. Esse conceito também passou a ser aplicado ao homem, que deixou de ser a espécie central do planeta. Para Gomes (2008), na Antiguidade, com o surgimento das classes sociais, houve um aumento expressivo das atividades produtivas, o que acabou Educação Ambiental 11 levando à criação de um excedente de produção, que era controlado por aqueles que comercializavam esses produtos, os mercadores. A partir daí, surgem grupos sociais que se organizam e criam sistemas de controle da sociedade, autocráticos e imperialistas, cuja principal característica era ocupar e dominar política e economicamente grandes territórios. Isso acabou promovendo o aparecimento da escravidão e da exploração cada vez mais intensa dos recursos naturais (água, árvores, solos etc.) disponíveis nessas regiões. Consequentemente, também aumentaram progressivamente os processos de degradação ambiental, visto que se perdeu o sentido de preservação, em virtude da imensidão dos territórios explorados. É interessante observar que, na história da humanidade, seja nos povos orientais ou nos povos ocidentais, havia uma preocupação dos governantes com as questões ambientais, principalmente com relação à água. As primeiras leis codificadas registradas estavam relacionadas ao uso racional da água como um bem de suma importância para as elites dominantes e para a população em geral. Cerca de 4000 a.C., os sumérios já regulavam a irrigação de lavouras no sistema de terraços. O mesmo também acontecia com os povos que ocupavam as margens de grandes rios, como os egípcios no Rio Nilo, os persas nos Rios Tigre e Eufrates, os hindus no Rio Ganges e os chineses no Rio Hoang-Tsé (GOMES, 2008). Havia também os romanos, que eram peritos na utilização racional da água, com canais e sistemas de armazenamento. Existia àquela época uma grande preocupação em educar a população em relação ao consumo da água que abastecia as cidades, ou seja, já havia um trabalho de conscientização da importância e da disponibilidade do recurso natural. Entretanto, com o aparecimento dos banhos térmicos, cujo calor era gerado pela queima de madeira em fornos, observou-se uma demanda gigantesca pelo recurso natural, o que provocou desmatamentos significativos em vastas regiões da Grécia Antiga, Roma e Fenícia. Gomes (2008) também registrou a construção de sistemas de canais em galerias subterrâneas por povos orientais, africanos, asiáticos, além dos romanos, os quais transportavam a água sem desperdício pela evaporação desde as montanhas até as cidades nas planícies. Também deve-se registrar os famosos aquedutos romanos que transportavam a água em terrenos acidentados por elevação. Figura 5: Aqueduto Cláudia. Fonte: Wikipedia. Educação Ambiental 12 2.2.2 E na Idade Média? Ainda segundo o raciocínio de Gomes (2008), o surgimento de cidades na Europa Medieval impulsionou o comércio e a indústria, criando uma nova classe social identificada como burgueses (moradores dos burgos), que passaram a ocupar novas áreas urbanas. Pode-se observar neste movimento que a expansão das áreas urbanas é algo milenar na estrutura dascidades e das populações. Evidentemente, isso deve ter impactado as condições de abastecimento de água, coleta de esgotos e condições sanitárias em geral. Aparecem organizações que controlam os processos produtivos, as chamadas oficinas, que seriam as precursoras das futuras fábricas que viriam posteriormente a participar da 1ª Revolução Industrial. Gomes (2008) indica que esta seria a semente do capitalismo, que já acumulava capital de forma muito primitiva, com a geração de mercadorias e produtos controlados e comercializados por grupos de mercadores. A partir desse momento, pode-se verificar uma necessidade cada vez maior de utilização dos recursos naturais como água, madeira, minérios, que compunham os insumos utilizados principalmente para a geração de energia nas novas fábricas. Além, claro, das matérias-primas propriamente ditas, dependendo do processo industrial. As mais famosas na época estavam relacionadas à indústria têxtil, que foi pioneira nesta revolução, utilizando fibras de diversas plantas, como o algodão e o linho, que eram trazidas das colônias europeias na Ásia e nas Américas, ou de animais, como o bicho da seda, do extremo oriente asiático. Um importante legado deixado pelos camponeses da Idade Média foi o sistema de rodízio no cultivo com três áreas, que mantinha os solos férteis e ajudava a preservar o meio ambiente da região, além de conter a expansão agrícola no sistema itinerante de cultivo. Tempos Modernos para o Meio Ambiente O primeiro registro na história da humanidade de êxodo rural ocorreu justamente no período final da Idade Média, na transição para a Idade Moderna, quando a estrutura feudal cada vez mais insustentável, começou a se desfazer com a migração dos camponeses para as cidades. Evidentemente, isso trouxe para essas cidades uma série de desafios em termos ambientais, como a disponibilidade de água potável, sistemas de captação de esgotos, alimentos, medicamentos etc. De acordo com o relato de Gomes (2008), a decadência da Idade Média levou consigo uma série de hábitos relacionados às questões culturais e sociais de preservação ambiental e higiene. Houve uma espécie de retrocesso das comunidades estabelecidas nas cidades observados em vários pontos: ▪ Redução da quantidade de banhos, tanto em áreas públicas quanto em locais particulares. ▪ Aumento da disposição inadequada de lixo e entulhos de todos os tipos nas vias públicas, inclusive animais mortos. Educação Ambiental 13 ▪ Disseminação de epidemias nas maiores cidades, principalmente de varíola e cólera, como ficou registrado na Europa Central, devido basicamente à falta de higiene de seus habitantes. O estabelecimento de normas de saneamento básico para o meio urbano começou a surgir na 2ª metade do século XV em diversas cidades europeias, como Nuremberg e Frankfurt, na Alemanha, que orientavam seus moradores com relação à disposição de lixo nos espaços públicos. Grande parte do conhecimento científico, filosófico, de saúde e ambiental das antigas civilizações greco-romanas foi conservada até os dias de hoje, mas alguns hábitos culturais e de higiene acabaram se perdendo com o tempo, assim como importantes conhecimentos relacionados à preservação ambiental, principalmente da água, da vegetação e dos solos. Figura 6: Representação de feira de negócios na Alemanha. Fonte: Portal Radar. Nessa época, no século XIV, principalmente na Europa Ocidental, a visão antropocêntrica voltou a ganhar força, agora com um viés racionalista, que partia do pressuposto de que a razão era um atributo exclusivo da espécie humana. Esse racionalismo moderno do ser humano denota uma situação de superioridade e de ambição em relação às demais espécies do planeta, fazendo com que toda a natureza e os demais seres vivos estejam à sua disposição e subordinação. Em contraposição ao antropocentrismo, surgiu, muito tempo depois, o chamado ecocentrismo (oikos, casa; centrum, central), que coloca o homem, juntamente com outros seres, como parte da natureza. Conforme essa nova visão, a natureza passa a ser o centro do universo, e não mais o homem. Isso trouxe uma nova perspectiva, na qual a proteção ambiental e da natureza estaria acima do próprio homem. Esse conceito responsabiliza o homem pela utilização ilimitada dos recursos naturais e, consequentemente, devastação da natureza, extinção de espécies animais e vegetais, desertificação de solos etc. Existe uma discussão posta por Ibrahin (2014) que questiona as duas vertentes, antropocêntrica e ecocêntrica, com relação à exploração desses recursos naturais. Pode o homem extrair até o esgotamento de qualquer recurso natural? Pode o homem se desenvolver sem provocar algum tipo de impacto ambiental? Quais são os limites dessa relação? Afinal, quem serve a quem? Ou melhor, existe alguém servindo a Educação Ambiental 14 alguém? Talvez a resposta para todos esses questionamentos possa ser resumida em uma única palavra: preservação. Hoje em dia, não há mais nenhuma dúvida de que o ser humano depende muito mais da natureza e de seus recursos - água, minerais, vegetais, microorganismos etc. do que propriamente do ser humano. Portanto, se a espécie humana não impor limites à sua sanha de consumo de bens naturais, impactando irreversivelmente o meio ambiente, não haverá mais condições de manter sua própria sobrevivência no planeta. Como estamos hoje em dia? Há um entendimento generalizado de que o grande responsável pela degradação ambiental é o modelo econômico de desenvolvimento capitalista, predominantemente vigente na maioria dos países em todo o mundo. Esse modelo caracteriza-se pelo esgotamento máximo dos recursos disponibilizados pela natureza, muitas vezes, acima do seu próprio potencial e sempre buscando acumular e ampliar ainda mais o capital auferido. Para Gomes (2008), existem alguns fatores responsáveis pelos impactos ambientais, em razão do emprego do modelo econômico de desenvolvimento capitalista, como: ▪ A visão iluminista da natureza, na qual esta deve servir ao homem, que seria o dono do meio ambiente. ▪ A ideologia proposta pelo modelo capitalista de produção facilita a acumulação de capital, favorecendo o capital financeiro, em detrimento dos pequenos e médios produtores sem capital, que normalmente atuam regionalmente, em escala quase artesanal, com baixos impactos ambientais. ▪ O emprego de um sistema político-financeiro-econômico de caráter neoliberal, que investe na globalização dos processos econômicos, que reduz a presença do Estado e pode influenciar negativamente as decisões sobre questões ambientais. ▪ O modelo de desenvolvimento econômico não sustentável, na verdade, é insustentável, pois provoca a degradação das áreas que contêm biomas naturais, em razão da prática de monoculturas extensivas de exportação. No Brasil, é o caso do cerrado, largamente ocupado ou por esses cultivos ou por rebanhos animais. ▪ O processo de industrialização de bens de consumo duráveis, como os automóveis, que são os principais agentes poluidores do ar e de redução da mobilidade urbana nas grandes cidades (Figura 7). ▪ O crescimento populacional desenfreado nas grandes cidades reduz a qualidade de vida da população, em razão do aumento da poluição atmosférica, hídrica e dos solos e da ocupação desordenada dos espaços urbanos. Educação Ambiental 15 Figura 7: Linha de produção da Volkswagen em fábrica do ABC paulista, em 1970 Fonte: Quatro Rodas. O termo SAN (Segurança Alimentar e Nutricional) é definido como: [...] a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis. (KEPPLE; SEGALL-CORRÊA, 2011, p. 187-199). Essa definição brasileira de SAN ocorre emtermos de qualidade e quantidade de alimentos adequados para toda a população, de todas as classes sociais, sem excluir, do âmbito de ações requisitadas, as classes mais abastadas. E a Educação Ambiental? Para Philippi Jr. (2014), desde o começo do século XX, a consciência ecológica vem crescendo, recebendo cada vez mais apoio da população em geral, o que acaba promovendo a criação de políticas públicas e leis ambientais. A partir da década de 1970, pode-se observar o quão importante a educação ambiental se tornou para a preservação do planeta. Em 1977, em Tbilisi, na Geórgia, em uma conferência internacional, discutiu-se a necessidade de toda a sociedade adotar uma abordagem interdisciplinar para o conhecimento e maior compreensão das questões ambientais. É importante comparar algumas definições e conceitos quando se trata de meio ambiente e educação ambiental. A Lei Federal 6.938/81, que dispõe sobre a PNMA, considera a educação ambiental uma de suas bases principais, que é voltada para todos os níveis de ensino, inclusive a educação comunitária, com o intuito de capacitar seus indivíduos para a participação ativa na defesa do meio ambiente. Conforme a Lei 9.795/99, que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental: Educação Ambiental 16 ‘‘ Todos têm direito à educação ambiental, componente essencial e permanente da educação nacional, que deve ser exercida de forma articulada em todos os níveis e modalidades de ensino, sendo de responsabilidade do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), do Sistema Educacional, dos meios de comunicação, do Poder Público e da sociedade em geral. (BRASIL, 1999).’’ Em seu artigo 5º, estão estabelecidos alguns objetivos básicos, como: ‘‘ Incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo‐se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania e o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade. (PHILIPPI JR., 2014, p. 6).’’ Segundo Ibrahin (2014), a Educação Ambiental é a maior ferramenta de capacitação ambiental da população, que pode subsidiar formas de superar os principais problemas ambientais da atualidade de maneira ética e segura. Essa ética ambiental é a base para alavancar a Educação Ambiental como uma espécie de herança de geração para geração. Com ela, a Educação Ambiental estará apta a promover o desenvolvimento econômico de maneira sustentável. Com uma Educação Ambiental responsável e bem estruturada, é possível aprender com os erros cometidos no passado, para remediá-los no presente e evitá-los no futuro. O maior preceito da Educação Ambiental é justamente a promoção do desenvolvimento sustentado que permita às futuras gerações os mesmos recursos ou mais que os atuais. Atitudes simples como economizar água na higiene pessoal (banhos e escovação bucal), reciclar/ reutilizar resíduos secos ou compostar resíduos úmidos orgânicos, manter todos os locais limpos (principalmente públicos), economizar energia, tanto elétrica (iluminação, aparelhos domésticos etc.), quanto térmica (gás combustível para aquecimento de água ou preparação de alimentos), entre outros fazem a diferença. Cabe ao poder público, por meio das secretarias federal, estadual ou municipal de educação, promover atividades pedagógicas de sensibilização e de conscientização das comunidades, principalmente nas escolas públicas e particulares, mas também nas associações de moradores, clubes sociais e esportivos, conselhos de classe profissional etc. Também as empresas privadas podem ser incentivadas a promover atividades de Educação Ambiental junto a seus funcionários, familiares e comunidades de seu entorno. Educação Ambiental 17 Figura 8: Exemplo de reunião corporativa com tema da reciclagem. Fonte: Dreamstime. 3. Identificar as Consequências das Atividades Humanas sobre o Meio Ambiente Conforme Fantin e Oliveira (2014), existem duas tendências ambientais importantes sobre as teorias que abordam as questões ambientais e o ambientalismo: o denominado Ambientalismo Tecnocêntrico, fundamentado na manutenção das estruturas vigentes pelo incentivo às instituições públicas, reguladoras, educacionais e de planejamento do enfrentamento das questões ambientais. Essa tendência se divide em duas correntes: intervencionista e acomodacionista. A primeira crê na ciência, no mercado e na gestão dos recursos para contornar as dificuldades sazonais a partir da engenhosidade humana e do desenvolvimento tecnológico. A segunda reconhece que os impactos ao meio ambiente devem ser controlados e que devem ser feitas modificações que considerem a componente ambiental. A segunda tendência ambiental descreve o Ambientalismo Ecocêntrico, cuja redistribuição do poder permite uma descentralização econômica com maior justiça e participação social, em que duas correntes são apresentadas: a gaianista, regida pela filosofia da ecologia profunda, em que todos os seres vivos e elementos naturais possuem a mesma importância, e a ecossocialista, que acredita que os problemas ambientais estão relacionados às questões sociais de injustiça e de exclusão econômica e política. Mais recentemente, o termo ambientalismo recebeu duas novas interpretações: ▪ Ecologia radical: reúne a ecologia tradicional, o protecionismo, o conservacionismo, a ecologia profunda, a economia ecológica, entre outras linhas que têm um enfoque ecológico e se dividem em duas outras vertentes teóricas: a biocêntrica e a ecológica, propriamente dita. Educação Ambiental 18 - Na biocêntrica: a biota (espécies diferentes que habitam a mesma comunidade biológica) é mais importante do que a comunidade humana presente no equilíbrio ecológico. - Na ecológica: há um olhar mais científico sobre as questões ambientais, diferente dos primeiros ambientalistas. ▪ Ecologia política: a proposta é uma análise dos problemas ambientais sob a ótica socioeconômica e política. Observa-se que o grande dilema da humanidade em relação às questões ambientais é sobre o que verdadeiramente é mais importante para as pessoas que vivem neste planeta: sobreviver ou viver e deixar um legado digno para as futuras gerações? Não é uma resposta simples, e não há uma solução imediata. Sob diferentes pontos de vista, pode-se ter variadas respostas e propostas de solução. Dependendo da classe social e do local no planeta, a prioridade será a sobrevivência, mesmo que em detrimento das questões ambientais. Ou seja, para os mais pobres e vulneráveis, a sobrevivência será mais importante do que se preocupar em proteger o meio ambiente, proteger florestas e consumir menos produtos industrializados etc. A questão socioeconômica se impõe. Mesmo nas classes sociais mais abastadas, não há qualquer garantia de que esse pensamento seja muito diferente, porém a chance de haver maior conscientização e preocupação com as questões ambientais aumentam significativamente. Logo, conclui-se que tudo depende fortemente da Educação. E não somente da Educação Ambiental, mas principalmente da Educação mais ampla, que permite a redução das desigualdades sociais e a possibilidade de as pessoas passarem a viver e pensar nas condições de vida atuais e futuras. Referências AMARO, A. B.; RODRIGUES, P. R. Q. Do homo ao homem: os resíduos sólidos gerados pelos homens pré-históricos até a Revolução Neolítica. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, n. 18., 2009, Pelotas. Anais [...] . Pelotas: Ufpel, 2009. p. 01-05. Disponível em: https://www2.ufpel. edu.br/cic/2009/cd/pdf/CH/CH_01353.pdf. Acesso em: 17 ago. 2021. FANTIN, M. E.; OLIVEIRA, E. Educação ambiental, saúde e qualidade de vida. Curitiba: Intersaberes, 2014. (Biblioteca Virtual). GOMES, H. A caminhada do homem e a questão ambiental. Revista Fragmentos de Cultura-Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas, v. 18, n.2, p. 265-281, 2008. IBRAHIM, F. I. D. Educação ambiental: estudo dos problemas, ações e instrumentos para o desenvolvimento da sociedade. São Paulo: Saraiva, 2014 (Minha Biblioteca). Educação Ambiental 19 KEPPLE, A. W.; SEGALL-CORRÊA, A. M. Conceituando e medindo segurança alimentar e nutricional. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, p. 187-199, 2011. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/2011.v16n1/187- 199/. Acesso em: 22 ago 2021. MARANDINO, M. Faz sentido ainda propor a separação entre os termos educação formal, não formal e informal? Ciência & Educação, Bauru, v. 23, n. 4, 2017, p. 811-816. 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Educação Ambiental 20 https://doi.org/10.1590/1516-731320170030001 https://doi.org/10.1590/1516-731320170030001 https://www.scienceinschool.org/pt/2008/issue9/woollymammoth https://www.scienceinschool.org/pt/2008/issue9/woollymammoth https://bdm.unb.br/handle/10483/3053 https://bdm.unb.br/handle/10483/3053 Introdução aos Problemas Ambientais e Atividades Correlacionadas Para Início de Conversa... Objetivos 1. Reconhecer a Questão Ambiental Atual 1.1 Meio Ambiente 1.2 Ecologia 1.3 Ética e Meio Ambiente 2. Construir o Conceito de Meio Ambiente 2.1 Pré-história Ambiental 2.2 Pós-História Ambiental 2.2.1 Antiguidade e Meio Ambiente 2.2.2 E na Idade Média? 3. Identificar as Consequências das Atividades Humanas sobre o Meio Ambiente Referências
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